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História Addicted Soul - Chapter Six


Escrita por: bieberordie

Notas do Autor


sorry babies @illneverletjbgo < talk dirty to me lol
about next chapter <33333 im in love

Capítulo 7 - Chapter Six


- Não faça nenhum barulho. - sussurrei enquanto o empurrava para o banheiro evitando ao máximo causar algum barulho comprometedor. A moça do lado oposto da porta respirava alto denunciando sua impaciência, de vez em quando era possível ouvir suas batidas consecutivas na madeira. Bufei jogando um perfume doce no quarto e então me prontifiquei de abrir a porta até a metade, impedindo sua visão completa de meu dormitório.

- O que deseja, senhora Carter? - perguntei com um sorriso em meu rosto e com edução da menina falsa que estava sendo.

- Por que a senhorita estava rindo sozinha? - perguntou, seu olhar desconfiado não negava seus pensamentos, notei suas espiadas por trás de mim tentando verificar se eu realmente estava sozinha no recinto.

- Estava lendo um livro muito bom, poderia até indicar pra senhora se quiser. - respondi naturalmente, como se a mentira fosse meu maior dom, e talvez fosse.

- Ah sim, e por quê da demora? - arqueou sua sobrancelha, por mais que quisesse revirar os olhos com a persistência, me controlei e respondi novamente insistindo na tranquilidade.

- Meu quarto estava uma bagunça, tentei arrumar para ficar mais apresentável para a Senhora. - respondi com um olhar sincero. Vi sua expressão acalmar, ela havia caído em minha mentira. Sorria maldosa por dentro.

- Tudo bem, Juliet, tenha uma boa noite. - falou e eu apenas assenti como resposta. Observei-a se distanciar do corredor de meu dormitório, fechando a porta apenas quando ela virou na esquerda.

Finalmente livre, soltei o ar que prendia sem perceber, entre meus lábios. Olhei em direção a porta do banheiro vendo Justin sair de lá prendendo o riso que logo foi solto, foi inevitável não acompanhá-lo. Por um momento senti um deja vu.

- Por um instante pensei que você fosse educada. - falou. Com o cinzeiro na mão, ele repousou o mesmo novamente na estante e se jogou na cama. O olhei curiosa. Justin Bieber era completamente folgado.

- Vai dormir aqui? - perguntei irônica, me joguei ao seu lado olhando pro teto. Realmente ficar ali estava tedioso, mas eu tive medo de ficar mal na rua e termos que voltar correndo e estragar nossa noite.

- Apenas passar a noite, é diferente. - explicou enquanto mexia em seu celular procurando algo. - Olha as fotos. - ele me entregou o aparelho e comecei a rir de nossas inúmeras caretas. - Sou extremamente fotogênico. - se auto elogiou me fazendo rir.

- Justin, você me lembra uma gazela. - comentei analisando bem a foto. - Eu pareço uma gata. - sorri olhando minha imagem no celular.

- Ja pode começar a beber seu leitinho, ou andar de quatro por ai. - ele falou completamente malicioso e eu tive de sorrir com sua bobeira.

- Ai, ai, para Justin. - minha cabeça começou a dar leves pontadas e eu então gemi de dor.

Justin desligou o celular e colocou na cômoda ao nosso lado. Ele estava visivelmente preocupado, o que era bem estranho pra mim. Bieber saiu da cama indo para o banheiro, não me levantei para o seguir, mas minha curiosidade aguçava a cada barulho vindo de lá. Minha cabeça sustentava um dor incômoda, eu odiava aquilo. A dor nunca é o maior problema, o pior é o que ela nos faz perder. Eu poderia estar dançando com algum desconhecido em uma boate qualquer agora, no entanto em que agora estava limitada de até mesmo levantar ou rir sem sentir algo martelando em minha cabeça.

Passos se aproximavam de mim, meus olhos agora fechados me impediam de ver o que Justin fazia. Sua respiração estava perto de meu rosto e isso me assustou, fazendo-me abrir meus olhos assustada. Ele riu e passou a mão em meu rosto, podia notar a aspereza de sua pele. Olhei para o lado e vi a maleta de socorros obrigatória em todos os dormitórios. Acho que teríamos um problema.

- Aqui tem que ter algo pra dor de cabeça, é o mínimo. - Justin resmungou enquanto revirava os medicamentos.

