História Afinal, existe mesmo essa coisa, chamada amor! - Mas beijo como gente grande.

POV: Rukia


Já fazia mais de uma semana, que estava trabalhando com Renji. Passávamos todo tempo juntos, Byakuya me ignorava na escola estava sempre com Hitsugaya e estranhamente Soi Fong. Eu não estava nem ai, provavelmente estava tentando me fazer ciúmes ou simplesmente estava ficando com ela. Qualquer uma das duas opções não fazia diferença para mim.


Renji e eu estávamos mais próximos do que já fui de qualquer um, até mesmo de Orihime. Ele era gentil comigo e sempre áspero com a maioria das pessoas, isso me fazia se sentir querida. O trabalho era fácil, os clientes eram na maioria pessoas humildes e Renji sempre me ajudava, vínhamos juntos e ele fazia questão de me levar até em casa. Minha mãe sempre me pergunta "quem é o ruivo bonitão? Ai filhinha você deve matar Byakuya de ciúmes." Minha mãe era uma mulher meio doida, mas eu amava sua loucura. Já meu pai era sempre ríspido quando se tratava de meu emprego e de Renji. O ignorava, estou feliz como nunca estive, escutar meu pai nunca me fez bem então a melhor coisa a se fazer é ignorá-lo. Ouvi um chamado e fui até a mesa do senhor Tarano, com três dias já sabia o nome de todos os clientes fixos do restaurante.


- Querida, quero duas tortas de Mirtilo para levar para casa, uma garrafa de saquê e aquela pinguinha brasileira que o senhor Toshio trás das viagens dele. Ele disse quase rindo.


- Tarano, sabe que aquela pinga é bem cara.


- Mais caro é a decepção de não poder te levar para casa... Mas acho que Renji me daria uma boa surra. Dou uma risadinha sem graça, Tarano faz jus ao nome bem parecido com tarado.


- Eu não acredito que me trouxe em um bairro pobre e ainda mais me fez entrar em um restaurante que não tem nem uma estrela. Ouço uma voz, muito conhecida que me trás um arrepio a espinha sem olhar em sua direção vou preparar as coisas que Tarano pediu. Embrulho tudo e levo para ele, ele dá um sorriso galante, deixou o pagamento sobre a mesa e se levantou. Me viro para mesa na qual ouvi ouvi a voz de Rangiku Matsumoto e vejo nada mais, nada menos, que Tatsuki Arisawa na companhia de sua amiga peituda. O que elas vieram fazer aqui? A pergunta pairou em minha mente.



- Rukia, vem cá. Ouço Tatsuki me chamar, reviro os olhos e vou até lá.


- O que fazem aqui? Minha voz saiu áspera e coberta de ironia, Rangiku soltou uma risadinha mas foi Tatsuki quem disse.


- Só vim te dar um aviso, o Renji é meu. Você entendeu? Quero que tire sua bunda seca do caminho. Eu amo ele e ele me ama. Entendeu? Comecei a rir descontroladamente e sua expressão tranquila, se esvaiu e no lugar ficou uma de raiva.


- Tatsuki, você acha que euzinha vou te dar o MEU ruivo? Então ela quer brincar? Eu sei brincar.


- Seu? Seu, só por cima do meu cadáver!


- Querida, então pode checar que eu acho que você esta morta. Ela revirou os olhos e disse com um sorriso de satisfação.


- Sirva-me Kuckiki!


- O que?


- É isso que ouviu, sirva-me.


- Eu não, saí logo daqui.


- Acho que vamos ter que chamar o chefinho dela Tatsuki. Rangiku disse debochada. Um suspiro saí de minha garganta, olhei em direção a cozinha e Renji estava lá tranquilo sem notar a presença dessas duas cobras. Suspiro com raiva. O que não faço para ter Renji perto de mim.


- O que desejam? Elas riram e se levantam.


- Sua humilhação já está ótima, esta avisada Kuchiki ele é meu. Tatsuki disse e de braços dados a Rangiku saiu porta a fora.


(*** ALGUMAS HORAS DEPOIS ***)


Renji e eu havíamos acabado nosso turno fazia 20 minutos, senhor Toshio nos ofereceu um jantar mas não era o que eu esperava, ele deixou eu e Renji na mesa com a desculpa que teria que resolver uma coisa no escritório. O restaurante de senho Toshio Kibikino era famoso pelos vários pratos de regiões diferentes que o restaurante fazia. E Renji havia feito um belo marração com almôndegas como prato principal do jantar naquela noite. E era isso que iriamos comer, ao olhar para meu prato, uma memória me veio a mente: " A Dama e o Vagubundo" um desenho que marcou minha infância e por incrível que pareça me faz ter comparações bobas com meu vagabundo. Olhei Renji ele comia avidamente, ele estava incrivelmente lindo, o cheiro de hambúrguers invadiu minha narina, Kisuke estava na cozinha já trabalhando em seu turno, Renji pós sua mão na minha e disse suavemente.


