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História Advogado de Dia, Stripper de Noite (Jikook) - Câmera


Escrita por: Altairvenus e AdharaMarte

Capítulo 8 - Câmera


 

Segunda-feira presente, Jimin despertou dos seus sonhos eróticos tendo ao acordar o seu membro totalmente duro, e não, não era porque queria ir ao banheiro fazer suas necessidades e sim pelo tesão do flashback do seu cio com o alfa. Se levantou com uma puta raiva, odiava bater punheta mas obviamente não podia ir ao trabalho com o pau duro tendo os olhares de todos, e principalmente, do causador de seu membro ereto olhando para si. Então assim fez, bateu punheta no banho e terminou de se arrumar pronto para ir ao trabalho.

— Oi amor. — acariciou o gato que estava no sofá. — Jungmin você é muito preguiçoso, parece até o Taehyung. — colocou a ração do gato no potinho. — Provavelmente o Taehyung irá vim te pegar pra te levar para tomar um solzinho. — ouviu o miado do gato de reclamação. — Nem vem miar no meu ouvido, antigamente você ia na minha cama e se deitava na minha cara me deixando sem ar me obrigando a acordar cedo, mas agora, nossa! Te desconheço todinho. — outro miado. — Não! Eu não estou de mal humor e muito menos nervoso. — outro miado. — Ah cala a boca, o Jungkook não tem nada haver com isso. Você está chato hoje, vou trabalhar porque diferente de você eu faço coisas! — mais um miado. — Vai se foder. — revirou os olhos pegando a chave do carro e saindo do apartamento deixando o belo gatinho ainda deitado no sofá em paz.

Ao chegar no prédio, adentrou o elevador tendo o Namjoon no ambiente.

— Bom dia, Jimin. — sorriu mostrando suas belas covinhas para o loiro.

— Bom dia, Nam.

— Como está o caso?

— Indo. Um desafio, mas com a ajuda do Jungkook e do detetive JB as coisas, digamos que, estão indo bem.

— Que bom, o senhor Choi quer muito a justiça do filho predileto.

— Você viu o documento do caso antes de me entregar, certo? — viu o confirmar. — Você acha que foi o que? Suicídio ou homicídio?

— Não posso dizer ao certo, eu sei que o Youngjae estava preparando um projeto que estava sendo divulgado nos jornais, mas obviamente não com muitos detalhes pois ainda estava em andamento. Mas acho que, se uma pessoa estava batalhando tanto por um projeto que daria tantos lucros para sua empresa, provavelmente gostaria de estar lá na inauguração.

— Sim, você está certo. — disse pensativo. — Obrigado Nam. — saiu do elevador ao ver as portas serem abertas.

— De nada. 

Jimin foi até a sua sala já adentrando a mesma e indo rapidamente a sua mesa para fazer uma pesquisa sobre o tal projeto do Youngjae, provavelmente por ser um projeto da empresa os advogados não teriam acesso a isso já que é algo confidencial, então eles tinham que lutar para ver nos sites e nos vídeos sobre o que mais ou menos era esse projeto, mas de fato o Namjoon estava certo, por que alguém se mataria tendo um projeto em andamento? A não ser que o mesmo tenha planejado isso...

— Bom dia. — respondeu o alfa entrando no escritório sorrindo para o ômega -- pela primeira vez, devemos lembrar -- .

— Bom dia. Pegue uma dessas cadeiras e venha para o meu lado, tenho algo que é de grande ajuda ao caso. — viu o alfa fazer o seu pedido.

— Que seria? — se sentou ao lado do ômega.

— Youngjae estava com algum plano de um projeto, certo? — o viu confirmar. — Por que alguém que se fazia de perfeito para os pais se mataria tendo um projeto em andamento? Não seria ele que faria a inauguração?

— Verdade. Você acha que esse projeto pode ser a chave se foi um homicídio?

— Acredito que sim, na verdade, eu espero que sim. — continuou mexendo no computador. — Se o projeto for de parceria com alguém, podemos falar com essa pessoa sobre isso e ter uma noção se foi homicídio.

— Ok.

— Aqui, olhe. — leram a notícia. — "Choi Youngjae, CEO da bangtan afirma que o novo projeto será de grande ajuda para a sociedade e lucrativo para sua empresa." — continuaram a leitura. —" Esse projeto não é de foco para o lucro da empresa e sim de ajuda para a sociedade, se eu puder fazer algo pelos outros me sentirei em paz com isso. O mais importante é que esse projeto é de grande ajuda com a minha grande amiga Lalisa Manoban, que será a vice-diretora do projeto."

— Lalisa? Por que ela não comentou do projeto com a gente?

— Bom, se pararmos para pensar, o projeto não era nem de tanto ajuda assim para o caso. Eu só percebi isso hoje.

