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História Advogado de Dia, Stripper de Noite (Jikook) - Caso 13


Escrita por: Altairvenus e AdharaMarte

Notas do Autor


Oie meus jãos!

⚠AVISOS⚠

° Terá algumas gírias em que o Jimin dará o significado para vocês poderem compreender melhor, mas aquelas gírias que ele não fala eu direi nas notas finais para vocês poderem compreender.

° Cada fanfic tem um jeito diferente de falar sobre ABO! Então obviamente o nosso jeito é diferente, então não venha comentários dizendo "ain mas não é assim" ou "ain mas isso não é possível", jão cada um escreve do jeito que quer e classifica do seu jeito!

BOA LEITURA!

Capítulo 2 - Caso 13


Jimin tinha o caso nas mãos e atrás de si o lúpus o seguindo até o seu escritório. Trabalhar com alfa, Jimin não entendi até que ponto o universo riria da sua cara.

— Chantagem de merda. — resmungou fechando a porta vendo o alfa se sentar em uma das cadeiras disponíveis.

— Não resmungue tanto, todos nós saímos ganhando. Você mantém o seu segredo e eu ganho reconhecimento. Viu? Ajuda compartilhada.

— Novato, deixa eu te explicar uma coisa que claramente você não entendeu muito bem, eu não trabalho com alfas pois é nítido que eu não gosto. — sorriu forçado. — E outra, estou trabalhando com você forçado, sabemos muito bem que se eu pudesse escolher alguém para ser o meu parceiro do caso com toda a certeza não seria você. — disse com grosseria.

— Isso não me importa Park. — deu de ombros dando a certeza ao ômega que ele literalmente cagou para suas falas. — Você tinha opção de escolher outro parceiro.

— E em troca meu segredo seria falado.

— Cada um com suas consequências, não estou aqui para resolver os seus problemas.

— Diferente de mim, que basicamente estou sendo obrigado a resolver o seu problema de ser um novato não reconhecido. Não te dá vergonha querer reconhecimento por cima de chantagens?

— Nessa vida temos que batalhar para ter as coisas e se for preciso chantagem, assim farei. Vergonha para mim é não fazer justiça, o resto eu não me importo.

Impressionante como até a voz do alfa fazia Jimin querer arrancar as suas tripas. Não é que Jimin odiasse alfas, longe disso, mas também não era obrigado a fingir simpatia e com certeza simpatia pelo Jeon ele nunca demonstraria.

— Agora chega de discussão besta e vamos ver o caso. — disse o alfa esperando Jimin abrir o documento.

Jimin abriu a pasta do documento do caso 13, relatório policial, relatório dos suspeitos, relatório do legista e o caso em si.

— O que é? — perguntando vendo Jimin ainda ler.

— Resumidamente o CEO da empresa Bangtan cometeu "suicídio". — riu ao falar suicídio.

— E por que está rindo de um suicídio.

— Bom novato se fosse realmente um suicídio não teríamos esse caso. — falou como se a resposta fosse óbvio, e de fato era.

— Provas de que não foi suicídio?

— Obviamente têm e por isso se transformou em um caso. — usou um tom sarcástico.

— Eu sei que não gosta da ideia de trabalhar comigo, mas pelo menos poderia parar com o sarcasmo? — se irritou com a infantilidade do ômega.

— Sarcasmo é a minha defesa para não cometer um assassinato. — o olhou nos olhos detestando vê a cara do alfa. — Mas tá bom. — suspirou cansado.

— Como ele foi morto?

— Envenenamento, uma tática muito boa tenho que admitir. — leu novamente os papéis.

— E como sabem que não foi suicídio?

— Pois para a pessoa se matar envenenado o frasco do veneno tem que estar no lugar a onde ela se matou. O assassino foi tão burro que esqueceu esse grande fato, se tivesse deixado lá provavelmente o caso nem seria aberto.

— Nome do morto.

— Choi YoungJae, ômega. Pelo o que diz aqui a funcionária da limpeza foi limpar a sala do CEO às seis e meia da manhã quando o encontrou morto em sua mesa com a boca cheia de espuma.

— Suspeita? — se levantou e foi para o outro lado da mesa ficando em pé inclinado ao lado do ômega.

— Não, pelo relatório da legista a morte exata do ômega foi às quatro e vinte e cinco da manhã, a funcionária não pode ter o matado. — pegou as outras folhas. — Ótimo! Só não empata a foda por falta de rola. — resmungou lendo o documentando.

— O que? — ficou confuso com a fala do ômega.

— Ah esquece, estou cansado demais para ficar explicando as gírias e frases de favelados. — revirou os olhos e deu o documento para o alfa. — O assassino foi muito inteligente, matou no mesmo dia em que todas as câmeras estava em concerto não dando pista nenhuma de seu rastro.

— Isso dificulta bastante as coisas para nós.

— Sim, mas nada é impossível.

— Quem são os suspeitos do relatório?

— Bom, basicamente a maioria dos funcionários foram embora cedo naquele dia, exceto o chefe de segurança, o recepcionista e o secretário do CEO. — leu o documento. — Porém os três alegam que os irmãos do ômega foram vê-lo. Então temos cinco suspeitos. Esse caso será o mais dor de cabeça para mim.

— Por que?

— Bom, primeiro estou fazendo o caso com você. — se levantou da cadeira e foi até o cabideiro pegando seu paletó e o colocando no corpo. — Segundo que temos cinco suspeitos, cinco respostas diferentes, podemos ter cinco verdades ou cinco mentiras. — deu de ombros. — Pegue os documentos, vamos para a delegacia.

Jungkook pegou os papéis guardando novamente na pasta e saindo do escritório com o Jimin. Enquanto Jungkook estava totalmente agitado Jimin estava totalmente neutro, com tantos anos de casos ele não sentia mais essa nostalgia que o alfa estava sentindo no momento, obviamente que quando conseguia solucionar o caso e dar ao seu cliente a justiça seu coração palpitava de nostalgia, mas era só nesses momentos de caso solucionado que ele sentia esse sentimento.

Adentraram a delegacia vendo o grande muvuco de policiais pra lá e pra cá. Com certeza um caso estava sendo de grande dor de cabeça para aqueles.

— Bom dia. — falou um policial se aproximando deles.

— Bom dia, gostaria de falar com o delegado.

— Quem gostaria?

— Advogado Park Jimin.

— Irei avisar o delegado da sua presença, mas não posso garantir que ele poderá te atender, doutor.

— Tenho certeza que ele irá. — assentiu vendo o policial indo avisar ao delegado.

