1. Spirit Fanfics >
  2. After All >
  3. Capítulo XXII: Amortentia

História After All - Capítulo XXII: Amortentia


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Oie, pessoas que apesar de eu ter sumido por uns quatro meses ainda acham que eu mereço uma chance, ou melhor, eu não, a fic mesmo .-.
Eu voltei e esperamos que agora seja pra ficar.
Quero agradecer tipo muito mesmo pra quem comentou no último cap, pra quem mandou mensagem pedindo pra continuar, vocês me fazem lembrar de porque amo essa história e nunca vou abandoná-la. Vocês são demais <3
Como expliquei extensamente nas respostas das reviews, eu estou meio acabada pela faculdade e sem conseguir escrever muito, isso me deixa bem pra baixo e sem vontade de postar o que já tenho pronto, aí vocês acabaram saindo prejudicados. Vou tentar mudar isso,
Agora, sem mais enrolação, bora capítulo, que vocês devem estar com saudade *-*
=* <3

Capítulo 23 - Capítulo XXII: Amortentia


POV Hermione

Minerva mandou que fôssemos embora, mas eu havia a decepcionado tomando a dianteira da situação e falando com Harry sem sua permissão, apesar de Malfoy estar certo sobre eu ter feito aquilo como um ato de boa vontade. Ele havia me defendido, um ato que realmente não parecia fazer parte do caráter do sonserino, parece que agora eu devia um agradecimento ao garoto.

— Minerva, eu realmente sinto muito por ter falado com Harry antes que a senhora o fizesse — desculpei-me, chamando sua atenção.

— Não, Hermione, o senhor Malfoy estava certo — a diretora repreendeu-me. — A senhorita agiu da maneira certa. Estou orgulhosa por isso.

A professora sorriu para mim e eu lhe sorri de volta, feliz pelo seu perdão e por ter sido entendida.

— Agora você precisa ir, criança, sua aula já deve ter começado — a mulher alertou-me. — Na verdade, sendo uma aula com Slughorn, é possível que ainda chegue antes do professor.

Nós duas rimos silenciosamente e eu concordei com a cabeça, descendo as escadas do gabinete. Mas ouvi um baque surdo, como de algo batendo contra a parede. Fiz o resto do trajeto aos pulos e já com a varinha em punhos.

— Você também tem gritado a noite, seu comensalzinho de merda?

Era a voz do professor Podmore. Assim que sai pela passagem, pude ver a cena que se desenrolava. Draco Malfoy estava com as costas prensadas na parede, enquanto Estúrgio o segurava, com um dos braços o mantendo preso e a outra mão segurava a varinha, que era apontada diretamente para o peito do aluno.

— Solte-o! — gritei para o homem.

O professor me olhou debochado e não pareceu nem um pouco disposto a soltar o garoto. Muito pelo contrário, sua atitude tornou-se mais dura e em um momento, eu soube o que fazer.

Com um movimento da varinha e sem palavras, estuporei o mais velho.

— Eu mandei soltá-lo!

O professor caiu no chão, libertando Malfoy.

— Vamos, Draco, estamos atrasados — chamei-o, o puxando pela manga das vestes.

O garoto estava mais pálido que o normal, mas mesmo assim, conseguiu forças pra agradecer.

— Obrigado por isso — o loiro agradeceu, enquanto afrouxava sua gravata.

— Não precisa agradecer — disse, retomando o silêncio.

Eu estava furiosa pela atitude do professor, ele não tinha nenhum direito de agir desse modo com o Malfoy. Pra falar a verdade, eu estava louca para poder falar com o garoto, e saber o que havia acontecido entre ele e o professor, mas foi então que vi que Gina ainda me esperava na entrada do corredor.

 

POV Gina

Esperei por dez minutos antes que outro alguém aparecesse, revezando entre não fazer absolutamente nada e espiar pelo corredor, para ver se algum dos dois aparecia, mas quando alguém apareceu foi o professor Podmore, que também se direcionou para o gabinete da diretora, tão atento, que nem sequer reparou em minha presença. Demorou mais dez minutos até que houvesse mais alguma movimentação, primeiro um barulho alto, como de algo batendo na parede, e depois um mais alto ainda, como algo maior sendo jogado contra o mesmo lugar.