— Temos que ir falar com ela.

— Sim, espero que ela seja de boa ajuda para nós. — sentiu seu celular vibrar no bolso e o pegou já atendendo. — Grita boquete. — respondeu na ligação vendo a careta do Jungkook ao ouvir a gíria e acabou rindo.

 

~ Consagrado, eu terei que fazer uma viagem. Volto só na madrugada de quarta-feira.

— Opa querido! Tudo bom? Como assim Taehyung? Que viagem? Com quem? Por que?

~ Preciso resolver umas coisas pessoais.

— Taehyung você não tem "coisas pessoais" comigo, eu sei a sua vida todinha.

~ É algo só meu Jimin, respeite.

— Fará merda, né?

~ Quem não faz merda, não vive direito.

— Taehyung, para eu fazer o FBI ir atrás de você é dois palitos vacilão.

~ Relaxa, é algo que terei que fazer com algumas pessoas da boate. Ah! A boate ficará fechada nesses dias que estarei fora, então aproveite para bater punheta.

— Não gosto de bater punheta. — fez careta se lembrando do que havia feito de manhã. — O foco é, a onde você irá?

~ Daegu.

— Com quem?

~ Uns caras que frequentam a boate.

— Taehyung, os caras que frequentam a boate são tudo do corre, você sabe disso. Traficantes, políticos ou ladrões.

~ Julgando a vida alheia, que feio Ji.

— Se julgar é te falar o óbvio, então sim!

~ Relaxa consagrado, eu sei me cuidar. Só preciso resolver uma coisas.

— Taehyung...

~ Relaxa, ficarei bem e te mando mensagem. Mas não me liga! Deixa que eu darei notícias.

— Eu tenho medo quando você sai por aí com esses traficantes da boate.

~ Eu não disse que era com eles.

— Bom, com políticos e ladrões que não será.

~ Tchau Ji, te amo.

— Esteja aqui quarta-feira!

~ Eu vou estar, não se preocupe.

— Vamos ver então.

~Tchau querido.

— Tchau. — desligou a chamada.

 

Jimin colocou o celular na mesa, pôs seus braços no mesmo local já colocando sua cabeça em cima, cansado. Já não bastava o caso, agora tinha Kim Taehyung como sua preocupação, e ainda tinha Jungmin que não tomaria o solzinho da tarde, tinha como tudo dar mais errado?

— O que foi?

— Minha vida é um caos, Jungkook.

— Um caos? Então por que não está gritando de raiva?

— Porque o verdadeiro caos não faz barulho, na verdade, quanto mais silencioso ele é, maior é a sua destruição.

— Não fica assim, Ji. — acariciou os fios loiro do ômega.

— Sua vida parece ser fácil. — virou o rosto encarando o moreno. — Quer trocar de vida? — ouviu a risada fraca do maior, que por nenhum momento parou com a acaricia em sua cabeça.

— Minha vida não é fácil, nenhuma vida é. Se tudo fosse fácil não teria graça e o universo não teria a chance de rir da nossa cara.

— Verdade.

— O que o Taehyung fez?

— Irá para Daegu resolver umas coisas com sei lá quem. — suspirou fechando os olhos sentindo agora as carícias em seu rosto. — Já não bastasse o caso 13, agora tem Kim Taehyung para me preocupar.

— Você é um bom amigo.

— Não, eu sou trouxa mesmo.

— Ele vai com alguns traficantes?

— Acredito que sim.

— Não acha isso suspeito?

— Jungkook. — levantou a cabeça afastando a mão do alfa de si. — Não começa. — negou com a cabeça olhando.

— Não estou aqui para te chatear, Ji. Pelo contrário, se eu pudesse te ajudaria em todos os seus problemas. — respondeu sincero. — Mas você se cega muito pelo Taehyung, eu sei que ele é literalmente a sua única família, mas se até mesmo as famílias mentem, quem dirá os amigos.

— O que quer dizer com isso Jungkook?

— Não quero te chatear. — pegou as mãos do ômega já acariciando. — Mas não vá me dizer que não acha isso um pouco suspeito?

— Talvez...

— Ji?

— Ok, é. Mas o que eu posso fazer? Ele é livre para fazer o que quiser, e acreditando ou não, Taehyung tem muitas amizades com esse tipo de pessoas, talvez ele tenha ido para ajudá-los em algo pessoal ou sei lá. Ele não seria capaz de traficar ou se drogar, eu sei disso.

— Você sabe disso ou quer acreditar nisso com medo da decepção que seria ao saber da verdade?

— Você não tem provas de que ele trafica ou se droga. — respondeu sério, odiava desconfiar do melhor amigo ou ouvir calúnias ao seu respeito.

— Tem razão. — suspirou. — Desculpa por isso, como eu te disse antes, não quero te chatear.

