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História After You - Terceira Temporada - The Anonymous Call



Notas do Autor


Boa madrugada, meus leitores. Mais um capítulo editado minuciosamente.. Desculpe se deixei algum erro passar. Boa leitura ;)

Capítulo 25 - The Anonymous Call


Claire abriu a porta e ele se deparou com uma ruiva aparentemente não muito bem. Seu rosto estava vermelho assim como seus olhos.

- Para de gritar, vai acordar a Clarisse...

- O que está fazendo aqui? - Brigou.

- Não te interessa! Vai dormir.

- Fala direito comigo. - Disse em um tom sombrio, ficando na frente dela.

- Ou vai fazer o que, hein?

- O que eu faria?

- Não sei, Owen.

- Vá pra cama. - Deu meia volta e foi pra cozinha tomar um lanche. Fez um prato de panquecas com molho de pimenta.

Claire apareceu um tempo depois e se sentou no sofá.

- Cansei...

- Eu sei que cansou, não é qualquer uma que aguenta ficar de pé o dia todo com uma barriga imensa.

- Não, Owen. Estou cansada dessa situação. Dessas brigas, de tudo.

- Se lembra como começou?

Ela suspirou abaixando a cabeça.

- Nosso casamento parece que não está indo bem...

- Você optou pela briga, mesmo eu tentando de alguma forma sentar com você e ter uma conversa civilizada. Mas de repente, eu tinha a obrigação de saber o nome que você só citou uma vez e ficou brava comigo. De repente, você não quer mais aquele nome e pede pra eu escolher. Aí você não concorda com nada das minhas sugestões.

- Eu te disse uma vez, Owen. Eu sou muito complicada e não sou boa com sentimentos. Acho que isso nunca vai mudar. E não é justo com você...

- E o que sugere?

- Você merece alguém melhor... que te faça feliz sempre e para sempre... Eu não sou essa pessoa, talvez nunca tenha sido.

- Ok.

Ela finalmente o encarou.

- “Ok”? É só o que vai dizer?

- Não vou ficar te bajulando igual das últimas vezes.

- Está bem... isso quer dizer que concorda...

- Você sabe que não.

- Acho melhor irmos dormir, está tarde. E não pense que faço as coisas esperando você me “bajular”.

- E vai dormir comigo ou vai ficar de frescura e falando merda igual agora?

- “Ficar de frescura”, “falando merda”... porque você sempre menospreza as coisas que sinto e falo?

- Nada do que disse é verdade.

- Pode não ser para você... mas é o que eu sinto. E sou a mulher mais idiota por isso... - levantou. - Boa noite...

- Sente tudo isso ao mesmo tempo que vê eu fazendo de tudo por você. Estranho.

- Eu não mereço você, Grady...

- Não acho.

Ela estava de pé perto do sofá e o olhou mais um pouco.

- Dorme bem... - foi para o quarto.

Owen encheu mais um prato com panquecas e foi ver o jogo na TV a cabo. O que ele não sabia, era que Claire havia recebido um e-mail nada amigável, antes de ele chegar. Com fotos dele junto com Sarah. Por conta do horário avançado, ele foi se deitar minutos mais tarde. Sentou cautelosamente no colchão e tirou a camisa sem movimentos bruscos.

Claire fingiu que já estava dormindo. Quando ele constatou que ela estava dormindo, a abraçou sendo todo fofo. O que ele não era há muitos dias com ela. Ela sentiu seu corpo todo amolecer.

- O que está fazendo? - sussurrou.

O susto foi tão grande que a primeira reação foi soltá-la.

- Desculpe... eu... tô sonâmbulo.

O que a deixou decepcionada. Respirou fundo.

- Entendi... - se afastou, cobrindo-se mais. O marido virou para o outro lado e dormiu. Depois de um bom tempo, ela também adormeceu.

*

Apesar da noite de pesadelos do loiro, ele acordou abraçado em Claire como sempre. Mesmo sabendo que ela estava quase acordando, aproveitou para sentir o cheirinho de baunilha e beijá-la em vários lugares. Depois dormiu de novo. Claire acordou minutos depois e se deparou com Owen abraçado a ela, o que a fez sorriu. Preferiu não se mexer e ficar mais um tempo ali, nos braços que sentia tanta falta. Uma forte tempestade começou em Nublar, fazendo a energia oscilar. Apesar de ser 8 da manhã, estava tudo muito escuro. Aquilo só podia ser brincadeira, parecia que tudo estava conspirando contra eles. Claire acabou levantando e foi se arrumar, em seguida foi ver a filha.

Clarisse estava dormindo toda largada na cama, de calcinha e uma blusa. As perninhas estavam toda picada de mosquito. O que deixou a mãe com o coração partido. Claire a arrumou cuidadosamente na cama, passou uma pomada nas picadas para não coçar e viu que o remédio de tomada contra os pernilongos não tinha sido ligado na noite anterior. O que a fez se xingar mentalmente. Depois de deixá-la confortável, foi para cozinha fazer o café da manhã, teve que ascender algumas velas. Estava muito escuro.

- Bom dia...

- Oi... Bom dia...

- Dormiu bem?

Por mais que a vontade fosse imensa, Owen não a beijou e foi tomar um copo de água.

 - Mais o menos... e você? - o encarava de rabo de olho.