- Nem cozinho tão mal assim. Sei que não são pratos que esta acostumada, mas é bem gostoso. Experimenta! Dei um sorriso constragido e dei uma boa garfada, era diferente, o molho era saboroso a massa era diferente do macarrão Yakissoba, mas diferente em um sabor bom. Olhei para ele e disse quase encantada.


- Isso é maravilhoso Renji. Ele sorriu e levou sua mão até meus lábios e com o polegar limpou eles, em seguida levou seu polegar a boca.


- Você se suja como uma criança. Ele disse divertido, sua atitude me fez corar.


" Mas beijo como gente grande"


Meus pensamentos gritaram, a imagem dos lábios de Renji nos meus, surgiu em minha mente corei mais ainda, levantei o olhar e o peguei me encarando ele segurou minha mão e por um momento pensei que fosse me beijar, até que senti sua respiração bem próxima a minha, oh sim ele iria me beijar. Sua mão acariciou meu rosto fechei os olhos e abri os lábios pronta para o momento que venho sonhado a dias, assim que senti os lábios dele roçarem nos meus um arrepio passou por mim, e quando sua lingua passou levemente entre meus lábios ouvimos um grito.



- Achamos vocês! Era Ichigo, ele estava ofegante como se tivesse acabado de correr uma corrida, quando sentir o calor de Renji se afastar de mim quase caí para trás e de cara feia olhei para o casal alaranjado, com certo ódio no olhar.


- Parece que atrapalhamos algo Ichigo. Orihime disse mexendo nos cabelos com um sorrisinho sem graça.


- Ah eles terão tempo para isso. Vamos sair hoje, não tem mais desculpa hoje é sexta, dia da diversão! Ele ainda estava ofegante, Renji como se acordasse de um coma disse debochado.


- Acho que alguém tem que parar com o cigarro. Se não aguenta me acompanhar, não me acompanhe. Ichigo soltou uma risada anasalada. Esses dois desde que se tornaram amigos, competiam em tudo. Até em quem fumava mais, pareciam duas chaminés havia dias que um março -para cada- não saciava esses dois. Sempre diziam que essa mania era: "uma coisa saudável que ajuda no elo da amizade!"


- Não tem nada haver com meu cigarro. Orihime e eu estamos procurando esse restaurante de viação canela faz horas. Estávamos procurando de carro inicialmente, passamos por aqui duas vezes, mas não pensamos que fosse um restaurante tão arruamadinho, porque né quem contrataria um cara tão feio como você? Falando nisso tenho que ter uma séria conversa com seu chefe, contratar um cara feio e carrancudo como você deve espantar a clientela.


- Feio é você. Disse em defesa de Renji, sem nem pensar muito, Orihime deu uma piscadela para mim e disse.



- Ah que bonitinha, já até protege o quase namorado. Soltei uma risada mas Renji disse nervoso.


- Se não tivesse namorado já era minha... Ele me olhou com um sorriso galante, que me arrancou um suspiro. Mas logo se direcionou para Ichigo e disse. - O que fazem aqui?


- Ai Renji, você é tão lerdo. Já dissemos, vamos sair hoje.


- Não podemos sair hoje, nós trabalhamos amanhã, e se não notou não estamos vestidos para sair. Disse para me livrar logo do casal alaranjado e quem sabe com muita sorte voltar para meu beijo. Orihime deu uma risadinha e me jogou um vestido branco curto que vinha até as coxas, com um decote redondo e braços de renda, logo reconheci o vestido, meu irmão me deu ele como um presente para compensar sua partida, nunca o usei, olhei Orihime boquiaberta e ela sorria enquanto segurava um salto preto e o balançava gentilmente.


- Não me olhe assim, não invadi sua casa. Sua mãe me deixou entrar e até escolheu seu look. Vá se trocar no banheiro depois vou lhe maquear. Ichigo e eu nós preparamos para tudo. Compramos as entradas da festa, para não ter desculpa. E sabe o melhor a festa é open-bar, traduzindo: Vamos. Beber. Muitoooo. Ela disse pausadamente muito alegre, pela primeira vez reparei em Orihime, ela estava simplesmente deslumbrante, usava um vestido verde água que dava destaque aos olhos, além de ser extremamente curto, sem mangás, de gola alta sem decote algum, mas dando grande ênfase aos seios, nós pés uma sandália salto agulha tão alta que a deixava quase ombro a ombro com Ichigo. Sua maquiagem era abusada com os lábios em carmesim. Uau nunca havia visto Orihime tão sedutora e bela. Ichigo não ficava para trás, usava uma blusa de botões branca com um grande dragão negro e assustador, com tres botões abertos o deixando com um ar sensual uma jeans claro apertada mostrando suas coxas torneadas e também um grande volume entre as pernas que era se reparado a quilômetros de distância, usava um tênis preto para completar o visual. Com certeza esses dois seriam o centro das atenções.


