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História Acidente do Destino - Castigo, Cabra e Carteado


Escrita por: KogaRin , LuisaPoison e Calixto84

Capítulo 6 - Castigo, Cabra e Carteado


Fanfic / Fanfiction Acidente do Destino - Castigo, Cabra e Carteado

Castigo, Cabra e Carteado

 

Ao chegar no Sexto Templo, o qual, automaticamente escolheu para ficar, o coração de Koga acelerou alucinadamente, ao ponto de sentir leves pontadas na cabeça ao mesmo tempo que um frio imenso tomava seu estômago. Sentia que não havia sido uma boa ideia ter Shaka como “colega de quarto”, afinal, desde que deixaram o Grande Templo o virginiano não trocou uma única palavra com ela ou com qualquer outra pessoa à sua volta.

“Koga idiota! Por que foi escolher justo o templo de Virgem?!” – pensava enquanto via a amiga descer com Aldebaran para o templo de Touro. – “Tão simpático o Aldebaran, o Mu, meus anjos gêmeos...” – fez um biquinho quando eles sumiram.

– Não se sinta obrigada a ficar quando sua vontade é outra, Tereza. – a voz grave e profunda de Shaka soou atrás de si, fazendo-a dar um pulinho assustado.

– Er... não é a minha vontade ficar em outra casa, senhor Shaka! Só sinto, quer dizer, não quero ser um incômodo, pois você não parece muito... como posso dizer... alegre com a minha companhia. – Koga viu as sobrancelhas do virginiano levantarem. – eu realmente desejo ficar em Virgem, conhecer o templo e, se possível, o jardim das Árvores...

– Por Buda! – interrompeu o virginiano – Como sabe sobre o jardim das Árvores Sala Gêmeas? – aproximou rapidamente de sua hóspede de forma intimidadora.

Koga mordeu os lábios temerosa da reação de Shaka. Como diria à ele que tudo o que sabia sobre eles e o Santuário, descobriu através de um anime? Primeiro que ele não acreditaria, e segundo que ele poderia se zangar por pensar que ela estivesse zombando de sua inteligência, e acabar tirando um de seus sentidos. “Ai, droga… o que eu fiz?”

Shaka ficou esperando ela responder, mas viu que sua atitude também intimidou a jovem e se recriminou por isso. 

– Venha menina, entre. – Disse por fim, dando as costas e entrando em seu templo.

Koga, meio hesitante, foi logo atrás a passos rápidos para ficar junto ao dono da casa, olhava para os lados curiosa. Como imaginava, a casa de Virgem possuia as paredes todas trabalhadas em motivos indianos com imagens de Buda em painéis dourados, e no teto, como nas demais casas, brilhavam as estrelas da constelação de Virgem. Mais adiante viu a grande Lótus onde o virginiano à sua frente meditava, e chegou a pensar se ele realmente levitava como no anime e mangá em sua dimensão. Respirou profundamente sentindo a atmosfera pacífica do Templo de Virgem e acabou sentindo uma mistura de perfumes no ar. Todo o salão de lutas cheirava a incenso. O cheiro era bom mas…

– ATCHIMMM… – Koga levou a mão à frente do rosto, tentando evitar a torrente de espirros que viriam depois do primeiro. Era sempre assim quando sentia o cheiro de incensos no ar, sua irmã os adorava mas para a virginiana era um tormento quando a mais nova decidia que a casa em que moravam precisava de bons fluídos. – Desculpe. São os incensos, eu… ATCHIM, ATCHIM, ATCHIM. – fungou e cobriu o nariz para evitar mais espirros. – Descul...

– Pare de se desculpar, senão ficaremos nesse ciclo vicioso até que acabem os incensos desse templo! – “Era só o que me faltava! Ter que me privar dos meus costumes em minha própria casa!” – Pensava Shaka enquanto pegava no braço de Koga e a guiava mais rapidamente para a parte privada de sua casa, no subsolo. – Tentarei me lembrar de sua sensibilidade a incenso dentro de casa, mas vou mantê-los no templo, estamos acertados?

– Oh, muito obrigada. Eu não queria atrapalhar, me desculpe por isso.

Shaka apenas meneou a cabeça, mantendo seu semblante sério

 

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Shion tinha ganas de pegar aquelas duas orelhas gêmeas e sair arrastando pelo Santuário, igual fazia quando eram mais novos. Melhor! Prenderia os dois no Cabo Sunion... Não, não! Prenderia uma bigorna em cada pé e teletransportaria aqueles dois para o meio do Oceano.

