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História Age of Heroes (Histórias dos Fundadores) - A Mãe dos Dragões


Escrita por: Flavia_100

Notas do Autor


Último capítulo!

Capítulo 10 - A Mãe dos Dragões


Fanfic / Fanfiction Age of Heroes (Histórias dos Fundadores) - A Mãe dos Dragões

Na cidade milenar de Asshai, lendas antigas versam sobre um povo desconhecido que viveu nas terras das Sombras, localizadas em áreas montanhosas ao extremo leste de Essos. Este é um povo tão antigo que seu nome desapareceu dos anais da história, assim como a maior parte de seus registros, exceto por alguns contos nos quais é representado como o primeiro a domesticar dragões. Tradições populares de Asshai dizem que foi este mesmo grupo de pessoas que ensinou os valirianos a domar as poderosas criaturas dracônicas.

Em Qarth as lendas dizem que os dragões nasceram dos fragmentos de uma segunda lua, que ao se aproximar muito do sol, fez-se em pedaços, dos quais os primeiros ovos de dragões surgiram. Os próprios valirianos refutavam as duas histórias, afirmando que seus ancestrais tinham descoberto os primeiros ovos de dragões nas Quatorzes Chamas e que estes seres eram na verdade filhos dos vulcões. Porém, talvez exista algo mais nesta história além do que nós conhecemos. Algo que pode estar relacionado com os magos de sangue.

Dragões, Wyrms e Wyverns: Sua História Não Natural, por Septão Barth.

 

No dia do Batismo de Fogo, sábios de Asshai se encontraram fenda do Vale das Sombras, com o sol sobre suas cabeças. O vale era tão estreito que era sempre tomado pela escuridão, exceto ao meio-dia, a única hora em que luz e trevas pareciam se fundir no mesmo lugar. Os sacerdotes dos deuses ancestrais (ainda mais antigos que os deuses dos Primeiros Homens de Westeros) formaram um círculo em volta de uma fogueira ainda por ser acesa.

Homens e mulheres voluntários eram amarrados em postes de madeira com a palha sob seus pés. Ao lado de cada um deles era colocado um ovo de Wyvern, animais répteis nativos das terras de Sothoryos. Diversos rituais e sacrifícios eram realizados enquanto o sol ainda se fazia presente. Animais eram abatidos, tendo seus corações amarrados junto aos ovos, sangue dos sacerdotes eram derramados na palha a ser queimada, e preces eram proferidas.

Quando o fogo enfim era ateado, o grito dos queimadores eram agoniantes, ecoando pelo vale de forma ensurdecedora, porém os que assistiam não se deixavam comover. E após o incêndio chegar ao fim, daqueles ovos queimados surgiam bestas monstruosas capazes de fazer congelar o sangue até dos mais bravos guerreiros.

Lendas de Asshai.

 

Há milhares de anos, quando Westeros vivia a sua Era dos Heróis, um povo nômade e pastoril habitava a Península dos Vulcões, exercendo poucas atividades além do pastoreio. Inicialmente este era um povo pacífico, no entanto houve uma mudança drástica de comportamento quando, certo dia, um grupo de cinco viajantes assentou acampamento na região das Quatorzes Chamas.

— Podemos ficar aqui esta noite — disse o viajante mais velho —, é maior planície que encontraremos.

— Não seja tolo, Aurion — retrucou um de deus companheiros de viagem —, não existem planícies em cima de montanhas. Isso aqui é um planalto.

— Você também está errado, Alerys — interveio outro. — Nós estamos em um vale.

— Mas vales não se formam no topo de montanhas — acrescentou outro. — Isso aqui é uma caverna sem teto.

 O local escolhido para acampar era um terreno plano, em uma grande altitude rochosa, rodeado por outras rochas elevadas, com irregularidades no terreno que tornavam difícil um consenso entre os viajantes sobre qual a melhor palavra para defini-lo.

