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História After the Storm - Leonetta - Chapter Seventeen


Escrita por: amorporescrita_

Notas do Autor


Ooi, meus amores, como vocês estão?
A pedidos euforicos, resolvi que vou me empenhar nessa história e att ela o mais rápido possível.
Nesse capítulo vocês vão ver algumas coisas nas entrelinhas sobre a vida de Leon e pegar ódio dele também, foi mal galerinha. Tenho certeza que logo vocês vão entender do que se trata e surtar com a evolução da nossa mocinha.
Então, tenham uma boa leitura e até breveee!!

xoxo sz

Capítulo 17 - Chapter Seventeen


Fanfic / Fanfiction After the Storm - Leonetta - Chapter Seventeen

Violetta Paccini

— Sabe que eu consigo sentir você me encarando, não sabe?

Sua voz rouca e arrastada ecoa pelo quarto e eu dou um pulo. Meu coração dispara e o riso toma conta do cômodo.

Leon abre os olhos e gira o tronco em minha direção. Estou paralisada ao seu lado, com a mão sobre o peito, sentindo meu coração cavalgar alucinadamente.

— Quer me matar?

— Agora que eu consegui transar com você? — franze o cenho em uma careta e diz: — Nem fodendo.

Lhe lanço um olhar feio e ele cai na gargalhada. Ele move sua mão direita até os cabelos rebeldes e ajeita-os de uma forma bagunçada extremamente sexy. Seu rosto ainda sonolento deixa Leon mil vezes mais atraente. Como isso é possível?

Seus olhos piscam com lentidão. O verde de seus olhos estão claríssimos essa manhã, exatamente como vi algumas semanas atrás na minha casa quando disse que poderia desabafar comigo.

Sua respiração é leve e constante. O suave desce e sobe de seu peito me traz uma súbita sensação de paz absurda e tenho a impressão de que poderia passar horas observando-o dormir.

Meus olhos descem por seu corpo analisando todos os seus músculos bem trabalhados. Seu abdômen é tão atrativo que sou quase incapaz de afastar meu olhar do local. Poderia perder boas horas em seu corpo apenas para guardar cada mínimo detalhe.

Então noto uma tatuagem em seu peito direito. Não é nada exagerado. Parece ser um manuscrito, como em uma assinatura ou algo do tipo. Uma letra corrida e muito mal desenhada.

Como não percebi na noite passada? Não é como se estivéssemos de roupas.

Sem que eu perceba meus dedos movem-se para sua pele, tocando a tatuagem. Imediatamente seus olhos se abrem e eu estou encarando o intenso verde de suas íris. Mas ao contrário do que eu esperava ele me dá um olhar gentil e amoroso.

Com as pontas dos dedos desenho por cima das letras e ele abre um sorriso suave.

— O que é isso?

— Eu fui um adolescente rebelde, como deve saber. — solto um risinho anasalado e ele me acompanha. — E algumas coisas não tem como voltar atrás.

— Isso deixa margem para tantas interpretações. — sussurro com um bufo e ele enrola seus braços ao redor da minha cintura. Meu corpo choca-se contra o seu peito forte e um riso me escapa. — Por que não responde minhas perguntas de forma direta?

— Porque aí perderia a graça. — diz. — Alguns segredos servem apenas para ficar guardados.

— Tem graça para você que sabe sobre eles. Eu que preciso imaginar fico maluca.

— É muito interessante saber que pensa em mim com frequência.

Seu sorriso cafajeste surge e eu me castigo mentalmente por ter aberto minha maldita boca. Só faz merda Violetta.

— Não penso.

— Acabou de falar que pensa.

— Eu disse que suas não-respostas para as minhas perguntas me deixam maluca de tantas opções que elas abrem. — Corrijo-o.

— Da no mesmo.

— Não da nada. — bato em seu peito e ele ri. — Você é um chato.

Leon não diz nada, apenas continua me olhando. Sua mão repousa sobre minha bochecha e ele faz um carinho gentil no local. Sua pele quente em contato com a minha provoca arrepios intensos e deliciosos. Não quero ficar mais sem seus toques.

Fecho os olhos me entregando a sensação do momento e quase posso ouvir seu coração bater. É como se fossemos uma única alma em sincronia. O que ele sente, eu sinto. O que eu temo, ele teme. O que ele deseja, eu desejo.

— Obrigada por ficar.

