1. Spirit Fanfics >
  2. Água em minhas veias, veneno em minha alma. >
  3. Massacre nas colinas

História Água em minhas veias, veneno em minha alma. - Massacre nas colinas


Escrita por: Mienai_Yu

Notas do Autor


Oioi, último capítulo da semana, sinto muito não estar postando mais em horários tão certinhos mas eu entrei de férias então normalmente eu durmo demais, desculpa kskksks

Capítulo 36 - Massacre nas colinas


A reunião durou pouco, o plano deixou muitos líderes de seitas menores hesitantes, tudo dependia da força dos dois parceiros, aqueles que não entendiam o poder das criaturas dentro deles ficaram assustados. Como duas pessoas tinham tanto poder e eles nem tinham noção disso?

Xichen lidou rapidamente com eles usando algumas palavras doces que eram a sua especialidade. Com todos concordando por uma última vez, revisão de números de soldados e mantimentos sendo feita, os nervos de todos estavam à mostra, todos em seu limite enquanto marchavam em direção no que seria a primeira batalha decisiva entre vida e morte, a primeira grande luta que definiria o resto da guerra. Que os deuses protegessem todos.

Chegando no topo da colina, os dois parceiros se voltam para suas segundas formas vestindo as armaduras que Meishan mandou fazer. 

Eles ficaram assim no momento que o destino se aproximou, sua aparência assustando aqueles que nunca os tinham visto, principalmente por estarem em modos hostis, que alteraram consideravelmente suas aparências para algo mais intimidador.

Xichen tinha suas asas de couro, não mais claras, mas de pontas em azul escuro, com o que pareciam ser garras saindo das pontas, semi-abertas, as garras eram brancas como jade, seus caninos afiados se mostrando toda vez que abria a boca pintando uma imagem assustadora acompanhada de seus olhos dourados em fendas e as escamas que cobriam grande parte de seu corpo.

Sua armadura era feita como as outras, porém suas asas estavam recobertas por seda de aranha estígia, o resto do corpo estava coberto pelas escamas protetoras, então os ferreiros não se deram o trabalho de colocar também. 

Seu companheiro era exatamente o contrário, suas escamas protegiam apenas seu rosto e pescoço, diferente das armaduras comuns era uma veste justa, feita inteiramente da seda impenetrável. Suas garras negras arroxeadas eram protegidas por luvas de metais que pareciam se fundir aos chicotes, prateadas e mortais por si só, assustadoras quando colocadas em garras grandes o suficiente para atravessar o pescoço de um homem adulto sem esforço. Seus dentes todos ligeiramente afiados, davam ainda mais destaque as presas que de vez em quando soltava gotículas de veneno negro como a noite. Marcas que pareciam tinta se espalharam por seu corpo, pareciam matrizes e feitiços, armas secretas passadas por seus ancestrais, um labirinto que tornava seu próprio corpo uma arma perigosa para qualquer inimigo que ousasse tentar tocá-lo.

Os dois eram exércitos por si mesmos, belos e mortais, o poder de suas presenças sendo o suficiente para deixar os cultivadores mais fracos incomodados quando ficavam por perto durante muito tempo.

 

Os dois começaram a andar na frente do exército, junto deles estavam Nie Mingjue e Jin Zixuan com seus segundos no comando (MianMian substituindo Zixun que se recusou a participar da batalha, um covarde se assumindo).

Um mar de vermelho e branco se estendia no horizonte, milhares de homens, soldados, inimigos. Marchavam em direção de Qinghe, com o mesmo objetivo deles, ganhar, seja honra, mérito, dinheiro, poder, todos eles estavam ali pela mesma coisa e lutando pelo que pensavam ser certo. Patético, mas agora que começou apenas um grupo sairia vivo daquilo, a violência só poderia ser exterminada, não impedida, não na escala que aconteceu, não quando a alma dos injustiçados gritavam por sangue em suas costas todas as noites, pedindo, exigindo, um pagamento de sangue que estava prestes a começar.

-Zewu-Jun, Sandu Shengshou. Vocês tem certeza que não querem mais nenhuma arma? Vocês são nossa principal estratégia, tem que abater pelo menos mil homens cada, ter tão poucos protetores é realmente uma boa ideia?

Um líder de seita menor apareceu e perguntou, um grupo deles estava esperando a resposta, a presença do líder Yao entre as pessoas dizia o suficiente sobre o que eles queriam.

Internamente Wanyin estava por um fio, nem mesmo nas portas da morte essas pessoas nojentas não paravam de fofocar? Ridículo.

Talvez, talvez uma pequena lição não fizesse mal, afinal, já era hora de agir.

Seu parceiro, vendo seu olhar malicioso, sorriu e estendeu a mão, eles iriam voar até lá embaixo, então matariam quantos homens pudessem antes de bater em retirada.