— Está acostumado com isso? — perguntou o alfa olhando a muvuca ao seu redor.

— Quando você tem muitos anos de experiência acaba se acostumando com isso. Dica de sobrevivência para essa muvuca. — se aproximou um pouco do Jungkook para ele o escutar atentamente. — Dica número um, nunca pare um policial, sempre espere um deles vir até você como é no caso desse que acabou de falar comigo, esse provavelmente está encarregado de falar e dar recado para os outros. Dica número dois, não fique no meio da muvuca sempre fique em um canto como estamos fazendo agora. Dica número três, não importa a curiosidade nunca pergunte o porquê desse desespero, tudo isso provavelmente é porque o Estado está em cima deles colocando pressão por um caso extremamente importante ainda não solucionado.

— Nossa. — olhou em volta.

— O delegado irá atendê-lo, doutor Park. — disse o mesmo policial da última vez. — Ele está em sua sala.

— Obrigado. — agradeceu e foi até a sala do delegado já adentrando o local.

— Jimin! — sorriu olhando para o amigo já o abraçando. — Faz tempo que não nos vemos. Boa tarde, doutor. — deu um aperto na mão do alfa.

— Boa tarde, delegado.

— Caso 13, Yoongi. —se sentou na cadeira de frente a mesa do delegado e ao seu lado o novato.

— Caso 13, fico feliz que foi passado para você esse caso. — suspirou.

— Céus Yoongi! Quanto tempo não dorme? — reparou nas olheiras do alfa.

— Estou vivendo de café ultimamente.

— A muvuca é por qual motivo?

— O caso do Jack estripador. Está difícil de pegar o desgraçado, mas o foco não é esse. Bom, eu dei uma olhada nesse caso fiquei muito triste em saber que YoungJae foi assassinado.

— O conhecia?

— A empresa Bangtan ajudou muito economicamente a delegacia, YoungJae era um grande amigo para mim. — se lamentou. — Infelizmente eu não poderei lhe ajudar muito nesse caso, mas eu passei esse caso para o investigador da policial, não daria o caso 13 para qualquer um. Ele será de grande ajuda para vocês.

— Delegado? Me chamou? — falou o alfa entrando na sala que acabará de ser citado.

— Doutores esse é o investigador Lim Jae-Beom, conhecido como JB. — ambos se cumprimentaram. — JB, esses serão os advogados na defesa da justiça do Youngjae, vocês irão trabalhar juntos.

— Ah, certo. Será uma honra trabalhar com o senhor Park, tem inúmeros casos muito bem selecionados.

— Eu faço o que posso. — sorriu gentil. — Esse daqui é o meu parceiro do caso, Jeon Jungkook. — e assim os alfas se cumprimentaram.

— Bom senhores, como eu lhes disse antes, não poderei ajudá-los muito nesse caso, mas farei questão de prender o filho da puta que matou Youngjae, então trate de achar o assassino e me dê esse prazer.

— Com certeza delegado. — responderam.

— Foi bom te rever Yoongi e por favor vá dormir. — o abraçou se despedindo.

— O crime não dorme Jimin e sabemos disso. — se lamentou.

— Infelizmente não, mas mesmo que você durma o crime continuará a ativa então sugiro que vá dormir um pouco. Trabalhe por justiça, mas não deixe a sede da justiça te dominar.

Jungkook escutava cada fala do ômega e admirava mais isso, Jimin não era apenas um dos melhores advogados ômegas e sim um dos mais filósofos que já conheceu na vida. Cada palavra que o ômega dizia para os outros era totalmente profissional, uma coisa muito bonita de se ver.

Após se despedirem do delegado, os três vão para a sala do investigador questionar sobre o caso.

— Com quem desejaria falar primeiro, senhor Park? — perguntou JB olhando o ômega.

— Não precisa de tanta formalidade assim já que iremos trabalhar juntos, pode me chamar de Jimin. E eu gostaria de falar primeiro com a médica legista.

— Por sorte ela está na delegacia, irei chamá-la, com licença. — e se retirou da sala os deixando sozinho.

Jimin olhou o quadro que o investigador havia feito de cada detalhe dos suspeitos, causa da morte, local, corpo, tudo estava naquele quadro.

— Interessante. — sussurrou.

— O que é interessante? — foi para próximo do ômega e olhou o quadro.

— Youngjae tinha irmãos alfa e beta. — apontou para a foto com a legenda da classificação abo embaixo.

— O que lhes faz um foco maior de suspeitos.

— E por que? — o questionou, ficando curioso da resposta.

— A empresa Bangtan é muito rica e famosa por Seul e mesmo sabendo que ômegas são mais que capazes de governar uma grande empresa, ainda sim existem alfas e até mesmo betas que não aceitam esse tipo de fato, o que poderá ser no caso dos irmãos. Youngjae era CEO da empresa, Youngjae era um ômega.

— Está correto novato. Mas não vamos tirar conclusões precipitadas e sim guardar essa informação, faremos um interrogatório com os cinco suspeitos.

— Bom dia senhores. — disse a legista entrando na sala acompanhado pelo investigador.

— Jisoo, radiante como sempre. — elogiou a beta.

— Jimin, óbvio que estaria nesse caso. — cruzou os braços sorrindo para o amigo. — Diga-me no que posso ser útil meu amado amigo.

— Você sempre é útil.

— Eu sei. — jogou os cabelos escuros para trás.

— Eu ainda não li com cuidado o seu relatório sobre a morte de Youngjae, então me dê um resumo breve.

— Certo, Choi Youngjae morreu no dia dez de abril de dois mil e vinte exatamente às quatro e vinte e cinco da manhã, motivo da morte envenenamento. Porém o veneno ainda não consegui decifrar, infelizmente.

— Por que? — questionou Jungkook.

— O veneno é algo novo e sem uma base eu não poderei saber ao certo o nome, os sintomas causados, a química que obtém. Mandei a análise do sangue contaminado para pesquisa e quando obtiver o resultado passarei para vocês, mas infelizmente não poderei lhes ajudar muito.

— Bom, não sabendo a base do veneno não temos muito o que fazer realmente, não sabemos nem o efeito que pode causar e isso dificulta em certo ponto. — disse o ômega massageando a testa. — Eu achando que o assassino era um tanto burro, mas até que usou uma certa inteligência que seria pegar um veneno desconhecido.

— Mas isso é normal? — questionou novamente o alfa lúpus.

— Matar alguém por envenenamento não é tão comum, mas usar um veneno desconhecido é algo bem novo para todos. — respondeu o investigador.

