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História After You - Segunda Temporada - Desastre de Natal - Parte I



Notas do Autor


Boa noite queridos leitores,

Gostaríamos de pedir desculpas pela demora em postar capítulo novos. Estamos viajando e está bem corrido, mas em breve.
Boa leitura e Feliz 2020⭐

Capítulo 43 - Desastre de Natal - Parte I


Owen ouviu Claire soltar um suspiro pesado, quase trêmulo em seu final e triunfante, sorriu, afundando o rosto entre os fios vermelhos e pescoço alvo. Lambeu de cima para baixo e esfregou o membro na abertura tão úmida, que sentia mesmo sob a calça.

Ele estava lhe dando calor humano, cuidados peculiares, prazerosos e mais do que isso, um laço sentimental. Uma possessividade obsessiva que a faz se sentir importante para ele. O loiro sempre fora atencioso com ela, paciente. Sempre zelou pelo seu bem e sempre esteve ao seu lado, para qualquer coisa, desde um consolo por algo infantil, até horas conversando consigo, para que não se sentisse sozinha. Sabia que todo esse cuidado, não era vazio.

Owen afastou-se minimamente, apenas para olhá-la nos olhos. Os cabelos loiros e bagunçados o deixando ainda mais sexy.

- Você quer? - levantou uma das sobrancelhas, o tom tornando-se zombador. - Quer mesmo? - levou uma das mãos direto a intimidade molhada, enfiando os dedos indicador e médio em sua fissura inchada.

Retirou até a altura das unhas os dedos e os enfiou novamente, escorregando facilmente.

Claire não o respondeu, deixando um gemido mais alto escapar. Estava muito sensível por tamanha excitação que estava. Não adiantaria falar nada, muito menos fazer já que estava amarrada. A ruiva estava em total mercê do homem que amava. Tudo seria do jeito dele, então apenas fechou os olhos permitindo-se desfrutar daquele prazer que o loiro lhe proporcionava.

- Não vai me dizer? - o tom saiu repreensivo, porém o sorriso estava expondo convencimento puro. Sempre fora um homem acima de tudo observador, não daria um passo arriscado desses sem ter certeza de que o que sentia por ela era recíproco. Outro gemido e os lábios se divertiram alargando o sorriso. Repetiu o movimento, até tê-la gemendo sem parar, prestes a ter outro orgasmo. - Hmmm... - reduziu a velocidade dos movimentos, a torturando - Mas fiquei realmente chateado com sua pequena resistência em não me responder. - cinicamente, pesou mágoa na voz. Fez um estalo com a língua - Terá de pedir, se quiser mais. - desceu a outra mão grande tocou o braço, sentindo cada músculo dela trêmulo. - Peça. - sussurrou ao pé do ouvido lentamente - Peça por mais, Claire. - lhe mordeu o lóbulo, como gostava de fazer isso. Retirou os dedos e apenas os passou pela fissura escorregadia, espalhando o pré-gozo pelos lábios inchados.

A ruiva abriu os olhos o encarando com repreensão. Estava perdendo toda a sua sanidade.

- Anda logo Grady... Sabe que quero muito... - Sabia o que ele queria ouvir e sorriu de canto. - Me fode Owen. Agora mesmo! - mandou. - Ou será obrigado a me soltar.

Owen achou engraçado a reação dela, ignorando as advertências das reais consequências do que está prestes a acontecer.

- Mais alto. - ordenou, arrastando a língua pelo pescoço dela. A faria pedir, com certeza faria e para fazer isso acontecer, resolveu incentivá-la. Cercou a cabeça dela com um braço contra o colchão, abandonando o braço dela e levou a outra mão no próprio membro duro. Ia torturar a si mesmo, mas mais ainda a ela com isso. Esfregou a cabeça de seu pênis na fissura encharcada dela. Grunhiu, aprovando o ato e respirou fundo, exigindo auto controle - Mais alto, Claire. - Exigiu entre dentes, cerrando o maxilar com a ânsia de meter nela de uma só vez.

Claire riu de nervoso. Oh céus, aquilo era muito bom e precisava de mais. Senti-lo dentro de si, indo cada vez mais forte e fundo.

