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História After All - Capítulo XXIV: Testes de Quadribol


Escrita por: SnowCharming

Notas do Autor


Olar, já temos cap novo por aqui! E com um dos meus assuntos favoritos, Quadribol <3
Sendo assim, bora capítulo! =D =* <3

Capítulo 25 - Capítulo XXIV: Testes de Quadribol


POV Gina

Já haviam uns poucos novatos espalhados pelo campo quando saí, mas Demelza também estava por lá. Tive uma tremenda vontade de abraçá-la, pois a garota, apesar do que eu lhe disse, parecia um tanto quanto nervosa. O esguio Colins voava em sua vassoura para lá e para cá. Era o único no ar. Dino e Jaquito conversavam, eles pareciam mais confiantes, Dino obviamente estava, tendo em vista que eu praticamente lhe implorei que voltasse para o time.

Coloquei o apito na boca e soprei forte, imediatamente todos os olhares se voltaram para mim, Denis pousou sua vassoura perto de um grupo de garotos de sua idade. Havia por volta de vinte e poucos alunos, nada comparado à multidão que tentara fazer o teste quando Harry foi o capitão. Lancei um olhar que abrangeu a todos, fazendo com que se concentrassem em mim. Eu precisava procurar atentamente por quatro jogadores em especial, um apanhador, dois batedores e um goleiro. Peakes era razoavelmente bom, mas sua pontaria não era lá essas coisas, se houvesse alguém melhor entraria em seu lugar.

— Boa noite. Peguem suas vassouras e deem dez voltas no campo antes de começarmos — ordenei, vendo todos subirem no ar.

Aquilo era o se praxe para a seletiva, a primeira coisa que se precisava para ser um bom jogador era voar bem. O que era mais ainda de praxe era alguns novatos sempre já saírem envergonhados nessa parte. Antes da quinta volta três garotos do segundo ano já haviam caído e saído de fininho do campo. Até a décima volta restaram quinze, que pousaram graciosamente em frente a mim. Essa era a parte mais fácil.

— Quero que se dividam pela posição que desejam no time — pedi, usando um tom autoritário. — Goleiros próximos às traves, batedores logo depois, em seguida os apanhadores e por fim os artilheiros.

Vi todos se agrupando do modo indicado, dois garotos nos goleiros, cinco nos batedores, quatro apanhadores e quatro artilheiros. Peguei quatro goles em minhas mãos e joguei uma para cada um dos grupos.

— Quero ver como se saem com passes, sem sair do chão — acrescentei, quando vi alguns subirem em suas vassouras animados.

Todos me lançaram olhares curiosos, aquilo não era o de praxe. Mas eu sabia que se você não conseguisse passar uma bola com os pés no chão, jamais teria uma boa mira no ar. Foi engraçado ver o grupo de apanhadores, todos tinham uma mira ruim, mas no geral, sempre pegavam a bola de última hora, sendo assim o jogo deles era uma coisa bem desviada.Um dos batedores tinha a mira bem ruim, olhei imaginando que fosse Jaquito, mas o garoto  tinha melhorado muito, jogava a bola sempre na mão do cara ao seu lado e a pegava com facilidade. Não tive o que observar nos artilheiros, todos eram ótimos. Lancei um olhar para os goleiros, essa parte era muito importante para o teste deles; foi então que percebi quem era uma das pessoas fazendo esse teste, era Romilda Vane.

Romilda era uma garota um ano mais nova que eu, fora apaixonada por Harry no meu quinto ano, tentara dar a ele uma poção do amor. Senti o ciúmes me dizendo para expulsá-la do teste na mesma hora. Mas lembrei-me de como ela havia se saído no teste anterior, havia sido de um grupo que nem sequer conseguira deixar o chão. Infelizmente ela havia melhorado, talvez até mesmo pensando em impressionar Harry e ver aquele Rabo Córneo Húngaro do qual lhe falei quando comecei a namorar O Eleito.

