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História After All - Capítulo XI: A Marca Negra


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Oie, gente bonita! Já tem capítulo novo sim!
Essa semana vamos ter todos os dias, porque eu estou com o humor lá em cima =)))
Sendo assim, bora capítulo!

Capítulo 12 - Capítulo XI: A Marca Negra


POV Hermione

A aula de Defesa Contra as Artes das Trevas havia sido ótima, e o melhor, eu já sabia todos aqueles feitiços, os N.I.E.M.s seriam maravilhosamente ótimos. Sai da aula conversando animada com Gina, até que me lembrei do raio com corações da manhã.

— Agora me conte, por que estava tão apaixonada mais cedo? — perguntei, curiosa.

— Já falei, Harry! — a ruiva respondeu, risonha. E sem dar tempo para que eu reclamasse, já deu continuidade a sua fala. — Ele me mandou uma carta, vem me visitar essa noite.

Ela abriu um sorriso que não dava espaço para mais nada em seu rosto, enquanto a minha cara se transformava em um grande ponto de interrogação. Harry era um auror, mas não podia usar isso como desculpa para invadir Hogwarts e ver sua namorada. Mas antes que eu pudesse indagar como ele o faria, ela continuou de novo.

— Em sonho é claro, mas tenho certeza que vou conseguir matar um pouquinho da saudade.

— Oh, Gina, fico feliz por vocês! — exclamei, com contentamento.

Mas interrompendo nossa conversa apareceu um Malfoy correndo e arfando.

— Granger, precisamos ir até a sala da diretora — respirou fundo, cansado, se expressando em um tom muito preocupante, e já continuou a correr em direção ao escritório para o qual se dirigia.

Despedi-me de Gina rapidamente e corri também, o garoto já estava fora de vista. Subi apressada atrás dele, que já estava dentro da sala da diretora. Ao entrar, o vi parado, atônito, talvez sem palavras, enquanto a mais velha o olhava, curiosa.

— O que houve, Sr. Malfoy? — a mulher indagou.

Malfoy estava ainda mais branco do que normalmente e parecia suar frio, sem emitir uma palavra, ele levantou a manga esquerda de sua blusa. A marca negra estava lá. Ficamos todos em silêncio.

— O contorno escureceu — o ex-comensal finalmente emitiu algo, mas isso só deixou tudo pior.

Fui para sua frente, antes que Minerva se levantasse, e peguei seu braço, deixando o desenho todo à mostra. O desenho em si ainda estava desbotado, do mesmo modo que ficou assim que Voldemort morreu, mas o contorno havia ganhado vida novamente, estava em um tom muito escuro de preto, parecia-me que as trevas estavam voltando aos poucos para o desenho.

Uma gota caiu sobre a tatuagem e só então eu percebi que estava chorando, larguei o braço de Malfoy e sequei-o, antes que alguém mais notasse, coloquei-me ao lado do garoto, dando espaço para que Minerva olhasse à marca com atenção.

— Quando foi isso, Malfoy? — a senhora perguntou, com a voz desconcertada e com o braço do garoto em suas mãos.

— Eu estava saindo da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, depois de ter uma conversa com o professor Podmore, senti uma ardência no braço esquerdo, levantei a manga já esperando pelo pior e foi exatamente o que aconteceu, ela estava assim.

Minerva retirou as mãos do braço do ex-comensal e tirou os óculos, aparentava estar muito cansada, esfregou o objeto na barra do casaco, com uma feição triste, e os recolocou sobre a ponta do nariz.

— Obrigada por me avisar, Draco, obrigada mesmo — a animaga agradeceu, sincera. — Acho que o que temos a fazer é investigar mais a fundo essa caixa, ela pode ter algo a ver com isso, mas nada além disso. Agora podem ir.

Eu já me virava para sair, mas ao observar Malfoy, vi que ele se balançava sobre suas próprias pernas, até que pôs a mão em sua nuca e falou:

— Acho que eu posso ir um pouco mais a fundo nisso, diretora McGonagall.

Ela levantou os olhos que tinha posto sobre um papel que havia em sua mesa, seu olhar era triste.

— O que está pensando, Draco? — a mulher perguntou, sem emoção na voz.

Draco, por uma atitude, uma boa atitude, Malfoy deu esperanças para Minerva, esperança não de que as coisas melhorariam, mas de que ele melhoraria, que ele estava agora do nosso lado, talvez pudéssemos confiar nele agora. E Minerva demonstrou isso tudo com uma simples mudança na forma como chamava o sonserino. A diretora era uma mulher sábia, mas eu ainda não sabia o que pensar sobre ele.

— Vou agir do mesmo modo que Snape fez, serei seu agente duplo, assim como ele o foi para Dumbledore — Malfoy declarou, de modo inesperado.

Minerva arregalou os olhos, abaixou a cabeça, voltou a levantá-la e balançou-a em negativa.