Os olhos azuis do muviano brilhavam com cada tortura que imaginava, passava a mão no rosto de forma nervosa. Levantou colocando o elmo na cabeça, assim ficaria ainda mais alto e imponente. 

– Saga e Kanon, podem começar a falar, senão eu...eu...VOU MATAR OS DOIS! EU VOU ESMAGÁ-LOS COMO SE FOSSEM DUAS BARATAS GÊMEAS!!!!

– Shion, tenha calma! – Athena disse levemente preocupada por sentir o cosmo do Patriarca tão alterado. – Cavaleiros levantem-se, por favor. Vejo que já desconfiam de algo. Expliquem!

Kanon e Saga coçavam a nuca desconcertados. Como explicar uma coisa que nem eles sabiam como haviam feito e muito menos como desfazer? Nada garantiria que aplicar a mesma técnica pela segunda vez abriria uma fenda para a mesma dimensão das garotas.

– Athena, Shion, esta manhã nós resolvemos unir a nossa técnica. – Kanon começou a falar olhando para sua deusa, logo Shion se aproximou ainda mais, com o dedo em riste.

– Quê? Oras seus irrespon…

– Shion! Deixe eles continuarem, sim?! – Athena cortou o mestre. Agora não era hora para broncas, depois deixaria que ele fizesse o que quisesse com os gêmeos. 

– Ficamos curiosos com qual seria o resultado da união das duas técnicas, por isso fomos até o descampado longe das casas e aplicamos. Não usamos nem cinquenta por cento do nosso poder pois não sabíamos o que aconteceria e nem queríamos ferir ninguém. – Saga falou sério, tentando ser o mais didático possível. 

– Prossiga. – a deidade pediu.

– Quando realizamos a fusão nada aconteceu, Athena. Sim, abrimos uma fenda dimensional que demorou um pouco mais para fechar, mas foi isso. – Kanon tentou simplificar para não entrar em teoremas complicados.

– Humm… e vocês sabem como traçar o caminho de volta? 

– Athena, sinceramente para te responder isso, teríamos que ficar anos estudando sobre as dimensões e dimensões ocultas. – Saga começou a andar de um lado para o outro, fazendo contas mentais complicadíssimas.

– E se fossemos a fundo com a teoria das supercordas? – Kanon olhou para o gêmeo mais velho que jogou a cabeça de uma lado para o outro com um “talvez”.

– Supercordas? – Shion e Athena se olharam e Kanon sorriu para eles e Saga. 

Eram tão óbvias as teorias do tempo espaço e do universo por terem estudado isso a vida toda, que esqueceram que haviam leigos na sala, então começou a explicação, animado:

– Essa teoria diz que o universo é provido de dez dimensões, com algumas enroladas em um nível microscópico e algumas dimensões "grandes" que percebemos como "real". – Kanon abria os braços para tentar ilustrar o que falava. – Em dez dimensões do espaço-tempo, os efeitos podem, precisamente, se cancelarem deixando a teoria livre de anomalias. Entretanto, ela cria um mundo onde a distinção entre o espaço e o tempo é falacioso, um mundo onde, de fato, a própria noção de tempo espaço desaparece. – sorriu no final. – Entenderam?

Saga fazia um sim com a cabeça refletindo sobre as palavras do irmão, enquanto o Grande Mestre e Athena faziam um grande não.

– Pelos deuses… isso vai longe. – o geminiano mais novo suspirou cansado. 

Os quatro ainda discutiam no salão sobre todas as teorias de como a técnica dos gêmeos desencadearam a abertura das dimensões e como eles poderiam revertê-la.

O Grande Mestre, com uma carranca cada vez maior, escutava toda aquela discussão que não levaria a lugar algum. Teriam sim que pesquisar muito, estudar e entender para poder desvendar esse mistério.

– Acho que por hoje é só, Kanon e Saga. – olhou para Athena como se pedisse permissão para sua atitude e ela confirmou.

– Mestre Shion… Kanon e eu revezaremos os estudos na biblioteca, mesmo porque a Casa de Gêmeos não pode ficar vazia.

– Sim, claro, façam isso.

Os gêmeos se viraram para Athena fazendo um meneio respeitoso.

– Senhorita Athena, se nos der licença. – os dois se viraram para porta.