- ME FODE OWEN! - gritou praticamente se arrependendo logo em seguida, por talvez sua sogra ter escutado. - Isso não vai ficar assim... - murmurou rouca.

Aquela altura, a sanidade já não tinha mais espaço. A luxúria vindo com força total. Ele auxiliou a esposa a elevar o quadril mais uma vez e pôde sentir a cabeça entrando em sua vagina.

Sorriu maliciosamente contra o pescoço dela e finalmente a penetrou por inteiro. Foi num único impulso. Estava tão escorregadia, que mesmo apertada, conseguiu entrar facilmente. O pênis latejava pelo modo que a intimidade dela o acolhia. Ignorou o grito doloroso dela e lentamente, começou a se movimentar. Cuidadosamente, entrava e saía, excitando-se cada vez mais pelo modo como ela gemia, a dor misturado ao prazer, mesmo que esse último, nesse momento seja mínimo.

Claire podia senti-lo todo perfeitamente dentro dela, grande e grosso, forçando suas paredes quentes. Era uma delícia. O máximo que ela conseguia fazer além de gemer de prazer, era mexer o quadril se chocando com o dele. Respirou fundo várias vezes tentando recuperar o ar, mas os movimentos intensos do marido a deixava ofegante.

Uma camada fina de suor já estava no corpo de ambos, enquanto se moviam na mais mágica sincronia. Era muito mágico a sintonia que tinham, Claire sempre soube disso desde a primeira vez. Ele foi feito para ela, era o seu macho alpha. Os minutos se estendiam, enquanto se amavam de forma selvagem. Os movimentos bruscos começaram a fazer os pulsos e tornozelos dela doer.

- Owen... - sussurrou gemendo. - Me solta... Anda.

- Por que? - Começou a distribuir beijos pela parte superior dela, mordendo e lambendo por onde passava, queria lhe dar o máximo de prazer possível, assim como ela estava lhe dando.

Preferiu não dizer que estavam apertadas.

- Eu quero lhe tocar também... - o que era a mais pura verdade. Procurou seus lábios o beijando de forma apaixonada, tirando o fôlego dos dois.

O movimento que Owen fez para desamarrar as amarras apenas dos tornozelos, acabou os desconectando por ora. Aparentemente o nó feito foi muito exagerado.

- Oh, merda...

- O que foi amor? - levantou a cabeça para olhá-lo.

- Dei um nó cego nessa porra!

Claire revirou os olhos.

- Okay... Volta aqui. Depois tiramos as cordas...

Owen retira um canivete do bolso da mala e rapidamente corta a corda liberando os tornozelos dela.

A ruiva suspirou aliviada. Mas ainda não era o bastante.

- Agora as mãos... Por favor... - esticou o braço na direção dele. - Vem Owen...

- Nada disso.

Owen levou uma das mãos a bunda macia e firme dela e a apalpou, lhe arrancando um suspiro alto.

Estava eufórico por finalmente tê-la, como sempre desejou ter, por inteira. O corpo dela sempre foi completamente seu e nada mais mudaria isso.

Levou a outra mão para o outro lado da bunda dela e como fez anteriormente a apalpou fortemente. Ouviu um gemido mais arrastado dela, provando que estava dando espaço ao prazer e resolveu melhorar ainda mais aquilo. Com as duas mãos nas nádegas firmes, elevou a quadril feminino ao mesmo tempo que estocou para dentro dela. Com esse movimento, pôde aprofundar a penetração, lhes dando um prazer imensurável.

Claire jogou a cabeça para trás ao ser possuída daquela forma. Tão "Uau" pensou ela. Sem dúvidas eram almas gêmeas e que a perfeição estava em cada vez que se união, amando-se de forma única todas as vezes. Os movimentos de Owen eram precisos, sabia exatamente o que fazer para levar ao paraíso.

Fechou os olhos e aproveitou para ficar em cada detalhe. As mãos grandes e ásperas do trabalho em suas nádegas, segurando-a possessivamente. O delicioso pênis entrando e saindo de sua vagina a fazendo delirar. As intimidades chocando. Tudo começou a ganhar mais intensidade, quando ela começou a sentir seu orgasmo se formando.