- Bem. - Mentiu. Aqueles últimos meses Owen sonhava com frequência com Sarah, todos ela tentava fazer alguma coisa para machucar sua mulher e filhos. Owen pensou seriamente em começar a tomar remédios para dormir melhor.

Claire colocou o café sobre a mesa, tudo o que Owen gostava.

- Acho que vamos ter problemas com os geradores. - disse enquanto beliscava sua salada de frutas.

- Vamos? - Aproximou dela por trás, e a abraçou sem hesitar. - Ainda está com o mesmo cheirinho de maçã...

Ela suspirou e sentiu seu corpo todo tremer, sem forçar para se afastar dele.

- Não sei de onde tirou essa ideia de maçã...

- Não foi uma idéia, você está cheirando maçã. Pra ser mais específico, torta de maçã. - Beijou o ombro dela.

- Bom... - se encolheu. - É melhor ir comer antes que esfrie...

- Está bem.

Owen tomou o café da manhã e encheu Claire de elogios sobre a comida. A ruiva ficou toda vermelha de vergonha.

- Isso que fiz algo simples...

- Para mim, é a mais gostosa do mundo. Eu não troco por nenhuma comida de restaurante.

- Que isso, Owen... - colocou uma mecha atrás da orelha.

- Se ficar assim, vou ter que te morder.

Ela sorriu de canto e finalizou seu café.

- Vai comigo? Preciso esperar a Zia chegar...

- Vou sim. Pode escolher minha roupa hoje.

- Quer que eu escolha sua roupa? - o encarou surpresa. Geralmente Owen reclamava das roupas que ela escolhia, dizia ele que era um “exagero”.

- Sim, não estou com saco pra escolher. E você é boa nisso.

- Está bem... - sorriu de canto.

Owen só não organizou a mesa, pois Emma chegou. Então, foi para o quarto com Claire, direto no closet.

- E então, o que gostaria de usar? - indagou enquanto olhava para as roupas dele.

- Eu pedi pra você escolher, ruiva.

Owen estava jogado na poltrona, analisando-a de cima de a baixo. Ela parecia bem concentrada enquanto escolhia. Então optou para algo mais confortável. Uma camisa azul clara, calça jeans e um sapatênis.

- Prontinho...

Owen vestiu e foi arrumar o cabelo.

- Eu tô bonito?

- Está lindo... - sorriu um pouco sem jeito.

- Obrigado. Não vai se vestir?

- Vou... - disse encarando sua parte do Closet. Ultimamente não gostava de nenhuma de suas roupas.

- Olha... podemos viajar e comprar umas roupas novas para você.

- O que? - virou para ele um pouco distraída. - Oh... não se preocupe...

- Acho que aquelas que compramos não foram suficientes para a gestação toda, sua barriga cresceu muito...

A ruiva olhou para a barriga pelo espelho.

- Parece que vou explodir...

- Vem cá, ruiva...

- Estou bem, Owen... - voltou a revirar o closet. Mas a verdade e ele sabia, que ela não estava bem.

- Eu sei quando está bem e quando não está. Eu te conheço muito bem.

- Se quiser, nos encontramos no centro de controle.

- Hm? Como assim?

- Vou demorar aqui, se quiser pode ir...

- Demorar? Eu te espero.

- Tem certeza? - virou para encara-lo.

- Sim. Quero saber o motivo da demora... Você nem quer vir aqui ganhar um carinho do marinheiro...

- É que... - pensou. - Eu não sou a mulher certa para você, Owen. E tenho medo...

- De novo isso? Eu estou tentando fazer as pazes mais uma vez e você não quer?

- Não é isso, Owen. Você sabe o quanto te amo. Mas eu acho que não te faço feliz como merece...

Owen mudou completamente a forma de agir. Se tornou frio novamente. Até mais do que estava antes. Ele avisou que iria estar trabalhando no escritório e saiu de moto. Claire ficou muito mal com aquilo, pior que estava antes. Owen não a entenderia. Claire foi para o escritório deles e ficou encarando o e-mail que vinha recebendo constantemente.

Uma foto de Owen com Sarah, quando ela estava grávida.

Tyna acabou entrando no escritório com algumas folhas de pagamento para assinar e viu a foto. Ela levou um susto imenso, mas disfarçou. Claire fechou rapidamente o e-mail, secando o rosto.

- Tyna, Bom dia...

- Bom dia chefe... o senhor Grady está te esperando as 11 para o almoço.

- Obrigada Tyna... - minutos depois a ruiva apareceu na sala dele. - Pensei que não queria almoçar comigo...

- Por que age como se eu não te amasse?

- Você não entenderia... - abaixou a cabeça.

- É claro que não te entendo. Não entendeu que eu te amo e você é a mulher da minha vida? Que nosso amor é para o resto da vida? Ainda sim, insiste em se afastar e se achar indigna do meu amor. E isso me entristece.

Ela não estava aguentando mais ficar longe dele. Precisava de Owen mais que tudo nesse mundo. Então se aproximou e o abraçou.

- Eu te faço sofrer, Owen...

- Só me faz quando faz isso comigo. - A abraçou.

- Me perdoa? - Afastou-se o suficiente para olhar em seus olhos. - Eu te amo, Owen e eu tive motivos para estar assim... mas agora me dou conta do quanto estou sendo idiota.

- Posso saber desses motivos?

A ruiva suspirou, sentou na cadeira dele e abriu seu e-mail no computador dele. Abriu o e-mail anônimo que tinha recebido com a foto. Na descrição estava escrito.