Sussurrou. Abro meus olhos lentamente encontrando os seus sobre mim mais uma vez. A doçura continuava presente em sua feição. Isso não é um sonho e existe realmente um Leon carinhoso e amoroso abaixo daquela armadura que ele usa.

— Aposto que fala isso para todas.

— Se fosse assim eu estaria te mandando trocar de roupa porque iria te deixar em casa. — diz e suspira alto. Sua mão deslizou por minhas costas em um carinho infinito, me relaxando completamente. — Mas a única coisa que eu quero agora é não sair nunca mais dessa cama.

Sinto que meus lábios se enrolam em um sorriso satisfeito e os lábios bem desenhados de Leon imitam o gesto. Junto nossos lábios em um beijo gentil e suas mãos me pressionaram contra seu corpo.

— Nunca mais é muito tempo.

Sussurro contra sua boca e ele gargalha. Leon apoia suas costas na cama e eu me aconchego sobre seu peito. Meus dedos correm até sua tatuagem onde sinto seu coração bater lentamente.

— Você não vai parar até que eu fale, não é?

— Pode apostar.

Ele ri e morde os lábios, chacoalhando a cabeça, descrente.

Leon permanece em silêncio por um longo tempo e quando torna a falar sua voz é pesada e amarga.

— Quando se entra para a máfia existem regras que devem seguir. Uma delas é proteger o clã como sua família, alguém por quem daria sua vida. — diz. Permaneço em silêncio esperando que ele continue, mas a demora por respostas está me consumindo e sinto que posso morrer de nervosismo se ele demorar mais meio segundo. — Essa tatuagem está ligada ao meu coração.

— Eu percebi.

Toco sua pele quente e sinto o seu coração dar um salto. Ele está nervoso.

— É para sempre me lembrar de que a máfia está no meu peito. De que eu daria minha vida por um deles.

A minha boca se abre e fecha diversas vezes enquanto procuro por uma resposta, mas nada surge. O que isso quer dizer, afinal? Me lembro dele ter me contato que já fez parte, uma vez, mas por pura birra de adolescente rebelde contra os pais. Mas entregar sua alma para isso?

— Por que não tira?

— Não posso.

— Por que?

— Você parece uma criança curiosa, dondoca. — ele ri para que sua frase não seja tão dura quanto deveria ser, mas eu sei ler as letrinhas miúdas.

Leon se afasta de mim rapidamente e corre até o banheiro.

Jogo meu corpo para trás aterrizando calmamente sobre o colchão fofinho. Tem algo que ele não quer me contar e eu preciso saber o que é.

Em um lapso de memória me recordo do acontecido da noite passada. O carro.

Dou um pulo da cama e corro até a janela que ocupa a parede toda, verificando a rua deserta. Nenhum vestígio de que havia um carro ali e muito menos que ele e Tommy tinham destruído.

Nenhum chamuscado e nem cacos. Nem mesmo uma marca de pneus.

Parece que alguém sempre limpa as merdas do Leon mesmo.

[...]

— Então, por que você gosta tanto da Europa?

Balanço meus pés dentro da piscina enquanto Leon está sentado ao meu lado observando o lindo pôr do sol.

— Porque a Europa é linda.

— Tem que ter mais. — revido e ele ri. Óbvio que ele sabe que estou querendo arrancar informações, mas não vai acabar com o joguinho porque está se divertindo com minhas falhas em desvendar seu mundo.

— Porque a economia é sensacional.

— Como se você estivesse ligado na moeda e no seu valor. — rolo os olhos e ele me puxa para perto. Deito minha cabeça em seu ombro observando o pôr do sol junto dele.

— Porque na Itália o pôr do sol é lindo.

— Não posso negar.

Leon adentra os dedos em meu cabelo e começa a fazer um carinho delicioso. Estou quase pegando no sono quando seu celular começa a tocar.

Estou quase certa de que ele vai desligar, mas quando dou por mim ele está dando um pulo para longe da piscina e me empurrando para ainda mais longe.

Totalmente confusa, encaro Leon zanzar de um lado para outro enquanto fala ao telefone. Sua careta desgostosa entrega o quão ruim essa ligação está sendo? Será seu pai?

— Você precisa ir embora, dondoca.

— Como é?!

Quase grito com sua ousadia e ele solta um bufo pesado. Com as mãos no cabelo, ele se aproximou de mim e se abaixou de uma forma que ficasse na minha altura.

— Vai embora. Pegue o meu carro e vá para casa.

— O caralho que eu vou. — digo e me levanto. Leon se ergue novamente e me encara firme. Isso não está certo, ele não vai me usar e me dispensar de uma hora para outra. — Quem era? Seu pai?