- Mais rápido Owen...

O ventre se contorceu em torno do pênis e ameaçou ter espasmos. Aquilo fora maravilhoso. Mesmo que doesse como o inferno aquelas estocadas, tinha sido maravilhoso. Estava tão molhada e escorregadio, que sentia seus fluídos misturados aos dele, entrar e sair e escorrer pelo vão de sua bunda, era surrealmente sensual.

Ele repetiu mais algumas vezes aquele movimento, levando os dois ao limite. O quanto poderiam aguentar mais? O som dos corpos se batendo, e mais, o pênis contra o sexo dela, o som dos grunhidos dele e gemidos dela, o cheiro de puro sexo, o suor dos dois se misturando, tudo os deixando insanos de prazer.

- Você é minha, ruiva. - estocou bruscamente mais uma vez - Seu corpo é meu... - Outra intensa estocada, sem cuidado algum. - Seus pensamentos são meus... - e outra - Seu coração é meu... - e outra, mais forte e mais intensa - Tudo que te envolve é meu e não há nada que você possa fazer para mudar isso. - as estocadas cada vez mais selvagens reviravam o pequeno e frágil corpo do avesso.

Owen tinha razão em cada palavra. Mesmo exausta e sem um pingo de força para dizer qualquer coisa, sorriu para ele. Afirmando que sim, ela era completamente dele. Claire gozou fortemente, amolecendo em seguida. Sua respiração descompensada, a fez respirar fundo várias vezes. Esperando que seu homem, também chegasse ao paraíso.

- Diga, Claire. Diga o meu nome. - Ordenou, mergulhado no desespero de encontrar a própria satisfação.

As mãos grandes dele apertarem fortemente sua bunda, cravando os dedos com unhas curtas nela, a erguendo de encontro com o membro rígido e mais uma forte estocada. - Repita. - ofegou, enterrando o rosto na curvatura do pescoço e ombro dela.

- Owen... Meu alpha... - gemeu. - Goza gostoso para mim, Owen! - prendeu suas pernas envolta da cintura dele, o apertando com força contra si. Fez movimentos com o quadril o estimulando.

Era absurdo como dizer o nome dele em meio ao sexo, tornava tudo tão erótico e prazeroso.

- Mais uma vez... - impôs duramente, o tom sombrio carregado de luxúria exigindo mais dela.

- Owen... - gemeu mais alto.

Agora ele sentira o corpo chegar próximo daquela onda de sensações que o orgasmo lhe trazia.

- Repita. - ordenou.

- OWEN... - gritou já no seu limite.

Inferno, o corpo perdera a força por segundos. Ficou dormente e completamente abobado, mas não desistiria. A cabeça completamente vazia de razão e cheia de determinação.

- Repita, até meu nome ser a única palavra proferida por sua boca. - estocou com tanta força, que ela gritou de dor, misturado ao prazer - Repita, até meu nome ser o único a estar presente em seus pensamentos... - a necessidade era tanta, que rodeou a cintura fina e a impulsionou contra seu corpo, no mesmo ritmo que se afundava nela. - Repita, até meu nome ser o único presente em seu coração.

- Já está Owen... Já está... Owen... Você está em cada pedaço do meu ser... - foram as únicas palavras que conseguiu dizer. Seus pulsos queimavam na corda.

- Repita até não te restar mais nada, porque você é minha, Claire Grady. Apenas minha. - Estocou forte o suficiente para o impacto lhe doer e fazer ela gritar, mas isso também não importava, porque ambos estavam alcançando o limite da insensatez e o auge do prazer. Owen a soltou das amarras livrando seus pulsos finalmente.

Levou uma das grandes mãos à cabeceira da cama, agora quebrada, pegando um último impulso para a estocada que o levaria ao céu. Sentiu as pequenas mãos dela o arranharem profundamente de cima para baixo e gozou, gozou grunhindo guturalmente pela dor e prazer proporcionado por ela, que desejou tão insanamente por tanto tempo.

Ela gritou, sentindo o impacto do orgasmo, junto ao seu corpo convulsionando, junto de todas as sensações que gozar lhe proporcionou. Nunca, nunca em sua vida pacata antigamente imaginou que seria possível ter aquela avalanche de sensações. Era doloroso e prazeroso. Contraditório, muito mais que as razões que a perturbariam mais tarde.