Bufei, estressada e me decidindo que definitivamente o teste dos goleiros seria o último, só para lhe fazer esperar o máximo possível. Eu começaria com os artilheiros.

Depois de cinco minutos soprei o apito novamente. Todos me olharam atentos.

— Artilheiros, comigo! — chamei-os.

Os quatro vieram.

— Pro ar! E façam a goles passar pelos aros. Cada um por si. — Todos levantaram voo e eu os segui pelo ar, parando próximo à arquibancada para poder observá-los melhor.

Nenhum deles era tão rápido quanto Demelza, que fez três gols em pouco mais de dois minutos, por sorte Dino fez o terceiro dele logo em seguida. Os outros dois, apesar de voarem bem não perceberam que era impossível jogar cada um por si no quadribol e ficavam embaralhados quando não tinham pra quem passar a bola e se viam barrados por outro. Já os meus antigos colegas de time passavam a bola um para o outro, permitindo-se marcar pontos alternados, de modo que com certeza não traria suspeitas por eu colocá-los novamente no time.

Depois de dez minutos parei o jogo, não apitando, mas roubando a bola de um dos que tentaram a vaga sem sucesso. Ele me olhou, pronto pra revidar, mas antes que o fizesse eu já tinha voado para longe e atravessado o aro do meio carregando a goles comigo, chamando a atenção de todos. Dino deu um grande sorriso.

Pousei e os demais me seguiram.

— Dino e Demelza estão dentro — anunciei sem delongas. — Sinto muito, tentem no próximo ano.

Virei as costas para os reprovados e levantei o dedão. Em sinal positivo, para meus colegas de time que sorriram felizes. Antes que os outros começassem as reclamações, tomei a palavra novamente, tratando de explicar a decisão e fazê-los aprender algo.

— Ambos marcaram mais pontos do que os demais, além disso, sabem que quadribol é impossível de se jogar sozinho e trataram de se ajudar sem que os outros notassem, mostrando a sincronia que já possuem e que é um tremendo diferencial, tendo em vista que a maioria dos times estará começando do zero esse ano.

Os outros dois saíram reclamando e os artilheiros escolhidos sentaram-se na beira do gramado, para continuar observando os testes. Olhei para os apanhadores, eram os mais difíceis de se escolher, achei melhor ir para os batedores.

— Agora os batedores — informei para todos.

Joguei os bastos para eles, um deixou o dele cair no chão.

— Você, fora! — indiquei-lhe o castelo com o dedão.

O garoto se foi, chutando a grama sob seus pés.

— Todos sabem que sou irmã de Fred e Jorge, então não espero nada menos do que a genialidade deles para que vocês entrem no time — avisei-os, fazendo com que um deles se encolhesse assustado.

Me segurei para não o mandar embora também.

— Dino, Demelza, vou precisar de vocês.

Separei os batedores em duas duplas e acrescentei em cada lado um artilheiro.

— Vocês devem acertar o artilheiro do lado oposto e proteger o do seu lado.

Somente quando todos levantaram voo foi que soltei os dois balaços da caixa. As bolas voaram descontroladas pelo ar, acertando tudo que lhes entrava pelo caminho.

Jaquito se pôs em posição e a disputa se tornou bem óbvia entre ele e o garoto que se encolhera anteriormente, que era do time adversário, os outros dois pareceram meros coadjuvantes na disputa. Não precisei pensar muito pra decidir que Jaquito havia melhorado e ambos mereciam as vagas disponíveis. Em menos de cinco minutos eu já estava apitando novamente, fazendo Demelza desceu rapidamente, antes que um dos balaços a acertasse, seguida pelo batedor de peito largo.

— É impressionante como Peakes está melhor, não acha? — ela comentou, ao passar por mim.

Dino demorou mais a descer, assim como o batedor franzino que havia o defendido com tanto afinco, e que teria arrancado a cabeça de Dem uma meia dúzia de vezes não fosse por Peakes. Quando os dois desceram, traziam consigo os balaços utilizados. Gina agradeceu-lhes e guardou as duas bolas na caixa com a goles.

