1. Spirit Fanfics >
  2. Adote Um Cara >
  3. Operação Paralela II - Substâncias para uma crise

História Adote Um Cara - Operação Paralela II - Substâncias para uma crise


Escrita por: HeeJin_

Notas do Autor


Oie, oie~~~~
Gente, já é dia 20 de dezembro e a única coisa que eu consigo pensar é: Quanto tempo eu dormir? ALOKA~~~
Sério, eu acho que eu fui me tocar só agora que já estamos quase no ano que vem e eu estou em estado de vegetação para aceitar esse fato que ainda parece meio surreal para mim~~ ~não consigo lidar ainda T-T~
PS: Consegui voltar a colocar gif, awnnnnnn, ninguém nesse momento está mais feliz que eu, adios~~~ hahaha

E~~~ Obrigada à todas as pessoas que estão acompanhando a história, favoritando e comentando ♥♥
Enfimmmmmmmm, nós vemos lá embaixo~~

Capítulo 8 - Operação Paralela II - Substâncias para uma crise


Fanfic / Fanfiction Adote Um Cara - Operação Paralela II - Substâncias para uma crise

 

 

— Posso saber o que está acontecendo aqui? — A voz de Taehyung soou e automaticamente Jimin se afastou de mim, eu procurei o adotado com o olhar até avistar o seu rosto levemente mais sério que o comum arqueando uma sobrancelha em forma de desafio assim que o nossos olhares se cruzaram. — Ou eu estou atrapalhando alguma coisa?      

      

      

***     

     — Anh... Eu...  — Eu tentava achar as palavras certas para explicar o que estava acontecendo, mas eu não poderia simplesmente dizer que eu havia descoberto um segredo do seu amigo.  

— Estou ensinando a Abby a conquistar as pessoas, eu mesmo já estou caindo nos joguinhos dela. — Jimin falou brincando e eu arregalei os olhos automaticamente junto com Taehyung.  

— Como é? — Taehyung perguntou espantado no começo recuperando a sua postura quando Jimin não conseguiu segurar uma risada alta me deixando totalmente sem graça.  

— Você é muito idiota, Taehyung! — Jimin exclamou e o adotado o olhou contrariado. — Ciúmes dá uma apimentada na relação. A arte da conquista. — Piscou e eu respirei fundo quando percebi que Taehyung havia acreditado na desculpa de Jimin suavizando o seu olhar e deixando o seu corpo mais relaxado. — Agora pare de ser tão ridículo e me deixe fazer o que você me pediu, huh? Chispa!   

— Eu estou começando a me sentir levemente arrependido de ter pedido uma coisa dessas para você, Jimin.   

— Ah, tarde demais! — Jimin falou sorridente antes de me puxar para um canto deixando um estático Taehyung para trás.   

   Jimin me guiava entre o local que parecia a cada segundo estar mais cheio, eu não sabia exatamente aonde ele estava me levando e isso me deixava mais assustada ainda, quero dizer, ele ainda era um matador de gatinhos inocentes e eu não confiava nele, não mesmo. Sem contar que o que eu iria dizer se ele me perguntasse como eu sabia que ele participava do AdoteUmCara.com? Eu não poderia jamais na minha vida confirmar que em algum instante de desespero eu havia entrado naquele site tenebroso e desonroso, não mesmo!  

Jimin parou no meio do caminho e eu gelei com medo de que ele perguntasse qualquer coisa nesse momento, minha respiração estava fraca e os lábios dele estavam abrindo e...  

— Você é bonita, Abby. — Jimin sussurrou e eu franzi o cenho. Essa seria a última coisa que eu pensei que ele me diria nesse momento.  

— Oi? — Perguntei sem entender.  