Ofegantes, calmos, saciados, eles se mantiveram em silêncio, dedicando-se apenas a regularizar as respirações.

- Apenas minha. - A ruiva o ouviu repetir, antes de desmaiar novamente.

Claire caiu sobre a cama exausta. Fechou os olhos tentando recuperar o fôlego. Estava ardida entre as pernas, mas também se sentia satisfeita. Não conseguia nem sequer se mexer.

- Quebramos a cama, de novo... - sussurrou rindo em seguida.

- Ah, jura? Nunca mais levanto daqui... - Confessou esgotado.

- Nem eu... - Foi até ele beijando seu ombro e repousando a cabeça no travesseiro, enquanto encarava o teto. - Estou faminta, mas não vou conseguir andar. Preciso de um banho com água congelada... - brincou.

- Está doendo mesmo? - Pergunta se erguendo com certa preocupação.

- Um pouco... - se apoiou no cotovelo o encarando. - Será que a sua mãe ouviu?

- Provavelmente.

Em um salto, ele se pôs de pé novamente, é carregou a ruiva para o banheiro. A deu banho com todo o carinho que não havia demonstrado há minutos atrás. Quando saírem, ele se ofereceu para passar uma pomada para aliviar a ardência. Claire aceitou que ele passasse. Foi um ato de zelo e sem malícia.

Depois de estarem prontos, precisavam agora de um café da manhã reforçado. Por sorte da ruiva, estava frio e ela poderia se cobrir da cabeça aos pés, já que estava cheia de marcas por todo o corpo. Antes de saírem do quarto, Claire segurou Owen pela mão o fazendo olhá-la nos olhos.

- Eu te amo... - Sorriu boba.

- Eu amo mais. - Ele retribui o sorriso, a beijando docemente nos lábios.

*

Os dias foram se passando e dona Tereza Grady não desgrudava da neta. Claire e Owen aproveitavam para passar mais tempo juntos e se amando de todas as formas possíveis.

Tiveram que comprar outra cama, além de coisas para filha. Deixando o quarto do casal com o cantinho da neném.

Era véspera de Natal, os familiares de Owen já estavam começando a chegar, Karen com os meninos, também logo chegaria.

O ex-marinheiro tinha saído há algum tempo com o irmão para comprar o que Tereza precisava para finalizar a ceia.

Claire aproveitou e levou Clarisse para o quarto. Colocou a filha no meio da cama para poder trocá-la,curvou-se sobre ela e a encheu de beijos, arrancando uma gargalhada gostosa da pequena que mantinha os olhinhos verdes fixos nos da mãe.

- Mamãe te ama princesa... - Sorriu para a pequena.

Com todo cuidado do mundo, como sempre Claire a trocou depois a bebê ficou sentada na cama "brincando" com a roupinha da sua boneca de pano. A mãe deitou perto dela de lado, a admirando brincar. Poderia ficar daquele jeito pelo resto da vida. Ela era tão pequenina e perfeita, esbanjava simpatia enquanto se divertia.

Clarisse tinha sido o melhor presente que ganhou, uma bênção, por ela faria tudo. Aquele pequeno ser que foi gerado de seu amor com Owen, que saiu de dentro dela e que a faz amar ser mãe. Depois que a teve, tudo ficou melhor. Já era muitíssimo feliz em ser a esposa do amor da sua vida, mas quando se tornou mãe, sentiu-se completa. A filhotinha deles não poderia ser mais perfeita.

Ela começou a conversar com a filha enquanto a pequena sacudia seus brinquedos, parecia responder a mãe com seus sons fofos e palavras aleatórias. Claire a estimulava muito com a fala, isso era muito bom. O celular começou a tocar e quando se levantou para pegá-lo. Teve uma surpresa.

- Ma...ma...

A ruiva virou-se rapidamente para a bebê que mexia os braçinhos em sua direção como se quisesse impedi-la de se afastar, enquanto ria com os dois dentinhos de baixo e suas bochechas gordinhas e rosadas.