— Tudo bem, sei que não faz por mal e sim porque não quer que eu me machuque.

— Eu só quero que você fique bem. Mas você é muito inteligente Jimin, não se cegue com medo da verdade.

— Bom dia-- Atrapalho algo? — perguntou JB ao entrar no escritório e se deparar com os dois um tanto próximos.

— Não, jão. — se afastou.

— Para com essas gírias de noia, por universo! — resmungou.

— Meu pau docinho no seu cuzinho. Vou dar uma mijada.

— Aja-me, paciência. — viu o ômega ir ao banheiro.

— Você não é tão legal assim, Jeon.

— Mais que você isso eu garanto. — retrucou vendo o loiro lhe responder com um dedo no meio e fechar a porta. — Criança. — revirou os olhos se levantando da cadeira.

— Vocês não conseguem nem disfarçar.

— Como assim?

— Vocês sabem, não é? Sabem que são destino um do outro.

— Não sei de nada, você é inteligente mas tem uma imaginação um tanto fertil. 

— Jungkook, eu sou casado com o meu destino e quando eu vejo um eu sei. Confesse logo, vocês dois estão tão carinhosos um com o outro, e outra, estavam perto até demais.

— E o que que tem a nossa proximidade?

— Jimin não te suporta!

— Ok, sabemos que somos destinos, mas ele quer manter isso em segredo por conta do amigo dele, e também porque ainda estamos assimilando o fato.

— Entendo, não contarei e nem comentarei nada, não se preocupe. E parabéns, fico feliz por vocês.

— Obrigado... Eu acho.

— Por que isso?

— Meu destino é com um nóia, está vendo o sem sentido do universo em relação a isso?

— Meu Deus. — riu.

— Pronto, vamos lá falar com a Lalisa. — disse o ômega saindo do banheiro.

— Espera, Lalisa? — perguntou o detetive não entendendo nada.

— Explicamos no caminho, vamos.

Os três assim saíram do escritório indo de carro até o consultório da doutora Lalisa, Jungkook no caminho explicou sobre o que eles haviam descoberto e JB achou bem interessante a descoberta dos parceiros.

— Bom dia senhores. — falou a doutora permitindo a entrada dos mesmos em sua sala. — Infelizmente não tenho muito tempo, então peço que sejam o mais breve possível. — pediu educadamente.

— Seremos sim, sabemos do seu compromisso como médica. — respondeu Jungkook.

— Lalisa, soubemos que você estava sendo parceira em um projeto do Youngjae, o novo projeto que estaria dando lucro para a empresa e ajudando a sociedade. É verdade?

— Sim, o projeto era de uma clínica de reabilitação para ajudar na depressão e em drogas.

É óbvio que seria isso, o morto tinha depressão e drogas a sua disposição. — pensou Jimin.

— Você não acha um tanto suspeito o Youngjae ter se matado antes da inauguração da clínica?

— Seria suspeito se fosse ele que iria inaugurar.

— Como assim? — perguntou JB.

— Era segredo para uma surpresa, mas do jeito que está nem faz mais diferença. O projeto de fato era para ajudar a sociedade e eu ainda espero que o mesmo ainda obtenha o continuamento futuramente, seria o último desejo do Jaejae. Entretanto, Youngjae iria dar o cargo de diretor para Choi Jinyoung. Seria ele que iria inaugurar o local e receber todos os créditos que nunca recebeu dos pais, seria um presente.

— Youngjae só precisaria finalizar o projeto e não inaugurar. — disse Jimin.

— E a parte dele do projeto está toda finalizada, só precisa da minha parte que é contactar os médicos para trabalhar na clínica.

— Entendo. Obrigada pela informação senhorita Lalisa e desculpe pela intromissão. — respondeu Jungkook.

— Se eu puder ajudá-los em algo a mais, estou à disposição.

— Obrigado novamente, senhorita Lalisa.

Os três assim saíram da sala da mesma já indo na direção da saída do hospital.

— O que faremos agora? Basicamente Youngjae não precisaria estar vivo para inauguração, o objetivo principal era terminar o projeto. — disse Jungkook.

— Sim, mas ainda não se encaixa corretamente, se ele fez esse projeto com toda a sua dedicação obviamente gostaria de ver o sucesso da clínica sobre a sociedade, gostaria de ver o irmão recebendo os créditos que nunca teve na vida, e muitos outros. — calculou Jimin.

— Será que Jinyoung sabia do cargo que receberia?

— Por que da pergunta?

— Por que se foi ele que matou o irmão, talvez ao receber a notícia ele tenha uma reação de surpresa indignada, talvez demonstre culpa.