— Tudo bem, obrigado Jisoo e quando obtive respostas do veneno por favor nos avise. — falou Jimin olhando para a amiga.

— Avisarei o mais rápido possível, mas não garanto que a resposta será rápida. — se lamentou. — Tchau senhores e tenham uma boa investigação. — e assim se retirou da sala deixando os homens ali.

— Tudo bem, JB nos dê todas as informações necessárias do ômega.

— A família Choi fundou aquela empresa de geração em geração, Choi Youngjae é o filho mais velho do senhor Choi, filho mais velho e ômega, logo em seguida vem o alfa Choi BamBam e o último filho e beta Choi Jinyoung. O senhor Choi escolheu Youngjar para ser o CEO da empresa por conta de ser o filho mais velho e digamos que até mesmo o mais concentrado.

— Onde o senhor e a senhora Choi estavam no dia da morte do filho?

— Em Busan visitando a mãe da senhora Choi. — respondeu para o Jungkook.

— Fotos do local da morte? — disse o ômega recebendo do investigador as imagens. — O local da morte ficará sem acesso até quando?

— Até finalizarmos, o senhor Choi não está com cabeça para trabalhar e disse que antes de qualquer lucro primeiro vem a justiça do seu filho.

— Aparenta ser um bom pai. — falou Jungkook olhando as fotos que Jimin o entregava. — Motivo das suspeitas serem suspeitos.

— Ao todo do caso, infelizmente todas as câmeras estavam em concerto e não temos como achar o culpado tão facilmente, porém no dia dez todos os funcionários saíram exatamente às oito horas exceto o recepcionista, o chefe de segurança, o secretário do Youngjae. Os três afirmam a entrada dos irmãos para o escritório do Youngjae, então obviamente eles serão suspeitos, o secretário afirma ter visto o chefe vivo por último dizendo que ele ficaria até tarde checando alguns papéis de lucro da empresa.

— Quanto tempo Youngjae ficou na liderança da empresa?

— Oito meses e em apenas oito meses ele ganhou dois prêmios de extrema importância para o crescimento do Bangtan.

— O que certamente daria uma grande raiva nos irmãos que não foram escolhidos. — pensou o alfa lúpus tendo atenção dos parceiros.

— Está sugerindo o que, Jungkook? — perguntou o investigador.

— Sabemos muito bem que ômegas governando grandes empresas e que isso é uma coisa muito nova para todos e nem todos aceitam isso pois acham que… — fora interrompido.

— Que ômegas não são capazes de tamanha inteligência e capacidade de ter liderança numa empresa pois os mesmo não nasceram para governar e blá blá blá, sabemos do discurso novato vá para o ponto específico.

— Não acho que os irmãos tenham aceitado numa boa a escolha do pai por fazer um ômega ser o CEO da empresa de família só por ser o mais velho dos três. Mas ainda temos que apenas pegar mais pistas sobre o caso em si.

— Concordo.

— Bom, todos os suspeitos sempre tem o famoso exagerado. — disse Jimin olhando para o investigador. — Quem é o nosso exagerado?

— Jackson Wang.

— Peça para chamarem para um interrogatório, ele será o primeiro que eu irei querer ver.

— Certo. — saiu da sala indo pedir para um dos companheiros de trabalho buscar Jackson para um interrogatório.

— O que seria um suspeito exagerado?

—Leia isso em voz alta e eu te explicarei. — entregou o papel do relatório do Jackson naquela manhã da morte do Youngjae.

"Ele não podia ter morrido, ele não podia. Ele era bom, mesmo tendo feito aquilo comigo, ele continuava sendo uma pessoa boa.", o senhor Wang estava muito abalado nas suas falas e não conseguia parar de chorar. — terminou de ler o relatório.

— Suspeito exagerado é um suspeito que faz muito drama na cena o que lhe resulta em ser sincero e até sincero demais. — ironizou na última fala. — Pode ser sim que o próprio Wang esteja muito abalado com a morte do chefe, como também pode ter sido uma cena de puro drama para não causar impacto para os outros. Você é novato nisso Jungkook e mesmo não gostando de você como meu parceiro farei o meu melhor para te passar os meus conhecimentos de advogado.

— Então sempre terá o suspeito exagerado?

— Noventa e cinco por cento dos casos sim, então sempre fique atento nesse tipo de suspeito.

— Certo. Quais são os outros tipos de suspeitos?

— Além do exagerado também há o inocente, defensor, o que não sabe de nada e o ajudador.

— Poderia explicar?

— Sou o seu mentor, é o meu dever te explicar. — suspirou. — Suspeito inocente é aquele que tem menos provas contra si, obviamente pensamos na hora que se ele não tem provas contra si o mesmo não é culpado, em certa parte sim e até alguns casos podemos descartá-lo, mas nos casos raros o mais inocente é o mais suspeito então sempre mantém o olho aberto para esses tipos de pessoas. Suspeito defensor é aquele que se defende muito para pouco coisa, é digno daquele próprio ditado "por que se defende tanto se não deves nada?", sempre fique atento nas respostas de defensoria que o suspeito dará, porque quem deve muito acaba falando demais e isso nos dar benefício pois o suspeito acaba falando tanto na sua defensoria que acaba soltando algo o que o condena. O suspeito que não sabe de nada, bom o próprio nome diz ele não sabe de nada. — deu de ombros. — E o suspeito ajudador é aquele que nos beneficia no caso, ele também pode ser considerado como cúmplices, mas são bem raros esse tipo de coisa pois cúmplices não falam tanto, o suspeito ajudador acaba ajudando sem nem ao menos saber ou até mesmo sabe e está disposto a colaborar. Pode compreender toda a explicação?

— Sim.

— Terá outros casos que terá outros tipos de suspeitos, mas em todos sempre terá esses cinco, alguns mais fáceis de classificar onde cada um se encaixa e outros mais difíceis.

— Certo, então… — foi até o quadro de suspeitos do investigados. — Jackson Wang é classificado como exagerado. — anotou em cima da foto do mesmo.

— Exatamente, falta acharmos agora os outros quatro.

— Senhores, Jackson já está na sala de interrogatório. — falou JB aparecendo na porta.

Então assim os três foram ao rumo da sala de interrogatório vendo o senhor Wang sentado na espera. Os três repararam na aparência e ele estava péssimo e isso qualquer um via de longe.

— Por que vocês estão interrogando um inocente sendo que os verdadeiros assassinos estão à solta. — olhou para os advogados que haviam se sentado à sua frente e ficando em pé andando de lá para cá o JB.