- Você disse "mamãe" filha? - sorriu toda boba, sentindo seus olhos marejados com tamanha emoção. Sempre imaginou aquele acontecimento, seria tão gratificante e a deixaria tão feliz. Clarisse apenas encarava a mãe sorrindo. Claire a segurou nos braços a enchendo de beijos, a abraçou afetuosamente enquanto a bebê agarrava seus cabelos. - Você disse mãe... - Sorriu enquanto chorava. Era um dos momentos mais especiais de sua vida.

Naquele momento Owen adentrou o quarto sem cerimônias, sujo da cabeça aos pés e com o cabelo molhado de suor. A cena sem dúvidas o deixou curioso.

- Cheguei... O frio da montanha está de congelar os ossos, mas pegamos bastante madeira. O que aconteceu?

Claire o encarou com os olhos vermelhos e um sorriso genuíno.

- A Clarisse me chamou de "mamãe" amor... bom, não tão bem, mas disse... - Mais lágrimas rolaram de seus olhos. Continuou abraçando a pequena carinhosamente. - Estou tão feliz...

- Chamou, foi? - Aproxima-se se esquecendo de sua condição de imundície.

- Sim... Fala "mamãe" para o papai ouvir princesa... - afastou a pequena para que pudesse olhar para o pai.

Clarisse sempre que via Owen, pulava em seus braços. Mas algo nele estava diferente, a pequena o ficou observando com um olhar de curiosidade, e foi aí que Claire se deu conta da sujeira dele.

- Me Deus, Owen... Vai já para o banheiro, tomar um banho...

- Vem no papai, filha. - Estende os braços, ignorando o chilique. Clarisse encolheu os bracinhos se negando a ir com ele, fazendo os pais acharem graça. - Viu? Já está se parecendo com você até nas atitudes...

Claire riu e a beijou na cabecinha.

- É o orgulho da mamãe... Agora vai lá para o seu banho. Pode ficar com ela enquanto ajudo sua mãe a fazer a ceia?

- Fico. Só tenta não queimar a torta, amor.

O marido deixou um rastro de roupa suja pelo quarto até a porta do banheiro e tomou seu banho. Clarisse havia adormecido depois de mamar e estava em seu berço.

- Só queimei uma vez... - aproximou-se dele o dando um beijo em seu pescoço. - Nossa... - suspirou. - Você está tão cheiroso... É melhor eu ir. Antes que não consiga mais... - antes de Owen ter qualquer reação, a ruiva tinha corrido do quarto. Tinha muito coisa para fazer.

Quando começou a descer os degraus com um sorriso enorme nos lábios, o mesmo desapareceu quando viu Barbara entrar pela porta. Neste exato momento, Claire sentiu a raiva dominá-la.

- O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? - gritou chamando a atenção de todos na casa.

- Nossa, mas o que é isso?

Respondeu fingindo surpresa na voz esganiçada. Logo atrás dela surgiu um homem, mais baixo que Bárbara. A envolveu pela cintura.

- O que está acontecendo, Barb?

- Ah, nada. Só surtos de uma desequilibrada.

O homem não entende muito bem e sorri sem graça. O restante da família tentou contornar a situação. A cunhada levou Claire para cozinha e Sophie foi atrás, perguntando incessantemente da prima.

Claire estava tremendo de raiva. Ela nunca pensou que sentiria tanta raiva de alguém, depois do Justin. O que ela tinha feito com a ruiva há exatamente um ano atrás não tinha perdão. Após tomar um copo de água com açúcar que Jessicq havia lhe dado. A loira disse para filha que a priminha estava dormindo e que logo iria vê-la.

Claire voltou rapidamente para o quarto, indo diretamente sentar na cama. Como assim aquela mulher estava lá? Depois de tudo que havia feito.

O marido estava dobrando as roupas da filha e separando as sujas para lavar.

- Ruivinha? Voltou cedo.

- Vamos embora, Owen... - falou sem encará-lo. - Não fico mais um minuto aqui.

Imediatamente ele parou o que estava fazendo para encara-la interrogativo.

- Oi? Como assim ir embora, a noite de Natal é hoje!

Ela levantou irritada.

