1. Spirit Fanfics >
  2. After the Storm - Leonetta >
  3. Chapter Twenty-Four

História After the Storm - Leonetta - Chapter Twenty-Four


Escrita por: amorporescrita_

Notas do Autor


Ooi, meu amores, como vão? Só vim dizer que esse capítulo mostra um pouco da essência do Leon e, claro, mostra como nossa bebê vai evoluir no decorrer da história.
Tenham uma boa leitura e até breveee!!!

xoxo sz

Capítulo 24 - Chapter Twenty-Four


Fanfic / Fanfiction After the Storm - Leonetta - Chapter Twenty-Four

Violetta Paccini

— Quando vou ganhar um desse?

Aponto para o coldre axilar de couro que Leon usava. As alças finas sustentavam duas armas e o deixavam mil vezes mais sexy que o normal. Ao que tudo indica ele nessa posição de gangster me faz subir pelas paredes de desejo.

Porra…

— Não precisa disso, porque você não vai usar.

— Estou tendo drogas de aula de tiro. — paro em sua frente e encaro suas esferas penetrantes. — Eu quero.

— Está tendo as merdas de aulas de tiro porque passou uma semana toda me infernizando sobre isso. Agora… — depositou o copo de uísque sobre uma mesa ao lado onde continha algumas munições e vidros para serem quebrados. Retirou uma arma carregada e engatilhada. O som faz os pelos de minha nuca se eriçarem de nervosismo, mas não deixo minha emoção trair-me. — Você aponta para aquele litro ali e deixa seu dedo extremamente leve sobre o gatilho.

Leon se posicionou atrás de mim e segurou meus cotovelos na altura dos ombros. O contato físico dificultava minha atenção e sua respiração batendo diretamente em meu pescoço também não ajudava em muita coisa.

Sua mão deslizou até a minha e com delicadeza sobrepõe a minha mostrando-me como deveria segurar a arma. Com um beijo em meus ombros, Leon deu alguns passos para trás e parou ao meu lado.

— Precisa segurar a posição e os braços. Ela vai dar um coice forte, então seja firme se não quiser um pulso machucado.

Diz e bebe um longo gole de seu uísque. Seus olhos estão presos sobre mim e eu posso senti-lo queimando-me lentamente com pensamentos obscenos e saliências que eu adoraria realizar.

— Quando quiser.

Declara. Apoiou os braços sobre a pequena barreira em nossa frente e esperou pacientemente até que eu apertasse o gatilho.

Leon não mentiu quando disse que o coice seria forte. Mas como uma boa aluna consigo sustentar minha posição e apenas deixei meus braços subirem alguns centímetros para cima.

O moreno me oferece um sorriso orgulhoso e eu dou de ombros totalmente eufórica.

— Cada vez melhor.

Comenta ele.

— Deveria mesmo me dar um desse.

Apontei novamente para seu coldre agora apenas com uma arma.

Por cima dessa camiseta social branca, ele usa um colete marrom claro e calças sociais azul marinhos. O infeliz está terrivelmente atraente.

— Tudo bem, eu te dou um. — bato palmas animadamente e ele ergue a mão pedindo silêncio. Rolando os olhos para o ato, engatilhei a arma novamente esperando que ele prossiga: — Mas não hoje. Porque você não vai atirar mais.

Pegou a arma de minhas mãos e guardou no coldre em seu tronco.

— Então por que você está usando um? Vai sair atirando nas pessoas por um acaso?

Devolvo de forma firme e ele abre aquele maldito sorriso cafajeste de sempre evidenciando suas covinhas irresistíveis. Deu alguns passos em minha direção, ficando a poucos centímetros do meu corpo exalando toda sua masculinidade e cheiro de álcool.

— Talvez eu precise.

Seus dedos tocam meu rosto de forma sutil e eu imediatamente fecho meus olhos. Sua mão livre percorre meu braço calmamente e despreocupadamente enquanto me delicio com seus dedos sobre meu rosto.

— Abra os olhos, il mio bellissimo*.

Obedeço seu pedido quase que imediatamente. Cresci ouvindo a porra do idioma, mas nos lábios de Leon parece ter algum tipo de feitiço que deixa tudo mil vezes mais atrativo e convidativo.