– Onde pensam que vão? – Shion os olhou bem divertido, e os gêmeos se olharam sem entender nada. Eles não tinham acabado de ser dispensados? – Vocês me deram uma ótima ideia, meninos, em como vou… – continuou o ariano, batendo a ponta do dedo na frente da boca. – …hummmm… puni-los! – os gêmeos sentiram calafrios com o olhar nada bonzinho do Grande Mestre. – Vou dispensar a faxina da biblioteca, vocês serão responsáveis por mantê-la limpa durante... hummmmm… 6 meses!

– Mas, Mestre… Seis meses?! – Kanon disse com um muxoxo. – Três vai?

– Poxa, Mestre, não é pra tanto. Acho que podemos negociar. – Saga pedia com jeitinho.

Shion fez um sim com a cabeça e sorriu. Saga muito satisfeito com seu poder de persuasão, não entendeu quando o irmão bateu a mão na cara indignado. Até parecia que ele não conhecia Shion. O cara não é há milhões de anos o Grande Mestre do Santuário por nada.

Então Shion colocou a mão no ombro do gêmeo mais velho e disse sorrindo e irônico:

– Inclusive os banheiros, garotos. E se insistirem, faço vocês fazerem a faxina do dormitório dos Cavaleiros de Prata por um ano! 

Se os geminianos pudessem, engoliriam a língua. Kanon olhou com tanto ódio pro irmão que não conteve um tapa estalado na nuca do mais velho. 

– Mas você tinha que abrir essa boca, maldito!

O dormitório dos Cavaleiros de Prata é pior que qualquer estalagem de quinta, pior que qualquer albergue na Síria, pior que cortiço no centro de São Paulo, pior que os quintos dos infernos. Era tanto homem junto, que se encontrava de tudo no dormitório, a bagunça imperava naquele lugar, a última notícia foi que Misty havia entrado em depressão e comprou uma cabra chamada Marilda para ser seu pet. 

Athena tinha vontade de gargalhar, mas por respeito a punição do Grande Mestre, engoliu o riso e olhou para o lado.

– Bem rapazes, vou me retirar, fiquem à vontade. Shion, boa noite!

Os três fizeram uma reverência à deusa, os gêmeos olharam para o mestre e fizeram o mesmo.

– Nã na ni na não! Ainda temos muito o que conversar. Vocês vão jantar comigo! 

– Mas mestre...

Saga e Kanon queriam sair o mais rápido possível, pois esta noite teria carteado na Casa de Gêmeos e os rapazes com certeza já estariam a caminho. Shion adorou ver a cara inconsolável dos irmãos.

– Vamos? É uma ordem!

 

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Luisa sentiu-se aliviada quando chegaram ao Segundo Templo Zodiacal. Sua reação ao chegar no salão de lutas não fora diferente da que teve em Escorpião, enquanto ela observava tudo minuciosamente, Aldebaran e Mu conversavam. Depois de um tempo o ariano se despediu do melhor amigo e se aproximou de escorpiana que estava apoiada numa pilastra olhando a paisagem e aguardando o dono da casa.

– Luisa, eu vou para casa, seja bem-vinda e se precisar de qualquer coisa, não hesite em descer até Áries.

– Obrigada Mu! – abriu os braços e deu um forte abraço no ariano, que retribuiu com carinho. – Mu, depois gostaria de conhecer o Kiki! Eu sou apaixonada por aquele pestinha. – levantou o rosto fitando os belos orbes verdes do ariano, que os arregalou em espanto.

– Co-como sabe...? Cla-claro, claro, trarei ele aqui qualquer hora. 

Mu meneou a cabeça e se retirou da Casa de Touro, sem deixar de encarar Aldebaran na saída. “Tente encontrar pistas meu amigo, essa história está um tanto curiosa” – Aldebaran fez um acordo mudo e seguiu o ariano com o olhar, voltou-se para escorpiana e se animou novamente.

– Bem mocinha, tá na hora do city tour!

Luisa abriu um largo sorriso e caminhou ao lado do taurino que a levou para o subsolo onde ficava a área privada. A escorpiana se encantou ainda mais quando chegaram na sala ampla e aconchegante, os móveis eram num estilo rústico e cores neutras que deixava tudo belo e simples ao mesmo tempo.

 – Bem-vinda à minha casa! Sinta-se à vontade. – ele falou com seu característico sorriso largo.