- Eu sei, Owen. Mas eu não fico na mesma casa em que a Bárbara está!

- Ela... ela está aqui?

Não foi preciso resposta, a senhora Grady entrou no quarto após bater na porta, o semblante envergonhado, ao mesmo tempo de cautela.

- Filha, me perdoa. Eles não foram convidados... Vou pedir para ela ir embora.

- Como deixaram ela entrar? - Owen começa a se exaltar.

- Eu não sei meu filho...

- A porta estava aberta e ela simplesmente entrou. - Claire respondeu levando as mãos na cabeça. Ao notar a preocupação da sogra, se sentiu culpada. Foi até ela a abraçando.

- Ela está fazendo tratamento, mas isso não é garantia. Sei que estão com medo. Não quero ter a noite de Natal em família arruinada... - A mais velha confessa. Clarisse acabou acordando com a movimentação e se senta no berço, sem chorar.

Claire olhou para Owen, perguntando apenas com o olhar o que fariam. Não queria magoar a sogra, mas zelava por sua filha.

- A casa está cheia. Provavelmente vão embora pela manhã. Clarisse vai ficar o tempo todo conosco, não vejo motivo para alarde. - Owen finaliza, indo pegá-la no berço. Clarisse chupou o dedinho e se aconchegou no peito do pai.

- Está bem, só não quero ela perto de nós.

- Obrigada meus filhos. Nada vai acontecer. É nossa noite em família. - Tereza sorriu aliviada e foi até a neta lhe dando um beijo. A mesma se sentia mal com a situação, assim como o casal. Logo saiu os deixando a sós.

Claire sentou na cama encarando Owen e a filha, seus pensamentos atordoados. Temia sim a presença daquela mulher e não deixaria de jeito algum que ela se aproximasse de sua família nem que fosse preciso arrastá-la pelos cabelos para fora de lá.

- Hey? Por que não vai ajudar minha mãe? Vou organizar as coisas aqui. Não vou tirar os olhos da nossa filha.

Claire soltou uma respiração pesada e levantou se aproximando dele. Sorriu para a bebê que estava toda manhosa no colo do pai, a beijando demoradamente nos cabelos ruivos.

- Não existe melhor pessoa no mundo para cuidar da nossa filhotinha. - sorriu o dando um selinho. - Amo vocês...

Retirou-se e ao fechar a porta respirou fundo. Não deixaria se abalar com aquilo, era o que Barbara queria. E se ousasse fazer qualquer coisa, mostraria para ela quem é Claire Dearing. Segura de si, desceu se juntando a sogra e a cunhada na cozinha. Karen estava quase chegando.

*

Antes do fim da tarde, os biscoitos, tortas, assados, sopas, carne assada e diversas comidas estavam sob a mesa.

Owen passava de vez em quando é beliscava algo escondido de todos, dividindo com a filha sempre no colo.

Barbara estava com o novo namorado no sofá, atenta a nova integrante da família receber toda atenção e carinho de todos.

Karen chegou com os meninos e foram recebidos muito bem como sempre pela dona da casa. Após se acomodarem no quarto, foram até Owen babar Clarisse.

Perto da hora do jantar, Claire levou a pequenina para o quarto para tomarem banho e se arrumarem. Ambas estavam prontas e com vestidos vermelhos. A ruiva estava amando combinar roupa com a filha. Elas estavam impecáveis. A mãe com os cabelos ondulados e a franja alinhada, uma maquiagem leve e batom vermelho.

- Você está tão perfeita minha princesa... - a beijou enquanto caminhavam para sala, enquanto a bebê encarava os enfeites pela casa.

Owen a observava pela fresta da porta da sala de jantar. Ela estava linda naquela noite, como pensara que realmente estivesse. Quer dizer, muito mais do imaginara.

Por um momento, sua mente voltou anos antes quando a conheceu e foi se apaixonando a cada dia que aprendia mais sobre ela. Apaixonou-se por cada palavra que ouvia sair com aquela doce voz manhosa de sua boca incrivelmente macia e cada olhar sedutor dela sobre si.

Uma batida insistente, extremamente irritante, ecoava do outro lado da grande parede de sua sala de estar.