— Peakes e Abercrombie, estão dentro! Os demais podem tentar ano que vem. — dei as costas para eles, dando o assunto por encerrado. — Apanhadores, comigo.

Os quatro vieram, eram três garotos e uma garota.

— Vou soltar o pomo duas vezes, aqueles que conseguirem pegá-lo prosseguirão no teste — avisei, com a pequena caixinha do pomo em mãos.

Soltei o pomo, e depois de trinta segundos, apitei, permitindo que os candidatos voassem em sua busca. Mantive meus olhos na pequena bola dourada que esvoaçava por cima de suas cabeças, sem que ninguém as visse, pelo menos era isso que parecia. Mas passado um instante, a garota voou sobre a cabeça de um dos meninos, fazendo com que os outros dois saíssem em sua cola, mas ela tivera a vantagem e alcançou o pomo, trazendo-o de volta para mim, com um sorriso enorme na cara.

— Qual o seu nome? — perguntei, curiosa, ela não me era estranha.

— Natália McDonald, quinto ano — ela informou-me, feliz da vida.

— Bom, McDonald, fique por aqui enquanto os garotos disputam pra continuar. — A garota concordou e sentou-se no campo.

Os três já estavam novamente posicionados no chão, comigo no centro. Levantei a pequena bolinha e fingi que a soltava. Dois dos garotos sobrevoaram o campo quando eu apitei, mas Creevey permaneceu no lugar. Olhou-me confuso e voou até minha mão, pegando o pomo dela.

— Isso não parece certo — ele comentou.

— Apanhadores precisam ter olhos bons, Denis, e ser espertos — contei a ele, que deu um pequeno sorriso quando soprei o apito.

Os outros dois voltaram e saíram do campo, sem eu precisar dar alguma explicação.

— Agora quero os batedores comigo. — Jaquito e Evan se levantaram. — Vocês vão precisar capturar o pomo enquanto se desviam dos balaços — declarei e então voltei-me para os batedores. — Derrubem os dois, sem defender nenhum.

Os olhos que ainda restavam me olharam assustada, mas eu dei de ombros. Peakes e Abercrombie se lançaram no ar e eu soltei os balaços que voaram desenfreados. A pequena Natália se encolheu de medo, enquanto Creevey estufou o peito orgulhoso. Soltei o pomo logo em seguida.

Foi bonito de se ver, os dois voavam ombro a ombro, sempre a centímetros do pomo, Denis se desviava dos balaços com uma leveza imensa e McDonald fazia de tudo para não ser acertada. A bolinha estava a milímetros dos dedos esticados de Creevey quando um balaço lançado por Evan o acertou bem na mão, desviando a trajetória da bola dourada e quebrando seus dedos. A garota parou imediatamente, olhando desesperada para os batedores, mas Denis não se assustou, continuou a voar e com apenas dois dedos agarrou o pomo, vitorioso.

Denis pousou, já comemorando ao chegar ao chão, enquanto a garotinha derramava algumas lágrimas e se aproximava de nós.

— Está no time, Creevey! Agora direto pra ala hospitalar, quero você pronto pros treinos — mandei.

O garoto bateu a mão boa na minha, deixando ali o pomo, e com um grande sorriso e a vassoura sobre um dos ombros, rumou para a entrada do castelo.

Agora restavam somente os goleiros, não dava mais pra evitar. Os candidatos restantes eram Romilda Vane e Matthew Loewen um garoto do quarto ano. Estava torcendo mais para ele do que um dia torci pra Rony.

— Demelza, Dino, preciso de vocês de novo. Vamos testar os goleiros agora.

Os dois vieram, e os candidatos a goleiro voaram até o aro. Pedi que Loewen fosse primeiro, Vane ficou sobrevoando distante das traves.