“Ele era mais feliz antes!”

A expressão de Owen, mudou totalmente para transtornado. Ficou mudo por um bom tempo, depois deu as costas pra ela. Aquela atitude dele, deixou ela sem saber o que fazer.

- Owen? Entende agora? - perguntou com certa cautela.

- Quem te mandou essa porcaria? Quem está fazendo essa brincadeira idiota?

Owen puxou a cadeira e foi checar a procedência do email.

- Você acha que eu já não tentei descobrir?

A verdade, era que Owen nem sabia da existência daquelas fotos, tinha se livrado de tudo há alguns anos. Aquilo o deixou completamente fora de si. Owen levantou e ligou para uma pessoa, do banheiro. Claire estava se sentindo ainda pior, então pegou sua bolsa e saiu da sala sem ele ver.

- Claire?

A única coisa que ficou, foi seu aroma. Ela estava em sua sala. Owen foi atrás da esposa.

- Amor... me desculpa por isso... Você deve estar super desconfortável... Me perdoa?

- Tudo bem... Não é culpa sua...- disse de costas. Estava de braços cruzados, olhava o parque pela grande janela de vidro.

- Liguei para o detetive e bloqueei o remetente que te mandava os emails. Mas já peguei todos os dados. Deve ser o palhaço do Justin, vou ligar para o pessoal responsável por ele.

- Por que acha que foi ele? Por que ele teria aquela foto?

- Não sei. Quem mais poderia ser? Quem mais tentou infernizar?

- Esqueceu da sua prima?

- Vamos descobrir em breve. Vamos almoçar e distrair um pouco?

- Estou sem fome... - disse ainda de costas.

- Te garanto que o Oliver está com fome.

Claire sorriu e virou para ele.

- Está bem, me convenceu. Então... vai ser Oliver?

- Se é importante para você, então é importante pra mim meu amor.

Claire estava muito feliz em ouvir aquilo.

- Vamos comer?

Owen levou ela para comer no mais caro, e pediu a mesa com vista para a praia e hotéis. Pediu um rodízio de massas para a refeição, incluindo as de baixa caloria para a esposa.

- De repente você está com fome?

- O Oliver está... - sorriu e suas bochechas coraram.

- Que desculpinha esfarrapada, estou vendo você salivando, baby.

Claire riu alto e assentiu.

- Inclusive está demorando...

Owen não pensou duas vezes e foi pedir para acelerarem tudo, e foi atendido. A mesa tinha todo quanto é tipo de massas e molhos diferentes. O loiro mimou Claire ao máximo, até deu na boca dela. nO que a deixou toda corada.

- Acho que pediu muita coisa... - bebeu um gole de seu suco.

- E você está comendo tudinho. Estou orgulhoso. - Disse depositando um beijo na barriga dela.

Naquele momento, ela sentiu seu corpo todo se arrepiar e Oliver mexer chutando a mão do pai.

- Nossa papai, tá falando oi? Que delícia. Meu bebezão mais lindo... - Deu outro beijo.

Algumas pessoas encaravam a cena.

- Acho melhor irmos... aqui não temos privacidade. - murmurou.

- E daí? Estão olhando por que nos acharam bonitos. - Voltou a comer, mal humorado.

- Não precisa ser ignorante. - voltou a comer em silêncio.

- Não fui... Me desculpa?

- Será que vai ser sempre assim? Não vamos conseguir ficar sem discutir? - disse desanimada.

- Mas Claire, não discutimos em momento algum! Eu não fiquei bravo com as pessoas nos bisbilhotando!

- Entendi, Owen...

Ele ficou encarando-a, sério.

- O que foi?

- Você está muito sensível.

- Será que é porque estou grávida?

- Está bonita também. Acho que vou mandar fazer um quadro seu...

Owen sempre conseguia desarma-la.

- Isso não é verdade. - disse toda envergonhada e colocando uma mecha atrás da orelha.

Owen tirou o telefone do bolso, tirou uma foto dela e a mostrou.

- Okay, já pode parar. Vamos embora... tenho muitas coisas para resolver.

- Claro.

Depois de passar o cartão, Owen dirigiu até o meio do mato e parou o carro.

Ela o encarou.

- O que está fazendo?

- Me livrando de você.

Owen já ia começar com suas brincadeiras sem graça. E Claire não gostou nada. Fez um bico de choro e começou a chorar.

- Poxa, eu não comecei... - Começou a rir e pegou ela no colo.

- Não tem graça... - disse soluçando.

- Teria sim, se você não tivesse chorado. O que acha que eu ia fazer com você? - Encheu a bochecha dela de beijos. - Não chora neném...

- Então não faz essas brincadeiras... - continuava chorando.

- Poxa amor, você não confia em mim?

- Não é isso... você sabe que não gosto dessas brincadeiras...

- Tudo bem. Olha, eu te trouxe aqui pra fazer outra coisa com você, e não era nada ruim... - Deu outro beijo e limpou as lágrimas.

- E o que era? - o encarou com os olhos úmidos.

- Te comer no banco de trás. Acho que esqueci dessa barriga... - Secou os olhos dela.

Claire sorriu.

- Definitivamente, não dá para fazer aqui no carro... vamos para casa...

- A Clarisse está lá tacando o terror na Zia...

- Verdade. - riu. - E o bangalô?

- Deve estar cheiro de pó e bichos...

- Bom... não sei então. Aqui não dá...