— Você é bonita, Abby. — Jimin sussurrou novamente e jogou um olhar para Taehyung confirmando se ele estava longe o suficiente para não escutar nada. — Talvez o problema é que você não saiba como agir ou talvez o problema seja o próprio Taehyung e ele esteja precisando de alguma ajudinha daquelas pílulas azuis da felicidade, nós poderíamos colocar na bebida dele e depois você terá uma noite sensacional e irá me agradecer para sempre.      

Ah, meu Deus! Eu poderia simplesmente morrer agora e o chão desabar para eu cair em um buraco não parecia uma ideia tão ruim assim, porque agora o amigo do meu suposto namorado estava me oferecendo pílulas azuis da felicidade!       

Procurei Taehyung na multidão e avistei ele em um grupo de amigos me observando há uma distância segura, ele arqueou uma sobrancelha como quem perguntava se estava tudo bem e eu hesitei respirando devagar.   

— O quê? — Perguntei para Jimin sentindo como se eu estivesse fazendo um cosplay de um pimentão. — N-n-n-ão!  

— Abby, isso é uma coisa natural! Você acha que nenhuma namorada fez isso antes? Todo mundo faz isso, a diferença é que você não sabe. — Jimin falou tranquilamente. — A gente só vai dar uma ajudinha para o troço do Taehyung subir e o relacionamento de vocês voltarem a estaca bom... Er... Dos corpos suados? — Perguntou dando uma risada sem graça em seguida.     

Meu rosto provavelmente já estava roxo nesse momento enquanto escutava as palavras de Jimin, eu apenas queria desaparecer para sempre e me esconder em um cantinho escuro da solidão eterna. Voltei o meu olhar para o adotado e ele ainda estava me olhando enquanto conversava com seus amigos, seus lábios se abriram sem sair som nenhum e eu percebi que na verdade ele estava falando comigo em uma conversa muda para uma leitura labial.   

"Tudo bem, Celi?"     

Oh, Deus! 

Eu inocentemente havia pensando que se eu ignorasse esse apelido idiota, Taehyung iria pensar que aquilo não me afetava. Ahhhhh, doce engano! Fui tão iludida quanto uma criança esperando para ser levada no parquinho aos domingos porque aparentemente Kim Taehyung havia adotado "Celi" para a vida como meu apelido oficial e somente Deus sabia o quanto eu odiava aquilo.   

"Eu sou bonito demais para você conseguir desviar o seus olhos do meu corpinho?"   

Tsc! Prepotente! Eu não sei porque ainda continuava a tentar decifrar o que os lábios de Taehyung diziam! Eu não sei porque eu ainda dava qualquer atenção que fosse para ele!   

Vingança.   

Aquela doce palavra soou aos meus ouvidos novamente e de repente eu senti algo maligno apossar o meu corpo. Eu queria vingança, Taehyung estava alguns passos de mim e o seu amigo matador de gatinhos estava me oferecendo... Voltei meus olhos para Jimin que me olhava ansiosamente, ele segurava uma cartela com cinco pílulas azuis escrito viagra em sua embalagem para me dar e eu mordi o lábios inferior. Ahhhh! Eu realmente havia me tornado uma pessoa horrível! Eu não acredito que estou realmente cogitando essa ideia... Eu...   

Mas o Taehyung te fez passar por momentos constranges bem piores, por quê você não pode se vingar de igual para igual? Lá estava a minha voz da consciência, só que dessa vez era o anjo mau dizendo na minha orelha, dizendo exatamente o que eu queria ouvir nesse momento.   

 — Isso... I-isso não faz mal? — Perguntei hesitantemente e Jimin sorriu.   

— Só se você tomar sempre, a gente só vai dar dessa vez para ele, fica tranquila. — Jimin falou e me deu a cartela para que eu segurasse. — Enquanto eu o distraio você coloca em algum energético e deixa comigo que eu faço ele beber.   

Advogado do diabo!    

Eu tinha uma cartela, um álibi e uma sede surreal de vingança, se isso não era um sinal de Deus — ou do Diabo — para eu fazer o que eu estava pensando, eu não sei o que seria. Então eu acenei. Eu concordei.   