— Esperaremos que isso não seja necessário, Draco — ela disse, triste. — Agora se puderem se retirar, por favor. Tirem o resto do dia para descansar e amanhã estejam aqui cedo, vamos fazer o que tiver que ser feito para entender aquela caixa.

            Malfoy saiu da sala cabisbaixo, pensei em lhe dizer para me esperar, mas decidi deixá-lo, eu também precisava ficar sozinha e não o queria por perto. Eu também já ia saindo da sala, mas me peguei pensando em algo que não consegui segurar.

            — Você acha que há alguma chance de ele ter amado, Professora Minerva? — indaguei, com a voz baixa.

            A diretora que já havia voltado a ler seus papeis parou o que fazia, retirou os seus óculos e também o seu chapéu, passou a mão pelo seu rosto, massageando suas têmporas. E quando eu achei que ela não me responderia, ela falou:

            — Talvez Hermione, não consigo imaginar alguém que conheceu o amor fazendo tudo o que ele fez      .

A diretora parou, escondendo o rosto com as mãos e falou abafando a voz, mais para si mesma do que para mim.

— Alvo saberia como agir...

            Só então eu percebi o quanto ela deveria se cobrar, sendo a sucessora de Dumbledore, o quanto deviam cobrar dela, Alvo Dumbledore era o único bruxo que Voldemort temia, mas após aquela luta no salão de Hogwarts, ele e todos nós deveríamos ter aprendido que McGonagall era tão boa quanto ele.

            — Não acho, Minerva — falei, sem pensar mais. — Dumbledore sempre disse a Harry que Voldemort foi tudo o que era porque não havia conhecido o amor, ele estaria tão perdido quanto a senhora está.

            A diretora sorriu para mim e recolocou seu chapéu e seus óculos.

            — Obrigada, Hermione — agradeceu, sincera.

            Eu sorri e acenei com a cabeça, e finalmente consegui sair da sala, andando sem rumo pelo castelo, e mesmo sem pensar em nada, meus pés me guiaram até a biblioteca, pois era lá que eu me sentia bem.

Ao entrar sorri para Madame Pince e fui em direção a área de literatura bruxa, passei a mão pelas lombadas dos livros, até que ao passar por um deles senti algo diferente, uma espécie de dormência nos dedos quando o tocava, passei novamente por ele e o peguei. O título do livro era “O Amante da Morte.”. A capa era ciano com o titulo grafado em baixo relevo, dourado e em letra cursiva. A tinta parecia desbotada, o que era estranho. Abri o livro, procurando pelo código da biblioteca, porém ele não possuía. Peguei-o e fui em direção ao balcão da bibliotecária.

— Boa tarde, madame Pince — cumprimentei-a.

— O que faz fora da aula, senhorita Granger? — ela inquiriu.

— A diretora me dispensou das demais aulas de hoje — respondi, sincera. —– Madame, eu estava passando pelas estantes e encontrei este livro — narrei, já colocando o livro sobre seu balcão. —Porém não encontrei o código dele.

A mulher tomou-o com cuidado, olhou a capa e em seguida as contracapas, por fim colocou-o de volta sobre o balcão.

— Este livro não pertence à biblioteca, Srta Granger — a bibliotecária afirmou, convicta. — Inclusive, me parece um livro trouxa, tendo em vista que a tinta está desbotando.

— Bom, sendo assim, vou levá-lo comigo — informei-a, já colocando o livro dentro de minha bolsa. — Tenha uma boa tarde.

Sai da biblioteca, indo em direção ao meu quarto, no intuito de ficar sob as cobertas e ler o livro, tudo o que eu queria era tirar aquela caixa maldita da cabeça e nada melhor do que ler um romance pra isso.

Cheguei até o quarto e coloquei minha mochila na mesa, passei em meu armário para pegar meu pijama, pois não tinha a intenção de descer para jantar, e uma toalha. E então subi para o banheiro.

Malfoy estava deitado de bruços em sua cama, o garoto estava sem camisa, suas costas eram definidas, cada linha de seus músculos eram evidentes, mas sem nenhum exagero, me vi parada o observando. O garoto como se sentisse o peso do meu olhar virou-se na cama com o braço sobre os olhos, pude então ver seu abdome, que assim como suas costas, era escultural. Antes que ele percebesse meus olhos em seu corpo eu os desviei, recriminando a mim mesma por olhá-lo com desejo.

Fui para o banheiro, ainda me punindo mentalmente pelo olhar que lancei ao sonserino, tranquei a porta, fui para de baixo do chuveiro e deixei a água levar embora aqueles pensamentos sobre o corpo escultural de Malfoy, mas então o dilema de um Voldemort que amou voltou a assolar minha mente e esfregando meu corpo com força mandei-o embora.

Sai do banho com os pensamentos em Ronald, planejando escrever-lhe uma carta só para dizer que ainda estava com saudade ou algo assim. Sai do banheiro enrolada na toalha, Malfoy não estava mais no quarto, devia ter saído para o jantar e eu fiquei grata por isso, chegando ao meu quarto lá estava Pichitinho aninhado em meu travesseiro, com um bilhete amarrado à pata esquerda. Fui até ele e afaguei suas asas enquanto retirava com cuidado o pedaço de papel.