— Vocês todos estão errados — disse a única mulher do grupo —, mas você principalmente, Haeron, cavernas sem teto não existem.

O home chamado Haeron balbuciou alguns resmungos, mas foi interferido por Aurion, que perguntou:

— Onde está Syhanys afinal?

— Explorando algumas crateras mais ali embaixo — respondeu Alerys. — Vocês sabem que ele é curioso.

— Aquele execrado! — rosnou Haeron —, sempre fugindo do trabalho.

Sem o quinto integrante, o grupo armou as barracas e ascendeu algumas fogueiras. Foi só quando o trabalho estava finalizando que Syhanys retornou, ofegante por carregar três ovos enormes, maiores que ovos de avestruzes.

— Pessoal, olhem isso! — ele disse com empolgação. — Encontrei o nosso jantar.

— Pelo menos isso — disse Alerys. — Eu já estava cansado de comer a carne defumada que estamos carregando.

— Que tipo de animal botaria um ovo desse? — perguntou Aurion.

— Não importa — Haeron interveio. — O importante é comermos.

Os pastores se alegraram com a nova refeição e tentaram quebrar os ovos para fritá-los, porém a suas cascas se mostraram tão duras que esta tarefa se fez impossível.

— Porcaria de ovos! — bradou um Haeron enfurecido. Frustrado e com raiva, ele atirou os ovos na fogueira e voltou sua atenção para a carne defumada, com os outros seguiram o seu exemplo. Ao final da refeição, escolheram a ordem da vigília e adormeceram.

Na manhã seguinte, os que estavam dormindo foram acordados com os gritos de Alerys, o último a ficar de vigília.

— POR TODOS OS DEUSES! — Alerys gritava quase sem pausa entre uma palavra e outra. — OS DEMÔNIOS VIERAM NOS ATORMENTAR.

Irritado, Haeron esfregou os olhos, disposto a xingar seu companheiro pelos nomes mais feios possíveis.

— Do que você está falando, seu... — Quando sua visão se tornou mais clara, ele pôde ver três estranhos filhotes pisando sobre as cinzas da fogueira. — PELA MINHA MÃE, QUE CRIATURAS SÃO ESSAS?

— Acalmem-se! — Aurion interferiu. — Eu nunca vi estas coisas, mas não devem ser ofensivas.

Um dos filhotes abriu a boca e de seu hálito saiu uma chama capaz de aquecer o ambiente naquela fria manhã no topo de montanhas. Aurion foi o primeiro a se levantar e correr para longe das criaturas. Haeron, Alerys e Syhanys fizeram o mesmo logo em seguida. Apenas a mulher do grupo permaneceu próxima à fogueira, observando admirada aqueles animais cuspidores de fogo com aparência de lagarto.

Os três filhotes de dragões abriram suas bocas assim que a mulher se aproximou deles, mas ela estendeu suas mãos na direção deles, como se tentasse apaziguá-los.

— Tudo bem, eu não vou machucá-los.

Como se tivessem entendido, os filhotes fecharam as bocas, porém continuaram fitando-a com uma visível desconfiança em seus olhos répteis.

— Está tudo bem, podem confiar em mim, não farei mal a vocês.

Arriscando uma aproximação mais ousada, ela tocou as escamas de cada um deles, fazendo-os ficarem menos agressivos. O afago recebido fez com que os dragões se tornasse cada vez mais dóceis, ao ponto de um deles até mesmo deitar-se sobre o colo da humana.

— O meu nome é Valyria — ela se apresentou — e eu irei cuidar de vocês.


Notas Finais


É isso aí, minha gente, infelizmente esta fic chegou ao fim, a menos que eu tenha ideia (e vontade) para escrever sobre os ancestrais e fundadores de casas menores, ou quem sabe de algo ambientado em Essos (Banco de Ferro talvez?).
Seja como for eu agradeço a todos que leram esta fic e principalmente aos que me presentearam com seus comentários <3

Fiquem bem e até a próxima!


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