Meu coração estava acelerado, minhas mãos trêmulas eu vi Jimin piscar para mim enquanto me entregava um copo com energético que havia pedido no balcão para algum barman antes de ir em direção ao Taehyung e o seu grupinho de amigos.    

Distraído.   

O alvo estava distraído. Era o sinal piscante da minha chance e tudo que eu conseguia me perguntar era: O quão constrangido Kim Taehyung ficaria ao tentar explicar para seus amigos porque estava excitado no meio de um monte de macho?   

Coloquei o copo em cima do balcão e virei de costas para Taehyung, minhas mãos estavam tremulas quando eu descartei a primeira pílula e joguei no copo vendo ela se dissolver, eu me sentia um cafajeste querendo dar um "boa-noite Cinderela" em alguma garota inocente, mas de inocente Kim Taehyung não tinha nada e o meu coração tenebroso por vingança pedia um alivio.  

Era hoje, Kim Taehyung, veremos se eu não sou capaz de fazer o seu troço subir!    

A pílula já tinha se dissolvido quando uma coisa passou pela minha cabeça: Será que demoraria para fazer efeito? Eu precisava que fizesse logo, de preferência agora! Voltei um olhar para Taehyung novamente e ele estava rindo e distraído, parecia tão fofo da onde eu estava, mas eu sabia que por trás daquele sorriso meigo havia um ser demoníaco, então eu decidi colocar mais uma pílula só para garantir que o remédio faria efeito o mais rápido possível.   

Eu já estava pronta para virar quando me lembrei do dia do Skye novamente. Ah! Eu certamente não havia superado aquele dia ainda, Kim maldito Taehyung insinuando coisas para o Jin... Arg! Coloquei mais uma pílula dentro do energético e acrescentei na minha mente "essa por aquele dia no Skye" e antes que eu me esquecesse coloquei mais uma acrescentando nos meus pensamentos "e essa é por você ter chamado o Zelo de lata velha".  A vingança estava tramada, agora era só fazer Taehyung beber o veneno criado especialmente para corromper a sua reputação.   

Antes que eu pudesse virar novamente Jimin pegou o copo que eu estava preparando.  

— Você demorou, hein? — Perguntou levemente ansioso.  

— Ah... Estava meio... Insegura.  

— Relaxa. Ele vai beber, é de graça. — Jimin falou dando risada e parou um cara no caminho dando uma batidinha no seu peito. — Ei, entrega esse copo para o Taehyung? Fala que foi a namorada dele que deu para ele parar de ser tão ciumento.  

 O garoto estranho deu uma risada fraca antes de acenar com a cabeça e ir em direção a Taehyung e eu tentava observar a cena de longe. Ele não beberia, certo? Ou beberia? Ok, eu estou me sentindo levemente com peso na consciência agora. Não, eu não posso me sentir assim! Eu só vou ver de camarote o caimento do adotado com um sorriso demoníaco nos lábios, apenas isso.  

O copo chegou nas mãos do destinatário, Taehyung soltou uma risada levemente irritada quando o garoto parou de falar, ele estendeu o copo no ar como se estivesse fazendo um brinde estranho e deu um gole. Outro gole. Outro...   

Um. Dois. Três. 

Quanto tempo eu teria que esperar? Já havia se passado uns três minutos e nada, agora Taehyung estava sentado e parecia levemente desconfortável, ele não bebia o liquido mais, forcei a vista para vê-lo melhor e percebi que o seu rosto estava... Vermelho? Ok. Isso é estranho.  

Em um piscar de olhos Taehyung se levantou como um baque, ele se infiltrou no meio da multidão e furou a fila do banheiro masculino sendo xingado de tudo qualquer nome pelos homens ali presentes. Muito estranho.  

— Uh, Abby. — Jimin se pronunciou ao meu lado. — Você não quer ver se a pílula não fez algum efeito... Er... Estranho.   