- O que é isso, por Deus? – Sua irmã reclamou enfurecida, pois inutilmente tentava iniciar a comemoração.

- Temos mais convidados. - Owen observou, e com um quente e dois fervendo, ela saiu como um furacão querendo saber o que causava aquele barulho insuportável.

- HARRY? JÁ DISSE PRA NÃO ESPANCAR A PORTA DESSE JEITO!

- Feliz natal, irmã. - Kate, a antiga namorada de Harry surgiu atrás com um pequeno embrulho branco nos braços. Owen deduziu que fosse sua sobrinha e foi imediatamente cumprimentá-las e conhecer a pequena.

Sophie e Sam saltavam na ponta dos pés para enxergar a nova prima.

- Essa é a primq Lisa, tio Harry?

- É sim, Soph.

- Ela é muito pequena igual a Clarisse, quando vamos poder brincar com ela?

- Daqui alguns anos, creio eu.

Sophie revirou os olhos entediada e fugiu pra baixo da mesa afim de furtar mais biscoitos de gengibre com o irmão.

Logo em seguida, Claire e Clarisse se aproximaram deles para cumprimentá-los.

- Harry... Kate... - os abraçou com um sorriso e a pequena em seus braços, que observava aquelas pessoas estranhas. - Como estão?

- Bem cunhada... Nossa... Como essa princesa está grande. - se referiu a Clarisse, segurando a mãozinha dela. A mesma sorriu para o tio. - Essa simpatia ela puxou de você né Claire, porque meu irmão... - brincou.

Claire se aproximou de Kate, olhando a pequena de apenas dois meses. Era branquinha e bem loirinha.

- Parabéns! Ela é linda. Olha amor, a sua priminha... - mostrou para a filha que ficou a olhando com os olhinhos arregalados.

Owen aproveitou para analisar a bunda dela, o quanto destacava no vestido. Só não meteu a mão ali pois a casa estava cheia.

Mas que deu vontade, deu.

Clarisse parecia interessada na prima nova e acabou indo para o colo do tio. Owen aproveitou para aproximar-se da esposa.

- Oi, ruiva...

Claire sentiu um arrepio percorrer seu corpo com aquela aproximação, virou para ele.

- Oi, marinheiro... - sorriu. Ele estava tão lindo, que sentiu vontade de agarrá-lo.

- Esse vestido é novo? - Flertou.

- Uhmm... É sim. Por acaso o senhor gostou? - usou o mesmo tom que ele.

- Eu gostei muito... está como uma obra de arte divina... - A cintura dela foi tomada pelos braços do marido, possessivamente.

Ela sentiu seu coração quase sair pela boca. Envolveu seus braços no pescoço dele o dando um selinho.

- Fico feliz que tenha gostado. Me arrumei para você... - sussurrou.

Era nítido o amor entre eles e não se importavam em demonstrar na frente das pessoas. Sim, daria inveja em qualquer um. O modo como um tratava o outro, as trocas de olhares e sorrisos bobos. A paixão queimava como desde o início.

- Acho que deviam ir para o quarto... - Harry brincou se aproximando deles, para ninguém mais ouvir. Clarisse inocente, riu sem ao menos saber do que se tratava.

- Até que não é uma má idéia. - Owen acrescenta escorregando as duas mãos para o traseiro avantajado da ruiva. No mesmo instante a mãe aparece com um olhar fuzilador.

- OWEN, ISSO SÃO MODOS?

Claire ficou vermelha na hora de tanta vergonha.

- Desculpa dona Tereza.

- Não precisa se desculpar filha. Sei que o sem modos aqui é meu filho. - Foi até ele e puxou sua orelha. - Se controla!

Tereza retirou-se em seguida fazendo todos ali rirem.

- Ouviu amor? Se controla... - Claire riu o abraçando.

Com cara de poucos amigos, Owen evitou falar mais algo, até que o início da ceia se deu início e foram se sentar.

O loiro colocou Clarisse de pé em cima da mesa, a segurando.

- Quem é a princesa da vida do papai? Quem?

A pequena deu gritinhos, conversando com ele.

- DÁ...da...

Barbara encarava a cena emburrada. Estava furiosa, todos a ignoravam.