- Nem se eu deitar o banco?

- É desconfortável, baby... e a casa da praia?

- E se você ficar de pé e te pegar por trás? - Sugeriu beijando o pescoço dela até o discreto decote.

- Oh Owen... - deixou um gemido escapar. - Por que não quer ir para casa na praia? Olha o meu tamanho...

- Está bem... Vamos tentar.

Owen colocou ela cuidadosamente no banco do lado e dirigiu até a casa de praia. Quando ele entrou com ela, pode sentir o cheiro de lar, o lar deles. Era engraçado, cada canto da casa tinha um cheiro diferente para Owen, as vezes ele sentia o cheiro da Clarisse, outra vez da esposa. E raramente ele sentia o cheiro de sua colônia barata, esse Owen não gostava.

Como o dia estava mais fresco, Owen deixou as cortinas abertas com a vista para o mar, no quarto deles no segundo andar. Aquela vista era estratégica quando ele desenhou a planta da casa. Claire entrou no quarto e viu o marido admirando a vista para o mar. Ela sorriu, não sabia dizer o que era mais bonito naquele momento, Owen ou o mar. Até que observou por mais alguns segundos, e com toda certeza. Era Owen. Cuidadosamente, se aproximou e o abraçou por trás.

- Parece pensativo...

- Pareço? Eu estou. - Owen pegou a pequena mãozinha dela e beijou.

- E no que está pensando?

- Em você pelada.

Ela riu e ficou de frente para ele.

- Então vamos realizar esses pensamentos...

- Hm... então tira?

- Pode tirar... - sua voz saiu falha, tamanha a excitação.

- Tira pra mim, baby... - Pediu hipnotizado.

Lentamente, Claire desamarrou o laço do vestido, fazendo o tecido escorregar por seu corpo. Ficando apenas de calcinha azul rendada. E foi naquele momento que Owen perdeu a cabeça. Ele a envolveu pelo quadril, distribuindo beijos por todo o pescoço dela até no lóbulo da orelha, onde chupou.

- Estava sem sutiã?

- Estava sim... - murmurou deixando escapar um gemido junto.

- Vai ficar com eles doloridos, bebê. Eles estão muito pesados.

Owen deitou ela na cama e deu uma atenção especial para os dois seios dela, chupando, mordendo e lambendo. Aqueles gestos e toques dele, a estavam levando a loucura. Fazia semanas que eles não se tocavam e seu corpo e alma precisavam dele. Mais que tudo.

- Estava com tanta saudade... - deixou escapar, enquanto arfava de olhos fechados.

- Então eu quero te ver implorando.

Owen arrancou a calcinha da esposa e afundou três dedos na vagina dela.

Ela arqueou a coluna na hora, gemendo alto.

- Oh baby... por que gosta de me torturar?

- Não vai me dizer que não gosta? - Murmurou quase pausadamente enquanto seus dedos abriam espaço no interior dela, causando-a um formigamento nas pernas, que foi subindo pela barriga.

A ruiva respondeu com um gemido. Abriu os olhos o encarando, mas sem dizer uma palavras. Apenas desfrutava da sensação que ele lhe proporcionava.

- Já disse que você tem olhos lindos? Devo ter dito, mas nunca vou cansar de dizer...

Claire sorriu para ele e beijou a ponta de seu nariz.

- E eu não me canso de ouvir... - o trouxe para mais perto de si, lentamente começou a beijar seus lábios, explorando cada canto de sua boca.

Eles se beijarem tempo suficiente até Owen se encaixar nela, com força. Ela deixou um gemido alto escapar, não esperava por aquilo. Olhou nos olhos de Owen em aprovação.

- Ah, era bem isso que você queria, não era sua safadinha? - Questionou estocando com demasiada força.

Claire fechou os olhos por um segundo e voltou a fita-lo.

- E você, não queria?

- Eu sonhei com esse momento há dias...

- Mesmo? - arfou. - Então prova...

O ritmo acelerou a tal ponto que fez a cama balançar e bater na parede. O único som era da cama e dos sexos se deslizando na maior facilidade, em um encaixe perfeito. Owen só teve cuidado em não apertar a barriga dela, mas manteve a força desde o começo. Quando sentiu ela se adiantando, adquiriu um ritmo lento e torturante. Claire o encarou em reprovação.

- Não faz isso... me deixa gozar...

- Não prefere um orgasmo de te fazer desmaiar por horas? - Owen se ajeitou entre as pernas dela de modo que pudesse estimular o ponto G.

Claire respondeu com um grito de prazer. Owen estava a levando a loucura. Depois de semanas sem sexo, estava muito excitada. Aquele grito sem dúvidas acendeu o animal selvagem no marido, que intensificou a penetração a ponto de fazê-la praticamente berrar de prazer. Eles não tinham nenhuma inibição, estavam isolados de tudo e todos. O que era maravilhoso, já que a ruiva adorava gritar de prazer. Confirme Owen intensificava as investidas, Claire estava quase lá.

Owen segurou firme o quadril da ruiva, suspirando profundamente.

Um beijo. Tão molhado quanto eu estava naquele momento. Mais uma vez ele soltou o ar pela boca, próximo a sua clavícula e riu fraco, de forma ligeiramente descompensada, ao se dar conta de que ele gostava daquilo, da brutalidade em certos gestos.

