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História After in Dystopia. - Reações atípicas.


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Mais um capítulo. Está sem revisão. Farei uma mais tarde.

Boa leitura a todos!❤️

Capítulo 2 - Reações atípicas.


Fanfic / Fanfiction After in Dystopia. - Reações atípicas.



Ela saltou do táxi achando ridícula a forma como fora forçada a ir para lá. A cidade do seu irmão ficava definitivamente no fim do mundo.

Quem conhecia Dystopia? 

Parecia o nome de um filme ruim de ficção científica.

Piper jamais teria vindo se não fosse por Kriss e Jake Hart. Seus pais estavam longe de exercer qualquer controle sobre ela, no entanto como ainda pagavam a sua faculdade, tinha que fazer concessões a eles sob ameaça de perder a mesada mensal.

Ainda iria descobrir o que Henry estava tramando, e o que tinha dito aos dois, ou qual era o motivo daquela viagem.

Já que seus planos de passar a semana de férias indo à praia com as amigas e usufruir do luxo da casa de veraneio de Jana Tetrazini na costa estavam cancelados, sua obrigação era mandar uma mensagem desmarcando.

E era isso que estava fazendo no momento que o taxista tirava a sua pequena bagagem do porta- malas.

O homem tentou falar com ela: uma, duas, três e várias vezes. Mas Piper continuava a digitar no ritmo frenético dos seus dedos.

Até que o motorista se cansou e irritado por ter sido grosseiramente ignorado, jogou todas as malas no chão.

Nesse instante, Piper largou o telefone e olhou para a cena horrorizada, dando tempo apenas para que o mesmo entrasse no carro e desse partida.

Indignada, e talvez sem tanta razão, xingou de forma muito indelicada o mesmo que já ia longe.

Seus gritos reverberaram pela rua e ela se abaixou para pegar a mala de rodinha e a sua preciosa bolsa com o símbolo da gucci. 

Ninguém sabia o quanto ela amava aquele conjunto. Mais do que um membro da sua família.

Guardando o celular, Piper se identificou na portaria do prédio e passou para os elevadores.

Não foi difícil achar o número do apartamento de Henry, então, bateu na porta e aguardou.

Do lado de dentro, Jasper estava num sono tão profundo que parecia quase imperturbável e longe de acabar. Nos seus sonhos, murmurava coisas incompreensíveis em espanhol.

Nisso, se passaram vários minutos sem que ninguém a atendesse, fazendo com que Piper pensasse que tinha sido abandonada ou esquecida. Quem sabe, feita de idiota.

_ Alguém nessa droga de casa?!

Berrou a plenos pulmões.

Depois de quase colocar a porta abaixo, tinha certeza que viriam vizinhos intrometidos na sua cola logo logo.

Então, teve a idéia de ligar para o seu querido irmão e dizer que estava trancada para o lado de fora e precisava de um bom banho.

 Henry atendeu no terceiro toque e Charlotte parecia estar com ele pois a escutou lhe cumprimentando por perto. Piper a ignorou mesmo sem a intenção de ser mal educada, pois tinha pressa.

Ele lhe assegurou que Jasper estava em casa. Os dois debateram por mais alguns minutos e Henry lhe disse para ligar novamente caso o problema persistisse, mas Piper dispensou, com uma ideia maquiavélica passando na sua mente.

Ela desligou e habilmente procurou por uma escada de incêndio. Assim que a encontrou, avistou a marreta e quebrou em um só golpe o compartimento do alarme.

 As luzes piscaram e a água estrategicamente posicionada pelo sistema de segurança, começou a chover do teto.

Seguindo o protocolo, logo várias pessoas se aglomeram nos corredores alagados, alarmadas procurando pela fumaça ou pelo suposto apartamento em chamas.

Piper largou a marreta e batendo a poeira das mãos com satisfação, voltou para o mesmo lugar na porta do 317.

Quase no mesmo instante, Jasper acordou com o barulho incessante do lado de fora, e três chamadas perdidas do síndico.

Assustado com a sirene de fundo que não parava de apitar, se levantou num pulo e se perguntou se os outros condôminos já estavam ou haviam evacuado o prédio.

E se ainda havia tempo para que fizesse o mesmo.

Aliviado, notou que a casa continuava inteira e seu cochilo tinha sido tranquilo o suficiente para que não lutasse com os móveis. 

Seus chicletes para se manter acordado eram tão essenciais quanto os de dormir, e andavam em falta.

 Porém quando abriu a porta, a primeira coisa que viu, foi uma garota de altura mediana, loira com roupas caras de costas para a sua porta, aparentando suspeita calma no meio da balbúrdia com os braços cruzados.

Teve que fechar os olhos com força e encostar a testa no batente.

Piper! Tinha se esquecido dela.

Assim que percebeu a porta aberta ela se virou olhando para ele com uma cara nada amigável.

Enquanto isso, as pessoas já começavam a perceber que o alarme era falso. Ainda sim, a bagunça estava instalada e alguns ainda estavam em pânico.

_ Finalmente!

Piper exclamou de forma irônica. Jasper não permitiu que ela continuasse a falar, e sem pensar muito a puxou pelo braço para dentro do apartamento e fechou a porta.

