1. Spirit Fanfics >
  2. Adeus, inverno >
  3. Visage du parapluie

História Adeus, inverno - Visage du parapluie


Escrita por: bassoobin

Notas do Autor


Eai meu manos rsrs depois de 6 dias estou eu aqui novamente com uma boa desculpa.
Meu pc ainda está na mesma e pa fica dificil pois não posso estar no da minha irmã toda hora.
Também tem as coisas do colégio (#saturada), que está me ocupando bastante de certa forma, alias eu devia estar fazendo meu dever de história mas já estava agoniada, outra coisa é, eu procastinei demais esse dias pois apesar de que eu tinha tudo em minha mind NAO CONSEGUI POR NO TEXTO e bem é isto eu acho, espero que esteja bom.
ONE MORE THING, MANO, O ULTIMO CAP TEVE 12 COMENTÁRIOS, 12 MANO E A FANFIC TA COM 91 FAVS, QUASE 100, VCS TEM NOÇÃO??????????? MUITO THANKS VCS SÃO DEMAIS AMO CADA UM DE VCS.
Boa leitura honeys s222 muito obrigada por tudo mesmo love vocês demaisssss

Capítulo 15 - Visage du parapluie


Fanfic / Fanfiction Adeus, inverno - Visage du parapluie

8:04, 30 de dezembro de 2018

Após receberem uma ligação de uma mulher dizendo ter encontrado um celular com a imagem de um garoto morto jogado em um parque não muito longe, a equipe de investigação de Bang Chan foi mandada ir checar, encontraram um celular, um guarda-chuva e um tênis, quando ligaram o celular para checar se realmente existia a imagem, foram surpreendidos ao reconhecer o garoto na foto, Heo Hyunjoon.

Com apenas a imagem e não o corpo do estudante, uma busca foi feita por toda a área do parque, encontraram o corpo jogado próximo a uma casa de brinquedo abandonada, aquela área costumava ser a área infantil, porém uma nova foi feita e aquela fora deixada nos fundos do parque, normalmente era usada por jovens, por ser no final do parque não viam problema em fumar ali — apesar de não ser permitido —, Hyunjoon ainda estava do mesmo modo como estava na foto quando o encontraram, pálido e com seus olhos abertos, Minho suspirou quando os levaram até o local onde o corpo estava, Chan fechou fortemente seus olhos igualmente suspirando.

— Mas que merda... — Murmurou Woojin.

— Devíamos ter o protegido, perdemos tempo suspeitando dele. — Disse Chan.

— Não se culpe, se ele simplesmente tivesse nos dito, tudo seria mais fácil. — Falou Woojin.

— Ao menos terminamos as conclusões sobre Kevin e Haneul. — Murmurou Chan.

— Temos uma. — Disse Minho, Chan o encarou confuso. — Se Haneul foi a assassina de Hyungseo, foi apenas nesse caso. — Finalizou.

Chan pensou por alguns segundos.

— Ah! É mesmo, se ela fosse a assassina dos casos anteriores, teria parado, mas de certa forma isso só complica mais. — Terminou a fala em um murmúrio.

— Não temos como saber se o assassino está matando ou fazendo pessoas matarem. — Disse Woojin.

— Também pode ser um caso a parte. — Falou Minho.

— Pessoas aléatorias podem matar sem deixar rastros? — Perguntou Chan, retoricamente.

— Tudo bem ele usar pessoas para não ser pego, mas seria muito imprudência fazer com que pessoas comuns matem... — Murmurou Minho.

— Se ele usou mais de uma pessoa... Haneul foi a única que surtou depois de ter matado? Não faz sentido algum. — Disse Chan, bagunçando seus cabelos.

— Nada nesse caso faz sentido. — Disse Woojin cruzando os braços.

— Vamos voltar, a analise da perícia logo sai. — Disse Chan.

— Como se já não soubéssemos a causa da morte... — Murmurou Woojin.

Os três detetives saíram do local onde o corpo já estava sendo posto em um saco preto. Voltaram para o departamento vazio — todos estavam no parque —, e resolveram pensar nas hipóteses antes do resultado da análise.