- Goza pra mim. - Pediu em um sussurro antes de esconder o rosto em seu pescoço. - Goza pra mim antes que eu faça isso. - falou. Claire pôde sentir todo seu corpo tremer quando o marido se ajoelhou na cama, é de olhos fixos na intimidade dela, estocou o pênis precisamente no lugar certo. Várias vezes seguidas.

Aquilo foi o limite para a ruiva. Ouvi-lo implorar daquela forma enquanto faziam amor selvagemente, era muito erótico. Até que seu corpo todo queimou de dentro para fora e amoleceu sobre a cama, sentindo os espasmos a consumindo enquanto Owen ainda investia dentro dela. Mesmo depois de Owen enche-la de sêmen, ainda estocou por um bom tempo até cair ao lado dela, exausto. Claire ficou de olhos fechados por alguns minutos, ofegante e suada. Então os abriu encarando Owen. Ele tinha dormido rápido.  E aquilo fez Claire rir. Ele parecia relaxado e feliz e essa suposição a fez suspirar. Se aproximou dele depositando um beijo em seus lábios com cuidado. Depois puxou o edredom os cobrindo. Não queria dormir, queria velar o sono dele como não fazia há alguns dias.

O marido tinha caído em um sono tão profundo, que tão logo começar a sonhar. E não parecia ser um sonho nada amigável, pela expressão que Owen fazia. Claire então o abraçou e encheu seu rosto de beijos.

- Está tudo bem, amor... - sussurrou ao seu ouvido.

Ele acabou acordando,um pouco assustado e confuso.

- O que... O que? Cadê ela?

- Foi só um pesadelo, baby... não tem ninguém aqui. - o abraçou novamente, tentando acalma-lo. - Está tudo bem...

- Eu não aguento mais esse mesmo pesadelo... - Suspirou, deitando a cabeça entre os seios dela.

- Quer me contar? - beijou seus cabelos.

- Que você se machuca. Com o Oliver...

Ela o aconchegou ainda mais em seus braços.

- Isso não vai acontecer, amor...

- Não vai, dou minha vida por vocês.

- E eu por vocês, agora... pode dormir que estou aqui para te proteger...

- Acho que você precisa mais de proteção do que eu, amor... - Sorriu e a beijou, tratando-se com ela.

- O que acha de um proteger o outro?

- Está bem. Tenta descansar um pouquinho, ok?

- Eu só quero ficar assim com você... estava com tanta saudade.

- Então vai aguentar levar outra surra? - Owen não perdeu tempo e começou com a mão boba.

- Ainda pergunta? - sorriu aproveitando a sensação de seus toques.

- Uma pena você estar gravidinha... ia te comer tanto naquela varanda... - Disse mordiscando o pescoço dela.

- Uma pena mesmo... - murmurou. - Culpa sua...

- O que eu fiz?

- Me engravidou. - riu.

- Eu te forcei a abrir as pernas?

Claire revirou os olhos.

- Idiota.

- Hmm... sou mesmo.

Claire voltou a deitar e se espreguiçou.

- Precisamos ir...

- Mas eu quero transar de novo...

Claire sorriu e virou para o outro lado.

- Estou cansada...

Owen não falou nada, apenas a abraçou por trás, roçando a ereção evidente no bumbum dela.

- Hum... acho que temos alguém carente aqui...

- É que ele tem muito frio e queria se esquentar em um bumbumzinho de ruiva. - Disse no ouvido dela.

Claire riu até o momento que sentiu o bebezinho deles mexer.

- Aí... - murmurou colocando rapidamente a mão de Owen no local.

- Oi papai, aí dentro está apertado?

Owen começou a acalmar o filho, cantarolando uma música qualquer, todo palhaço. Oliver mexeu mais um pouco, ele parecia já reconhecer a voz do pai, igual como era com Clarisse. Claire sorriu e acariciou a mão a mão dele sobre sua barriga.

Os dois ficaram ali um bom tempo até anoitecer. Foi quando voltaram para casa e foram recebidos com beijos, abraços e músicas de Clarisse. Depois do jantar, o humor da criança mudou completamente e chorou alegando que queria brincar com o Oliver. Como um bom pai, Owen tentou acalmá-la.

- Filha, ele não pode sair agora. Ele tem que crescer mais um pouco.

- Mas já tá muito grande papai, a mamãe vai explodir! - Disse chorando.

- Ela não vai, meu amor. Falta bem pouco...

- Não, não falta papai, você fala isso todo dia!

Clarisse começou a engasgar com o choro e Owen a retirou da cadeirinha, a abraçando. Mesmo que quisesse explicar todo o ciclo de uma gravidez, ou espaço de tempo, para todos os efeitos Clarisse tinha apenas três anos.  Claire observava atentamente a cena, admirada com Owen. Quando se tratava da filha, ele era extremamente paciente e carinhoso. Foi então que ela teve uma ideia, pegou o calendário que ficava na mesinha e marcou o dia que estava previsto para Oliver nascer.

- Mostra para ela amor o dia, que vamos contar quanto tempo falta todo dia com ela...

- Aqui filha, olha só... - Clarisse continuou com o rosto enterrado no pescoço dele, chorando. - Quando se acalmar, eu te mostro, ok?

Owen olhou para a esposa cansado, sentindo uma terrível enxaqueca chegando. Claire entendeu a carinha dele e sentou, para que pudesse segurar Clarisse.

- Dá ela aqui amor...

Owen entregou ela sem pensar duas vezes. Claire a aconchegou no seu colo de mãe, a confortando com um abraço e beijos.