- Bom, digamos que acabou. - eu falei sem olhar em seus olhos mesmo os atraindo pra mim. Justin fez expressão de confuso e insistiu em me encarar. Eu teria de falar a verdade, ele iria entender. Pelo menos eu acho. - Eu tomei os remédios. - pausei observando sua reação. - Todos eles. - finalizei esperando ansiosamente sua resposta, o que veio logo após em forma de um suspiro cansado. Ele assentiu e se levantou.

- Eu posso te levar na enfermaria, mas caso você precise de exames veriam as substâncias em seu organismo. - ele se sentou ao meu lado.

- Está tudo bem, amanhã passa. - tentei acalmar a situação. Ele concordou e voltou a deitar ao meu lado, se aconchegando de baixo de meu cobertor.

- Eu poderia estar pegando uma garota agora. - ele falou e eu o olhei -  Você me deve essa. - ele olhou em meus olhos.

- Suas mãos estão aí pra isso. - rebati

- Sua mãos, sua boca, seus peitos, também estão, acho que você já ganhou - ele mordeu os lábios e senti algo se revirando em mim de um modo bastante positivo. Ok.

- Tudo bem, vamos fazer algo. - pensei em alguma coisa para fazermos e bom, eu nunca gostei de parar e pensar nas coisas, simplesmente porque acabo viajando e me lembrando coisas que não gosto. - Que dia é hoje? - perguntei, minha voz saindo mais exasperada do que devia.

- 26 por que? - Justin falou despreocupadamente enquanto deslizava seus dedos por seu celular de modo aleatório.

- Caralho! Fodeu! - gritei levantando e indo ao meu armário conferir o calendário a minha notinha fiscal. Arregalei meus olhos, estava tão nervosa que se estivesse sentindo alguma dor, não iria perceber, visto que, meu medo no momento superava qualquer sentimento ou status de espírito. Revirei minha carteira a procura de algum dinheiro ou cartão, cheque ou algo assim. Minha respiração desregular, denunciava minha tensão. Ouvi Justin se levantar e vir até mim.

- O que foi? - ele balançou a cabeça em confusão.

- Eu preciso ligar para os meus pais. - falei indo em direção ao meu telefone.

- Você liga pra eles? - uniu as sobrancelhas.

- Para pedir dinheiro de apostila. - expliquei desbloqueando a tela de meu celular.

- Mas só temos uma apostila. - falou como se fosse óbvio, e de fato era.

- Eles não precisam saber disso. - sorri com esperteza para ele que começava a entender sobre o que se tratava.

- Já é tarde, você deveria estar dormindo, eles vão estranhar sua ligação. Deixe isso pra amanhã. - concordei com ele e desliguei.

- Eu tinha que pagar as drogas hoje, mas não posso, o juro deles é caro, eu não posso ficar devendo. - me sentei na cama com a mão na cabeça. Justin me olhou tentando desvendar meus pensamentos confusos.

- Amanhã eu pago a diferença, afinal, eu também usei. - ele finalizou. Por mais que aquilo me tranquilizasse um pouco, um lado de minha mente se preocupava com minha reputação. Tentaria relaxar um pouco.

- Preciso relaxar. - falei sem me levantar, apenas mantendo meu olhar pro teto.

- Você não vai tomar nada enquanto não melhorar. - olhei pra ele e comecei a rir, quem ele achava que era?

- Não tente ser meu Romeu, Justin. - peguei a caixinha de cigarros ao meu lado e logo pegando um e colocando-o entre meus lábios.

- Se isso te faz se sentir melhor, eu não morreria por você. - ele roubou o cigarro da minha boca me fazendo o olhar indignada soltando um sonoro "Ei!"

- Você está matando a si mesmo, acho isso pior. - falei pegando novamente outro cigarro e o colocando na boca.

- Pior? Morrer por mim é melhor do que morrer por outra pessoa. - ele tragou a fumaça e fez uma cara de prazer para sua ação, ele está me deixando louca, ele está querendo me deixar louca implicitamente.

- Eu prefiro morrer de forma significativa do que simplesmente morrer porque eu mesma acabei com minha própria vida. - defendi minha crença.