— E quem seriam esses assassinos? — perguntou Jimin.

— Os próprios irmãos, óbvio.

— Não se preocupe que cada um terá a sua vez de ser interrogado e se você não deve nada então não haverá problemas em responder algumas perguntas.

— Tanto faz.

— Bom senhor Wang a sua fala no dia da morte do Choi Youngjae foi: "Ele não podia ter morrido, ele não podia. Ele era bom, mesmo tendo feito aquilo comigo, ele continuava sendo uma pessoa boa.". — Jungkook leu o documento.

— Meio exagerado não? — falou o ômega tendo o olhar de fúria do alfa suspeito.

— Exagerado? Qual é a porra do seu problema cara?! — aumentou a voz irritado.

— Meu problema? — arqueou a sobrancelha, odiava suspeito que se fazia muito de vítimas. — O meu problema é ter que solucionar a morte de um ômega, mas diga-me você Wang porquê tanto chororô por um chefe?

— Que porra é essa?! Ele morreu caralho! Morreu! — seus olhos lacrimejaram. — Vocês estão perdendo tempo comigo enquanto podia estar muito bem interrogando os irmãos do Youngjae.

— Por que tanta insistência nos irmãos? — questionou Jungkook.

— Isso é óbvio, os irmãos odiavam a liderança do Youngjae e não era para tanto, Youngjae era um ótimo CEO. Mas se querem provas da rivalidade de ambos, check as gravações do dia seis de agosto de dois mil e dezenove.

— Por que?

— Esse foi o dia da reunião que tiveram para anunciar o que cada Choi seria na empresa. Cheque as gravações do elevador e poderá ver os irmãos Choi discutindo feio sobre os cargos dados.

Os advogados se entreolharam, já tinham suspeitas demais nos irmãos e agora só aumentava.

— Diga-nos o que estava fazendo no dia anterior à morte do Youngjae. — falou JB.

— Estava na recepção fazendo o meu trabalho, pode checar com o chefe de segurança, ele lhe dará o meu álibi que eu fiquei todo momento na recepção.

— Iremos confirmar. Por enquanto é só senhor Wang, mas fique atento que provavelmente o chamaremos para mais um interrogatório.

— Vou-lhes dar uma dica. — se levantou da cadeira. — Sugiro que comece a investigar logo os Choi, eles são o causador da morte do Youngjae.

— Não se preocupe que todos terão sua oportunidade de interrogação, mas para alguém que é suspeito você está muito determinado a culpar outros. — respondeu Jimin.

— Porque eu sei que foram eles.

— Provas?

— O que?

— Tem provas? Testemunhas? Documentos ou objetos que possam provar que eles são os assassinos de Choi Youngjae?

— Não.

— Então você sabe muito menos do que a gente senhor Wang. Não se intrometa no nosso trabalho, pois pode ter certeza que faremos com muita competência.

— Enquanto vocês ficam aqui falando com um suspeito aleatório, os assassinos estão a solta provavelmente dançando no túmulo que deram para o próprio irmão.

— E isso faz alguma diferença? — se levantou da cadeira cruzando os braços. — Estamos buscando a justiça de um morto, mesmo que o ou os assassinos estejam a solta o Youngjae continuará morto, então não nos apresse.

— Você é um grande cuzão. Não nutre nem um pingo de sentimento de compaixão. — virou-se para poder sair da sala.

— Wang! — chamou Jungkook fazendo o mesmo se virar e o olhar. — Nas suas falas você dizia: " [...] Ele era bom, mesmo tendo feito aquilo comigo, ele continuava sendo uma pessoa boa.", O que ele fez?

— Choi Youngjae era uma ótima pessoa independente de tudo, mas procure saber a resposta dessa sua pergunta para os irmãos Choi. Garanto que a resposta deles será muito mais interessante. — e por fim saiu da sala.

— Chamarei o irmão alfa para o interrogatório. — disse o investigador olhando para os advogados.

— Sim.

Os três saíram da sala, os advogados voltaram para a sala do investigador enquanto o mesmo ia certificar que o alfa viesse para a investigação.

— Tem algo a mais no exagero dele.

— E o que seria novato?

— Luto. — foi até o quadro olhando a foto do Jackson. — E não é um luto de quem perdeu o chefe, esse luto obtém sentimentos fortes. Se for realmente um drama como você mesmo disse que possa obter nos suspeitos exagerados, o Jackson está fazendo esse drama muito bem. — olhou o ômega. — Tenho quase uma certeza que Jackson tinha mais que uma simples relação de funcionário e patrão.

— Um caso entre os dois?

— Ainda não sei, vamos ver primeiro a reação do Choi alfa e assim tirar as devidas dúvidas.

— Certo.

Ficaram conversando mais um pouco questionando cada suspeito até o ômega receber uma ligação e parar a conversa para poder atender.

 

~ Consagrado! Hoje a boate abre às seis, pois terá uma festa de aniversário de um ótimo cliente. Vai dá para dar uma fuga do seu trampo para poder trampar aqui no bagulho?

— Condenado, acho que dá para dar uma fugida nesse bagulho. Diga para o jão do Hobi que em um dos meus especiais ele dançará comigo.

~Demorô vagabundo. Vou dar um salve nele e aviso.

— Pode pá jão. Nos vemos quando a pica endurecer.

 

Jimin assim desligou a chamada recebendo o olhar do Jungkook sobre si.

— Qual foi, moleque? — guardou o celular.

— Desculpa ter escutado a conversa, apesar de eu não ter entendido nada. — fez uma careta de não compreensão.

— Não sabe o que significa a expressão da fala quando a pica endurecer?

— Não. Nem sabia que dava para usar essa fala em um tipo de expressão.

— Ah você é não é favelado. — lamentou. — Sofro por você agora.

— Você é advogado, stripper e favelado? O que mais Park Jimin é?

— Seu mentor. — deu de ombros. — Mas a parte do favelado é algo raiz, eu nasci com favelados e tenho a honra de ser um também. Devemos honrar os nossos porque os outros não farão questão.

— E mesmo sendo um advogado não parou com as gírias?

— Não, ser advogado é a profissão que eu quis exercer. Não vou renegar a minha raiz por causa da minha profissão. Tens que saber separar as coisas e as pessoas, com as pessoas desse ramo de direito eu uso o termo formal e o com meus amigos eu uso minhas gírias de maloqueiro safado, já que somos parceiros você escutará todos os tipos de gírias, expressões e xingamentos dignos de favela.

— Entendo.