— Talvez. — pensou Jimin. — Vamos para a empresa Bangtan, ele com certeza estará lá. Chegaremos de surpresa e tacamos a bomba, a reação dele poderá ser a resposta de algumas dúvidas.

Assim fizeram, voltaram para o carro e Jimin dirigiu até a empresa.

— Jackson e Mark, que belo casal. Não é mesmo? — falou Jimin ao entrar no local sendo acompanhado pelos alfas um de cada lado.

— Não vá começar com suas implicâncias com o pobre Wang.

— Pobre Wang, vai achando. — riu irônico. — Bom dia. — cumprimentou.

— Bom dia, senhores. — responderam.

— No que possa ajudá-los?

— Choi Jinyoung se encontra? — perguntou JB.

— Sim, no seu escritório. Avisarei a entrada dos senhores. — respondeu Jackson já telefonando para o citado.

— Como está Mark?

— Bem.

— Dorme bem a noite?

— Tentando fazer algum tipo de manipulação comigo? Por favor Park, eu não o matei.

— Não insinuei nada. — deu de ombros. — Mas saiba que incentivo de suicídio ou auto ajuda para o acontecimento da morte, também leva culpa. — viu o ômega engolir em seco. — Só para deixar claro, caso você esteja, sabe? Se safando demais.

— Eu não o matei.

— Você repete muito isso para alguém que não tem "culpa". — fez aspas com os dedos.

— O senhor Choi lhes espera. — disse Jackson desligando o telefone. — Yugyeom irá lhes acompanhar. — chamou a atenção do alfa o vendo ir ao balcão. — Acompanhe os senhores para o escritório do senhor Choi Jinyoung.

— Claro, por aqui.

E assim os três seguiram o segurança deixando para trás os suspeitos.

— O advogado Park me dá medo. — falou Mark olhando o alfa a sua frente. — Sendo um ômega com uma postura tão dominante, isso já dá um puta medo. Agora tendo ele nos vendo como culpado, Jackson, isso dá mais medo ainda.

— De fato dá, mas quem não deve não teme. — deu de ombros.

— Sabia que incentivo de suicídio da cadeia? — viu o alfa arregalar os olhos.

— Só dará se eles tiverem provas concretas.

— É... Apenas provas concretas. — disse pensativo.

 

" — Aqui Mark, coloque isso na bebida dele. — disse Bambam lhe entregando um frasco. — Uma morte sem dor e sem sujeira.

— Eu não sei se quero fazer isso, meu Deus! Como você conseguiu uma coisa dessa?!

— Tenho meus contatos. Seguinte Mark, Youngjae quer morrer e você quer dá paz ao seu amado alfinha. Duas coisas em uma só. Fácil e rápido.

— Não, e-eu não p-posso. — lhe entregou o frasco.

— Faça o seguinte então Mark. — disse tentando ter paciência com o ômega medroso. — Pergunte para ele se ele quer ajuda para se matar.

— O que? Não posso dizer isso!

— Todo mundo sabe que o meu irmão é um suicida. Pergunta se ele quer ajuda para ter uma morte calma e sem dor, se ele disser que quer, entregue isso a ele o deixe fazer trabalho sujo. Ou você coloca algumas gotas na bebida dele e deixa a decisão em suas mãos. Acredite, ele irá se matar."

 

Os três adentraram o escritório sendo bem recebido pelo beta.

— No que posso lhes ajudar?

— Descobrimos algo hoje sobre o seu irmão, senhor Choi. — disse Jungkook vendo ainda a expressão suave no rosto do beta, ou ele realmente estava despreocupado ou sabia muito bem fingir.

— E o que seria?

— Seu irmão estava com um projeto em andamento.

— Eu soube, mas ele não nos deu muitos detalhes. — se referiu a si e ao irmão Bambam.

— A vice-diretora do projeto é a Lalisa, a médica dele.

— O diretor do projeto seria você. — respondeu Jimin.

Jinyoung abriu a boca surpreso e arregalou os olhos, nunca esperaria algo assim do irmão, pela primeira vez ele seria a primeira opção de alguém.

— Cuzão. — resmungou, mas foi ouvido pelos homens à sua frente.

— Como? — questionou JB.

— Youngjae é um grande cuzão. Ser diretor de um dos seus milhares de projetos, nossa que honra. — ironizou pegando seu copo de uísque que estava em cima da mesa. — Ele acha que isso me dará créditos o suficiente que eu gostaria de receber para poder ter a atenção dos nossos pais? Maldito.

— Não compreendo a sua irritação senhor Choi. — disse Jimin calmo tentando compreender suas falas, enquanto Jungkook se esforçava para entender as expressões do beta.