— Ninguém importante, dondoca. Só vai embora.

— Não é ninguém importante e você está me expulsando? — encaro seus olhos ainda claríssimos tentando entender o porque mudou de humor tão rápido. — Quem era na porra do telefone?

— Ninguem porra!

— Está mentindo! — aponto o dedo em sua cara e ele ri debochadamente. E aqui vamos nós.

— E quando é que não faço isso, dondoca? Ou vai me dizer que achou mesmo que era especial para mim? — seu sorriso malicioso deu sinais de vida. Seu olhar zombeteiro me consumia pouco a pouco, me deixando pequena. — Eu sei o que as pessoas gostam de ouvir e falo. Simples assim. Agora mete o pé da minha casa, porra.

Engoli a merda do choro preso em minha garganta e encarei-o com fúria. Seus olhos estão transbordando fogo e sinto que posso ser atingida a qualquer momento.

Leon permanece implacável, me encarando com os braços cruzados e o maxilar pressionado. Seus olhos não se movem dos meus e seu sorriso sacana está intacto.

O filha da puta me usou direitinho na noite passada. Merda! Eu sou uma idiota mesmo.

Ele enterrou a mão no bolso da calça e tirou uma chave prateada. Com um gesto rápido, toma minha mão na sua e deposita a chave ao meio, fechando-a logo em seguida.

— Fala pro Fede que eu passo para pegar o carro.

Com uma última troca de olhar, me viro em direção da saída totalmente destruída. Como ele pode fazer isso comigo? Sempre sendo uma vadia estúpida.

Arremesso meu corpo para dentro do carro e bati a porta com força. A garagem já está aberta e acredito que seja obra de Leon. Pelo visto ele não me quer nem por um segundo a mais aqui.

Antes de conseguir ligar o carro, ouço o som de pneus derrapando. Três carros importados param em frente da casa de Leon e de cada um saem dois caras da mesma idade dele. Da Mercedes sai uma loira altíssima de olhos castanhos como mel. Esse grande filho da puta.

Tento não deixar o ódio me consumir, mas foi impossível. Quando dei por mim já estava correndo em direção da sua casa pronta para dar em sua cara.

Assim que eu coloco os pés dentro da sala de estar os olhares caem sobre mim.

Leon está na porta com as mãos enterradas dentro da sua calça cargo e com a cabeça baixa. Quando percebeu todos em silêncio foi que ele ergueu o olhar até mim. Sua expressão vai de confusão a irritação em segundos.

— E não te mandei ir embora merda?!

— Você é um otário! — vou até ele e encaro com firmeza. — Um nojento babaca que só sabe brincar com as pessoas.

— Me desculpa se você acreditou na porra de meia dúzia de palavras bonitas. — seu riso frio me causou desconforto. Sinto todos os olhares sobre nós dois, mas não ligo, porque não sairei daqui tão fácil. Não antes de acabar com ele. Leon sabe disso porque está me encarando raivosamente e com o maxilar cerrado. — Foi só uma transa fácil, dondoca, achou o que? Que seriamos o casal do ano por causa de uma foda boa?

— Amore…

— Não, Alexia! — sinaliza o moreno com a mão e ela se cala. — Ela já está de saída, não está?

Permaneço calada apenas trocando um olhar árduo com ele. As faíscas podem ser vistas por todos os lados e ouso dizer que nenhum deles quer atrapalhar nossa mini discussão.

— Que se foda! Você é a porra de um imbecil mesmo, não sei como me deixei levar pro você.

— Ontem você adorou as coisas que eu fiz.

Escutei os risos masculinos e logo em seguida a mulher resmungou algo, calando-os.

— Achei que você pudesse ser uma pessoa boa debaixo dessa arrogância toda, mas vejo que me enganei. Você é tudo e mais um pouco do que as pessoas falam. Você não merece nenhuma chance de se redimir.

Cuspo as palavras e ele me encara frio. Seus olhos estão em um tom acinzentado tão obscuro que me dá medo.

— Sai! — aponta para a porta e pressiona os lábios. — Eu disse sai porra!

— Você é a merda de um problemático.

Gritei e sai pisando firme.

— Vai se foder!

Berrou por minhas costas e eu apenas bati a porta com força. O carro pega na partida com facilidade e logo estou correndo pela estrada, derramando lágrimas de raiva.


Notas Finais


Um enorme beijo e bye bye!!

sz


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