Seus olhos passeiam por meu rosto de forma lenta e despreocupada. Por míseros segundos me esqueço de toda a loucura que esta minha vida e em como passei de uma garota mesquinha e superficial para uma garota lutando para não ter uma bala no meio da testa.

Alguns meses atrás as únicas coisas que me importavam eram sapatos e roupas. Hoje, aprendi a atirar e me deito com a merda de um gangster fodidamente gostoso.

As voltas que o mundo dá.

— Leon! Leon!

Os gritos desesperados de Tommy me puxa para a realidade mais uma vez e posso ver Leon apertar o maxilar para a interrupção. Sufoco um riso ao notar a frustração em sua expressão e na forma dura como ele move seu corpo para longe do meu.

O Deus Grego corre em nossa direção com um bilhete em mãos. Ele acena freneticamente com o papel ao alto e grita coisas desconexas.

— O que está acontecendo?

— Eu não sei. — ele diz e bebe um longo gole de seu uísque, deixando o copo vazio. — Eu nunca sei.

Murmurou sozinho e eu sigo seu olhar até o homem que descobri ser seu primo. Após alguns dias seguindo cada maldito passo de Leon descobri muitas coisas sobre sua vida e até como seus parentes resolveram vir até a América para ajudá-los no combate contra a máfia Italiana que esta ameaçando minha família.

Eu bem que percebi uma semelhança entre os dois no dia em que os conheci.

— Você tem uma carta.

— Carta? Na porra do século em que se pode mandar uma mensagem ou telefonar? — franziu a testa totalmente confuso, mas aceitou a folha branca que Tommy tinha em mãos. Sem dizer mais nenhuma palavra, ele abriu o envelope e começou a ler lentamente e com cautela. Suas expressões mudavam rapidamente, indo de ódio para nojo em segundos.

— É do Dark Gods.

Avisou Tommy, me dando um olhar desconfiado. Engulo seco no mesmo instante sabendo muito bem que nem todos da família dele confiam em mim e, bem, nem tem motivos para isso.

A questão é que entendo e compreendo o fato deles terem um pé atrás comigo, mas, toda santa vez, que algo sai do controle eu sou apontada como a maldita traidora. Isso me dá nervos!

— O que diz?

Questiono e o olhar brutal de Leon vem à tona. Só pode ser algo ruim.

— O que eu mais amo nessa vida do que a mim mesmo?

Tommy franze a testa pensando sobre a pergunta. Sigo sua expressão e tento por alguns segundos pensar em algo que ele ame tanto quanto a si mesmo.

— Seu carro? Seus cavalos?

A boca de Leon escancara-se e a chama consumidora toma conta de seus belos olhos. Ele amassou a carta com sua mão direita e trincou o maxilar.

— Maldito filho da puta! Esse… eu vou matar esse cuzão de merda!

Rosnou entre dentes e saiu em disparada na direção que Tommy surgiu. Nos olhamos sem entender absolutamente nada e logo corrermos atrás dele.

Leon andava rapidamente e com passos firmes e pesados. Foi difícil acompanhar seus passos, ainda mais com uma bota de salto e essas benditas roupas sociais que inventei de usar.

Nota mental: não usar a porra de um terno quando sair com Leon, nunca se sabe quando precisara sair correndo.

A enorme porta do galpão é aberta com extrema força e um extrondo realmente alto se faz presente. Parado na porta posso notar os ombros de Leon movendo-se de forma irregular e rápida. Se bem o conheço está espumando de raiva.

Logo os relinchos desesperados invadem o estábulo e o moreno sai em disparada para o final do galpão. Um lindo cavalo branco está pulando e debatendo-se com fúria, pouco importando se abrirá machucados em sua pele ou se quebrará alguns ossos.

Leon para de frente para o cerco onde o animal está e olha fixamente para seus enormes olhos assustados. Com cautela, ele tenta se aproximar, mas o bicho fica ainda mais irritado e desnorteado. Sua cabeça bateu contra a parede e ele relincha alto tentando a todo custo fugir.

— Chame o Charlie. Ele tem um serviço.