— Você disse que isso só acontecia se tomasse sempre, ele deve estar bem. — Falei calmamente.   

— Isso fez um efeito muito rápido, quantas pílulas você colocou?  

— Talvez... Umas quatro? — Falei tranquilamente e vi Jimin arregalando os olhos automaticamente.   

— Q-Q-Q-UANTAS? — Gaguejou incrédulo e eu senti meu coração bater rápido no meu peito. Ah, Deus! Não. Espera. Isso não parece um bom sinal, não mesmo! — Abby! Vai atrás do Taehyung AGORA, você não pode dar tudo isso de uma vez! Quer matar ele!?   

Matar...   

Meu Deus, tudo bem, calma, sem pânico... Sem pânico... Sem...  

Matar...  

Com pânico, prestes a ter um ataque cardíaco! Era assim que eu me encontrava nesse momento. Eu odiava o Taehyung, mas eu também não queria matar, ele poderia ficar vivo, eu não o odiava tanto assim. O desespero começou a me assombrar, será que Taehyung estava bem, será que... Ah! Voltei meu olhar para Jimin ele ainda me olhava incrédulo e me empurrou em direção ao banheiro masculino gritando para que eu fosse salvar o Taehyung e me deixando mais desesperada ainda.   

Ah, Deus, me perdoe. Que o Taehyung esteja bem. Eu tive um momento de fraqueza quando me deparei com uma pedra no caminho para o céu, conhecido também como Kim Taehyung, eu sou humana, eu também tenho ódio e desprezo dentro de mim!   

Furei a gigantesca fila, vários caras olhavam para mim incrédulos e eu mesma não estava acreditando no que eu estava fazendo quando adentei naquele ambiente sujo, asqueroso, com coisas estranhas nas paredes, conhecido também como: Banheiro masculino.   

 Havia alguns caras usando os mictórios e quando eles notaram a minha presença rapidamente tentaram se esconder, coloquei minhas mãos do lado dos meus olhos como um cavalo e parti em direção ao final do corredor onde estavam as cabines.   

— Eu não vi nada! Eu juro! — Falei alto sobre os olhares do homens olhando somente para frente e senti peso na consciência logo em seguida. — Talvez eu tenha visto um, mas só um! — Me defendi rapidamente sem olhar para trás.  

Finalmente cheguei as três últimas cabines do fundo do corredor, bati na primeira porta e uma voz grossa disse que estava ocupado, fui para a segunda e quando ia bater um homem alto, gordo e barbudo estava saindo dela junto com um odor... Eca! Era a última porta, Taehyung só poderia estar ali.   

— Taehyung? — Perguntei batendo na porta e escutei um murmuro de dor vindo lá de dentro.    

Ele estava sofrendo, mas ele estava vivo e isso era um bom sinal, pelo menos eu acho.   

— Taehyung? — Perguntei novamente e nenhuma resposta. — Kim Taehyung se você não abrir essa porta eu juro que vou arrobar ela!   

— N-n-ão! — Escutei a sua voz seguida de um murmuro de dor novamente e um barulho que parecia ser de um soco na parede. — Abby... Eu estou com um... Er... Problema. Por favor, vai embora. — Sua voz soava baixa demais, sofrida demais e em contrapartida meu peso na consciência estava cada vez maior. Ele parecia estar sofrendo. Eu queria o sofrimento do adotado, claro, não posso negar isso, mas eu havia estabelecido um termômetro do sofrimento para Taehyung e eu havia extrapolado esse limite!   

Por favor. 

Ai meu Deus, Taehyung realmente havia falado aquilo, ele estava sendo gentil comigo pela primeira vez e eu era o único motivo da sua desgraça. Por que Taehyung tinha que parecer um cara educado e gentil exatamente agora?   