- Pera, eu não vou a lugar nenhum sendo o único mal arrumado. A voz de Renji me retirou de meu momento avaliativo e por puro instituto soltei as palavras tão rápido que nem pude pará-las.


- Você não precisa se arrumar, já chama atenção de vagabunda o suficiente. Ele me olhou e soltou uma risada anasalada.


- Só vou do jeito que estou, se for do jeito que está.


- Então eu vou do jeito que estou. Disse o encarando, que retribua o olhar no mesmo fervor.


- Ah podem parar já, os dois são feios e mal arrumados ficam horrorosos, eu trouxe uma roupa para você senhor imã de vagabunda. Ichigo jogou peças de roupa em Renji juntamente com um tênis branco. Renji o encarou surpreso.


- Como conseguiu roupas minhas?


- Orihime e eu invadimos o sistema da escola e pegamos seu endereço, enquanto Orihime pegava a de Rukia, peguei para você. Você sabe se arrumar assumo, foi até difícil escolher apenas uma roupa para voçe vetir. Sabíamos que iam dar desculpas então preparamos tudo.


- Não é que você só se fingi de burro, e como entrou em minha casa? Renji perguntou curioso Ichigo e disse simplesmente.


- Ah seu pai estava lá deitado na entrada da casa bebado, quando disse que eu era seu amigo ele quase me agrediu ai dei cenzinho para ele e tudo em uma boa, ate me deu um gole daquela bebida ruim.


- Impressionante, você sabe como conquistar um velho bêbado. Renji disse pegando as peças e se dirigindo para o banheiro do restaurante. Fui atrás, mas parei em uma porta diferente e só entrei após ouvir Renji dizendo.


- Fique linda para mim, pequena. Sorri e disse muito mais ousada que o meu normal.


- E você fique lindo para mim.


(*** UMA HORA DEPOIS ***)


Estavamos no carro de Ichigo, e eu não conseguia tirar os olhos de Renji, ele havia ficado muito mais que lindo, estava perfeito com toda certeza. Ichigo havia escolhido peças que o deixavam, incrivelmente delicioso, Deus nunca usei tal termo, mas era assim que ele estava naquele momento. Ele estava usando uma camiseta branca com um colete preto por cima, deixando seus braços fortes e tatuados de fora, uma jeans escura tão apertada quanto a do Ichigo e com um volume entre as pernas tão grande quanto de Ichigo e um tênis branco, para completar a bandana que usava em sua testa era preta o deixando com um ar de mistério tão grande. Deus todas vão olhar para ele. O carro de Ichigo se mexeu e aproveitei o movimento como uma desculpa para aproximar meu corpo do de Renji. Já vi muitos filmes no qual mulheres fazem isso, e resolvir fazer exatamente igual apoiei a mãos em suas coxas e olhei com um ar inocente, ele e deu um sorriso safado e de novo senti sua respiração próxima a minha, seus olhos estavam em meu decote e um sorriso de satisfação surgiu em meus lábios, apesar de nâo ter um corpo tão curvilíneo como as outras garotas ele tinha interesse em meu corpo e para mim isso já era melhor do que se o mundo desejasse meu corpo. Suas mãos acariciaram meu rosto e quando mais uma vez fechei os olhos para receber seus lábios nos meus, Ichigo freiou o carro bruscamente me fazendo cair sobre Renji, escuto a risada de Orihime e me levanto bufando desço do carro e digo irritada.


- Odeio vocês!


- Mas porque? Ichigo perguntou sem entender Orihime selou os lábios dele com os seus e após o curto beijo disse.


- Fica caladinho meu amor. Não piore a situação. Ele continuou com seu olhar sem entender coisa alguma, o que serviu apenas para me irritar mais ainda. Renji desceu do carro e me olhou, seu olhar tinha uma diversão mesclada com ódio que me fez sorrir. E juntos entramos na badalada festa.


Era três grandes salões com cerca de dez bares espelhados pelo primeiro, e mais dez no segundo. O terceiro foi reservado para aqueles que queriam mais que o álcool se é que me entendem. Apesar de vir de berço fino, nunca vi festa tão luxuosa e tão bem elaborada, estava lotado, cheio de pessoas de todos os tipos, as mulheres rebolavam com músicas americanas que nunca ouvi, os homens as acompanhavam tão próximos que não se tivesse dado uma boa olhada acharia que estavam transando. Orihime e eu estávamos sentadas em uma mesa esperando os garotos voltarem.


