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História After the Storm - Leonetta - Chapter Twenty-Two


Escrita por: amorporescrita_

Notas do Autor


Só tenho uma coisa a dizer: agora o parquinho pega fogo!
Tenham uma boa leitura e até brevee!

xoxo sz

Capítulo 22 - Chapter Twenty-Two


Fanfic / Fanfiction After the Storm - Leonetta - Chapter Twenty-Two

Violetta Paccini

— Merda!

Rosnei baixinho enquanto limpava o chão que acabei de lavar com meu copo de água. Os cacos estão por todos os lados, entrando por debaixo dos móveis e fazendo um belo estrago. Não é como se Leon se importasse em jogá-los fora e comprar novos.

Estico meu braço para o vão entre o sofá e o assoalho, mas minhas mãos encontram ao a mais que um caco de vidro. O papel agarrou-se entre meus dedos e eu puxei-o com cuidado para fora do estofado.

A foto em minha mãos está empoeirada e com algumas rasuras, mas nada que impossibilita a identificação dos rostos ali presentes. Leon está sentado ao lado de uma mulher muito bonita com um sorriso gigantesco, do tipo aqueles que você dá quando está com alguém que se sente totalmente bem. Posso ver na maneira como seus olhos se apertam que esse sorriso é o mais verdadeiro possível e que ele está realmente muito feliz. A mulher estava parada atrás dele, que está sentado em uma cadeira estofada de tom vermelho. Levanto o olhar e a reconheço de imediato na sala de jantar ao lado.

Novamente analiso a fotografia e percebo a forma carinhosa que ela desliza as mãos por seu peito e apoia o queixo em sua cabeça abrindo um sorriso igual ao de Leon. O carinho não parte só da mulher, mas do moreno também, já que ele está segurando seus braços de forma delicada e carinhosa.

É uma foto realmente muito linda e passa tanta emoção que me deixa boba. Posso sentir todo o amor que emana dela e em como eles estavam felizes no dia da captura. Mas a pergunta que não para de rodar em minha cabeça é: Quem é essa mulher?

Posso ver algumas similaridades entre os dois, como os olhos do mesmo tom e intensidade, os cabelos chocolate e, claro, a postura firme e autoritária.

Talvez seja alguma tia ou sei lá.

— O que está fazendo aqui?

Sua voz grossa e pesada me fez dar um pulo. Estava totalmente distraída analisando a foto em minhas mãos que nem sequer notei sua presença.

Me coloco em pé e encaro um Leon cansado e com os ombros caídos. Posso ver na forma como ele se apoia sobre seus joelhos que a qualquer momento ele irá desmoronar.

— Eu não mandei ficar com o Fede? Porra, você não ouve nada do que eu falo?! Merda, Violetta!

— Cala a porra da boca, imbecil! — grito de volta e ele me encara com o olhar frio. Seus olhos estão novamente com aquele tom de verde forte que me dá calafrios. — Eu não sou seu cachorrinho que você manda alguém adestrar e depois da petisco por te obedecer. Porra! Eu sou a merda de uma pessoa com sentimento.

— É? Eu também, caralho! — explode em um grito. Andando de um lado para outro ele segue rindo e cuspindo suas palavras. — Porra! É tão difícil assim as pessoas uma única vez na vida me escutarem? Eu nem pedi muito, era só ficar com a merda do seu irmão, dondoca! Mas é claro que a senhora me recuso jamais faria algo pelo bem de todos!

— A senhora me recuso se preocupa com você!

— Eu também me preocupo com você porra! — devolveu e me encarou. Parou distante de mim e deu um longo suspiro enfiando as mãos no bolso e fitando seus pés. Vejo na forma como se movimenta que está totalmente atormentado e que existe algo muito ruim consumindo sua sanidade. — Eu me preocupo com você e por isso preciso que fique longe.

— Eu não vou.

— Você pode deixar de ser tão teimosa, caralho? Só some da minha vida, porra! — ele ri ironicamente e dá alguns passos em minha direção. Seu olhar está preso no meu e apenas noto a profundidade em suas íris ilegíveis. Não consigo entender o que se passava nelas e geralmente ele deixa totalmente claro suas emoções apenas pela forma que seus olhos brilham, mas desta vez seus olhos estão opacos e sem vida.

— Eu posso aceitar isso.

— Ótimo.

— Mas isso implicaria em te deixar e eu não faria isso.