Oi Mione,

As coisas estão mais corridas do que achei que estariam, mas dou um jeito de ir para Hogsmeade, pode ter certeza.

Carinhosamente, Ron.

Coloquei o bilhete junto ao outro, que eu havia guardado dentro de uma caixinha em uma gaveta do armário. e com a mente em um turbilhão de preocupações com o que ele havia dito sobre “as coisas estarem corridas”, peguei papel, tinta e pena para responder, fui então até a mesa e me sentei em uma cadeira.

Querido Rony,

Mas está tudo bem por ai? O que tem acontecido para terem tanto trabalho?

Parei o que estava escrevendo e percebi que eu precisava de um método para falar mais rápido com eles, pensei por um instante e então me lembrei do espelho que Harry havia me entregado antes que eu voltasse para Hogwarts. Levantei apressada e fui até meu armário, pegando o objeto que estava oculto em meio às minhas roupas. Sentei em minha cama com o espelho de dois sentidos em minhas mãos e falei:

— Harry Potter.

O espelho então fez como era de se esperar, e após um pequeno instante o rosto de seu amigo apareceu pequeno no pedaço de vidro que tinha em suas mãos.

— Está tudo bem, Herms? — ele perguntou, com um tom preocupado.

— Olá Harry! — cumprimentei-o, animada em vê-lo.

Eu estava com a mente tão cheia que não havia percebido a falta que sentia de meu melhor amigo.

— Aqui está tudo bem. — abaixei os olhos enquanto mentia. — Mas fiquei preocupada, Ronald disse que as coisas estão muito corridas no trabalho, o que está acontecendo?

O moreno passou a mão pelos cabelos e se aproximou do espelho que tinha em mãos, de modo que eu não via mais seu rosto inteiro, mas somente um de seus olhos e sua cicatriz.

— Não tem acontecido nada demais por aqui, Mione, ao menos não com ele. — o garoto respondeu-me, com a voz baixa e cautelosa. — Preciso conversar com você, Hermione, mas o lugar que estou não é muito privado. — Ele parou e pensou por um instante e então prosseguiu. — Depois de falar com Gina essa noite, apareço em seus sonhos, então por favor, durma cedo. Agora preciso ir, adeus Herms.

Sua imagem, sem mais nem menos, sumiu do espelho e eu voltei a me ver, minha face estava um pouco pálida com a preocupação e Harry não havia ajudado em nada.

Voltei para a mesa pensando no que Harry havia dito, “não tem acontecido nada demais por aqui”, e então pensei sobre o que Ronald dissera e minha cabeça ferveu com desconfiança, Ronald estava me escondendo algo. Eu peguei o papel no qual havia começado a escrever e rasguei-o, me dirigi até o armário e apanhei outro onde escrevi de novo.

Oi Rony,

Espero que as coisas melhorem por ai. Te vejo sábado.

Hermione.

Dobrei o papel e amarrei-o à perna da pequena coruja, levando-a até a janela, e Pichitinho voou rapidamente por ela.

Voltei para minha cama e olhei para o relógio que havia na parede à minha frente, já era nove e meia e o jantar com certeza já havia sido retirado, com isso eu só poderia comer amanhã, apesar dos protestos de minha barriga.

Estiquei-me alcançando minha bolsa e retirei dela o livro que eu havia encontrado na biblioteca, “O Amante da Morte”, assim que encostei nele tive a mesma sensação de antes e com isso veio a certeza de que havia algo naquele livro. Coloquei-o sobre meu colo e o abri. Na folha de rosto havia uma dedicatória, em uma letra cursiva tão bela quanto a usada na capa. e abaixo uma assinatura.

Um livro do meu mundo para você, espero que tenha a mente aberta para com ele, assim como fizestes comigo.

Com amor, de sua Elizabeth Jones.

Madame Pince estava certa, era um livro trouxa, provavelmente dado por uma nascida trouxa a seu namorado sangue puro e preconceituoso.

Folheei o livro e notei que havia muitas anotações no rodapé das páginas, todas escritas a mão, com uma letra totalmente diferente da usada na dedicatória, claramente masculina, e olhando mais detalhadamente via-se que algumas foram escritas em diferentes tempos, algumas palavras mais desbotadas que outras, umas a lápis, outras a caneta.

Imaginei um romance proibido entre esse casal, ela dera aquele presente a ele no intuito de mostrar que o amava e que aquelas anotações que ele havia feito eram pequenas declarações de amor e em meio a esses devaneios adormeci, antes de ler sequer uma palavra.


Notas Finais


Gente, me digam o que acharam! Porque, sério, tem muita coisa pra achar nesse capítulo, hahahaha
Assim que eu arrumar um tempinho vou responder todo mundo com muito amor, como sempre fiz <3
Mil beijos, lindíneos =* <3


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