– Obrigada! É tudo tão lindo e exatamente como imaginei.

Viu ele arquear um pouco a sobrancelha, provavelmente se indagando como ela conhecia o Santuário e os Cavaleiros, ainda mais sendo de outra dimensão. Pensou em tentar responder, mas ele seguiu caminhando e ela apenas o acompanhou. Teria tempo para explicar, ou pelo menos era o que pensava. Caminharam por um corredor não muito extenso até chegarem aos quartos.

 – Este será o seu quarto. – falou enquanto abria a porta. – Espero que esteja como você gosta.

 O quarto era simples, mas igualmente aconchegante. O cômodo possuía cama de solteiro, uma cômoda, um criado mudo e um guardas roupas todos em madeira em tom caramelo. Um tapete felpudo num tom claro e uma ampla janela que tinha vista para o mar.

 – Está perfeito! 

 – Bom, meu quarto fica no fim do corredor. Se precisar de algo, só me pedir.

 – Certo. Obrigada mais uma vez. Ah, você tem alguma regra, digo… – ela encolheu os ombros.

– A única que tenho é não se atrasar para as refeições.

– Está bem! 

– Vou deixar você descansar, qualquer coisa me chame, viu?

A porta do quarto fechou e só então ela se deu conta de tudo o que havia acontecido naquele dia. Abriu um sorriso e começou a dar pulinhos pelo quarto.

– Eu não acredito que estou em CdZ. 

Foi até a ampla janela, abriu e apoiou as mãos nesta. 

– EU ESTOU EM CDZ, QUE MÁXIMOOO!!! EU SOU FODAAAAA!!!

A morena se empolgou tanto gritando aos quatro ventos, que suas mãos resvalaram e ela ficou presa pela barriga e com as pernas no ar. Ela tentou sair daquela situação, mas simplesmente não conseguia nem ir para frente e nem para trás balançando as pernas e nada.

– Droga, por que tenho que ser tão desastrada assim? Isso só acontece comigo!  

– Tá tudo bem? – Aldebaran perguntou entrando no quarto. – Menina, mas o que aconteceu?! – se aproximou depressa, pegando o corpo de Luisa como se fosse uma pena e a tirando daquela situação um tanto constrangedora.

– Ai, Debas, eu sou um desastre! – massageava a barriga no lugar que ficou prensada. – Ops... Posso te chamar de Debas? – colocou a mão na boca e olhou para o taurino. Não é possível, como podia dar tanta bola fora em tão curto espaço de tempo?!

O taurino, com aquele jeito descontraído, coçou atrás da cabeça e disse divertido:

– É como me chamam por aqui. 

– Ufa! Ainda bem! Ah, e obrigada por me ajudar. 

– De nada pequena.

Ao ser chamada assim a escorpiana arregalou os olhos porque era exatamente assim que ele a chamava em suas histórias.

– Falei algo errado?

– Não. – olhou em volta do quarto tentando sair daquela saia justa. – Acho que vou tomar um banho, prometo que vou ficar quietinha.

Assim que o dourado se retirou, pegou uma toalha e se dirigiu até o banheiro, onde tomou um banho reconfortante. 

  

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Já era tarde da noite quando finalmente Saga e Kanon conseguiram sair do Décimo Terceiro Templo. Depois que Saori se retirou para jantar com seus Cavaleiros de Bronze, Shion ainda ficou umas duas horas dando broncas nos dois enquanto faziam a refeição no escritório do Grande Mestre.

– Você tinha que abrir a boca mesmo, Saga, porra! Toda vez é a mesma coisa, você se acha o sabichão e quem se ferra sou eu!

– Ahhh... mas você reclama demais! Seis meses passa rápido, quando for ver já acabou esse castigo. – Saga falava otimista, gesticulando os braços enquanto Kanon grunhia e murmurava mil impropérios dirigidos ao mais velho que fingia não ouvir.

– Será que os caras foram para casa? – o mais novo resolveu mudar de assunto, senão era capaz de mandá-lo para outra dimensão ou para o buraco do Yomotsu. – Hoje é dia de carteado!

 – Sim. Shura me mandou uma mensagem pelo cosmo, eles já iam arrumar tudo em gêmeos e nos esperariam.

 

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– Cazzo! Seu ladrão, tá roubando! Por isso veio de mangas compridas, não é, seu cabrito?! Pode tirar a blusa!

– Uhhhhhh, o italiano tá querendo ver seu corpinho torneado.