Suas víboras acenaram, tudo pronto. Eles foram para a beira do penhasco. Um sinal luminoso apareceu no céu, os símbolos de Jiang e Lan brilhando fortemente, seguidos de Nie e Meishan, e finalmente nas seitas pequenas que os estavam ajudando. Uma fila clara para mostrar quem tinha mais poder ali.

-Entenda líder da seita, não se precisa de armas ao nascer uma arma.

Não falando mais nada se jogou do penhasco, cinco flechas, embutidas de poder espiritual, foram lançadas ao ar por ele enquanto caia, ele soltou o arco antes de cair nos braços de Xichen na metade do caminho, todas acertaram alvos, explodindo e trazendo caos. 

Wanyin foi solto, caiu, pisando diretamente na garganta do general daquele exército e o matando, Sandu saiu da bainha, três homens eram carniça antes dele sentir o impacto da queda em seus ossos.

Liebing podia ser ouvida do alto, a flauta invocava músicas do livro da turbulência, o acorde assassino também podia ser distinguido, homens eram cortados e esmagados com o poder da música mortal. 

A serpente cercada de inimigos deu vida a seus chicotes, duas serpentes, gigantes o suficiente para estremecer a terra, rugiam e levantavam suas cabeças como se fossem capazes de engolir os céus se quisessem, as únicas diferenças eram os olhos Zidian em roxo enquanto devorador de pecados era em azul profundo. As armas por conta própria avançavam, homens eram esmagados, fosse pelo peso ou pelas bocas famintas. Espadas voavam mas nenhuma ultrapassa a pele de metal das criaturas. 

Sandu assobiava, coberto de sangue enquanto protegia as costas de seu mestre, que usava as garras para matar os soldados inimigos, cuspindo veneno e dissolvendo seus rostos, gargantas.

Rugindo eles se encontraram no meio do campo de batalha, ambos repletos de vermelho escorregadio, as asas de Xichen manchadas de sangue que não era dele e as pontas afiadas de suas asas pingando, os arqueiros Wens escondidos estavam todos mortos então.

Sangue corria como as águas de Yunmeng naquele lugar, abundante, imparável, uma cena grotescamente poderosa quando apenas duas pessoas conseguiam fazer aquilo.

A metade restante do povo de Qishan  gritava e chorava, medo, ódio e o desejo de sobreviver gritando em suas almas, tentavam recuar.

Uma barreira subiu aos céus, ela impediria qualquer um ali de sair, nenhum deles sobreviveria, não se dependessem das pessoas que passaram pelo mesmo que eles por suas mãos.

Sorrindo ele tirou Sandu do ar, segurando a lâmina e se virando para seus inimigos. Eles eram homens mortos andando, por enquanto.

Até agora as tropas deles não precisaram se mover, eles exterminaram todos nas partes baixas sem nenhum ferimento grave, agora faltavam cerca de cem pessoas, já em um estado tão desesperado que nem imploravam por misericórdia, brandindo suas espadas cegamente, em um último esforço para sobreviver, inútil.

Zidian e Devorador de pecados diminuíram de tamanho, voltando para suas mãos e sendo usados novamente como chicotes, balançando-os Wanyin nem precisou usar suas garras, ninguém chegou perto o suficiente para isso. Shuoyue suja escorria sangue que cai na poça aos pés de seu dono, um homem com a garganta cortada estava ao seu lado, a nascente daquele pequeno rio de aflições.

-A-Huan, está machucado?

O mais novo se aproximou, além de alguma feridas superficiais, pequenos cortes, sem veneno pelo que podia ver, Xichen estava muito bem, muito pouco do sangue que o cobria era seu.

-Eu estou bem A-Cheng, e você? A sua bochecha.

-Está bem, não é nada demais, só preciso lavar.

Ela estava com um corte que sangrava levemente, um arqueiro o pegou de surpresa, fora isso ele estava em um estado semelhante ao Lan que agora tocava a metade não ferida de seu rosto, passando a mão na maçã de seu rosto que tinha um traço de sangue, esperava limpá-lo mas só o manchou mais, suas mãos estavam repletas de sangue, os dois estavam.

-Vamos subir, acho que os outros ficaram um pouco assustados com o nosso desempenho.

-Sim…

O dragão pegou seu parceiro e ergueu-se aos céus, as asas potentes os afastava da floresta de cadáveres que aquela vala se tornou.

Ao chegar onde seu exército estava eles posaram na frente de Nie Mingjue, os olhos do general estavam mais abertos que o normal, choque, orgulho e respeito brilhando neles, os outros, que não os conheciam muito bem, se afastaram com medo de olhar para as criaturas à sua frente, eram a imagem de demônios, com as mãos e asas, bocas repletos de sangue de seus inimigos, eram um casal deuses do submundo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, tem teorias de como tudo vai fluir?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...