- Vai lá dormir... Eu cuido da nossa filhotinha... - falou para Owen, que parecia estar muito cansado.

- Não é hora de dormir, eu estou bem.

Owen ligou a TV no canal de esportes enquanto Clarisse inundava a roupa da mãe de lágrimas. Claire deixou que ela chorasse. Sabia que também era cansaço e sono, logo a pequena dormiria. Então ficou a ninando.

- Quer o mama de morando? - perguntou com um tom de voz calmo.

- Não... Eu quero o maninho... - Esboçou um biquinho manhoso.

Owen já tinha feito a mamadeira, então só entregou para Claire e Clarisse a colocou na boca, tomando tudo.

A garotinha manhosa acabou adormecendo vencida pelo cansaço. Claire sorriu e beijou seus cabelinhos.

- Ela está tão ansiosa quanto nós...

- Me viu chorando alguma vez para parir o Oliver? – Gracejou o marido.

Aquilo fez Claire revirar os olhos.

- Leva ela para cama, por favor...

Owen pegou a filha e levou para a cama, todo cuidadoso. Depois voltou para o sofá e a agarrou, enchendo-a de beijos.

- Minha bolotinha... e essa carinha?

- Estou preocupada... - respondeu encolhendo-se em seus braços.

- Com o que? - Perguntou todo atencioso, ainda beijando todo o rosto dela.

- Com o parto... Se acontecer alguma coisa, Owen... - suspirou angustiada. - Sei que vai cuidar muito bem dos nossos filhos...

- Claire, eu vou te pedir numa boa. Não fala isso de novo.

Ela se afastou dele e levantou.

- Como quiser... - foi para quarto.

Owen deixou para lá e tentou se concentrar na TV. Odiava como Claire dava essa ideia de viver sem ela. Ele se sentiu sufocado e foi tomar um ar na varanda. Claire apareceu trocada e com sua bolsa.

- Já volto, Grady...vou ali no mercado.

- Fazer o que?

- Vou procurar alguém que queria escutar o que tenho para falar...

- Está de brincadeira com a minha cara, Claire Dearing Grady? - Rosnou.

Ela balançou a cabeça.

- Tchau, Grady. - pegou a chave e saiu batendo a porta.

Owen trouxe ela para dentro e trancou a porta na maior facilidade.

- Você não vai.

- Qual é o seu problema? - começou a chorar.

- Pode falar comigo. Mas não começa a querer pegar a bolsa e sair, achando que é o certo.

Owen já esperava aquela reação, então levou ela para cama no colo e tirou os sapatos dela.

- Estou te ouvindo.

- Não quero falar... - disse soluçando, passando a mão nos olhos. - Você fica brigando comigo...

- Você prestou atenção no que falou, Claire?

- Okay, Owen. Não falo mais nada.

- Você parece que espera morrer.

Ela deitou e virou para o outro lado.

Owen bateu no bumbum dela. - Já que é assim, vou entrar na suas ideias. Tudo bem, eu prometo arrumar uma boa madrasta para Clarisse e o Oliver. - Disse olhando ela de canto.

A falta de compreensão dele a magoou. Ela deu de ombros e não respondeu. Owen insistiu.

- Vamos tomar um banho gostoso?

- Chama a madrasta dos meus filhos... - murmurou. - Me deixa sozinha, Owen.

O marido inevitavelmente caiu na gargalhada.

- Sério mesmo, amor? Vai ficar assim também pelo que eu disse? Então não é justo eu ficar bravo com a sua maldita possibilidade alternativa de me deixar sozinho no mundo com as nossas crianças?

- É uma grande possibilidade devido o acontecimento passado, Owen... - disse ainda de costas para ele, sua voz saiu trêmula.

- O médico disse que está tudo ok, não tem que sentir medo. Mas se acha que não consegue fazer o parto normal, eu ligo agora para o médico e peço pra ele mudar.

Pegou o telefone, deu a volta e sentou perto dela.

- Com a gestação da Clarisse também estava “tudo ok” e olha o que aconteceu! Eu quero que seja parto normal.

- Tem certeza?

- Sim! O que tiver que acontecer, vai acontecer...

Owen fechou a cara.

- Vai dar tudo certo.

- Já sabe, o bebê é a prioridade. - o encarou.

- Não coloque como se fosse uma escolha.

- Se precisar escolher na hora, escolha sempre ele! É a minha decisão, Owen.

- Eu vou escolher vocês dois.

Claire fechou os olhos soltando um longo suspiro. Como o clima já estava pesado demais, Owen não suportou e foi ver TV na sala. Depois que ele saiu, Claire chorou tanto que acabou adormecendo.

*

Na manhã seguinte, Claire acordou com o café da manhã na cama e um envelope com duas passagens. A ruiva sorriu, sentindo seu rosto inchado. Comeu um pouco de cada do que estava na bandeja e foi atrás do marido com as passagens na mão, o encontrando na cozinha.

- Bom dia...

- Bom dia bebê.

- O que é isso? - mostrou as passagens.

- Nossa viagem de lua de mel.

- O que? - parecia confusa.

- Só quis te fazer uma surpresa. Está pensando muita bobagem ultimamente e a gente só briga. Achei que seria bom para nós.

O rosto de Claire se iluminou com um lindo sorriso.

- Acho que será bom...

- É? Então me dá um beijo e um abraço.