Leon relaxa os ombros e fecha os olhos com força. Dou alguns passos em sua direção e toquei seu peito em um carinho leve e sutil. Aos poucos ele abre os olhos e consigo notar uma diferença em seu olhar. Tem algo parecido com gratidão estampado ali, mas não sei dizer o porquê disso, já que ele mesmo tem feito de tudo para me expulsar nos últimos dias.

Com a outra mão apoio sobre o rosto dele, que prontamente se entrega ao carinho e deixa seu rosto cair entre meus dedos. Sua pele quente contra a minha causa uma sensação única e deliciosa.

Como se mil raios me atingissem ao mesmo tempo.

Sua mão sobrepõe a minha em seu peito. Leon desvia o olhar até meus dedos e nota a foto ainda em minha mão. Sua expressão muda de suave para transtornada no mesmo instante.

O moreno pula para longe e arranca a fotografia de minhas mãos com agressividade, analisando-a com cuidado e paciência. Sua boca se abre diversas vezes, mas nem um som sai dela, é quase como se ele estivesse em choque ou paralisado.

— O que estava fazendo com isso? — levantou a fotografia e me encarou furioso. Posso ver as faíscas saltando para fora de seus olhos e a expressão de puro ódio marcando seu rosto. Dou alguns passos para trás conforme ele se aproxima com passos pesados e ruidosos. — Eu te fiz uma pergunta, porra! Onde achou essa merda de foto?

Posso ver o quanto falar sobre isso machuca ele, o quanto isso parece arrancar seu coração fora sem piedade alguma.

— Embaixo do sofá. — digo e ele rapidamente procura pelo móvel. Os cacos de vidro ainda estão espalhados por todos os lados evidenciando um acidente. Leon move seus passos até a direção indicada e com um baque estrondoso seus joelhos encontram o chão com força total. Seus ombros caem e suas costas tremem violentamente conforme ele desliza os dedos pela imagem. — Leon…

Sussurro e dou alguns passos incertos em sua direção. Para minha surpresa ele não fica na defensiva e muito menos se esquiva, pelo contrário. Leon permanece parado de frente para o sofá e deixa que eu toque seus ombros em um carinho gentil. Meus dedos fazem uma leve massagem por suas costas conforme ele derrama suas lágrimas pesadas e grossas.

Não sei o que falar e muito menos sei se devo dizer algo nesse momento. Apenas deixo que ele coloque tudo para fora e quem sabe depois ele possa me explicar algo.

Alguns minutos se passam e o único som no momento são os soluços intermináveis de Leon. Não tive coragem de movê-lo do lugar e muito menos pedir que se acalmasse. Agora ele está sentado no chão enquanto olhava fixamente para a foto em suas mãos e eu estou sentada ao seu lado com a cabeça apoiada em seu ombro enquanto deslizo minha mão por suas costas.

O choro passou de algo desesperado para uma dor profunda. Os soluços me dizem o quanto isso machuca e destroça seu peito impiedosamente.

Então os soluços cessaram e ele diz com a voz embargada:

— É a minha mãe.

— Sua... mãe? — Estou totalmente confusa e deixo claro no meu tom de voz. Lembro perfeitamente dele ter me falado que sua mãe pediu que eles viessem para os Estados Unidos. E claramente essa mulher da foto não é a mesma que foi apresentada no jantar de boas-vindas alguns meses atrás.

— É. Ela era linda, não é? — ele fungou e limpou os cantos dos olhos. Com carinho, Leon desliza o indicado por cima da foto em um acalento gentil. — Ela tinha uma voz linda também. Sempre cantou para eu dormir quando era mais novo. Sua voz parecia a de um anjo. Bem, quer dizer, se anjos tem uma voz certamente seria a dela.

Fico em completo silêncio tentando entender o que tudo isso significa, mas não consigo compreender absolutamente nada.

— Achei que a Claire era sua mãe. — digo e ele ri desajeitadamente. Seus ombros treme delicadamente, mas Leon não me dirige o olhar por nenhum segundo sequer.

— É o que todos acham. Somos parecidos, é verdade. Mas ela não é nada minha. — disse. — Eu a amo e com certeza daria minha vida por ela, mas nada no mundo roubaria o lugar dessa mulher em meu coração.

Segui o olhar para a foto em suas mãos analisando novamente a jovem mulher ao seu lado.

— Então?...