Haneul e Hyungseo tinham um relacionamento aparentemente amigável, pela quantidade de vezes que a garota já havia ido ao apartamento do menino — de acordo com o porteiro —, nunca ouviu briga ou nada do tipo, e Hyungseo nunca apareceu com outra acompanhante, levando-nos a desacreditar na possibilidade de vingança por traições ou coisas do tipo, se Haneul realmente matou Hyungseo — como está sendo especulado devido as ordens dos acontecimentos —, ela teria feito a mando de alguém, já que nos outros casos ninguém tinha visto Haneul ou qualquer pessoa semelhante, o assassino ainda pode estar usando pessoas para matar, mas como já foi testado, pôr qualquer pessoa para matar de forma tão especifica é muito improvável, a possibilidade de ser um caso isolado é mais provável, a forma como o suicídio aconteceu leva a pensar se não foi algo planejado de antemão, o possível surto ainda é levado em conta, mas agora, não temos nada concreto o suficiente. Hyunjoon está morto agora apenas comprova de certa forma, que Haneul era um caso isolado, algo planejado pelo assassino para que acontecesse no momento certo.

Minho suspirou fortemente fechando seu relatório, Woojin o encarou na mesa ao lado.

— Você não fez a parada psíquica com Hyunjoon. — Disse, Minho o encarou sorrindo.

— Preciso das provas para fazer, nunca é concreto o suficiente, sem as fotos e a análise então. — Disse ainda sorrindo.

— O que escreveu no seu relatório? — Questionou Woojin, se esticando sobre a mesa de Minho, pegando o papel em cima da mesma.

— Só sobre Hyungseo e Haneul, nada sobre Hyunjoon, por causa da análise. — Respondeu, mesmo que não precisasse.

— Ah, você tem bem menos conteúdo sem a parada. — Disse Woojin, entregando a folha para Minho.

— Não posso fazer muita coisa sem a análise da perícia e as fotos. — Falou Minho, pegando a folha.

— Bem, vou ver se o idiota Chan precisa de ajuda. — Disse Woojin se levantando.

— Me chama pro casamento. — Murmurou Minho. Woojin virou-se encarando Minho estranhamente, dando as costas logo em seguida, causando risadas leves em Minho.

Enquanto Woojin ajudava Chan em seja lá o que estavam fazendo, Minho encarava seu relatório pensativo, faltava alguma coisa, ele sabia que faltava, se perguntou se não era Jeongin a peça que faltava, ou talvez alguns dos meninos, talvez até mesmo Sunwoo, alguma coisa não batia ali, ele só não conseguia descobrir o quê, pelo menos não agora, ter calma era algo que certamente estava do lado dele, mas a peça que faltava nos casos até agora estava o deixando curioso, tinham nomes e suspeitos, Hyunjoon está morto, o que já prova que ele certamente não matou Changmin e os outros, o ''enlouquecimento'' que teve após a morte de seus amigos não fora inventado, talvez a relação dos amigos de Jeongin seja mais uma das verdades que Hyunjoon disse, agora não tinham mais ninguém para buscar informações, precisariam de algo, e rápido, sabe-se lá quando iria chover.

Woojin e Chan se sentaram nas cadeiras em frente a mesa de Minho, surpreendendo o mesmo, que estava imerso em seus pensamentos.

— Alguma coisa? — Perguntou Chan.

— Talvez Hyunjoon tenha dito a verdade sobre os meninos. — Respondeu Minho, sem o encarar.

— Espera. Se Haneul foi mesmo um caso a parte, aconteceu quando eles estavam sob observação... — Murmurou Woojin.

— Ah! Nos outros casos o assassino pode participar diretamente, mas nesse não pôde. — Disse Chan.

— Talvez estivesse cercado, e manipular alguém para matar para si, certamente diminuiria os olhares sobre si, podendo cometer mais um. — Concluiu Minho.

— Ligue para casa dos meninos, perguntem para seus pais se algum deles saiu ontem a noite. — Disse Chan, Woojin e Minho se levantaram indo em direção aos telefones.

Depois de muitos minutos de ligações para a casa dos garotos — que estavam no colégio —, Woojin finalizou a última ligação.

— Algum? — Perguntou Chan.

— Felix, o pai não sabe para onde ele foi. — Respondeu Minho.

— Nenhum outro? — Questionou Chan.

— Até onde os pais dos outros sabem, nenhum deles saiu ontem a noite. — Respondeu Woojin.

— Bem, Felix então. — Disse Chan, sentando-se em sua mesa.

— O que vai fazer? — Perguntou Woojin, de pé ao seu lado.

— Precisamos saber onde Felix estava sem que ele saíba. — Respondeu Chan, digitando algo em seu notebook.

— Você quer dizer sem interrogar? — Perguntou Minho, Chan assentiu.