Por enquanto precisava tirar Piper do meio do rebuliço para que conseguisse pensar. Fechar a porta não tinha sido muito sensato mas ainda podiam escapar pela janela.

De toda forma, teria mesmo que voltar para ajudar os bombeiros.

Enquanto divagava sobre isso, ela não parava de falar:

_ Não te dei permissão para me arrastar pra dentro Jasper! As minhas malas ficaram lá fora! 

Tinham começado com o pé direito.

Irritado, ele passou as mãos pelo rosto e respondeu;

_ Que se danem as suas malas, nós temos que sair daqui! O prédio está pegando fogo!

Jasper a essa altura, estava forçando a abertura da janela para cima.  Foi quando Piper revirou os olhos e contou a verdade:

_ Não há incêndio nenhum, idiota! Eu quem ativei o alarme!

_ Espera...O que?

Ele parou o que estava fazendo indignado. Em seguida, reparou que lá embaixo, já havia um morador explicando a situação a um dos bombeiros que felizmente sequer ainda tinha tirado a mangueira do caminhão.

Enquanto isso, as luzes vermelhas piscavam na faixada e no asfalto, provocando uma falsa impressão de que havia acontecido alguma coisa.

 _ Por que me deixou plantada lá fora?!

Então era isso. Jasper simplesmente não acreditava que ela havia feito aquilo tudo só para chamar a sua atenção. Não poderia facilmente ter lhe avisado? Piper era a rainha do drama, poderiam ficar séculos sem se ver e isso não mudaria!

E ela continuou gritando, dizendo que abrisse a porta para pegar as suas coisas do lado de fora.

Quando se dirigiu para lá sozinha, imediatamente, ele a impediu  derrubando  aos dois no sofá.

Piper começou a se debater em cima dele como um peixe fora d'água:

_ Mas o que está fazendo? 

Com certo esforço, e também cuidado para não machucá-la e nem ser atingido, Jasper tapou-lhe a boca com uma mão e com o outro braço, rodeou a sua cintura prendendo a garota no lugar.

Como o previsto, foi uma tarefa difícil pois Piper não parava quieta.

_ Já chega. Pare de gritar, o que quer? Que eles saibam que foi você quem fez isso? Vamos esperar...ok? Nem que eu tenha que amarrar você.

Os segundos foram passando em completo silêncio, a não ser por alguns murmúrios abafados seus. Piper estava furiosa e sem fôlego.

Quando tinha perdido sua capacidade de auto defesa? E quando Jasper tinha ganhado músculos em tantos lugares?

Em outra época, ela teria conseguido torcer o braço dele em um golpe de judô. Jasper sempre tinha sido maior, mas nunca mais forte e essa nova versão a amedrontava um pouco.

Quanto mais tentava se libertar, tudo o que conseguia fazer, era provocar atrito com o seu corpo no dele e aquilo estava começando a ficar…desconfortável.

Piper parou e deu um último solavanco para frente, frustrada enquanto as sirenes continuavam a soar do lado de fora.

De repente, Jasper sussurrou bem próximo ao seu ouvido, com a voz diferente. Mais grave, rouca, quase branda se não soasse como uma espécie de ordem. Ou pedido:

_ Se acalme Piper.

A respiração quente dele causou subsequentes arrepios na sua orelha. A forma como ele havia dito o seu nome... Ela fechou os olhos tentando entender por que de repente tudo pareceu girar e a determinação de lutar para sair daquela posição enfraqueceu junto com as suas pernas.

Quando finalmente Piper amoleceu a postura no seus braços, Jasper respirou aliviado.

"Um problema a menos" pensou. Se bem que não estavam tão mal; Para quem já tinha imobilizado capangas que não tomavam banho a cerca de umas três semanas, era realmente bem mais agradável ficar preso a uma garota bonita que cheirava a shampoo de morango.

Rapidamente ele dissipou essa idéia, se dando conta de que tinha em mente a irmã do seu melhor amigo, e nem tinha o direito de estar com as mãos nela. 

Vendo que o prédio parecia estar em silêncio novamente, decidiu libertá-la. 

Assim que ele a soltou, Piper caiu de costas sendo amortecida pelo braço do sofá, e assustada ficou encarando o teto por um bom tempo.

_ Acho que eles já foram.

Jasper concluiu, checando a janela mais uma vez. Em seguida, se dirigiu a ela, com um olhar estranho:

_ Tudo bem?

Piper se sentou, seu rosto estava em chamas e precisava entender o que tinha acabado de acontecer com ela. Só que até lá, iria ficar o mais longe possível de Jasper. 

_ Nunca mais me segure assim.

Sentenciou séria demais.

Ele deu de ombros:

_ Bom...eu precisei, você não parava de gritar…

_ Quieto! Eu vou procurar o meu quarto!

Piper ficou de pé e sumiu das suas vistas o mais rápido possível. Jasper ficou genuinamente confuso e surpreso com o comportamento equilibrado. Ela sequer havia tentado partir para uma agressão ou discussão. E até mesmo das malas havia esquecido.

Desejando não questionar, simplesmente balançou a cabeça e foi em direção a cozinha. Ainda era cedo para ser pessimista, enquanto Henry estivesse fora, teriam longos dias pela frente.



 


Notas Finais


Opiniões são bem vindas. Se você leu até aqui, meu muito obrigada e até os próximos! ❤️


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