Dessa vez ele me encarou e deu um longo suspiro. Seus olhos estão vermelhos e inchados. Leon ficou de frente para mim e segurou minhas mãos em um aperto firme, obrigando-me a manter seu olhar intimidador de sempre.

— Está realmente pronta para ouvir?

Ele pergunta. Apenas acenei em concordância e ele suspirou lentamente ganhando forças.

— Lembra da história que te contei sobre minha família ser da Máfia? — apenas balanço a cabeça esperando que ele prossiga. — Minha mãe fazia parte. Ela e toda minha família. Tinhamos a empresa totalmente por fachada já que todos os lucros vinham de maneira ilegal e precissavemos de algo para lavagem de dinheiro.

Permaneço em silêncio observando a forma como Leon organizava os pensamentos e cuidava com as palavras que diria para não me assustar.

— Eu era a merda de um adolescente babaca que ia contra tudo o que me falavam e como pode imaginar isso não acabou nada bem. Certo dia estavamos preparando um golpe contra outra máfia para tomar seus negocios e consequentemente gerar mais lucros, mas eu fui tão idiota que resolvi seguir o meu plano e não o da familia. — ele ri tristonho e analisa novamente a foto em sua mão como se recordasse do dia. — Provoquei quem não devia, mexi com a pessoa errada e minha cabeça ficou na mirra. No dia seguinte do saque recebi uma carta dos italianos com uma bala com meu nome. Eles estavam mandando a minha sentença de morte.

Arregalo os olhos em puro horror e ele parece perceber já que parou imediatamente de falar. Seus olhos me analisam com cuidado e ele tenta se afastar, mas rapidamente segurei suas mãos com força obrigando-o a me olhar novamente.

— Continua.

Peço e ele balança a cabeça concordando com meu pedido. Antes de dizer qualquer coisa, ele pega a foto e dá uma boa olhada na mulher deixando um sorriso triste marcar seus lábios.

— Eu provavelmente não passaria daquela noite se não fosse por ela. Se não fosse por minha mãe. — ele puxa o ar com força e prossegue: — Fomos intimados a devolver o que pegamos e deixar a área deles livre. Minha família não ficou feliz, mas estava disposto a concordar pela minha vida. E foi aí que tudo deu errado. Fizemos a troca e quando tudo estava finalizado o chefe avisou que teria mudado de ideia e que ainda queria me ver morto por zombar com sua cara. — ele ri debochadamente, mas posso ver em seus olhos o quanto isso machuca ele. — Ele apontou uma arma para minha cabeça e eu já estava pronto para morrer. Mas quando escutei o som da arma nada me atingiu, nenhuma dor, nada. Foi aí que vi minha mãe caída aos meus pés com um tiro no peito. Dondoca, eu implorei pela vida dela, eu faria o que fosse! Eu serviria eles com minha vida se isso salva a dela. Eu... eu faria... tudo.

Ele diz e se cala. Seguro suas mãos com força tentando lhe passar um pouco de conforto, mas parece que nada faz efeito sobre ele. Leon segue com o olhar perdido ao meio da sala e posso jurar que vejo fumaças saindo de sua cabeça.

O moreno mordeu os lábios com força e puxou suas mãos para longe das minhas. Deu um pulo ficando rapidamente em pé, andando de um lado para outro totalmente nervoso.

— O filho da puta matou minha mãe. Eu matei minha mãe!

— Não! — digo rapidamente e dou um pulo do chão correndo até ele. Seguro seus ombros obrigando-o a parar de zanzar por todos os lados e me encarar.

— Ela morreu nos meus braços implorando para que eu saísse dessa vida e me tornasse uma pessoa digna. Eu prometi a ela que seria uma pessoa boa, mas não antes da minha vingança. — disse e deixou uma lágrima cair de seus olhos. — Eu não vou deixar esse filho da puta seguir com a vida dele normalmente como se não tivesse arrancado toda minha vida naquele dia. Eu vou estourar a cabeça de todos que ele ama e depois vou fazer ele implorar pela sua própria vida.

Diz e eu permaneço em completo silêncio. Seu olhar é duro e frio. Sei muito bem que ele pode cumprir com o que acabou de falar e isso me dá medo. Não quero ele se colocando em risco. Não posso ficar sem ele.

— Eu sei que ele tem família fora dos negócios e eu juro que vou acabar com todos eles. Nunca vão saber o que os atingiu, mas eu vou saber que fui eu quem causou essa dor imensa dentro dele.