Ela se aproximou dele juntando seus corpos, e o deu um longo e molhado beijo.

- É sim... - respondeu com os lábios ainda próximos aos dele.

- Você dormiu sem tomar banho, porquinha?

Ela riu.

- Sim...

- Não acredito. Vamos agora mesmo. - Owen carregou ela para o banho e fez a banheira com bastante espuma e colocou ela lá dentro.

- Entra também... - o encarou com o olhar pidão.

- Para que?

- Ué, tenho que dar um motivo?

Owen arrancou a roupa e entrou junto com ela. Foi logo pra cima da ruiva a beijando como um louco apaixonado. Claire sorriu entre seus lábios e retribuiu na mesma intensidade. Então subiu e seu colo aprofundando o beijo.

- Você é a mulher mais gostosa desse mundo inteiro, tenho certeza...

 - Acha mesmo?

- Eu disse que tenho certeza.

- Uhm... - fez com a garganta.

- O que foi? - Passou espuma na cara dela, implicando.

- Grady. - reclamou como de costume e segurou o rosto dele com as duas mãos, olhando dentro de seus olhos verdes. - Eu te amo tanto...

- Eu te amo tanto que jamais suportaria a ideia de te perder um dia. - Murmurou com a dor evidente em seus olhos.

- Eu sei meu amor... - sentiu um aperto no coração e o deu um selinho demorado. - Por isso, vamos aproveitar o hoje... cada minuto juntos e essa viagem...

Owen esticou o dedo no mindinho.

- Vamos prometer. Sem conversinhas fiadas, sem bico, e cara feia para o marido, sem bater o pé e teimosias...

Claire acabou rindo e juntou seu dedo mindinho com o dele.

- Eu prometo... - suspirou sem desviar o olhar do dele. - Te amo...

Owen deu vários selinhos nela.

- Eu que te amo, ruivinha.

- Uhm... então vamos fazer amor...

- Estamos fazendo agora... - Owen enfiou a mão entre as pernas dela.

Mas ela segurou.

- Não... não é assim que eu quero...

- Você quer por trás hoje?

- Claro que não. - riu. - Eu quero fazer amor, lentamente... sem provocações. Apenas nossos lábios e corpos unidos...

- Sem preliminares?

- Qual parte você não entendeu, Grady?

- Eu entendi, baby.

Owen levou a ruivinha estressada para cama e fez como ela pediu. Apesar de estar gostando, se preocupava o tempo todo se estava machucando ela. Claire se contorcia e gemia entre seus lábios. Seria perfeito fazer aquele momento durar para sempre. Era o encaixe não só de dois corpos, mas também de almas gêmeas que sempre estiveram destinadas a estarem juntos. Por mais que os movimentos fossem lentos, eram extremamente precisos, causando uma sensação maravilhosa em seus corpos.

Seus sons desconexos aumentavam ainda mais a atmosfera de amor entre eles, o coração acelerava, a respiração era irregular, as mãos buscavam decorar o corpo do outro, os beijos eram a sua salvação, pele contra pele, juntos. Suas mãos apertaram os quadris dela e Claire se arqueou mais se aproximando. Ele rosnou novamente, seus lábios abertos, seus dentes prenderam seu ombro enquanto que seus quadris se juntaram e ele empurrou. Duramente. De uma só vez. Lançando o pênis bem no fundo dentro dela, enquanto o nome dele se tornava um grito de prazer tão doloroso que por um segundo, um momento ela viu tudo preto. E ainda, a ruiva não o tinha inteiro dentro dela. Owen recuou, movimentando-se para frente e para trás dentro dela devagar dessa vez. Ele pressionou seu pênis com força outra vez, duramente e profundamente. Owen enterrou todo o comprimento de seu pênis dentro dela e queimando-a com a fúria de seu desejo por ela, com uma fúria desesperada. O empalamento do ferro duro dentro dela ameaçou roubar sua mente enquanto sentia os delicados músculos internos de sua vagina se contraindo, em espasmos palpitantes apertando o pênis dele enquanto a fodia tão apertada.

Claire gritou mais uma vez e arranhou com a mesma força, as costas dele. O que provavelmente, arderia bastante em breve. Mais alguns minutos se estenderam e Claire acabou chegando ao seu ápice, aproveitando para beijar mais uma vez os lábios do marido. Cada estocada o levou mais alto, lançou-o mais além no redemoinho de sensações. Owen jurou que tinha esquecido como respirar. Respirar não importava. Quando eles acabassem, ele respiraria por ela. Ou ele morreria de falta de ar porque ela precisava de toda sua força por isto. Claire ia ao encontro de cada estocada, se mantendo apertada contra ele, sentindo os quadris dele se movimentando selvagemente, o pênis comendo ela, seus músculos apertando contra ela.

A ruiva sentia que voava nos braços dele. Era isso que Owen a fazia sentir. Ela voou nos braços dele e gritou ou tentou gritar de prazer que o orgasmo produziu nela. Era selvagem e pulsando. Estava preenchida com a sensação de queimar, correndo pelos nervos dela partindo-a em pedacinhos. Era a sensação final da estocada final dele, o jato pesado do sêmen quente dele, o rosnado no ombro dela e depois sentiu seus lábios cobrindo os seus enquanto os quadris dele se movimentavam mais rápido e profundamente, bombeando selvagemente, fodendo num vai vem brutalmente selvagem entre as coxas dela.