— O projeto é autoria dele, ele fez, ele deu a ideia, ele deu origem, para no final eu só inaugurar o local e tomar conta do seu legado? Sério isso? Ele achava mesmo que isso daria honra para o nosso pai? Que isso faria eu ter algum reconhecimento do mais velho? Aquele desgraçado era um infeliz, isso sim, se ele queria tanto me ajuda assim, que me deixasse participar por igual no projeto, assim como a tal médica o ajudou. Mas não, seria muito difícil para Youngjae.

— Difícil?

— Se ele fizesse algo com um dos irmãos, ele não teria o reconhecimento sozinho e sim com participação dos lixos aqui. Ele era doente pela perfeição e o seu ego iria para o lixo ao ver o nosso pai parabenizando os filhos.

— Youngjae era egoísta?

— Egoísta é pouco, era fodido, doente, era um vacilão. Ainda bem que se matou.

— Ainda acredita no suicídio?

— Com uma vida toda fodida, o suicídio seria a solução única para ele.

— Todos tem um objetivo de vida. Suicídio não é a solução, senhor Choi. — respondeu JB.

— Para ele foi. — deu de ombros. — Só isso, senhores?

— Sim, tenha um bom dia. — respondeu Jungkook e assim os três se retiraram do escritório do beta. — Aparentou ser sincero, os suspeitos são bons em fingir.

— Novela mexicana, meu querido. — respondeu Jimin. — Podemos ir no escritório do Youngjae? — olhou para o JB.

— Obviamente sim, pedirei para o Yugyeom abrir a porta para o nosso acesso. Mas por que quer ir lá?

— Talvez podemos achar alguma coisa que tenha passado despercebido pelos policiais.

— Certo.

JB foi de encontro ao segurança o pedindo a liberdade da entrada ao escritório do Youngjae, com sua chave mestre, abriu a porta do final do corredor dando passagem para eles adentrarem o local.

— Esperarei no corredor. — disse o segurança já saindo dando privacidade às autoridades.

— O que vamos procurar? — questionou Jungkook.

— Qualquer coisa que possa nos dar um tipo de pista. Tem luvas? — perguntou olhando o moreno e já pegando de seu bolso do terno um par de luvas pretas.

— Não.

— Aqui Jungkook. — disse JB lhe entregando um par. — Sempre venho com dois pares.

— Obrigado. — pegou já colocando em sua mão.

— Vamos ver o que pode ser de ajuda para nós.

E assim eles fizeram mexendo com bastante cuidado cada canto, com os minutos passando Jimin já estava calculando que os policiais realmente haviam pegado todos os tipos de pistas e que ali não haveria nada para ajudá-los com o caso.

— Achei algo! — disse Jungkook mexendo na estante de livros e pegando uma coisa pequena na mão. Os dois amigos se aproximaram do lúpus vendo o que obtinha em sua mão. — Uma micro câmera.

— Porra, isso será a resposta do caso! Vendo o vídeo podemos saber quem o matou. — falou Jimin sorrindo contente, por fim aquele caso seria solucionado e ele teria boas noites de sono novamente, mas obviamente assim seria muito fácil e de fácil a vida não tem nada.

— Tem código de segurança. — falou JB pegando a micro câmera na mão. — Temos que ir para a delegacia para conseguirmos o acesso da câmera para podermos ver as gravações.

— Certo. Vamos então.

Ao sair do escritório ambos vão ao rumo da delegacia. Os advogados ficaram no escritório do JB à sua espera, pois o outro havia ido de encontro com um amigo policial técnico na informática.

— O que achou da reação do Jinyoung.

— Os irmãos realmente cagam para a vida do Youngjae. Talvez Mark esteja certo, Youngjae é sim o morto, mas não é a vítima da história.

— É, ainda temos que perguntar para o Jackson do porque ele usou o banheiro do andar de cima.

— Ainda hoje perguntaremos, me lembre. Ok?

— Tá.

— Isso é tão cansativo. — se sentou no sofá do escritório.

— Qual foi a última vez que teve uma boa noite de sono? — sorriu se sentando ao seu lado.

— Vou dizer não zé mané, é capaz de você ficar se achando.

— Por que eu me acharia? Vai, conte-me. 

— A última vez que tive uma boa noite de sono foi no meu cio. — respondeu sem direcionar o olhar para o alfa. — Mesmo acordando para dar uma de vagabunda. — ouviu a risada do outro perto de si. — Mesmo com isso, ainda sim foi uma das melhores noites de sono que já tive. — suspirou fechando os olhos.

— Se quiser eu posso dormir com você, tudo pelo bem da sua saúde mental. — brincou.

— Ah claro, pela saúde né, Jeon? 

— Tudo pela saúde mental. — piscou para o loiro o vendo sorrir. — Mas eu entendo, comigo foi o mesmo.

— Ala, vagabundo viciado mente na cara dura. Que feio Jungkook. 

— Não menti, acredite se quiser. — deu de ombros ainda sorrindo.