— Leon…

— E é por isso que você precisa ficar longe de mim. — se solta de minhas mãos e cambaleia para trás. Seu olhar é totalmente vazio e profundo. Ao mesmo tempo que vejo um Leon frágil, vejo um totalmente forte e disposto a fazer sua vingança acontecer. — Além do mais preciso resolver toda essa merda que meu pai fez com esse amigo imbecil dele. 

— Como assim? O que ele tem a ver com você?

— Meu pai não quer se envolver com isso de novo porque as memorias são uma porra e eu fiquei encarregado de apagiguaz a situação. O idiota se mete com a máfia e eu tenho que resolver os problemas dele. Pelo que entendi os dois são amigos inseparáveis desde o colegial e que meu pai estaria retribuindo um favor antigo. Seu Patrício adora ser caridoso e livrar a cabeça de todo mundo, mas não se importa em colocar a minha na mira. — ele ri sarcasticamente, mostrando-me suas covinhas que eu tanto amo. Suas mãos firmes agarram meus braços e meu olhar se gruda ao dele no mesmo instante. — Tem mais uma coisa que precisa saber já que estou te falando toda a verdade.

— O que?

— Eu fiz um pacto quando minha mãe morreu. Não posso sair do negócio da família até cumprirmos o tratado.

— Tratado?

— Selamos com sangue um pacto. Iríamos atrás de um por um e os veríamos morrendo lentamente e dolorosamente, assim como fizeram com ela.

— Leon...

— Eu não posso deixar que nada de ruim te aconteça. Eu nunca me perdoaria por isso. — diz. — Se ficar do meu lado vai estar em risco todo santo dia e odiaria viver com incerteza se te veria no minuto seguinte ou não.

— Não posso ficar longe de você.

Digo.

— Acabei de dizer que sou a merda de um mafioso que jurou com sangue vingança e você ainda quer ficar perto?

Seu tom incrédulo em faz soltar um risinho divertido e isso pareceu amenizar o clima pesado. Leon solta os braços ao lado do corpo e me analisa com cuidado. Ofereço um sorriso gentil e suave enquanto me encaminho até ele.

— Pelo que me contou esse cara é um babaca e merece o sofrimento. — toco seu rosto com cuidado e carinho, deixando que ele deitasse sua bochecha sobre minha mão. Com o polegar faço círculos sobre sua pele enquanto ele me encara com curiosidade e firmeza. — Além do mais eu sei me defender. Se alguém tocar em mim eu arranco os dedos fora.

Leon solta um riso anasalado e enfia a mão no bolso de sua calça. Ele pega minha mão livre e coloca ao meio dela uma navalha logo em seguida fecha novamente, empurrando-a contra meu peito.

— Promete que vai andar com isso no seu bolso sempre?

— Estou usando um vestido. — digo o óbvio e ele gargalha. Amo o som do seu riso.

— Você vai achar um lugar para escondê-lo. É inteligente.

— Vai estar sempre comigo. — concordo com o pedido e ele sorri satisfeito. Seus braços passam ao redor da minha cintura, puxando-me de encontro com seu peito forte e quente. Minhas mãos se apoiam sobre seu pescoço com leves arranhões enquanto desfruto de seu sorriso delicado e das covinhas extremamente sexys.

— Ainda pode mudar de ideia.

— Não vou.

— Seria mais seguro.

— O que pode ser mais seguro que estar ao lado de um mafioso que mataria por mim?

Ele ri e rola os olhos.

— Algumas pessoas diriam o contrário.

— Algumas pessoas não veem o que eu vejo em você.

— E o que vê?

Fico em silêncio por um tempo analisando sua expressão serena em tanto tempo. Estou diante de um Leon totalmente vulnerável e a forma doce como ele me olha me deixa encantada.

— Bondade. Amor. — digo. — Você é uma ótima pessoa, Leon, apenas não vê isso.

— Seu pai odiaria saber que está se metendo com um substituto do trono da máfia.

Gargalhei junto dele e deitei a cabeça sobre o mesmo. Sinto seu coração bater lentamente enquanto ele deposita um beijo sobre minha cabeça e nos embala lentamente ao som de uma melodia inexistente.

— Aí eu terei que reinar ao seu lado. Seríamos uma boa dupla.

— Eu não discordo disso.