- Aqui amor... - Claire entregou a papinha para ele. - Dá para ela, por favor...

Voltou para a cozinha para finalizar algumas coisas com a sogra. Barbara aproveitou para soltar seu veneno.

- Owen, não é higiênico deixar... - olhou com cara de desprezo para Clarisse. - ... ela, na mesa.

- Não é higiênico você abrir essa boca de merda na mesa, Barbara.

A mulher além de ficar envergonhada, ficou ainda mais furiosa.

- BOCA QUE VOCÊ JÁ BEIJOU MUITO, OWEN! - gritou e nesse momento Claire, Jessica, Karen e Tereza apareceram na sala.

- O que já está acontecendo aqui? - Tereza perguntou irritada.

Owen levantou-se na cadeira, esgotado com aquela situação.

- Ou a Barbara sai dessa casa, ou eu e minha esposa e filha saímos. É isso. EU ESTOU DE SACO CHEIO DESSA VAGABUNDA!

Claire se adiantou e foi tentar acalmá-lo.

- Hey, amor... Se acalma. - segurou o braço dele, pegou Clarisse e entregou para Karen. A pequena havia se assustado com os gritos, e chorava no colo da tia.

Bob, o suposto namorado de Barbara ficou assustado com aquela cena.

- Barbie, vamos embora... - sussurrou ao ouvido dela, percebendo que não era bem-vindos ali.

- Não pode me expulsar daqui, Owen. Essa também é a minha família.

- Deixou de ser há muito tempo Barbara. - Tereza se aproximou furiosa. - Desde o dia que tentou matar minha nora e minha neta. Saia daqui agora mesmo!

- Então por que a senhora me deixou entrar? Significa que ainda SOU DA FAMÍLIA!!!!!

- Seus pais disseram que você estava fazendo tratamento é que estava diferente. Vejo que se enganaram... todos nós enganamos com você.

- Foda-se!

Owen interveio, enquanto Kate e Jessica tiravam as crianças da mesa.

- Isso é culpa minha, peço desculpas... Barbara, por que não segue em frente? Já passou da hora.

- NUNCA OWEN, EU AMO VOCÊ, MEU PENSAMENTO É SÓ VOCÊ MEU AMOR... VOLTA PARA MIM!!!

Bob, levanta bruscamente da mesa furioso pegando suas coisas pra ir embora. O caos já estava instalado, e enquanto os homens da família tentavam colocá-la para fora, ela gritava.

- CLAIRE SUA VAGABUNDA, VOCÊ NUNCA VAI SE LIVRAR DE MIM... VOCÊ É AQUELA CATARRENTA QUE NEM DO OWEN É, TODO MUNDO AQUI SABE!!!!!! EU DEVERIA TER TE MATADO ENQUANTO ERA TEMPO...

Claire que até então assistia tudo sem acreditar no que via, ao ouvir ela falando de sua filha, ficou furiosa. A ruiva se transformou em uma fera que faria de tudo para proteger sua filhotinha. Quem a olhasse poderia ver o ódio em seus olhos.

Se aproximou deles impedindo que continuasse a levando.

- NUNCA MAIS OUSE A FALAR DA MINHA FILHA, MALDITA!!!- acertou-lhe um soco no nariz de Barbara com toda sua força, provavelmente o quebrou. Mesmo em meios a protestos dos familiares, Claire continuou. - EU QUE VOU LHE DAR O QUE SEMPRE MERECEU SUA INFELIZ...

Agarrou a morena pelos cabelos a arrastando.

- ME SOLTA!!!!

Ignorando os escândalos da rival, a ruiva a arrastou até a varanda e ao chegar lá, a jogou para fora da casa.

- FICA LONGE DA MINHA FILHA E DO MEU MARIDO!!! VAI EMBORA DAQUI, ANTES QUE EU TE MATE!!!


Notas Finais


Bárbara sempre inconveniente. O que será que nossa amada Claire irá fazer com a rival?

Deixem seus comentários e sugestões, sua opinião é muito importante para nós.
Bjs e até a próxima❤

Nosso Instagram: @owenmgrady @clairedearinggrady @clarissedearinggrady


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