— Você pelo menos sente quando mente? Por que eu sinto. — o alfa riu mais, o jeito que Jimin fazia para ser engraçado era algo totalmente natural.

— Eu não menti! Por que não acredita?

— Sei lá. Você soou meio irônico.

— Impressão sua.

— Sei. — ainda desconfiava da fala do moreno.

— Pronto! — disse JB entrando no escritório com o notebook em mãos já colocando o aparelho eletrônico na mesa.

Os advogados se aproximaram da mesa e assistiram às gravações. Com as gravações os mesmos podem entender que a câmera foi colocado pelo senhor Choi e ninguém mais sabia da existência da micro câmera, o senhor havia colocado lá por ter achado que algum dos empregados da limpeza estariam pegando alguns documentos ou algo de valor do escritório do filho para vender, a câmera foi posta lá a duas semanas antes do suicídio do Youngjae, entretanto havia algo que dificultava muito as pistas dos homens, a câmera não obtinha os dados da data e nem hora. Com o passar das horas vendo as gravações, eles puderam entender que realmente quando os suspeitos diziam que o Youngjae era doente pelo trabalho, eles não estavam exagerando, de fato o ômega era.

— Porra. — disse Jimin prestando mais atenção numa cena específica.

 

Youngjae se encontrava em sua sala mexendo no computador e lendo alguns documentos quando seus irmãos adentraram o escritório.

— Olá Youngjae. — cumprimentou o beta.

— Oi, o que vocês fazem aqui? Achei que já estavam em casa. — os olhos.

— E estávamos, mas o velho pediu para chamamos você para ir pra casa. — falou Bambam pegando um copo de uísque. — Você precisa dormir Youngjae, sabe disso. Depois que para no hospital, ainda reclama. — resmungou.

— Eu sei me cuidar, diga ao papai que irei mais tarde. — respondeu voltando a mexer nos documentos.

Bambam então assim fez, tirou do seu bolso um frasco já derramando algumas gotas na bebida, logo depois guardou novamente o frasco no bolso.

— Toma. — entregou ao ômega a bebida. — Vê se não volta tarde, não é você que ouve sermão do velhote. — alertou o mais velho que em um gole único bebeu toda a bebida.

— Certo.

— Ah! Me lembrei, eu...

 

A gravação foi encerrada, provavelmente a bateria tivesse acabado. Os homens ficaram pensando com cautela a cena dada, estava óbvio que o Bambam estava drogando o Youngjae, ou pior, ele estava o envenenando com a cumplicidade do beta.

— Primeiro, vamos almoçar. — disse Jimin. — Logo depois, chame os irmãos Choi para um interrogatório.

[...]

— Boa tarde senhor Bambam, obrigado por ter vindo. — disse Jimin vendo o alfa adentrar o local sendo acompanhado pelo advogado.

— Estou aqui para ajudar.

— Temos algo muito interessante a respeito do senhor. — disse Jungkook dando play no vídeo, no exato momento em que o Bambam colocava as gotas na bebida do irmão. — Poderia nos explicar.

— Não está um tanto óbvio?

— O seu óbvio é diferente do nosso, senhor Choi. — respondeu Jimin um tanto irônico. — Como por exemplo, o meu óbvio é que você tenha envenenado o seu irmão com a cumplicidade de Jinyoung. E o seu óbvio? O que é?

— Você é determinado, Park. — sorriu para o loiro. — Aquilo era sonífero.

— Como? — questionou Jungkook.

— Sonífero. Youngjae não dormia muito bem, então nosso pai pedia algumas vezes para eu, meu irmão ou até mesmo o Mark para colocar sonífero em sua bebida para pelo menos ele dormir, mesmo que seja na mesa do escritório. O velhote se importava com a saúde mental do fodido, também, era o único filho ao qual ele se importava mesmo. — deu de ombros. — Mas alguma pergunta?

— Não, só isso mesmo. — respondeu Jimin.

O alfa saiu da sala de interrogatório e logo depois o beta adentrou, Jungkook lhe mostrou o mesmo vídeo sempre atento às expressões dos suspeitos.

— O que me diz, senhor Jinyoung? — perguntou Jimin.

— Era sonífero senhor Park, quando não somos nós o sedando, é o Mark. Pode perguntar, ele irá confirmar isso. Algumas vezes era esse o único jeito de fazê-lo dormir.

— Tudo bem, obrigado. — agradeceu o vendo sair da sala de interrogatório.

— Chame o Mark, por favor. — pediu Jimin olhando o JB.

— E o Jackson também, temos que fazer umas perguntas sobre o dia anterior à morte de Youngjae. — disse Jungkook vendo o detetive parado na porta.

— Certo. Já volto. — respondeu saindo dali.