— Ahn... Er... Quem sabe eu não possa te ajudar? — Me resgatei a última alternativa enquanto olhava para a porta verde e fechei os olhos automaticamente segurando a minha vontade de bater a minha cabeça na porta do banheiro por ser tão idiota.    

Droga! Eu realmente não acredito que eu ofereci ajuda nesse momento, não mesmo... O que eu poderia fazer por Taehyung? Oh, não! Não mesmo! Eu estava me sentido culpada, mas nem tanto assim, eu não me sujeitaria à isso, não mesmo eu...    

— Abby, por favor... — Ah, céus! Lá estava ele novamente sendo gentil com a sua voz rouca soando desesperada e contida. — Vai embora... Eu... Er... E-eu não estou me sentindo muito bem...   

— Eu vou chamar o Jimin e...   

— NÃO! — A voz desesperada de Taehyung soou do outro lado da porta. — Abby, tudo menos isso! Por favor, não chama o Jimin!   

Eu precisa contar a verdade e mais do que isso, eu sentia que eu precisava levar Kim Taehyung para um hospital, urgentemente.  

— Eu coloquei quatro pílulas de viagra na sua bebida! — Exclamei atropelando uma palavra na outra rápido demais sem que eu conseguisse respirar na esperança de ter coragem de soltar aquela frase.   

Em dois segundos eu vi a porta a minha frente se abrir como um baque e então meus olhos tomaram vida por si só e foram angulados para um alvo estratégico e muito específico de uma parte do corpo do adotado.   

Eu olhei.   

Eu realmente olhei descaradamente para baixo.   

Foi inevitável não olhar. Eu sou humana também. Carne fraca. Foram meus olhos de instinto de procriação que tomaram posse do meu corpo quando eu olhei para uma parte particular de Taehyung que eu sabia que estava... Bem... Ativa. Meu Deus! Muito ativa!   

Taehyung estava segurando o seu companheiro, mas mesmo assim eu conseguia ver muito bem o quão... Ele parecia estar bem... Feliz.   

— Você... Você fez o quê? — Taehyung perguntou incrédulo e eu voltei meus olhos para o seu rosto. Suas bochechas estavam sete tons mais vermelhas que o comum e eu nunca pensei que um dia eu veria o adotado sem graça, nunca até agora. Sua respiração estava irregular e os seus olhos esbugalhados. — Você realmente... Você...   

— Eu acho que você precisa ir à um hospital! — Declarei fechando os olhos. — Vou chamar o Jimin!   

— Não, porra! O Jimin não! — Taehyung me segurou antes que eu saísse e eu o olhei assustada. — Droga, Abby! Droga! Me... Aish! Me leva para um hospital. — Declarou com a sua voz sofrida como se estivesse perdido uma batalha. — E me dá a sua bolsa!   

— O quê? — Perguntei sem entender.   

— Me dá a sua bolsa eu preciso... Er... Esconder... Você sabe, droga!   

— Nem pensar, minha bolsa não vai relar nas suas... P-a-artes íntimas! — Respondi rapidamente e Taehyung me olhava de olhos esbugalhados com a sua respiração entrecortada onde eu podia ver o seu pulmão se mexer sob a camiseta.   

— Você causou isso! Me dá essa bolsa maldita, Celibatária! — Exclamou irritado e eu não pensei mais duas vezes antes de entregar a minha bolsa para ele com medo que ele tivesse um surto.   

Ah, droga! Taehyung segurou a minha bolsa contra o seu baixo ventre, que agora se encontrava meio alto ventre e eu só conseguia pensar no quanto eu adorava aquela bolsa e no fato de que eu nunca mais poderia usar ela!    

Taehyung pegou o seu braço livre e se escorou no meu ombro, passando o seu braço pelo meu pescoço, ele sequer conseguia andar direito nesse momento. Eu havia ido longe demais. Eu havia perdido a minha vaga no paraíso!    