Demelza jogou primeiro, mirando o aro esquerdo, Matthew pegou a goles com facilidade, assim como pegou a que Dino jogou em seguida, no aro oposto. A segunda de Robins foi mais difícil, ela mirou em um dos círculos e jogou no outro a de Thomas, no aro do meio, ele quase deixou passar. Era então a minha vez, estava tentada a jogar a bola bem nas mãos dele, para que não houvesse chances pra Romilda; mas eu era a capitã e precisava por o time em primeiro lugar. Olhei-o nos olhos e lancei a goles para cima, fazendo com que o garoto olhasse confuso, porém pulei e dei uma pancada na bola, metendo-a para dentro do aro do meio e quase derrubando Matthew da vassoura. Dino e Demelza aplaudiram.

— Aquilo foi um salto de Dyonisus? — Dino perguntou surpreso.

— Treinei com Rony — contei dando de ombros.

— Você precisa nos ensinar isso — Dem pediu, afobada ao me alcançar. — Vamos usar essa contra os sonserinos, por favor!

Os dois bateram na minha mão, esquecendo-nos dos testes por alguns minutos, enquanto comentávamos sobre a manobra e como treinaríamos em horários diferenciados dos outros jogadores, para termos tempo de aprender essas manobras complicadas. Até que Vane se aproximou, dando uma tossidinha fingida e achei melhor voltarmos aos testes.

— Tudo bem, Vane. Sua vez agora — informei, indicando-lhe os aros. E em tom mais baixo, acrescentei para meus amigos. — Acabem com ela.

Dino foi primeiro dessa vez e passou correndo pela goleira, Dino era rápido, parecia um grande borrão voando em sua vassoura, mas pelo jeito Vane tinha olhos bons e pegou a goles sem muitos problemas. Pegou também a de Demelza, que jogou um balão que teria enganado a maioria dos goleiros principiantes, e até mesmo a alguns veteranos, mas a garota segurou a bola com até mesmo certa classe. Os feitos se repetiram quando os dois jogaram novamente.

Foi minha vez então, dependia somente de mim ter ou não ter aquela megera no time, se exibindo com nosso uniforme pela escola, querendo se mostrar para Harry quando ele viesse assistir aos meus jogos. Não podia deixar isso acontecer. Precisava marcar aquele ponto. Olhei nos olhos da garota e pude ver o desafio brilhando em seus olhos e tive certeza que ela pegaria, não importa o que eu fizesse. Deixei a bola cair, ela espantou-se e tive tempo para pegar a goles no ar e lançá-la contra o aro da direita, enquanto fingia mirar o da esquerda, mas Vane, mesmo espantada, se pendurou com somente uma das mãos na vassoura e chutou a bola para longe.

Dino correu para ajudá-la a subir na vassoura, enquanto eu já descia para o chão, soprando o apito e declarando o fim dos testes. O novo time se juntou ao meu redor.

 — Bom, parabéns, grifinórios! Vocês são a nova equipe de quadribol da nossa casa — felicitei-os em um tom não tão animado quanto deveria. — O primeiro treino será na terça que vem, quero todos aqui as sete da noite, sem atrasos.

Finquei meus olhos em Romilda Vane antes de prosseguir.

— Ninguém aqui é insubstituível e qualquer incoerência com a conduta esperada será punida com expulsão.

Os jogadores se entreolharam antes de concordarem com a cabeça. A taça nas últimas três vezes em que a competição ocorreu tinha sido nossa, e eu não queria perder essa sequência, ao menos era isso que pensavam. Para eles não tinha nada a ver com um ciúme doentio e idiota que eu estava sentindo.

— Bom, é isso, estão dispensados — terminei de falar.

Virei as costas para todos, indo em direção ao vestiário, onde eu poderia me trocar. Chegando lá, encontrei Nott.

— E aí, tudo certo com o time, Weasley? — o garoto cumprimentou-me.

— Mais do que você poderia imaginar — respondi rindo e lhe estendendo a mão.

O garoto apertou-a.

— E o seu, como está? — perguntei.

— Bom, os testes vão ser agora — ele contou. — Mas já tenho quase todo mundo certo.