Espiei pelo corredor e vi Hermione e Draco vindo em minha direção. Minha amiga estava com uma expressão furiosa, tinha a varinha em punho e seus cabelos castanhos estavam frisados. Malfoy, por sua vez, tinha a tez ainda mais pálida que o normal e vinha afrouxando sua gravata. Não pude ver o que estava atrás de ambos, pois andavam lado a lado, bloqueando minha visão.

— Ei, o que houve? — perguntei, quando me alcançaram.

Mione colocou a varinha de volta no bolso e levantou os olhos para me encarar.

— O que você ainda está fazendo aqui? — ela reclamou.

— Tentei te dizer que esperaria, mas você estava realmente apressada — expliquei-me.

— Você devia ter ido para a sala. A aula já começou há dez minutos — a garota repreendeu-me.

— E correr o risco de perder meu lugar bem do seu ladinho — zombei dela. — Nem pensar, Herms.

— Igualzinha ao namorado. — A sabe-tudo revirou os olhos.

— O que precisavam falar com Minerva? — indaguei para ambos, que não pareceram dispostos a responder. — Assunto de monitores chefes, então?

Os dois se entreolharam e Malfoy deu de ombros.

— Sim, Minerva precisava nos passar um aviso — Hermione esquivou-se.

— Qual aviso? — questionei.

Já estava me estressando com essa desculpa esfarrapada que minha amiga usava toda hora. Os dois se olharam de novo, e dessa vez foi Malfoy quem falou, obviamente por ele ser um mentiroso melhor do que Mione, que baixava os olhos e corava levemente toda vez que contava alguma mentira.

— O próximo passeio a Hogsmeade foi cancelado — o garoto disse com frieza.

— Mas por que?? O que aconteceu com você foi obviamente um caso isolado! — reclamei, mesmo imaginando que aquilo fosse uma mentira, seria algo completamente injusto.

— Minerva não pensa assim — Draco falou, enquanto descíamos os degraus que nos levariam para a sala de poções.

— Tentamos argumentar, mas ela está irredutível — Granger justificou-se.

Já estávamos quinze minutos atrasados, mas a sala ainda não estava completamente cheia, tendo algumas carteiras completamente vazias. Os alunos haviam a algum tempo aprendido que Slughorn era bastante indulgente se recebesse algo em troca como, por exemplo, abacaxis cristalizados. Hermione foi pra uma das bancadas mais a frente e eu a segui, deixando Malfoy para trás, para sentar-se com Blásio, que deu um sorriso simpático ao nos ver.

Logo Slughorn chegou, seguido por alguns alunos que tentavam cair em suas graças, tendo entre eles Demelza Robins, que entrara comigo em Hogwarts e fizera parte do time de quadribol em meu quinto ano. Corri até ela, antes que o professor começasse a aula.

— Hey, Demelza! — cumprimentei-a quando me aproximei. — Vai à seletiva hoje à noite?

— Claro! — ela respondeu animada. — Preciso me esforçar para garantir a minha vaga no time. Ouvi falar que muita gente vai tentar entrar esse ano.

— Não vem com essa Dem, seu teste vai ser por pura formalidade. Você já está dentro do time com toda a certeza! Além disso, não acho que vão tentar tantos quanto no dia do seu primeiro teste — tranquilizei a ela e a mim mesma, por saber que mais alguma veterana do time estaria lá esse ano. — Mas não deixe que os outros saibam.

Sai, dando uma piscadela para a garota, que sorria feliz da vida com a notícia e voltei para meu lugar. Hermione já havia separado os ingredientes da poção que o professor havia nos avisado que começaríamos a fazer hoje, Amortentia.

— Só esses ovinhos? — pergunte, quando sentei de novo na cadeira em frente a nossa bancada.

— Não são só ovinhos, Ginevra! São ovos congelados de Chizácaro — a sabe-tudo repreendeu-me. — Se você tivesse lido a receita da poção antes, saberia.