Andava com Taehyung nas minha cola, ele disse para desviarmos dos seus amigos e as pessoas olhavam estranho para a gente e para a minha bolsa segurada com tanto afinco pelo adotado contra a sua intimidade. Eu realmente gostava daquela bolsa! Era o meu castigo divino, só pode ser!   

Saímos da Bangtan sem que nenhum amigo de Taehyung tivesse conseguido avistar a gente e isso pareceu deixar ele sete mil vezes mais aliviado, embora a sua respiração forçada ainda me deixasse preocupada.   

— Pra onde estamos indo, Celi? O ponto fica para o sentido oposto. — Taehyung perguntou enquanto eu andava em direção ao estacionamento.   

— Vamos com o Zelo.   

— VAMOS O QUÊ? — Taehyung gritou incrédulo e tentou parar no caminho. — Nem pensar! Já não basta a humilhação suficiente de chegar no hospital dessa... forma. Eu não vou naquela lata velha!   

— Você quer ser preso por assédio sexual no meio do ônibus? — Perguntei levemente irritada e Taehyung engoliu em seco.   

— Que carma maldito! — Sussurrou ainda apoiado em mim e por fim aceitou seu hostil destino de ser levado ao hospital pelo Zelo ou lata velha como ele gostava de chamar.   

   

   

***   

 A nossa chegada no hospital não havia sido da mais comum, eu saí do meu fusca dourado quando parei em frente a ala da UTI e gritei que precisava de uma maca, eu estava realmente desesperada porque o adotado parecia respirar com dificuldade cada vez mais, fora os gemidos que ele soltava no meio do caminho quando eu virada para uma curva mais acentuada e o seu rosto completamente vermelho.   

Os paramédicos chegaram com uma maca e Taehyung me encarou com um ódio descomunal antes de deitar nela e aceitar o seu cruel destino de incapacitação no momento. Eu estava com medo porque Kim Taehyung parecia insano e pronto para me matar à qualquer instante e a pior parte é que eu não poderia julgá-lo por isso. Eu era péssima. Eu extrapolei o limite do termómetro do sofrimento.   

   

A enfermeira saiu do quarto de Taehyung e olhou para mim no corredor me dando um sorriso gentil e dizendo que ele já havia sido medicado então eu poderia entrar já que ele precisava ficar um pouco sob repouso.   

Respirei fundo e mordi o lábio inferior antes de abrir a porta com cuidado e colocar a cabeça para dentro, apenas olhando para Taehyung. Ah... Ele parecia extremamente sexy, mesmo nessa situação estranha. Estava deitado na cama com a sua cabeça inclinada para trás e os seus olhos fechados, sua respiração parecia estar mais calma embora não estivesse normal ainda e ele segurava um saco de gelo na região do seu alto ventre.   

— Para de olhar! — A voz de Taehyung soou com um murmuro de dor e eu me senti mais culpada ainda enquanto via ele respirar pesadamente. — Aish... Sua pervertida! — Acusou me fazendo se sentir pior ainda.   

— Taehyung... Eu sinto muito... Era só para você ficar um pouco constrangido e...    

— Um pouco? — Perguntou irônico abrindo seus olhos me encarando e eu engoli em seco. — Meu corpo está doendo em um lugar estratégico, minhas mãos estão congeladas de segurar essa merda e eu sinto que não poderei procriar nunca mais. Realmente, obrigado, Abby!   

A culpa me consumia com as palavras de Taehyung antes de eu perceber que havia ido longe demais na minha sede pela vingança. Dei um passo e entrei no seu quarto hesitantemente calculando qualquer distância que eu considerava curta demais antes de parar à sua frente e me sentar em um banco que estava do lado da sua cama.   

— Você quer que eu segure? — Perguntei sem pensar enquanto olhava para o saco de gelo que ele segurava em seu colo e Taehyung arregalou os dois olhos ao mesmo tempo enquanto me olhava incrédulo. — Er... N-n-ão, eu q-q-quis, e-e-u...   