— Você não fala nem uma gíria?

— Algumas vezes eu uso o termo mano.

— É. — suspirou. — Você realmente não é um favelado raiz. — revirou os olhos.

A atenção dos advogados fora para o investigador que havia acabado de adentrar o local.

— O alfa Choi só poderá comparecer às quatro da tarde.

— Certo. — jogou os fios loiros para trás.

— Podemos ir para o seu escritório Jimin? Aqui na delegacia está uma muvuca e tem certas informações que não poderão escutar.

— Vamos sim. Pegue todos os documentos que tem em mãos e poderia me dar essas fotos? — apontou para o quadro de suspeitos. — Vamos fazer um quadro de suspeitos no meu escritório, assim não precisaremos vir tanto aqui na delegacia dando privacidade aos policiais com seu trabalho.

— Ótima ideia, irei pegar os documentos. Mas antes terei que resolver um assunto do meu antigo caso com o delegado.

— Tudo bem, nos dê os documentos e revisaremos o caso no meu escritório e quando for quatro horas voltaremos para interrogar o alfa Choi e depois ir para o meu escritório discutir sobre as respostas dos suspeitos de hoje, de acordo?

— Completamente. Pode pegar as fotos, vou pegar os documentos. — foi até a sua mesa e Jungkook fez questão de pegar as fotos. — Aqui. — deu ao ômega a pasta. — Até as quatro senhores.

— Até logo, JB.

Os advogados saíram da delegacia indo para o carro do Jimin que deu partida para dirigir.

— Que horas são novato?

— Uma e meia.

— Vamos almoçar.

— Eu conheço um ótimo restaurante próximo daqui.

Jungkook deu as devidas orientação para chegar ao restaurante, aproveitaria para poder falar com alguém. De fato aquele restaurante não era muito conhecido, era um restaurante casual, como se fosse um restaurante para as pessoas do bairro. Jimin estacionou o carro e adentrou no local logo depois do Jungkook, pode-se ver que tinha apenas três meses ocupadas, o restaurante era algo realmente para o bairro.

— Tio Jungoo! — gritou uma menina que estava brincando em uma das mesas do restaurante.

— Oi, meu amor. — se abaixou e pegou a menina nos braços já abraçando.

Jimin reparou na pequena garotinha, ela era muito bonita e tinha traços parecidos com a do Jeon, como os olhos por exemplo. Lindos olhos a jovem menina tem.

— Oi. — cumprimentou o ômega um pouco envergonhada.

— Oi pequena. — sorriu para ela.

— Suzy, esse é o parceiro do caso do tio, Park Jimin.

— Seu cheiro é gostosinho, senhor Park. — sorriu gentil e Jimin se via tendo um ataque de fofura com aquela garotinha.

— É que eu sou um ômega lúpus.

— Que legal! O tio é alfa lúpus e o meu pai é apenas um alfa e eu sou apenas uma ômega comum. — deu de ombros. — O senhor é muito bonito.

— Não precisa me chamar de senhor, pode me chamar de… — fora interrompido pelo moreno ao seu lado.

— Mochi. — o provocou.

— Será que o Ibama me prende se eu te agredir? — o fuzilou com os olhos. — Pode me chamar de Ji. — voltou atenção para a menina.

— Cadê o Junghyun? — perguntou para a sobrinha.

— Está na cozinha, vou chamá-lo tio. Pode se sentar que já irei atendê-los. — sorriu correndo para a cozinha.

— Vamos sentar ali. — andou até a mesa sendo seguido pelo loiro e assim se sentando.

— Restaurante do seu irmão?

— Sim.

— Estabelecimento de família?

— Não, ele comprou com ajuda da sua ômega e agora trabalham juntos nesse restaurante. Não a vi por aqui então provavelmente deve ter ido fazer as compras.

— Jungkook-shi! — disse o outro alfa indo até a mesa e abraçando o irmão.

Jimin reparou nos alfas a sua frente, tinham traços bem parecidos, porém os olhos do Jungkook eram unicamente dele e Jimin se via curioso em saber de quem aqueles olhos pertenciam se da mãe ou do pai. A diferença destaque dos irmãos era a cor do cabelo, enquanto Jungkook era moreno o outro era loiro com raiz castanho, provavelmente o loiro era tinta de cabelo.

— Ah olá! — cumprimentou o Jimin com um aperto de mão.

— Oi.

— Esse é o Park Jimin meu parceiro do caso.

— Ah sim, fico grato que esteja passando seu conhecimento para o Jungkook-shi. — sorriu gentil para o ômega.

— Cadê Dahyun? — perguntou da cunhada.

— Foi fazer compras, já já ela chegará. O que desejam comer?

— Hum, lámen? — olhou para o ômega que confirmou com a cabeça. — Lámen com um suco natural para acompanhar.

— Certo. Suzy já irá trazer, o macarrão está no fogo.

— Tá bom.

Junghyun saiu voltando para a cozinha os deixando novamente sozinhos.

— Desculpe a intromissão, mas por que você é um lúpus e o seu irmão não?

— É que na família da parte do meu pai tem uma pequena geração de lúpus e eu tive essa generosa coisa de obter no sangue me fazendo ser um lúpus, meu irmão não teve essa generosidade.

— Seus pais então são classificados clássicos do abo?

— Sim, ômega e alfa clássicos. Só eu do diferentão. — revirou os olhos.

— Certo.

— Eu estou com curiosidade em saber como você falaria essa pergunta versão favelada.

— Gamou no meu jeitão de favelado top, né?

— Gamou? — repetiu a palavra lentamente. — O que isso significa?

— Universo me dê paciência. — suspirou. — Se caso eu fosse dizer a tal pergunta para um dos meus amigos favelados, seria exatamente assim que falaria: E aí meu jão humilde, cola aqui na base para eu te fazer um questionamento dos tops. Por que o espermatozóide do teu irmão não é sangue azul como você meu zé mané?

— Sangue azul? O que significa isso?

— Sangue azul tem muitos significados, dependerá onde colocará na frase. Tipo a minha frase o sangue azul significa que o seu irmão não é especial como você, mas em outros tipos de frases o sangue azul pode significar que a pessoa é diferente no modo ruim.

— Dê-me uma frase de exemplo do sangue azul modo ruim.

— Aquele moleque é 'mó sangue azul jão, não é digno do vermelho. — se refere ao vermelho do sangue. — Sentiu o jeito que eu falei? Tudo também depende do modo que você fala e se expressa, nesse exemplo eu usei um tom de desgosto então você pode calcular que eu não vou com a cara da pessoa.