Nott era estranho, sonserino, puro-sangue, filho de comensais e ainda assim um grande e simpático falador. Fora batedor do time no último ano de aula, aquele em que eu não joguei, por estar sendo perseguida e tendo que me esconder na sala precisa quase todo o tempo.

— Você ainda vai jogar como batedor? — mantive a conversa, para tentar descobrir algo mais.

— Sim, com certeza! Harper e Bulstrode vão continuar como artilheiros, e Draco como apanhador. Blásio deve entrar como artilheiro também, o cara é ótimo — ele abriu o bico. — Até hoje não entendo porque ele não começou a jogar antes.

— Então só faltam o goleiro e um batedor? — questionei, curiosa.

— Exatamente. Mas não tivemos tantos inscritos quanto vocês da grifinória, devo confessar — o sonserino admitiu, dando de ombros. — As duas Greengrass estão tentando entrar no time, cada uma em uma posição e tem também o Pritchard e o Baddock, os dois tentando pra batedor. Então a Astoria já ganhou a posição de goleira.

O garoto deu de ombros novamente, havia acabado de me contar o que deveria ser a maior fraqueza deles naquele ano, sorri involuntariamente.

— Preciso me trocar para subir. Boa sorte com os batedores.

Entrei no vestiário feminino e me troquei, sabendo que apesar de Vane ser uma grande atirada, era também uma boa goleira. Quando saí não pude deixar de dar uma espiada nos testes do time dos sonserinos. Dafne Greengrass dava um baile nos dois garotos, tinha um braço forte e uma mira certeira, não perdeu um balaço. Era tão boa quanto os nossos. Não precisei ficar até o final para saber que a vaga seria dela.

Voltei para o castelo, para me preparar para a ronda que deveria fazer antes de poder finalmente dormir, decidi ir até o quarto de Hermione para podermos ir juntas até o ponto de encontro dos monitores, a minha ronda noturna era com Smith, da Lufa-Lufa. Cheguei até o corredor em que o quarto se escondia e bati em alguns pontos da parede, onde pensei que a porta deveria ficar.

— Pare com a barulheira, Weasley. Nosso encontro é só sábado — Malfoy apareceu à porta, reclamando.

— Cadê a Herms? — perguntei, sem cumprimentá-lo.

— Foi pra biblioteca de novo com o Stretton, não apareceu por aqui — contou, com um ar estranho na voz. — E já é quase hora da ronda, ela devia estar aqui, esse andar é nosso.

— Vou até a biblioteca procurar por ela, você quer vir? — perguntei por pura educação.

— Claro, sou monitor-chefe também — ele fingiu não se importar e saiu na minha frente.

Descemos as escadas e nos deparamos com Hermione e Jeremy já no corredor da sala de feitiços, os dois conversavam animadamente sobre runas, o corvino tinha uma das mãos encostadas na parede, bem ao lado da grifinória.

— Por que não subiu para nossa ronda? — Malfoy reclamou, com a voz alterada.

Mione olhou surpresa para o sonserino e colocou uma mecha de seu cabelo rebelde atrás da orelha. Stretton deu um sorriso.

— Acabei me distraindo — a morena deu de ombros.

Olhei-a inquiridora, arqueando ambas as sobrancelhas, em uma pergunta muda de com o que tinha se distraído.

— Mas agora precisamos ir, antes que nos atrasemos — a garota desviou o assunto, antes que eu pudesse lhe perguntar qualquer coisa em voz alta.

POV Hermione

— Até amanhã no almoço, então? — Jimmy perguntou, antes que eu saísse do alcance de sua voz.

— Com toda certeza, o jantar foi ótimo! — concordei, acenando para ele.

Malfoy já estava quase no fim do corredor, e com cara de poucos amigos. Alcancei-o e fomos para o nosso andar sem conversar.

— Achei que você estaria nos testes de quadribol — puxei assunto. — Não vai tentar jogar esse ano?

O sonserino olhou-me debochado.

— Não preciso desse tipo de coisa, Granger.