E então a barriga de Taehyung começou a se mexer enquanto ele deixava uma risada sofrida escapar dos seus lábios ao mesmo tempo que ele parecia se divertir com a situação, ele parecia estar sofrendo mais ainda por estar rindo e aquela coisa toda só me deixava mais constrangida ainda enquanto eu pensava que morrer não seria uma má ideia nesse momento.   

— Ah, meu Deus! Celibatária, por favor, não me faça dar risada agora que até mesmo isso dói. — Taehyung ainda falou com sua voz fraca e eu mordi o lábio inferior sem saber o que dizer. — Mas, se você quiser segurar, eu não irei me opor...   

— O q-quê? N-não, eu estou realmente, realmente, realmente muito bem. — Despejei as palavras desesperadamente.   

— Que bom, porque eu não estou realmente, realmente, realmente muito bem. Acho que você causou o problema, então você que tem que me ajudar a resolver ele... — Taehyung falou de modo sugestivo enquanto olhava para o seu alto ventre.   

Respirei fraco. Ai meu Deus! Ele estava certo, mas bom... Talvez não tão certo assim e... Ah, Deus! O quanto será que Taehyung estava sofrendo? Era minha culpa, apenas minha e...   

— Aish... Você deve estar realmente se sentindo muito culpada para não me xingar depois dessa brincadeirinha, hein? Eu estou brincando, Celi! Brincando! — Taehyung se pronunciou antes de respirar fundo. — Ahh... Por quê eu me sinto com peso na consciência por fazer você se sentir mal sendo que eu sou o único que estou sofrendo nessa situação deplorável? — Perguntou olhando para o teto, mas a pergunta não parecia ser exatamente para mim.   

— Não sei... — Murmurei e ele voltou seus olhos para mim me fitando intensamente.   

 — Ahhh... — O som saiu da sua garganta como uma doce melodia e eu pensei que isso soava bem com a sua voz rouca. — Vamos fingir que você não queria que eu sofresse tanto assim, Celi.   

— Tae, eu realmente não queria! — Exclamei enquanto segurava o desespero na garganta e sentia vontade de chorar feito uma menininha de cinco anos por ter sido má. Eu estava me sentindo um lixo de ser humano, muito pior do que qualquer coisa que Taehyung havia feito para mim. — Era para você sofrer só um pouquinho e eu estou realmente preocupada de você estar em um hospital e com peso na consciência e...   

— Eu sei, eu sei. — Taehyung me cortou no meio da frase me fitando com seus olhos onde eu via refletido uma calma surreal ali, para mim, Taehyung nunca havia parecido tão sereno antes, mesmo que seja nessa situação estranha. Ele levantou sua mão livre e deixou ela descansar no topo da minha cabeça deixando seus dedos deslizarem entre os fios do meu cabelo e fazendo um carinho singelo ali. — Eu sei. — Declarou pela última vez sem desviar os seus olhos dos meus. — Quando você me chama de Tae eu não consigo duvidar da sua sinceridade.   

Eu ainda olhava para os olhos tranquilos de Taehyung tentando assimilar suas últimas palavras e acalmar meu coração que batia disparadamente no meu peito. Taehyung deveria me odiar depois de hoje, certo? Então porque ele parecia tão dócil e tranquilo enquanto mexia carinhosamente nos meus cabelos?   

E foi naquele momento que eu percebi uma coisa: Taehyung era estranho e com ele nada era normal. Eu só começava a sentir um leve temor do quanto aquela anormalidade poderia refletir em mim.

 

 


Notas Finais


E como eu provavelmente não voltarei até o Natal eu desejo um feliz Natal para todos que comemoram, com muita comida e presentes lecais, que é isso que precisamos ♥♥~~

Se alguém ver algum erro me avise, que eu serei eternamente grata *o*
Eaí, o que acharam do capítulo? Me digam, por favor~~~~
Bjbj *o*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...