— Me diga que não fui o único que achei isso suspeito.

— Óbvio que não, Ji.

— As respostas estavam praticamente iguais. — olhou o alfa ao lado. — Estavam literalmente iguais Jungkook, nem uma coisinha de diferente para destacar a resposta. Foi como se eles...

— Soubesse exatamente o que dizer, como se já estivesse preparado para esse interrogatório. É, eu sei.

— Isso é de cair o cu da bunda, porra. — resmungou.

— Eu ainda não compreendo essas tuas gírias.

— Olha aqui meu condenado, tu tem que ir no fluxo dessa minha onda, se isso for realmente adiante. — se referiu ao casinho que eles estavam tendo. — Tu precisa compreender o meu linguajar.

— Ou você pode falar formalmente comigo, olha que legal!

— Mas aí qual seria a graça? Jimin formal não tem graça, e outra, eu sou favela. Não vou quebrar as minhas raízes por causa de um playboy.

— Não sou qualquer playboy, sou o seu destino. — se exibiu.

— E? Meu pau no teu cu. — viu o moreno rir. — Nem por você e nem por ninguém eu abandono essa minha raiz de favela, ai ai.

— Você é demais, Jimin.

— Não, eu sou único mesmo.

— Convencido.

— Como se você não fosse, o sujo falando do mal lavado. Ironia foda.

— Tá certo.

Minutos se passaram e por fim os dois que haviam sido chamados, já se encontravam na delegacia. Primeiro eles falariam com Mark, afinal, era só para confirmar a história dos irmãos, nada demais. Mark adentrou a sala.

— É verdade que o senhor Choi pede algumas vezes para os irmãos ou até mesmo você, para sedar o filho?

— Sim.

— Por que?

— Youngjae ficava horas acordado, às vezes era necessário seda-lo.

— Ok, obrigado Mark. — agradeceu Jungkook.

O ômega saiu e logo depois o chinês adentrou o local.

— Boa tarde, Jackson. — respondeu Jungkook educadamente.

— Boa tarde.

— Jackson, obtivemos a informação que no dia anterior à morte de Youngjae você usou o banheiro do andar de cima, sendo que, obtém banheiros no andar de baixo. — disse Jimin.

— O banheiro de baixo estava trancado, usei o de cima. — respondeu calmo.

— E por que quando voltou para a recepção estava com uma expressão de raiva e até de angústia?

Jackson se calou.

 

Jackson estava em um dos banheiros de cima, já havia feito suas necessidades e estava lavando suas mãos para assim sair dali.

— Ah! Não sabia que ainda estava aqui. — disse Youngjae um pouco pálido ao entrar no banheiro.

— Está tudo bem com você? Está pálido. — se preocupou com o amado.

— Deve ser o cansaço. Não se preocupe.

— Você trabalha muito Youngjae, isso logo te matará.

— Não é isso que você quer? Não é isso que todos querem?

— O que?

— A minha morte. Todos querem isso, até mesmo você. Afinal, você mesmo me disse isso.

— Você é um idiota, isso sim.

— Então quer me ver vivo? Eu te larguei, deixei você pela minha insegurança de ter que aceitar que sou imperfeito, te dei as costas para ainda ter a aprovação do meu pai, vai me dizer que me quer vivo?

— Eu te amava. Eu aceitava suas imperfeições.

— Mas isso não me basta, nada disso me basta. Estou cansado disso tudo, de você, dos meus irmãos, dos meus pais, de todos vocês. — respondeu sincero. — Você diz que me ama, mas até mesmo você me exige coisas, já percebeu a ironia disso? Afinal, qual é o amor que não exige algo do outro?

— Eu exijo a sua saúde, a sua felicidade e principalmente a sua saúde mental. Mas se isso me faz ser o pior de todos, então que assim seja.

— Sim, você me exige isso. Mas também me exigiu que desse as costas para a minha família para ficar contigo.

— Quando a sua família te fazer feliz do jeito em que eu fazia, aí você vem e discute tendo argumentos bons para retrucar. — respondeu um pouco grosso.

— Meu pai estava certo, você é um coitado Jackson.

— Não faça isso, não combina com você. — ironizou.

— O que?

— Você tenta me ofender para me afastar mais de você, para eu te odiar e parar de lutar por ti. Você não é bom nisso, Jaejae.

— Acha que eu estou tentando te afastar? Por favor Jackson, só estou dizendo o óbvio. Você não aceita porque não quer. Você é um pobre coitado fodido que se apaixonou por mim, se pelo menos tivesse dinheiro o suficiente, talvez assim ficaríamos juntos.

— Não faz isso, Youngjae. — ficou triste pelas falas do ômega.

— Você é um nada Jackson, namore alguém que esteja disposto a ficar com um nada como você. — disse bem próximo ao ouvido do alfa.