Na visão de Chan, se Felix fosse o assassino, agiria normalmente enquanto não soubesse que estava sendo observado — assim como os outros —, já quando está ciente sobre estar sendo, pode leva-lo a executar mais um plano bem elaborado, como pode ter acontecido com Haneul, mesmo que estejam ainda nas possibilidades, sem provas algumas do que realmente aconteceu.

Depois de alguns minutos discutindo como funcionaria o nomeado ''plano de observação do Felix'', o restante da equipe adentra o departamento.

— Chan, a análise e as fotos. — Disse o detetive Park, entregando o papel a Chan, que o leu calmamente.

As fotos tiradas na cena do crime eram do celular de Hyunjoon, do guarda-chuva, de um tênis e o corpo. Chan entregou as fotos para Minho e Woojin que as observaram juntos enquanto Chan lia a análise feita pela perícia, o Bang suspirou fortemente ao final da leitura.

— O que foi? — Perguntou Woojin.

— Ler aí. — Disse Chan, dando o papel a Woojin.

Woojin terminou de ler encarando Chan, logo entregando a folha para Minho que estava confuso.

— O padrão... — Murmurou Minho.

— Pelo tênis, ele correu antes de morrer, foi perseguido ou coisa parecida. — Disse Chan. — Alguns já formaram hipóteses. — Disse, pegando os outros papeis deixados ali pelo detetive Park.

— Asfixia e jogado de algum lugar, ok, o que fazemos com isso? — Perguntou Woojin.

— Nada, é só uma prova de que ele ainda está no jogo. — Respondeu Minho.

— Vamos continuar com Felix, depois lemos o restante. — Disse Chan, Minho e Woojin assentiram.

Depois de uma manhã estressante no departamento, uma reunião foi feita para decidir a medida que tomariam agora, Seungmin já estava na lista de observação junto de Jaehyun, e agora Felix foi posto, o único que seria formalmente interrogado seria Jaehyun, pela sua relação passada com as vítimas e possíveis vítimas, enquanto os outros dois seriam observados por tempo indeterminado, Felix agora era a ''prioridade'' por ter sido o único a ser visto sair de casa ontem a noite, horário em que o assassinato aconteceu.

— Bem, aparentemente vamos trabalhar no ano novo. — Murmurou Woojin assim que saíram da sala de reunião.

— Não podemos mante-los em casa no ano novo, teremos problemas. — Disse Chan.

— Talvez consigamos pega-lo, caso tente algo. — Falou Minho, mesmo que pouco convencido.

— Improvável mas não custa tentar. — Disse Woojin sorrindo.

Passaram o resto da tarde analisando relatórios, teorias e pensando em como fariam para observar Felix, iriam para frente da casa do garoto ás 18:00 e revezariam em turnos as duplas que ficariam no local, Chan e Woojin ficariam no primeiro turno, dentro de um carro, caso Felix saísse de casa em algum momento, devem deixar o carro e segui-lo sutilmente.

18:09, 30 de dezembro de 2018

Chan e Woojin já se encontravam no carro em frente a residência dos Lee, o pai de Felix não estava em casa, só voltaria hoje ás meia noite do trabalho e estava ciente de que os detetives estavam próximo a sua casa. Os dois detetives se surpreenderam ao ver a porta ser aberta e dela sair Felix usando uma calça preta, um casaco da mesma cor e uma touca, Chan e Woojin se entreolharam, saindo do carro assim que Felix ficou em uma distância considerável. Seguiram Felix por pelo menos trinta minutos até o garoto entrar em um local desconhecido pelos detetives, que mesmo assim, entraram sem dar muita importância, era uma academia de dança.

Ficaram pelo local por alguns minutos, haviam alguns jovens dançando no centro da sala enquanto outros estavam no canto da mesma, Chan olhou para Woojin que encarava os jovens dançando surpreso.

— Ele sai a noite pra dançar. — Disse Chan.

— Vamos falar com ele. — Falou Woojin, já caminhando, Chan segura seu pulso.

— Calma! — Exclamou baixo.

— Como calma? Precisamos saber o que ele está fazendo aqui. — Disse Woojin.

— O que se faz em uma acadêmia de dança? — Perguntou Chan ironicamente, recebendo um tapa no braço, que ainda segurava o pulso de Woojin. — Vamos ver ele dançar. — Disse, arrastando Woojin até um lugar afastado da sala,  sentando onde podiam ver o centro claramente.