Dei-lhe a língua e abri o livro na página com as instruções para o preparo, era tudo muito vago, o único ingrediente de verdadeira importância e real eram esses ovos, para quinhentos mililitros de poção eram necessários oito ovos; os demais componentes eram representações de sua alma, o que era extremamente confuso. Felizmente, nas primeiras quatro horas o preparo era relativamente fácil, quebrar os ovos dentro do caldeirão, a cada ovo acrescentar três lágrimas, as duas primeiras vezes de dor, as duas seguintes de tristeza, as outras duas de medo e as duas últimas de felicidade.e mexer dezesseis vezes trocando os sentidos, iniciando por anti-horário.

Olhei ao redor, me deparando com os alunos se esforçando de diferentes maneiras para conseguir chorar de dor. Hermione mordia a própria mão até quase arrancar sangue, Demelza arrancava fios de cabelo em pequenos punhados, Astoria arranhava o próprio rosto e Blásio e Draco davam socos um no outro. Parei por um momento, decidindo o que deveria fazer. Peguei minha varinha e murmurei:

— Incendio! — Uma pequena chama irrompeu de minha varinha e eu deixei minha mão sobre ela, não demorou muito para que as lágrimas começassem a cair de meus olhos, derramei-as em um potinho, e coloquei-as dentro do caldeirão depois de derramar o primeiro dos ovos lá dentro.

Mexi as dezesseis vezes e fiz tudo de novo, enquanto pensava no que faria a seguir, chorar de tristeza era algo fácil ultimamente, bastava pensar naqueles que havíamos perdido; minha mente voou para Fred e para como Jorge não parecia mais o mesmo, apesar de se esforçar para continuar as piadas, pensei no pequeno Ted, sem Lupin ou Tonks para cuidar dele. Foi mais que o suficiente, tirei os pensamentos de minha mente enquanto contava três gotas com o conta-gotas, lágrimas as quais haviam sido derramados em um pequeno frasco. Mais um ovo e mais dezesseis mexidas, repetindo o processo.

Também não era difícil chorar de medo. não quando quase fui morta tantas vezes, não quando meu namorado era um auror, não quando meu irmão tinha tentado atacar sua namorada, não quando eu as vezes esquecia de coisas banais. As lágrimas desceram e enquanto eu mexia o caldeirão, olhei em volta, tentando imaginar o que cada um teria pensado para conseguir cair no pranto pelos motivos certos.

Por fim, lágrimas de alegria, no penúltimo ano eu achara que não haveria mais alegria na minha vida, mas eu me enganei, Harry levantou-se no último segundo e derrotou Voldemort. Harry estava vivo e era só isso que importava, nós voltaríamos a namorar e tudo ficou perfeito.  Pequenas lágrimas brotaram descretas acrescentei-as de três em três à poção.

Ao final dessa etapa a poção deveria ter um aspecto azulado turquesa com a superfície nevoenta, olhei para minha, estava mais próxima do azul celeste, mas a parte de cima estava nublada; não parecia tão ruim. Olhei para a de Hermione por cima de seu ombro, sua preparação estava exatamente como o livro descrevia que devia estar.

O professor já passava nas mesas, enquanto eu ia guardando as demais coisas que não usaria mais.

— Perfeito como sempre, senhorita Granger. Dez pontos para a Grifinória! Afinal, a sua é a única no tom certo de azul. — O professor virou-se então para o meu caldeirão. — Um pouco mais claro do que deveria, me parece que derramou lágrimas de amor, senhorita Weasley.

Slughorn se dirigiu até sua mesa e voltou-se para a sala.

— As diferenças de colorações que vocês obtiveram são devidas aos sentimentos expressos nas lágrimas. Se a sua dor é medo, a poção fica muito escura. — Ele indicou um dos frasquinhos que agora voavam para sua mesa, mostrando seu tom prussiano. — Se a sua tristeza é dor, fica mais desbotada. — Uma poção índigo voou para ele. — Se não há lágrimas de alegria, a preparação fica azul marinho. — Um frasco extremamente escuro pousou em sua mão e o professor lhe lançou um olhar triste. — E se a sua alegria é o amor, então o líquido fica mais claro do que deveria. — Slug pegou o meu vidrinho e mostrou para os demais.