— Entendi. — confirmou com a cabeça pensando nas falas do Park.

— Aqui a comida. — disse a menina levando uma bandeja com os pedidos em cima.

Eles ajudaram a menina a colocar a comida na mesa, depois de agradeceram pela gentileza da Suzy, ela voltou a brincar na mesa que estava antes os deixando comer em paz. Jimin olhou o prato e sentiu o cheiro da comida, pela visão e olfato aquilo estava muito gostoso e só comprovou ao colocar um pouco na boca.

— Puta merda! É de cair o cu da bunda. — se deliciou com o sabor.

— Cu da bunda?

— Novato você tem que se acostumar a me ver falar esses tipos de expressão já que iremos trabalhar juntos no caso.

— Achei que só falava gírias com seus amigos. Então eu sou seu amigo agora?

— Não, não é. Seleciono as minhas amizades e te garanto que se tivesse uma lista de futuros amigos você estaria nas primeiras fileiras dos últimos. — respondeu ignorante porém sincero. — Mas quando estou longe das pessoas de direito eu acabo falando algumas gírias e expressões por ser uma parte de mim já que sou digno favelado raiz. Então se acostuma.

— Tudo bem, mas só para ter certeza que entendi corretamente, a expressão que usou foi positiva, certo?

— Sim.

Jungkook pusera em sua cabeça que não seria só o caso 13 o seu maior desafio e sim tentar compreender as gírias e expressões do Jimin como um favelado.

Assim ambos comeram em silêncio, após terminarem os dois vão até a Suzy e Junghyun para se despedir.

— Obrigado por ter vindo almoçar aqui senhor Park, espero vê-lo mais vezes.

— Ah, pode ter certeza que me verá sim, a comida daqui é maravilhosa. — o elogiou.

Jungkook ia se pronunciar quando viu uma ômega entrar no local com duas sacolas grandes cheia de coisas dentro.

— Vivenciei o inferno hoje na feira. — falou dando as sacolas para o alfa loiro.

— Mamãe! — disse Suzy indo abraçar a mulher e sendo retribuída.

— Amor, pegue a garrafinha de água da mãe, por favor?

— Claro mãe. — foi para a cozinha.

— Jungkook-shi! — disse animada abraçando fortemente o lúpus. — Ah moleque danado!

— Dahyun eu já disse que não sou tão moleque assim! — fez birra.

— Continua uma criança, gosto assim. — bagunçou os fios escuros do moreno. — Meu universo! Que beleza esculpida pelos deuses. — disse olhando para o Jimin e apertando as bochechas do mesmo.

Jimin não estava esperando esse tipo de ação vinda da ômega e de certo modo ficou envergonhado pela proximidade e o sorriso fofo dela.

— Dahyun, para com isso! — disse o lúpus puxando a cunhada para se afastar do Jimin. — Dahyun, esse é Park Jimin meu parceiro do caso, Jimin essa é Jeon Dahyun minha cunhada totalmente sem noção.

— Sem noção. — revirou os olhos. — Eu só tenho facilidade muito grande de me expressar, é diferente.

— Nem mesmo você acredita nessa sua resposta. — retrucou.

— Aqui mamãe! — falou a menina voltando com a garrafinha de água e entregando para a mais velha.

— Obrigada, meu anjo. Mas e aí Jungkookie? Quando irá nos presentear com um sobrinho? Suzy quer primos para brincar.

— Por isso eu não venho tanto para cá, você sempre toca no assunto de filhos sendo que eu não estou em nenhum relacionamento. — revirou os olhos conhecendo muito bem a cunhada. — Bendita hora que o meu irmão quis casar com você.

— Você me ama moleque.

— Vou indo, temos que resolver uns assuntos do trabalho. Tchau Suzy. — abraçou a menina. — Depois o tio te sequestra e te leva para um parque de diversão.

— Demais! — sorriu animada causando risadas no moreno. — Tchau Ji! — acenou para o ômega que retribuiu o gesto.

— Foi bom te conhecer e desculpe por esse meu jeito. — sorriu envergonhada. — Bom, tchau para vocês dois e bom trabalho. — acenou indo para a cozinha.

— Jungkook-shi é semana que vêm. — falou Junghyun olhando para o irmão.

— Eu sei, eu passo na sua casa para podermos ir.

— Irá levar para ele?

— Ele não merece absolutamente nada vindo de nós. — respondeu sério e o seu irmão suspirou.

— A morte é uma forma de pagar pelos seus pecados, Jungoo.

— Que ele pague caro no fogo do inferno. — fechou os punhos que pode ser visto pelo Jimin. — Eu vou indo Jung, depois nos falamos, tenho muito trabalho ainda. — o abraçou.

Após se despedirem por fim os advogados foram em rumo a empresa que trabalhavam já adentrando o escritório do ômega e assim fazendo o quadro dos suspeitos para facilitar no caso.

— Por favor leia o relatório dos suspeitos para mim. — disse Jimin olhando para o quadro.

— Resumidamente, Jackson estava abalado demais para falar da morte do chefe. O secretário Mark afirmou ter visto o chefe por último com muita disposição, tanto que ele iria ficar até tarde no escritório.

— Mark afirma ter visto o chefe por último, mas não necessariamente isso pode ser verdade. — pensou olhando ainda para a foto do Jackson. — Temos que ver pelas câmeras da rua o horário que cada um dos cinco saíram.

— Pois se Mark afirma que viu o chefe por último, não necessariamente ele foi o último se ainda obtiver pessoas na empresa.

— Correto. — concordou com o raciocínio do moreno. — Ele pode ter sido o último a vê-lo com vida basicamente. Próximo suspeito.

— Os irmãos disseram que foram falar com o Youngjae sobre assuntos da empresa, mas todos os outros três suspeitos afirmaram a saída deles, então eles não foram os últimos a sair da empresa.

— Mas mesmo assim temos que checar a saída de todas pelas câmeras de segurança da rua, pois as câmeras da empresa estavam em concerto.

— Certo, o último suspeito é o segurança que apenas disse que não viu nada de suspeito naquela noite e saiu da empresa junto com o recepcionista que no caso é o Jackson.

— Vamos pensar com calma o interrogatório do Jackson. — andou pelo escritório, uma mania que fazia quando queria pensar com cautela. — Jackson é o suspeito exagerado do caso, chorou muito pela morte do chefe e afirmou com precisão que os culpados eram os irmãos.

— Pelo jeito em que ele se encontrava, ainda estava arrasado com a morte e está destinado a querer achar logo o assassino de Choi Youngjae.