– Vá se ferrar, seu rabo torto! Se você gosta de perder dinheiro, eu não! Imbecil!

Os gêmeos já riam ao entrar na casa. Os três colegas já haviam começado a jogatina e claro que já estavam discutindo!

– Nem pra esperar! – Kanon entrou passando direto pelos três, que voltaram a se concentrar no pôquer, para pegar uma latinha de cerveja na geladeira. Saga agachou para pegar alguns potes e colocar petiscos, servindo no centro da mesa.

– Aeeee... Boa xerox! Tava com fome. – Milo pegou alguns salgadinhos sem tirar os olhos das cartas.

Os gêmeos se sentaram na mesa aguardando a próxima jogada.

– E aí, qual foi a bronca do Papai Shion? – Shura perguntou virando uma carta na mesa.

– Porra! Saí! – Milo disse esbaforido. – Por que tiveram que ficar lá? Saori não tava com cara de satisfeita. – o escorpiano jogou suas cartas de qualquer jeito em cima da mesa.

– No sabe por quê? Fizeram merda dupla pra variar, capice?!

– Parece que nós fomos os responsáveis por trazer as garotas pra cá! – Kanon cruzou os fortes braços na frente do corpo e olhou para seu gêmeo.

Shura, que estava dando um gole na long neck quase cuspiu tudo na cara do canceriano que estava na sua frente.

– Como é que é? – olhou para Saga, incrédulo. – Mas que merda fizeram?

– Parece que abrimos um portal entre as nossas dimensões quando unimos nossas técnicas. – Saga respondeu calmamente.

– Vocês fizeram o que? Ô, Kanon, você tirou o remedinho do Sassá? Você também não tá tomando o seu é? Essa doença aí é genética! Aiiiiiii, ma che… – Saga deu um tapão na cabeça do canceriano.

– Cala a boca, crustáceo, e joga logo essas cartas que eu quero jogar! E não me chama de Sassá que eu não gosto! – Cruzou os braços e fazia um enorme bico infantil.

– Tá, tá… Tsc, essa doeu!

– AHahahahahahah... O que doeu mesmo foi o coraçãozinho do carcamano quando a bonitinha ficou apavorada de pensar em morar com você! Hahahahaha... – Milo adorava provocar o canceriano.

– Mas olha quem fala? Parece que a outra gracinha também ficou com medo de você, peçonha. Achei que ia dar um piripaque nela ou ia abrir um buraco no chão para se esconder.

– Não dá pra comparar, né? No mínimo ela ficou daquele jeito por causa da minha beleza.

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA – todos gargalharam ao mesmo tempo, deixando um escorpiano bicudo.

– Que nada, peçonha, ela tava com medo MESMO da sua cara! – Saga pousou a mão no ombro do loiro de forma austera e depois riu da cara inconformada de Milo.

– Mas, falando sério agora... – o escorpiano virou para os gêmeos – Vocês não acharam estranho elas dizerem que já nos conhecem? Como isso é possível?

Máscara da morte olhou para o lado, reflexivo, pois agora começava a entender o pavor da menina de cabelos compridos. Se elas realmente sabem tudo sobre eles, então provavelmente sabia do seu passado. Passou a mão nos cabelos grisalhos despenteando para frente e para trás deixando arrepiado, pegou um cigarro e acendeu.

– Temos que averiguar melhor essa história, sondá-las para saber o quanto sabem sobre nós. Nada impede que Athena esteja enganada sobre elas.

– Se acalmem. – Saga cortou. – Não podemos passar por cima das ordens da deusa. Certamente elas irão explicar tudo, ou melhor, pela maneira que Athena falou ela já está a par da situação. Então temos que ir com calma.

– Você tem razão! – o gêmeo mais novo concordou.

– Vamos comendo pelas beiradas. – disse o canceriano, com o olhar perdido. Por mais que tivesse que seguir ordens, não se conformava com a reação da garota. Ah, mas ele ia descobrir tudo, ou não se auto denominava Máscara da Morte.

– Sim… também quero descobrir porque a tal Luisa tem tanto medo de mim. – Escorpião e Câncer se olharam, não iam mais prolongar o assunto, pois sabiam como os gêmeos poderiam se irritar e se intrometer, eram certinhos demais.

A conversa e o jogo seguiram animados entre os dourados até que aos poucos foram se retirando pois a noite já ia alta.

 

Continua…



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