— A maioria desses casos tem conserto. — O gorducho sorriu amistoso. — Estão dispensados. Vejo vocês na próxima aula.

Limpei o resto do caldeirão, para poder sair da sala, mas ouvi a voz do homem novamente.

— Senhor Malfoy, venha aqui, por favor — ele pediu.

Pude ver Draco se retrair nas últimas fileiras, mas pegou suas coisas e foi até o professor.

— Senhor Malfoy, as lágrimas de alegria são realmente essenciais para essa poção, entendo a sua situação, mas você precisará acrescentá-las antes da próxima aula. Venha aqui na quinta feira à noite e acrescente-as, tudo bem?

Olhei pelo canto do olho e vi que o sonserino concordava com a cabeça, sem dizer palavras. Em seguida, aprumou a mochila nas costas e encaminhou-se para a porta da sala, onde Zabini o esperava.

Puxei Hermione pela manga, para que alcançássemos aos dois garotos, antes que eles se afastassem demais.

— E aí? Como fizeram para chorar tantas vezes?— dirigi a pergunta para todos os três, enquanto saíamos.

— Porque com certeza Rony não é motivo para isso — cochichei para minha amiga.

A morena fez careta para o meu comentário e jogou a mochila que trazia pendurada na mão, em suas costas, para podermos sair da sala.

— Mesmo que eu ainda o amasse e ainda estivesse com ele, minha poção não teria ficado tão boa quanto ficou, ficaria como a sua. — Sempre a mesma sabe-tudo irritante.

Por maior que fosse a surpresa, ela não disse isso em voz baixa, somente para mim, mas para todos nós.

— Então no que pensou, sabe-tudo? — Malfoy  a provocou.

— Pensei nos primeiros anos em Hogwarts, em quando descobri que era uma bruxa e em quando ajudei Harry a derrotar Voldemort pela primeira vez — a grifinória contou com um sorriso nos lábios.

— Com certeza é um pensamento feliz! Eu acabei pensando em Harry — ri de mim mesma. — Vê-se que não foi uma boa decisão, pela cor que a poção ficou.

— Pensei em Luna. — Blásio coçou a nuca. — A poção ficou igualzinha a sua.

Nós dois rimos, enquanto Herms nos olhava de modo reprovador.

— Eu não consegui. — Draco deu de ombros.

Baixei o rosto, sem conseguir olhar para ele. Devia ser uma vida difícil a dele, um garoto que não conseguia pensar em algo alegre o suficiente para derramar uma lágrima, devia ter uma vida um tanto quanto triste.

— Mas o que pensaram pra derramar as tais lágrimas de medo? — Blásio mudou de assunto rapidamente, para não deixar seu amigo desconfortável.

— Acho que todos pensamos em Voldemort, não é mesmo? — Mione questionou, parando seu olhar em cada um de nós.

Todos concordamos com a cabeça e soltando murmúrios de afirmação.

— E tristeza não deve ter sido difícil pra ninguém — Malfoy comentou.

O dito foi seguido por novas afirmações vindas de todos nós.

— Agora me sinto meio burra, tendo confundido amor com felicidade. Agora parece bem óbvio — reclamei, para trazer a conversa para um tema mais fácil.

— É compreensível, Ginny, a gente confunde amor com felicidade, assim como confundimos só felicidade com amor verdadeiro. — O olhar de Hermione era vago ao dizer isso.

Na mesma hora percebi que ela falava sobre Rony. Assim que possível eu precisaria ter uma conversa com Hermione sobre isso. Foi quando passamos pelo corredor que dava na entrada do Salão Comunal da Sonserina.

— Preciso passar no quarto para deixar esse material. — O moreno se desviou para o corredor e o loiro o seguiu.

Assim que eles sumiram de minha vista, enquanto subíamos as escadas, foquei os olhos em minha amiga.

— Fale comigo — pedi a ela.

— Sei que ele é seu irmão, Gina, mas percebo agora que eu nunca o amei como imaginava — a morena explicou-se. — Gostei dele no quarto ano e me pareceu algo tão certo!