Youngjae não era uma pessoa ruim a esse ponto e Jackson sabia, só não entendia do porque o Choi estava fazendo isso consigo, dava para ver que isso doía mais nele do que em si. Seria esse mais um dos jeitos dele o afastar?

— Vou perguntar novamente, Jackson. Você ainda quer me ver vivo? Quer ver o homem que você supostamente ama para te humilhar e ser feliz com um alfa rico bem na sua frente, hu? Quer me ver vivo? — o olhou nos olhos.

— Não. — respondeu cansado, estava triste e furioso com as falas do amado. — Quero te ver morto, preciso da sua morte para encontrar a paz que não tenho há muito tempo. É isso que você quer ouvir? Hã? Eu quero sim que você morra, porque pra mim isso seria uma bença do que ter que presenciar a sua felicidade de fachada com um alfa que nem te dar prazer de querer viver. Era isso que queria Youngjae? O meu ódio para si? Pronto, conseguiu! Queria um motivo para morrer? Pronto, eu te dei! — o olhou com raiva e saiu dali com o coração partido.

 

— Jackson?

— Sim?

— Por que voltou com uma expressão de raiva e angústia do banheiro? — insistiu Jimin.

— Havia recebido uma mensagem no celular sobre algo particular. Foi isso que aconteceu.

— Por que não está sendo sincero conosco Jackson? — perguntou Jimin olhando nos olhos. — Achei que você fosse o que mais buscava a justiça do Youngjae.

— E busco, mas infelizmente não tenho nada que possa ajudá-los. É a verdade.

— Você está com medo de algo Jackson. — falou Jungkook notando as expressões do alfa a sua frente. — Está encobrindo alguém?

— Alguém? Quem?

— Mark. — respondeu Jimin. — Sabia que ele tem grandes motivos para ter querido Youngjae morto.

— Todos queriam Youngjae morto. — seus olhos marejaram. — Eu o queria morto por causa do meu coração partido. — derramou uma lágrima pelo rosto. — Por ter me dado tanto a alguém e não ter o amor retribuído. Por ter feito o meu melhor para no final ser machucado como se fosse um... Um nada, é isso que eu sou perto dessa família. Apenas um nada.

— Você não está com medo de algo e sim das suas falas. — calculou Jimin e pela primeira vez, depois de tanta implicância com o alfa, ele pode olhar com simpatia para o chinês, o entendia agora.

Um coração partido tinha muito poder sobre as falas e comportamento das pessoas, Jimin sabia disso. Infelizmente o ser humano não se controla no momento da raiva, triste ou até mesmo na dor e para ter um "alívio" no peito, acaba dizendo coisas horrorosas para os outros. Jimin então, entendeu o medo do homem.

— Você o incentivou no suicídio. — olhou o alfa o vendo confirmar com a cabeça.

— Ele havia me dito umas coisas horríveis e no momento da raiva eu acabei dizendo que sim, preferia ele morto do que vê-lo em uma fachada de um relacionamento apenas para agradar o pai. Se caso for preciso, eu vou preso de boa vontade. De certo modo, eu o incentivei no suicídio.

— Você será preso sim. Caso for suicídio.

— O que?

— Caso for suicídio você ganhará pena na cadeia, mas você acredita no homicídio Jackson e agora eu acredito em você.

— Por que acredita em mim agora?

— Não sei, talvez pela sua sinceridade de agora. Por saber que você ainda está machucado com a perda de um amor, não em uma vez e sim duas. Quando Youngjae te largou e quando ele morreu. Você quer a justiça dele.

— Sim, quero. 

 

Jackson quando ia pegar o elevador para descer a recepção deu meia volta e voltou para encontro do Youngjae, ele não iria embora assim, se o ômega quisesse mesmo morrer teria que escutar tudo o que tinha que falar.

 

Jackson por assim foi liberado saindo dali.

— Tenho algo para informar vocês, quando Jimin estava em seu CIO eu fui e conferi as câmeras de segurança da rua. Os irmãos Choi saíram do prédio às nove e meia, Mark às dez e quinze, o Yugyeom e Jackson saíram às dez e quarenta.

— Ótimo, caso a Jisoo consiga mais informações sobre a tal droga que matou o ômega, podemos calcular com a proximidade da saída de um deles, sabemos que há remédios que causam efeito em algumas horas.

— Realmente.

— Acreditaram no Jackson? — questionou JB.

— Não sei dizer, mas pela primeira vez em todo caso, eu só coloquei confiança nele agora. — respondeu Jimin.

Jackson teria a sua culpa no tribunal se caso a morte fosse um suicídio, mas se não, ainda tem um assassino a solta. Mas caso for mesmo um suicídio, alguém poderia ter ajudado Youngjae na morte.

 



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