Declarou Leon com o olhar preso sobre o animal raivoso em sua frente. Sua postura é defensiva e eu posso notar o quê de irritabilidade em sua voz.

— O que foi? O que aconteceu?

Questiono baixinho.

— Ela está louca. O filho da puta daquele cigano deixou minha égua louca. — puxou o ar com força e soltou de forma lenta, controlando sua raiva eminente. — Esses malditos ciganos de merda! Porra!

Deu um soco na pilastra ao nosso lado e a égua deu um coice contra as madeiras que o rodeavam, fazendo-me dar um pulo para trás com o susto. Como poderiam deixar um cavalo louco dessa forma?

— Eles são piores que os italianos, Vilu. — disse Tommy enquanto discava em seu celular. — Usam feitiçaria contra cavalos e humanos. Os malditos se acham os curandeiros e videntes.

— O que me deixa mais furioso é saber que ele entrou na droga da minha casa. Debaixo do meu nariz. Porra… bem debaixo do meu nariz, caralho!

Deu um grito irritadíssimo e fechou os olhos com força travando o maxilar.

— Se você quiser podemos convocar a Cosa Nostra e acabar com esses ciganos imundos ainda hoje.

Sugeriu Tommy.

— Não. Não vamos fazer nada.

— Mas…

— Eu disse que não. — disse firmemente e encarou o primo. — Quero ver até onde esse rato asqueroso se atreve a chegar.

Tommy falou ao telefone em italiano enquanto Leon voltava a olhar o bicho dentro da baía. Deu alguns passos temerosos em direção da cerca e com um pouco de dificuldade conseguiu acalmar o mínimo possível o animal.

Deslizou a palma de sua mão em sua cabeça e sussurrou algumas palavras também em italiano. Tommy desligou o celular e tirou a boina preta que usava, como se estivesse se despedindo de uma pessoa realmente importante da família.

— Leon… — tocou seu ombro e o moreno afastou-se do animal dando total atenção ao primo. — Ele está vindo.

— Tudo bem. — balançou a cabeça em concordância e deu um longo suspiro. — Até algum dia, Perigosa.

Deu um último olhar para o animal antes de parar em minha frente e dizer:

— A coisa vai ficar feia, recomendo que venha comigo.

Estendeu a mão em minha direção e sem pensar duas vezes aceitei seu pedido. Segui os passos do moreno para o lado de fora do galpão em total silêncio, dei o espaço que ele precisava e então paramos novamente na lateral da casa onde estão os litros. Paramos poucos centímetros antes dos ‘alvos’ e permanecemos calados.

A respiração de Leon é pesada e descontrolada. Posso sentir a dor emanando dele daqui, mas estou tão travada de medo que não consigo nem sequer lhe oferecer um abraço reconfortante.

Ouço o som de um tiro ecoando do outro lado do quintal. Assustando-me, Leon retira uma arma de sua cinta e começa a disparar freneticamente nos litros de vidros que usávamos de mira.

Posso ver uma lágrima escorrer de seu olho direito e a forma como ele tencionou seu queixo. Sei que ele está imaginando o rosto de John nesses litros vazios.

Enquanto brinca de tiro ao alvo, Leon solta um grito raivoso. Conforme ele disparava, andava a passos largos. O moreno se viu diante de apenas um único litro intacto e não pensou duas vezes antes de estourá-lo com uma bala.

Com a arma descarregada, ele limpou o rosto molhado pelas lágrimas e deu as costas para os alvos. Marchou em minha direção com a expressão fria e disse:

— A égua foi presente da minha mãe pouco tempo antes de morrer. — contou. — Eu vou estourar a cabeça daquele filho da puta com minhas próprias mãos. É assim que trabalhamos. Está realmente pronta para entrar nessa vida?

Me deu um último olhar frio e enfiou a arma em seu coldre. Pegou o paletó jogado sobre a mesa com a munição e saiu marchando em direção da entrada da casa.

Aposto que ele vai sair para um lugar longe onde não irá ver a retirada da sua égua.

Malditos filhos da puta. Ninguém mexe com quem eu amo e sai impune.


Notas Finais


il mio bellissimo = Minha linda
Um enorme beijo e bye bye!!!

sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...