— Ainda paga pra jogar? — perguntei, o desafiando.

O apanhador respirou fundo antes de bufar e ficar em silêncio, me deixando sem resposta.

Para variar, não havia nenhum movimento no andar, pelo menos não até passarmos pelo escritório do professor Podmore.

— Então nenhum deles abriu a boca ainda? — Ouvimos.

Ambos paramos em frente à porta do escritório. Abri a boca para formular uma pergunta a Draco, mas o garoto tinha o dedo nos lábios, me pedindo silêncio.

— Já disse para usar a maldição! Eles não falarão sem isso! — o professor falava o mais baixo possível.

Abri a boca surpresa e observei Malfoy cerrar o punho, segurando a varinha com muito mais força do que o necessário.

— Use a maldição Imperius nos outros aurores! A maldição Cruciatus em cada um desses desgraçados! Mate-os se for preciso! — Sua voz estava alterada.

O sonserino ao meu lado tinha a mão na maçaneta, estava pronto para abrir a porta quando percebi isso. Coloquei minha mão sob a sua afastando-a de lá, ela suava e apertou à minha com força.

— Harry Potter que se exploda! — Houve um baque, Podmore estava batendo com força em sua mesa. — Ele não vai saber de nada disso! Mate um e os outros falarão!

Meus dedos doíam tal força Malfoy segurava minha mão.

— Mate o maldito do Malfoy. Eu disse que ele me pagaria. — Suspirei assombrada e coloquei minha outra mão sobre a boca de Draco, impedindo que ele soltasse um palavrão em voz alta. — Preciso ir, parece que ouvi algo.

Puxei o garoto pela mão que ele ainda segurava e corremos na direção de nosso quarto. Fiz com que a porta abrisse antes mesmo de pararmos em frente a ela. Malfoy respirava pesadamente quando entramos no lugar, apoiou as costas junto à porta e sentou-se no chão, colocando a cabeça nas mãos.

— Precisamos ir falar com Minerva agora — falei, chamando sua atenção.

— Não — o sonserino disse.

— Então vou tentar falar com Harry — avisei, indo até meu armário, para pegar o espelho.

— Não, Granger — o sonserino falou, se levantando rapidamente e andou até mim. — Vou fazer as coisas do meu jeito. E não ouse atrapalhar.

O garoto subiu as escadas. Sem conseguir me conter, depois de poucos minutos fui atrás dele. Malfoy estava deitado com a cara no travesseiro. Andei até a beirada de sua cama e me agachei para ficar na altura que estava.

— Não vamos deixar nada acontecer com seu pai, está me ouvindo, Draco? — avisei, fazendo com que ele olhasse para mim.

Nossos olhos se encontraram, me fazendo esquecer completamente o dia divertido que eu tinha tido com Jeremy e me perder na tristeza daquele olhar.

— Me deixe ajudá-lo — pedi, com a voz baixa.

— Não quero que se envolva com meus problemas, Granger — ele respondeu com a voz rouca.

Seus olhos estavam molhados, ele tinha chorado.

— Eu ouvi o que ele disse, não posso esquecer — argumentei com o garoto. — Não precisamos fazer do meu jeito.

— Você vai aceitar quebrar as regras pra salvar um comensal? — Malfoy questionou, aproximando seu rosto do meu, me fazendo sentir seu hálito doce.

— É a coisa certa a se fazer — declarei, me levantando depressa e fugindo para longe dele.


Notas Finais


QUADRIBOL É MUITO AMOR! Me contem, o que acharam do time? Acham que vai dar certo a Romilda Vane? E a Gina como capitã? E a captura do pomo pelo Denis?? Eu me divirto muito escrevendo sobre quadribol. hahahha.
E esse final??? Hermione anda muito distraída com esse Stretton, não é mesmo? O que será que vai acontecer entre eles?? Pelo menos ela ainda encontra tempo para se perder na tristeza do olhar do Draco (muito amoooor envolvido!)!
Espero ver vocês nos comentários! Muitos beijinhos =* <3


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