— Exato. Pode ser considerado sede por justiça do ômega morto ou fazendo o exagero para nos despistar nos fazendo acreditar que ele é inocente sendo que não é.

— O suspeito exagerado é realmente muito esperto em certa parte.

— Sim, eles são, mas com muita inteligência e força de vontade conseguimos decifrar se o exagero é real ou drama para essa novela.

— Para você, qual é um dos piores suspeitos.

— Para mim todos os tipos são ruins de se decifrar, cada pessoa tem uma forma de agir e falar. — lambeu os lábios. — Mas os piores são os exagerados e inocentes. Os exagerados eu já dei exemplos, os suspeitos inocentes são bem espertos, pois sempre consegue desviar as pistas para prejudicar outros ou fazer a gente acreditar na possibilidade de ter outro suspeito na lista. Sempre lembre-se do que eu te disse hoje mais cedo sobre os tipos de suspeitos, não é porque não tem provas contra si que ele será totalmente inocente, mas sempre mantém o profissionalismo e pense com cautela com cada suspeito.

— Está bem.

— Com base no interrogatório do alfa Choi saberemos um pouco da base do suspeito Jackson.

 

[...]

 

— Ele já está na sala. — falou JB vendo os advogados adentrarem a delegacia.

— Vamos então. — andaram pelos corredores. — Está com um advogado?

— Sim.

— Ai que delícia. — sorriu grande.

— Por que o sorriso? — perguntou o alfa lúpus.

— Todos os suspeitos têm direito a um advogado, mas eles optam se vão querer ou não para usar no interrogatório, Jackson não precisou, porém ele sim, porque precisaria de um advogado se não for realmente um suspeito?

— Brilhante! — se impressionou.

— Já disse novato, com anos de experiência você acaba raciocinando os pequenos detalhes.

Adentraram a sala vendo o alfa Choi e seu advogado ao seu lado sentados à sua espera.

— Boa tarde, senhores. — cumprimentaram os mesmo sendo respondidos.

— Choi BamBam certo? — disse JB vendo o alfa confirmar.

— Meus pêsames pela morte do seu irmão. — falou o ômega se sentando à sua frente.

— Tudo bem. — sorriu gentil.

— A provas concretas que o senhor acompanhado do seu irmão beta foram falar com Youngjae, correto?

— Sim.

— O que falaram?

— Sobre o projeto novo que Youngjae estava planejando, ele estava mantendo isso em segredo e eu e o meu irmão fomos para ajudá-lo em alguma coisa, mas ele disse que não precisava, ficamos poucos minutos na sala dele.

— Certo. Como era a sua relação com o seu irmão?

— Melhor impossível, eu o amava muito e sempre o apoiei em tudo.

— A uma pessoa que não acha isso e ainda coloca muita certeza.

— Jackson. Não irão se deixar ser manipulados por aquele alfa pobretão, não é mesmo, doutores?

— Não citamos o nome dele. — falou se inclinando na mesa prestando mais atenção na fala do Choi. — E por que dá certeza que foi Jackson?

— Jackson sempre foi apaixonado pelo meu irmão, até pode se chamar de obsessão. Os dois até tiveram um caso às escondidas.

Jungkook estava certo sobre a sua teoria, aquela dor que Jackson carregava em seus olhos não era luto por um chefe e sim luto por um amor. Quando se perde alguém de extrema importância para si de uma forma dolorosa acaba tendo o poder de reconhecer a dor alheia.

— Às escondidas?

— Sim, mas meu irmão teve que romper tudo com ele pois nosso pai não aceitava que seu ômega namorasse um alfa pobre e o forçou a romper o caso dando término do namoro. Jackson desde esse dia tem uma raiva grande pela família Choi e principalmente por mim e pelo meu irmão que contamos para o nosso pai do caso do Youngjae.

— Então acha que o Jackson culpa você pela morte do Youngjae por conta da raiva? — questionou Jungkook.

— Sim. Raiva da família Choi por ter feito o namoro acabar, raiva de mim por ser o causador do término, raiva pelo assassino ter tirado a vida do amor da sua vida. Um homem que perde um amor pela morte se torna um condenado por seus próprios demônios.

— Certo.

— Mas tudo isso pode ter sido ciúmes. — deu de ombros. — Youngjae estava começando a ter um caso com um alfa de uma das nossas parcerias e parecia gostar bastante do rapaz, Jackson pegou os dois se beijando no escritório do Youngjae e as coisas não ficaram muito bem.

— O que houve?

— Bom, só posso dizer que Jackson teve que ser segurado por dois seguranças e desferiu tantos socos no tal alfa que o sujeito ficou com o rosto todo inchado. O chefe de segurança pode afirmar isso.

— Onde está esse tal alfa?

— Ele está no Japão, está inaugurando sua empresa lá também e já está lá por dois meses.

— Então sugere que o Jackson poderia ter matado o seu irmão? — perguntou JB.

— Não estou afirmando nada. — levantou as mãos num modo de se render. — Mas o ciúmes faz a pessoa ficar violenta e se Jackson teve a coragem de bater no alfa ele poderia ser capaz de matar até o Youngjae, por sorte Youngjae convenceu o alfa ferido a não denunciar o Jackson, se não ele estaria agora mesmo atrás das grades.

— Mas por que Jackson o mataria?

— Youngjae sempre fazia as vontades do nosso pai e se o mais velho ordenou que terminasse o relacionamento, assim ele fez. Youngjae sempre seguia as vontades do nosso pai, então se ele disse que não era mais para ter aquele caso com o Jackson o Youngjae seguiria cegamente suas vontades. Jackson poderia ter o matado com o pensamento se você não será meu, não será de mais ninguém.

Os advogados se entreolharam, até que fazia sentindo em certo ponto.

— Tudo bem. Obrigado senhor Choi.

— Eu quero achar o mais rápido possível o assassino. Meu irmão merece ter a sua justiça até mesmo na morte.

— Certo. — falou Jimin desconfiado.

Os três se retiraram da sala indo ao rumo a empresa de advocacia, discutiriam aquele assunto no escritório do Jimin.

— Choi Bambam assim como o Jackson se tornaram grandes suspeitos nesse caso. — falou o ômega olhando para o quadro tendo atenção dos alfas para si. — Ambos culparam um ao outro com uma certeza, podemos ver a rivalidade entre os dois.

— Choi foi um suspeito defensor, Jimin. — respondeu Jungkook o olhando. — Ele deu muita defensoria para si para pouca pergunta e ele sabia com certeza que o Jackson era o cara que estava o acusando.