Ele sussurra encerrando o assunto e eu apenas relaxo em suas mãos com a certeza de que, por algum tempo, estou totalmente completa e feliz, e que nada pode acabar com essa alegria.

[...]

Deixei Leon dormindo em um sono profundo hoje pela manhã e me esgueirei por sua casa pronta para colocar Federico contra a parede.

Tem algo nessa história toda que não está batendo. Leon me contou que seu pai veio para Califórnia ajudar um amigo muito próximo e que tinha envolvimento com a máfia. Meu pai e Patrício são inseparáveis, onde um está, o outro também vai estar. Não precisa ser um gênio para ligar um ponto no outro e perceber o que tudo isso significa.

Meus saltos batem com força contra o chão conforme avanço em direção ao quarto do meu irmão. Como de costume sua porta está trancada e eu preciso empurrá-la até que o imbecil a abra.

Um soco. Dois socos. Três socos. A porta enfim se abre e revela um Federico sonolento e cabelos bagunçados da noite de descanso.

— O que foi?! Está maluca ou algo do tipo?

Coçou os olhos e forçou o olhar sobre mim. Sem perder tempo empurrei seus ombros e ele cambaleia para trás, me dando a oportunidade de adentrar seu quarto. O italiano fica totalmente confuso, mas não revida.

Sinto meu sangue pulsar com força nas veias e tenho quase certeza que meus olhos entregam a raiva que me possuo neste momento.

— Fala.

— Falar o que?

— Você sabe. — ele ficou calado e me encarando com a testa franzida. Seus olhos me analisam com cuidado e atenção, como se tentasse me desvendar. — Qual o motivo de você andar com o Leon?

— Ele é meu melhor amigo.

— Conta outra! Você tem trilhões de pessoas aos seus pés Paccini. Qual o envolvimento dele com nosso pai? — pergunto e ele empalidece. Bingo! — Caralho, Federico, pode me responder uma merda de pergunta diretamente?

— Ele acha que nosso pai é intermediador no cara que ele ajuda na máfia. O que está em apuros. — conta e eu me calo no mesmo instante. Sinto o ar me escapar e o chão abaixo de meus pés cederem. Como assim acha?

— Como assim ele acha? Ele não é?

— Não, Tata. Ele é o cara com o problema na máfia.

Ah, porra!

— Por que vocês nunca me contaram?

— Por que acha que ele pediu para ficar de olho no Leon? — questionou em um tom debochado e sentou-se na cadeira em frente da sua mesa. Desbloqueia o telefone e começa a digitar sem parar, esquecendo completamente da minha presença. O quão familiarizado ele está com tudo isso para nem sequer dar bola para a situação?

— Então ele não sabe?

— Não. — diz e me encara. Seu olhar é indecifrável e quase gélido, mas ainda há algo doce em suas íris castanhas como mel. Seu amor. Me sento na cama e rapidamente ele me faz companhia enquanto segura minhas mãos. — Leon é um cara bacana que está ajudando nossa família, mesmo achando que não. Ele está se colocando em perigo pela gente.

— Esse é o problema. Ele nem tinha que se pôr em perigo pela gente. Papai que resolvesse sua encrenca.

— É maior que isso. É maior que ele. — ele suspira longamente e diz: — Só Leon é grande o suficiente para resolver isso.

— Por que não contaram para ele?

— Nossos pais acham melhor ele não se envolver sentimentalmente nisso. — ele limpa a garganta e imediatamente minhas bochechas pegam fogo. Todos sabem do nosso envolvimento e todos notam o que sentimos um pelo outro. E se eles não querem sentimento envolvido é porque isso só significa uma coisa: perigo.

— Preciso falar com o papai.

— Nem pense nisso. — rapidamente ele me impede e se coloca entre a porta. — Ao menos não agora.

— Tá, tudo bem. — digo e ele respira aliviado. — Então diga que convoquei uma reunião de família urgentemente.

Empurro seu ombro novamente e rompo a porta que ele se apoiava. Federico deixa seu queixo cair e apenas me observa andar para fora de seu quarto.

— Ah! E eu tomaria um calmante se fosse você, porque essa reunião promete.

Pisco para ele e saio em direção ao meu próprio quarto.

Papai vai me explicar direitinho toda essa história. Ou eu não me chamo Violetta Paccini.


Notas Finais


Um enorme beijo e bye bye!!!

sz


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