Pude ver que minha amiga se segurava para não chorar, por isso a empurrei para dentro da primeira sala aberta pela qual passamos, enquanto íamos para o salão principal; o almoço poderia esperar.

— Alimentei aquele sentimento. Ele teve tanto ciúmes do Vítor, ficou óbvio que também gostava de mim. E eu também tive muito ciúmes dele com a Lilá, no sexto ano. E quando fomos em busca das horcruxes.... Ah, Gina!

A garota jogou-se em meus braços e, em meio às lágrimas, continuou a desabafar.

— Parecia certo, eu precisava tentar, não acha? — Concordei silenciosamente, dando-lhe tapinhas nos ombros. — Mas foi tudo tão morno! E agora isso!

Afastei-a de mim, surpresa, e tive que perguntar:

— O que quer dizer com morno?

Hermione corou antes de responder.

— Não houve paixão, sabe? Aquele fogo arrebatador que vejo em você e em Harry quando estão se atracando às escondidas.

Dessa vez fui eu a corar e em seguida rir.

— Bom, pelo jeito não tão bem escondido; preciso sugerir novos esconderijos ao Harry. — A grifinória parou de chorar e esboçou um sorriso. — Eu não te julgo, Herms! Pode ter certeza!

Ela me abraçou novamente, mas dessa vez sem chorar, um abraço de amigas, como nós éramos, mesmo sem o Rony e até mesmo sem o Harry.

— Obrigada por isso, Ginny! Espero um dia encontrar alguém para quem olhar do mesmo modo que você olha para o Harry! — ela disse ao se afastar de nosso abraço.

A garota andou de volta para a porta e eu a segui, retomando nosso caminho para o almoço.

— É só você dar uma chance, Herms, os garotos não param de te olhar! — comentei, indicando com a cabeça um grupo de corvinos que passava nos olhando.

— Estava pensando nisso esses dias mesmo — Mione contou despretensiosamente.  — Acha que seria muito cedo para eu sair com outra pessoa?

— Claro que não! Já tem alguém a vista? — perguntei, curiosa.

— Não exatamente — a garota admitiu. — Mas acho que vou começar a procurar por aqui.

Hermione apontou discretamente para os corvinos que haviam acabado de passar por nós. Virei a cabeça com cautela, para que ninguém visse, e olhei os garotos com mais atenção, não eram beldades, mas com certeza seriam inteligentes, deviam ser o tipo da sabe-tudo.

— Chame um deles pra sair! — sugeri.

— Não mesmo, Gina! — a morena exclamou ofendida.

— Qual é? Eu chamei o Malfoy para sair...

— Você o que? — ela me interrompeu, parando de repente.

— Eu chamei o Malfoy pra sair, Draco Malfoy. Vamos sair sábado às oito da noite — esclareci.

— Draco Malfoy, Gina? — a amiga de meu namorado exclamou. — Você não pode fazer isso! Harry vai ficar furioso.

— Furioso a ponto de voltar para Hogwarts talvez? — argumentei, lembrando-a de meu plano.

Hermione revirou os olhos, pois já havia concordado em me deixar por o plano em prática e somente interferir se Harry ficasse furioso demais e eu não parasse. Isso ainda não acontecera, então ela tinha que permanecer calada.

Sentamos à mesa da Grifinória e enquanto Hermione abria outro de seus livros, dessa vez o de Feitiços, Onde Há uma Varinha, Há uma Saída, um livro enorme, que a garota só conseguia carregar em sua bolsa devido ao feitiço de extensão que fizera nela. Enquanto a outra se concentrava em sua leitura, um dos alunos mais novos veio até próximo a mim.

— Gina Weasley? — o garoto de cabelos loiros acobreados perguntou.

— Pois não — respondi, virando-me para ele.

— É-é, eu só queria dizer que vou tentar a vaga de apanhador para o time. — Medi o garoto de cima a baixo.

Sua estatura era mediana e seu corpo franzino, olhei novamente para seu rosto, tentando extrair de algum canto da memória seu nome.