Depois de alguns grupos dançarem, Felix se direciona ao centro junto de um grupo de pessoas, dançando a mesma música e coreografia do grupo anterior. 

— Agora vamos. — Disse Chan, se levantando, logo após Felix e o grupo terminarem a coreografia.

Caminharam até onde Felix bebia água, esperando ficar relativamente vazio, Felix se virou para os detetives surpreso.

— Oh! O que vocês estão fazendo aqui? — Perguntou o estudante.

Estávamos te seguindo. — Pensou Woojin.

— Ahm... Paramos aqui por acaso. — Respondeu Chan, rindo nervosamente.

— Então Felix, o que está fazendo aqui? — Perguntou Woojin.

— Eu danço aqui, as vezes. — Respondeu Felix, um pouco envergonhado.

— Você dança bem, seu pai sabe? — Perguntou Chan.

— Sim... — Respondeu Felix, olhando para o chão.

— Sabe mesmo? — Insistiu Chan desconfiado.

— Bem, tecnicamente sim. — Respondeu Felix, rindo sem graça.

— Tecnicamente? — Perguntou Woojin franzindo as sobrancelhas.

— Ok, ele não sabe. — Respondeu Felix. Chan resolveu não questionar.

— Onde você estava ontem a noite Felix? — Questionou Chan.

— Estava aqui. — Respondeu Felix simples.

— Há câmeras por aqui? — Perguntou Chan.

— Sim... Na entrada. — Respondeu Felix.

— Ah certo. — Disse Chan, voltando a puxar Woojin.

Chan arrastou Woojin no andar em cima da acadêmia, onde havia uma sala com as câmeras e um rapaz em frente a elas.

— Com licença. — Disse Chan, mostrando seu distintivo, o rapaz rapidamente se levantou, fazendo uma reverência breve a Chan. — Pode nos dar um momento? — Perguntou. O rapaz assentiu sorrindo, saindo da sala.

— Uau, foi fácil. — Disse Woojin.

— O poder do distintivo meu caro. — Murmurou Chan, se sentando na cadeira antes ocupada pelo rapaz desconhecido. — Se eu conseguir achar as gravações de ontem... — Disse.

Enquanto Chan procurava pelas imagens, Woojin olhou pela janela que tinha na pequena sala, observando o céu.

— Chan... — Murmurou Woojin.

— Achei! — Exclamou Chan. Woojin caminhou até ele, observando as imagens na tela do computador, na gravação, Felix aparecia saindo da acadêmia as 21:00.

— Deixe aí, voltamos para pega-la depois, temos problemas maiores agora. — Disse Woojin, Chan o encarou confuso.

— Como assim? — Perguntou. Woojin apontou o céu com a cabeça.

Chuva...

Woojin e Chan deixaram a sala correndo, procuraram Felix com os olhos mas nada do garoto em lugar nenhum. Woojin passou as mãos pelos cabelos loiros.

— Merda... — Murmurou.

 

.

 

O garoto andava despreocupada pelas ruas já escuras do centro de Seul, fora pego de surpresa pela chuva que repentinamente começara a cair, poucos minutos depois de estar caminhando, estava voltando para casa depois de passar em uma loja de conveniência para comprar algumas besteiras, enquanto caminhava escutou um assovio baixo próximo a si, virou-se lentamente, estranhando não ver ninguém atrás de si, voltou a caminhar, novamente, escutou a mesma melodia atrás de si, olhou para os lados e para trás.

Você não vai querer se virar agora. — Disse uma voz desconhecida. O garoto paralisou no momento em que a escutou, seu rosto ainda estava virado para trás e seu corpo paralisado, estava com medo, queria correr, sua respiração estava desregular e a chuva estava dificultando-a, suas pernas não se mexiam.

— Agora, porquê não se vira? — Perguntou o desconhecido, rindo levemente. — Eu disse para se virar. — Ditou seriamente, assustando ainda mais o garoto, que se virou devagar.

Observando a figura em sua frente, casaco preto, calça preta, luvas pretas, um boné preto e uma máscara segurando um guarda-chuva escuro, o menino podia prever o pior, soube no momento em que se preparava para encara-lo, estava morto, seus olhos procuraram algum sinal de pessoas pela rua, mas como já esperava, estava vazia, exceto pelo cara em sua frente.

— Aposto que você quer correr... — Disse o homem, gargalhando cinicamente, enquanto o garoto não podia ao menos o encarar, olhava para o chão. — Mas você não pode não é? — Perguntou o homem, se aproximando do menino, levantando seu queixo, fazendo-o o encarar.