— Está certo.

— De fato as falas do Choi podem estar certas de certo modo, temos que comprovar a história da briga que Jackson teve com o chefe de segurança, assim como também comprovar que saiu junto com ele. Logo depois checar as câmeras de segurança do elevador para ver se realmente teve a discussão dos irmãos por conta do cargo, as falas que eles deram nos dará uma certeza de quem estava de acordo com a escolha do CEO. — respondeu JB. — E temos que confirmar com o Choi beta se realmente existia um relacionamento do Jackson com Youngjae.

— Resumidamente, se o Bambam for o mais alterado do vídeo do elevador podemos tirar uma teoria que ele pode ter matado o irmão por causa do cargo de CEO.

— A teoria do Jackson é o término do relacionamento, mesmo sendo um suspeito, a teoria do Bambam fez sentido, o ciúmes pode cegar a pessoa de ódio e se ela for completamente obsessiva o ciúmes será em dobro. — concluiu Jungkook.

— Sabe qual é a diferença disso tudo? — falou o ômega olhando para os alfas. — Que Jackson sente mais o luto do que o próprio irmão do morto. Jackson demonstrava sua dor, ele não está bem e isso pode ser visto, tanto que o próprio Jungkook via isso e fez a conclusão que não era apenas um luto e que sim obtinha um certo sentimento ali. — lhe deu reconhecimento. — Bambam não sente o luto e até diria que ele nem se importa.

— Por que? — questionou o lúpus.

— Porque quando eu lhe dei os pêsames, ele me respondeu com um tudo bem e sorriu, quando se dá os pêsames a pessoa lhe responde com um 'obrigado' e não um 'tudo bem', nunca ficamos bem com uma morte então por quê ele disse isso?

— Bom questionamento.

— Mas mesmo assim lembramos que Jackson é um suspeito exagerado. O exagero é a sua melhor arma e se ele for muito bom no drama poderá manipular a nossa mente fazendo a gente achar que ele é inocente.

Jimin viu seu relógio de pulso vendo que já eram cinco e meia, teria que ir embora mais cedo para trabalhar na boate.

— Terei que ir agora, continuamos o trabalho amanhã.

— Por que? Temos mais duas horas até finalizar o nosso horário. — questionou Jungkook.

— Tenho um compromisso e terei que ir embora mais cedo.

— Então irei para casa ficar com meu ômega. — falou JB. — Irei pedir um mandado para ter acesso às câmeras de segurança da empresa para vermos amanhã.

— Certo, obrigado JB. Esteja aqui às oito da manhã.

— Estarei sim, tenham uma boa noite. — saiu do escritório os deixando sozinho.

— Você tirou duas do seu tempo para ir dançar na porra da boate?!

— Isso não é da sua conta, Jeon.

— Temos um assassino a solta e você quer ficar dançando num palco? Não se importa mesmo com o caso não é?

— Olha aqui Jeon, deixa eu te explicar uma coisinha que é nítida que você não conseguiu compreender ao decorrer do caso em si. — falou grosso o olhando nos olhos. — O ômega já está morto! Entendeu? Estamos fazendo justiça para a família ter a satisfação da certeza que o assassino está atrás das grades, mas acredite, novato, achar o assassino não fará o ômega ressuscitar! Não vivo pelo trabalho e tenho outras coisas em mente. Já fizemos o nosso melhor hoje e ainda teremos o amanhã para continuar, você é novato nesse ramo, mas acredite nenhum caso é solucionado em apenas um dia então tenha paciência e para de encher a porra do meu saco!

— Isso não muda o fato que ainda temos duas horas para falar e pensar no caso, mas não poderemos pois o Mochi tem que dar o seu showzinho. — falou alto tendo Jimin tampando sua boca com a mão.

— Cala a porra da boca moleque! — disse furioso. — Se alguém te escutasse eu juro que te matava! — bufou. — Olha aqui Jeon, se você tem um problema comigo então vai se fuder! Porque até eu tenho problemas comigo e não fico enchendo a porra do meu saco! — pegou o celular em cima da mesa guardando no bolso. — Se você tem tanta vontade em querer solucionar o caso mais rápido, simples, pegue os documentos e fique pensando por si só! Não dependa tanto das pessoas para estar te ajudando novato, sempre será você por si só, então se acostume a não ter ajuda. — deu as costas para o alfa andando até a porta. — Deixarei meu escritório na sua disposição, quando sair tranque a porta e esteja sete e meia em ponto aqui amanhã. — saiu indo rumo a boate.

 

[...]

 

— Nossa meu consagrado! Que cara de bunda com bosta. — reparou o melhor amigo.

— Eu odeio tanto o Jeon Jungkook. Que ódio desse alfa lúpus.

— O mano meteu o louco contigo jão? — se preocupou.

— Não, mas só de estar no mesmo ambiente que ele o ranço já engasga na garganta. — revirou os olhos.

— Tem algo que eu posso fazer para te deixar mais vida louca?

— Poderia me dar um abraço. — abriu os braços vendo o alfa indo lhe abraçar.

— Eu te amo meu consagrado.

— Também te amo sangue azul. — o apertou nos braços.

— Quanta baitolagem. — falou Jin adentrando o local.

— Está trinta minutos atrasado! Eu disse na mensagem que era para o vagabundo estar aqui quando a pica endurecer!

— Eu tive que resolver uns bagulhos pendentes. — justificou.

— Que bagulhos?

— Meus bagulhos Taehyung. Cada um tem o seu bagulho, se preocupa com o seu que o meu eu sei muito bem cuidar.

— Sei. — desconfiou.

— E aí advogadinho, por que essa cara de bunda com bosta?

— Porque eu tive o desprazer de ter que olhar para a sua cara mais uma vez nessa minha vida. Tudo seria melhor se eu pudesse ter a opção de não poder ver você nunca mais. — sorriu falsamente.

— Você tem algum problema comigo?

— Isso é nítido né jão.

— Morre que passa!

— Porra vocês dois devem ter muito tesão acumulado, puta que pariu! Nunca vi ninguém brigar tanto quanto vocês.

— Ah esse jão é 'mó comédia.

— Prova que eu sou comédia!

— Eu provo e afirmo!

— Puta que me pariu! Eu devo ser saco de pancada do universo para ter tanta dor de cabeça nessa minha vida. — o alfa se lamentou.

[...]

 

 


Notas Finais


E ai meus jãos??
° Quando a pica endurecer = significa quando o sol se por, no caso as seis horas.°


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