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História Ad aeternum - Prólogo - A liberdade


Escrita por: Harpin

Notas do Autor


Eu estava um pouco receosa quanto a realmente publicar essa história, visto que não consigo nem ao menos atualizar as que eu já escrevia, mas tentarei retornar assim, devagar e com o que minha criatividade me permitir.

Aqueles que chegaram até aqui, espero que tenham uma boa leitura e obrigada.

Capítulo 1 - Prólogo - A liberdade


Mais de trezentos anos sem pisar nessas terras. O chão árido arranhando cruelmente a sola nua de meus pés, mas mesmo com essa dor o cheiro agradável do campo me mantinha em movimento, inclusive já não me importava com mais nada. O pulso que eu agarrava jazia solto em minhas mãos, o corpo há tempo sendo arrastado já não lutava mais contra meu movimento. Meu caixão, antes intacto dezenas de metros sob aquele velho e glorioso salgueiro, que me aprisionara por tantas eras, agora estava despedaçado, assim como meu coração um dia foi. O longo sono ainda me tornava letárgica, mas sentir o vento em meu rosto era como uma onda de frescor que me acordava da embriaguez. Eles me aprisionaram, me prenderam com correntes e me enterraram, tudo porque não puderam entender a natureza de uma existência como a minha. Pobres criaturas são os herdeiros dos traidores, aqueles cordeiros que terão o sangue por mim tomado. Pobres, sim, como um dia eu fui. Amaldiçoada fosse aquela armadilha sem piedade a qual me entreguei com a mais sublime esperança. Tristeza mancha minhas mais alegres lembranças, covardemente sufocadas pelo desespero daquela mulher, aquela que sufocou por séculos, aquela que não posso considerar mais eu mesma. 

Um sorriso se escancarou sozinho em meus lábios, aqueles mesmos que há pouco bebiam o sangue da criatura que eu ainda segurava até que a vida sumisse de seus olhos. Ah, a alma humana, frágil e fraca, temerosa em tudo que explora, mas curiosa o suficiente para abrir uma prisão intocada. Meus braços estavam livres para se abrir, não mais presos pelas correntes, portanto larguei aquele corpo e abracei saudosa a luz fraca da lua e senti como se ela acariciasse meu rosto. Sua filha estava de volta, livre e sedenta por tudo que lhe foi tirado. Ou melhor, sua nova olha, aquela vingativa e sádica. 

Pobres criaturas, ao mesmo tempo que sinto pelo seu terror, por minha covardia, adiante ouso saborear do líquido vermelho e quente que pulsa em suas veias. 

Pobres, pobres criaturas. 

Pois eu retornei. 



Notas Finais


Esse foi só um teste, um pequeno sabor do que estou tentando escrever.

Obrigada por ler.

Até a próxima.


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