Aqueles olhos... — Pensou o menino.

— Está surpreso? — Perguntou o homem. — Eu perguntei, está surpreso? — Perguntou sério, o menino apenas concordou freneticamente.

O homem soltou o guarda-chuva, segurando o braço do garoto, o levando a um lugar um pouco mais afastado, o garoto nada fazia, apenas se assistia ser arrastado para uma possível morte, o homem parou em um beco fechado, aparentemente sem ninguém.

— Você é tão sem graça... Podia ao menos tentar gritar. — Murmurou o homem, soltando o braço do garoto.

— Não iria adiantar, iria? — Perguntou o garoto, sua voz fraca.

— Não. — Respondeu seco. — Mas me diverte. — Disse tirando sua máscara.

— Porquê vai me matar...? — Perguntou o menino.

— Agora sim você aprendeu a jogar! Porquê eu quero. — Respondeu sorrindo irônico.

O garoto sentiu vontade de vomitar ao ver aquele sorriso, não esperava morrer dessa forma, pelo menos não hoje.

— Sabe, eu gosto de jogos. — Murmurou o homem, ajustando suas luvas e estralando seu pescoço. — Sabe qual é o meu favorito? — Perguntou.

— Não... — Sua resposta saiu em um suspiro sofrido, estava chorando e ao menos notou.

— Porquê está chorando? — Perguntou o homem, o encarando sério.

Jamais imaginou ver aquele olhar naqueles olhos...

— Não quer lutar pela sua vida? Pode tentar correr. — Disse o homem, sorrindo novamente. — Claro, não que você vá muito longe. — Finalizou.

— Qual é o seu jogo favorito? — Perguntou o garoto, sem saber se sua vista estava sendo embaçada pelas lágrimas ou os pingos de chuvas.

O homem sorriu.

— Você realmente não é divertido... — Murmurou, se aproximando do garoto. — Você sabe como se brinca de Ouija? — Perguntou, próximo ao ouvido do menino, que assentiu devagar, engolindo a seco ao sentir o halito em sua orelha.

— Bom, eu não. — Disse o homem, se afastando novamente, rindo.

Doentio... — Pensou o garoto, paralisado em sua frente.

— Sabe, vou sentir sua falta. — Murmurou o homem. — Mentira.Últimas palavras? — Disse sério.

— Eu sinto muito. — Murmurou o garoto, por pouco o homem o compreendeu.

— Eu sei. — Disse, e essa foi a última coisa que o menino ouviu antes de sentir um par de mãos em seu pescoço.

 

 

.

 

Após deixar mais um corpo onde passou, o jogador estava andando calmamente pelas ruas, vez ou outra sorria, adorava o desespero nos olhos alheios, sentia que podia observa-los para sempre, sentia vontade até mesmo de arrancar os olhos de todas as suas vítimas para guarda-los em sua estante, apenas como lembrança, de uma boa partida de xadrez, mais uma peça estava fora de seu caminho, os detetives idiotas jamais vão se aproximar de si novamente, aquela peça não havia feito nada demais até o momento, mas poderia vir a fazer, e como um bom jogador, prever é uma habilidade formidável em uma partida de xadrez vitoriosa, os números estavam acabando, as peças no tabuleiro estavam acabando, seu rei estava quase vencendo, não demoraria muito até que fosse declarado campeão, policia estúpida, se manteve longe quando lhe fora implorado por ajuda e agora querem ajudar as pobres peças perdidas a se acharem nesse imenso tabuleiro? Impossível, o tempo está acabando detetives, o relógio não para, dias e noites não param de vir, o jogador não para, o jogador não dorme, não descansa, como poderia? Seu jogo só acaba quando o rei inimigo cair, seu jogo logo acabaria, Cuidado corajosos detetives, nunca se sabe quando se tornaram uma das peças do inteligente jogador.

Quem nunca ouviu falar no perigoso tabuleiro Ouija? Ou o jogo dos espíritos, tabuleiros encantavam o jogador, qualquer tipo de tabuleiro, mas aquele em especial deixava o jogador um pouco decepcionado, brincar com espíritos não era tão divertido quanto brincar com seres humanos, pelo menos não para ele, espíritos não podiam te dar um olhar de desespero como humanos podem fazer, qual é a graça? Espíritos não morrem pois já estão mortos, contudo, o jogador não pode mata-los, o que não se pode matar, não é divertido.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...