- Tem tantas pessoas da escola. Falei levianamente para Orihime, ela soltou uma risada e disse.


- Claro que tem Rukia, a festa é do Hitsugaya. Arregalei os olhos surpresa, mas não tive tempo de falar nada, Ichigo e Renji retornaram cada um com duas garrafas de bebida nos braços.


- Tequila e Vodka. Ichigo disse colocando as duas garrafas na mesa, Renji colocou as dele e se sentou do meu lado. Eles tiraram 4 grandes copos do bolso, dois pretos e dois roxos. Os quatro com a seguinte legenda "Watashi wa kuru mono o kakunin shitaidesu"*.


- "Quero ver quem saí de pé". Li as palavras em voz alta e Orihime riu.


- Dúvido que algum de nós saiamos de pé.


- Ei Renji, vamos apostar que ganho de você. Renji soltou uma risada e disse já abrindo a garrafa de tequila e nem se dando ao trabalho de virar no copo.


- Você? Kurosaki, nunca vai ganhar de mim. Ele virou um grande gole, Ichigo fez o mesmo soltando uma risada. Nunca havia bebido, e não sabia se era uma boa idéia começar com isso hoje.


- Abarai, isso é o que vamos ver. Eles deram mais um grande gole, e olharam um para o outro rindo.


- Segunda vamos lutar, quer apostar quem vai ter menos machucados? Renji propôs descendo mais uma vez o líquido pelos lábios, olhei Orihime e ela bebia em seu copo com certa tranquilidade olhando os dois.


- Já ganhei essa meu amigo. Olhei Renji que soltou uma risada anasalada e em seguida olhou para mim.


- Bebe com a gente Rukia. Ele virou um pouco do liquido em meu copo, sorri sem graça e disse.


- Nunca bebi, não sei se é uma boa idéia. Ele sorriu safado e disse uma frase com duplo sentindo palpável.


- Tem a primeira vez para tudo. O álcool já estava considerávelmente mexendo com suas atitudes, ele segurou em minhas mãos e guiou o copo até meus lábios, assim que senti o líquido descer em minha garganta, senti ela queimar, mas era um queimar gostoso e mantinha meu corpo quente. E também uma enorme vontade de tossir me tomou, olhei Renji e ele sorriu. - Viu não foi tão difícil. Ele disse levando a garrafa até os lábios e por um breve momento senti inveja daquela garrafa, então a ideia tomou meus pensamentos e tão rápido quanto o plano surgiu, eu o executei, tomei a garrafa de Renji e bebi um bom gole, sentindo o queimar e a vontade e tossir, ele me olhou abismado.


- Vai devagar, quanto mais rápido você bebe mais rápido fica bêbado. Lei da vida! Sorri, sentindo meu corpo formigar e minha mente entorpecida. Eu sentia que podia fazer qualquer coisa a coragem parecia ser minha aliada. Olha incrível, vendem coragem engarrafada.


- Bebe. Disse pondo a garrafa nos lábios de Renji que após um sorriso torto, deixou que virasse a garrafa em seus lábios, virei um pouco mais do que o necessário e um pouco do líquido escapuliu. Sorri safada e em um momento de loucura tirei a garrafa de seus lábios aproximei mais ainda meu corpo do dele e passei a lingua pelo líquido que havia escapulido, senti um arrepio vindo dele, e ouvi a voz de Ichigo seguida por um riso maroto de Orihime.


- Nossa que momento erótico. Os fuzilei e disse.


- Calem a boca, já nos interromperam mais que o suficiente por hoje. Ichigo abriu a boca para falar algo, mais tais palavras nunca foram proferidas pois Orihime o beijou sorri e me virei para Renji, ele disse com um sorriso galante.


- Acho que você já esta bêbada.


- Nunca estive tão sã.


- Você tem namorado Rukia... O intorrompi com os lábios próximos aos dele.

- Nunca tive um bom relacionamento com Byakuya e isso só piorou desde que você sem perceber se tornou parte de mim. Ele me olhou cauteloso e disse.


- Tenha muito cuidado com o que fala, corações se ferem mais com palavras do que com atitudes.


- Você é muito lerdo Renji, eu quero você e só você. Aproximei meus lábios dos dele e lhe dei vários selinhos.

- Já fui chamado de lerdo duas vezes apenas hoje, estou começando a acreditar. Ele puxou meu rosto, selou nossos lábios e quando estava pronta para sentir seu sabor, alguém diz.



- Ele é meu, você não escuta por bem vou ter que te mostrar por mal. Me virei para Tatsuki e disse.



- Seu? Então porque é a minha boca que ele está beijando? E ao dizer isso, mais rápido que uma onça faminta subo no colo de Renji e colo meus lábios nos dele.