Claire gritava tanto. Acabou se esquecendo de um importante detalhe. A filha ainda dormia, ou pelo menos deveria estar dormindo. Foi quando eles ouviram pequenas batidas na porta. A ruiva encarou Owen imediatamente, colocando a mãe sobre a boca.

- Argh... olha só... Temos visita. - Owen disse pausadamente pela falta de ar, estocou fundo outra vez e levantou.

Claire suspirou e se apressou em colocar sua camisola. Então ouviram mais batidinhas.

- Mamãe, papai. É a Clarisse...

- Papai já vai...

 

Owen agradeceu a si mesmo por ter trancado a porta, ou a pequena se traumatizaria com a cena que iria se deparar. Ele arrumou uma roupa qualquer, lavou o rosto e abriu a porta. Clarisse estava sentadinha no chão, com o cabelo todo pra cima. Owen pegou a filha com o maior dengo do mundo.

- Bom dia princesinha... - A beijou.

Claire saiu do banheiro e foi até eles, beijando várias vezes a bochecha da filha que sorria.

- Bom dia, meu amorzinho...

- Mamãe tava gritando? - perguntou com os olhinhos curiosos.

Claire arregalou os olhos e encarou Owen, sem saber o que responder.

- É que tinha um rato no quarto, eu tentei matar mas ele corria muito. E a mamãe tem muito medo. - Owen disse com uma naturalidade incomum, parecia que estava com a resposta na ponta da língua o tempo todo.

Clarisse arregalou os olhinhos para a história do pai, a mãe começou a rir.

- E você pegou ele, papai?

- Peguei, joguei fora...

- Ah queria ver ele, papai... - fez um biquinho.

- Não vai querer ver, ele é feio e gosmento.

- Era mesmo, princesa...Clarisse se encolheu no colo do pai.

- Quero mama de morangos...

- É dengo? Papai já fez.

Owen levou Clarisse para a cozinha e deu o café da manhã para ela. Foi nesse momento que Claire recebeu uma chamada no telefone. Ela pegou o aparelho já atendendo.

- Alô...

Aquela respiração outra vez. Fazia alguns meses que Claire não recebia aquele tipo de chamada. O número era desconhecido e parecia anônimo, a pessoa do outro lado da linha não falava nada e só respirava pesadamente, fazendo um ruído incômodo. Ao que indicava, era a mesma pessoa de sempre.  Claire desligou imediatamente a ligação, aquelas chamadas a estavam deixando perturbada. Lembrava da época que recebia chamadas parecidas de Justin.

Logo ela ouviu gargalhadas da Clarisse. Quando chegou, encontrou a cena inusitada do marido com uma máscara de macaco pulando envolta da mesa. A ruiva riu e sentou-se para observar a cena dos dois se divertindo. A farra durou por muito tempo, Owen acabou se cansado de imitar um primata e usou Clarisse de aviãozinho. Deram uma volta pela casa toda e voltaram para a cozinha. Claire estava concentrada mexendo em seu celular.

- Amor, sua panqueca vai esfriar...

- Oh... me desculpe. - voltou a encarar o prato. Estava preocupada com aquelas ligações.

- Quer que eu te dou? - Se ofereceu, notando a carinha cabisbaixa.

Ela deu um sorriso discreto e assentiu.

- Quero sim...

Owen beslicou uns pedacinhos com o garfo e dava na boca dela. Deu até o suco com um canudinho da Clarisse.

A pequena observou a cena curiosa, nunca tinha visto a mãe receber a comida do pai, igual ele estava fazendo.

- A mamãe tá dodói?

- Está. Ela está com dengo.

- O que é dengo, papai? - a mãe começou a rir.

- Quando a mamãe fica muito manhosa e precisa de atenção e cuidado do papai.

- Então eu também tenho dengo?

- Tem sim papai. – Respondeu babão.

Claire ainda ria.

- Bom... agora eu preciso ir trabalhar...

- Não comeu a fruta... - Disse já enfiando na boca dela.

- Vai me engasgar assim, baby... - riu afastando a mão dele. - Estou satisfeita e preciso ir...

- Vou te deixar lá. Mas sem saltos hoje por favor.

- Não me pede isso... por favor...

- Vai machucar seus pés. Amor, você tá pesada. Por favor. - Beijou o nariz dela.

- Está me chamando de gorda? - o encarou com os olhos cerrados.

- Não, mas está carregando uma criança na barriga e ela cresce todos os dias.

- Oh Owen... - levantou desconfortável com aquilo. - Eu vou me arrumar...

- Vou te esperar.

Owen vestiu Clarisse com o uniforme da escola e penteou seus cabelinhos, fazendo um rabinho de cavalo adorável. Claire apareceu logo em seguida toda arrumada,e sim, estava de salto alto.

- Vamos...

Owen olhou de uma forma dura para ela.

- Não me olhe assim amor... - se aproximou. - Olha só, a princesa da mamãe está tão linda...

O marido não falou mais nada, deixou ela na porta do centro de controle antes de deixar Clarisse na escola.

- Tchau mamãe! - Esticou a mãozinha dando tchau.

Claire segurou a mãozinha e deu um beijo pela janela.

- Tchau meu amorzinho, até mais tarde. - olhou para o marido. - Pode passar depois aqui? Precisamos conversar... - era nítido que algo a preocupava.

- Certo.

Limitou-se a dizer e partiu.

 


Notas Finais


Hahaha, até a próxima ! Bjos


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