— Creevey, certo? Denis Creevey? — questionei, lembrando-me dos traços de seu irmão mais velho.

— Sim, isso mesmo! — ele exclamou, feliz por ter sido reconhecido. — Só achei que seria legal te cumprimentar antes dos testes de mais tarde — disse, dando de ombros. — Só isso mesmo.

O garoto virou as costas para voltar ao seu lugar, mas eu o chamei e o fiz se aproximar, cochichando em seguida:

— Voe depressa e se concentre só no pomo. Desviar também é importante.

O mais novo sorriu, feliz com as dicas e disse um obrigado sem som.

Harry ficaria feliz se o garoto entrasse no time, além disso, eu não estava nem um pouco afim de jogar como apanhadora novamente, mas se não encontrasse ninguém melhor acabaria tendo que desistir de minha posição de artilheira.

Hermione continuava concentrada em seu livro quando Luna veio em nossa direção, pendurada no braço de Blásio. Draco vinha com eles e se sentou, sem convite, ao lado de Hermione, que finalmente levantou os olhos de sua leitura ao perceber a aproximação não costumeira. Os dois começaram a cochichar coisas que eu não conseguia escutar, enquanto o casal veio falar comigo.

— E aí, Weasley? — Blás cumprimentou-me. — Ouvi falar que o lixo. — Luna o olhou reprovadoramente. — Quer dizer, time de vocês vai ter testes hoje. Já tem alguns alunos em mente?

— Até parece que te diria, sonserino — respondi, lhe dando língua.

— Nossa, quanta hostilidade — ele debochou. — Ouvi falar que os testes vão estar recheados de veteranos.

— Sério? Não sabia disso — admiti honestamente.

— Sim, você, Dino Thomas, Demelza Robins e Peakes, não é isso? — o moreno questionou com presunção na voz.

— Ah é? — fingi desinteresse. — Eles terão que competir pelas vagas com todos os outros. Aqui não temos preferencialismos, Zabini.

— Pois na Sonserina nós temos — ele afirmou. — Draco já é o apanhador, nem sequer vamos abrir a vaga.

— Você diz vamos como se fizesse parte do time, Blásio, mas não me lembro de você em cima de uma vassoura — zombei.

— Muito engraçado Srta. Weasley — ele riu falsamente. — Realmente não fazia parte do time, mas só porque não queria.

— Vou fingir que acredito. — Revirei os olhos perante sua afirmação descabida. — De qualquer modo, quem é o capitão de vocês esse ano?

— Por Merlin, você está desinformada, Ginny — Luna se intrometeu na conversa. — O capitão é Teodore Nott. Além do mais, bom dia pra você também.

Apesar do tom um pouco mais severo que o normal, Lovegood permanecia com o sorriso doce em seus lábios e ao ouvir sua voz, Zabini se desconcentrou de nossa conversa e deu-lhe um selinho.

— Ah, que coisa mais fofa! — exclamei, não resistindo e caindo na gargalhada. — E bom dia, amiga! Reclame com seu querido namorado que põe um assunto polêmico em pauta.

— Aula de que mais tarde? — a loira perguntou, quando os pratos finalmente apareceram sobre as mesas.

— Trato da Criaturas Mágicas com o Hagrid e depois Trouxas — respondi, pegando um enorme pedaço de torta, eu estava faminta depois do café da manhã apressado.

Eu havia me matriculado nessa matéria somente por conta do guarda caça, Rúbeo havia ficado realmente triste depois que Harry, Ron e Hermione desistiram de sua matéria no sexto ano e eu achei que fosse melhor não seguir o exemplo dado. Além disso, eu sabia que nenhuma matéria era tão importante assim pra carreira que eu pretendia seguir como jogadora de quadribol.

— Não sabia que estava nessa matéria, Weasley. Não lembro de ter te visto na aula passada — Blásio falou, com um ar meio confuso.

 


Notas Finais


Gente, eu tô correndo aqui! hahaha
Então me contem tudo o que acharam desse cap depois de mil anos. hahaha
Muitos beijinhos e espero ver vocês nos comentários =* <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...