- Não conheço ninguém a quem valha a pena morrer. Talvez minha mãe. Mas não acho que ela morreria por mim. - ele brincou com o cigarro em seus dedos. - Só uma pessoa no mundo, eu me amo mais que qualquer coisa. - ele falou e pude ver o avermelhado que se formava em seus olhos.

- Eu morreria por quem eu amo. Se eu amar alguém. - respirei fundo. - Quem seria essa pessoa?

- Minha... - respirou fundo. - irmã. - olhei seus olhos a procura de algo e o vi completamente vazio, tirando o lacrimejar.

- O que aconteceu? - perguntei preocupada, era a segunda vez que via Justin chorar, aquilo ainda assim continuava novo pra mim.  Antes eu só me via chorar e tinha que conviver com minhas angústias.

- Ela é mais nova que eu e... foi a única que ficava comigo o tempo todo, ela sempre me alegrava, do jeito bobo dela, mas ela é uma criança. E... eu sinto muito a falta dela. - desabafou e eu o abracei.

- Em toda minha existência nunca pensei que iria ver alguém chorando por amor. - ri pelo nariz soltando um pouco da fumaça. - Pra mim isso não existia.

- Como não poderia existir? - Justin limpou suas lágrimas, apenas deixando uma escorrer até seu pescoço e morrendo lá.

- Até a lágrima tem medo do coração, por isso ela prefere morrer no pescoço, qualquer coisa e mais fácil que encarar algo tão forte assim. - falei olhando seu pescoço, em seguida subi meu olhar podendo ver Justin me encarando de uma forma diferente.

- Você poderia escrever um livro de citações. - sua mão puxou meu braço que me fez sentar apoiando em seu corpo.

- Se nada der certo, quem sabe. - sorri para ele esperando o ver melhor.

- O que quer ser quando crescer? - ele fez, talvez, a pergunta mais clichê de todo o universo. Tive de revirar os olhos antes de responder.

- Eu queria ser médica. - falei séria, para que Justin acreditasse. Sua risada foi inevitável, e então percebi que era esse som que eu queria ouvir, estranhamente eu me sentia maravilhosamente bem em fazer Justin Bieber rir.

- As ervas que você usa são medicinais também? - ele começou a brincar e eu ri dele. - Aposto que as seringas estão com vacina. - ele segurou sua barriga de tanto rir. Tive de me mexer um pouco já que estava apoiada em seu corpo.

- Estava brincando. - falei antes que o mesmo infartasse de tanto rir. Pra quem estava chorando a um minuto atrás... Justin sabia controlar muito bem suas emoções isso me lembrava alguém em especial... eu mesma. - O futuro é muito tempo, não gosto de pensar no que pode acontecer, eu não tenho ideia do que fazer. - falei sincera.

- Eu queria muito ser DJ. Eu amo música, dançar, fazer as pessoas dançarem e se divertirem com as minhas produções. - ele pareceu sonhar acordado. - Mas se eu falasse isso lá em casa, minha mãe ouviria algo mais ou menos assim "to afim de ser pobre futuramente" - ele fez aspas com os dedos me fazendo rir um pouco.

- Eu simplesmente não ligo para o que o resto do mundo inclusive meus pais achem sobre o que eu quero fazer da minha vida. Até mesmo porque se eu quiser me tornar uma puta, eu irei e fim. - falei convicta.

- Sim, e terá seu primeiro cliente. - seu braço me puxou enquanto tragava meu cigarro quase inexistente.

Seu rosto se aproximou do meu subitamente, soltei a fumaça que prendia em minha boca, toda em seu rosto. Já acostumado com o cheiro e a fumaça, Justin se mostrou indiferente com minha atitude. Seus olhos encaravam meus lábios de maneira desejosa.

- Prostitutas não beijam, não envolve sentimentos. - falei atordoada.

- Cadê a menina que diz que vive no mundo onde esteriótipos são desfeitos, onde regras são quebradas? - ele me provocou.

- Você não vai querer vê-la - meus olhos se prenderam nos seus.

- Pode ter certeza que eu vou.

Eu nem precisei dizer mais nada.


Notas Finais


Divulguem no twitter, fb, qualquer lugar haha e comentem amores!! Quase 300 favoritos em menos de 10 capitulos, obrigada por tudo de verdade! @illneverletjbgo


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