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História Ainda Sou Eu - (Jeon Jungkook - BTS) - Operação Mapo


Escrita por: TheQueenOfBlood

Notas do Autor


Demorei, mas voltei! Peço-lhes perdão mais uma vez... Ocorreu alguns probleminhas e não tive como vir atualizar. Como presente da ausência, o capítulo de hoje está um pouco grandinho.
Boa leitura!❤️

Capítulo 2 - Operação Mapo


Fanfic / Fanfiction Ainda Sou Eu - (Jeon Jungkook - BTS) - Operação Mapo

Estive acordada antes mesmo do sol raiar, ouvindo a minha própria voz ecoando por todos os lugares de minha mente. O meu peito parecia ser comprimido por uma angústia desconhecida, obviamente, eu não sabia o motivo, não naquele momento.

 O meu sangue deve correr frio agora e eu estaria mentindo se dissesse que não soltei um sorriso.

— Jeon Jungkook… — Fitei o seu rosto sério, mas logo em seguida um sorriso gentil surgiu em seus lábios ao me olh

— Como você está? — Estendeu a mão para mim. Mãos gélidas. Sorrio de lado para ele, respondendo sua pergunta de uma forma ligeira e automática, fazendo assim as apresentações.

— Jae, este é Jeon Jungkook, o homem que aguardávamos.... — Palavras amargas em minha boca.

— Prazer, senhor Jeon — Esticou a mão educadamente, mas o seu cumprimento pareceu falso, palavras articuladas. E vendo a patética tentativa de demonstrar simpatia, Jeon apenas analisou por alguns segundos abaixando a cabeça, mas não tocará a mão de Jae.

— Prazer, Jae… — Percorre o olhar até os meus — Podemos entrar? Creio que temos muitos assuntos a serem debatidos.

O avaliei por alguns instantes, ele aparentava está mais bonito que a última vez, seus cabelos eram um contraste de castanho chocolate com preto. Ele agora tinha os seus vinte e sete anos — estava forte como um touro. Feições de um homem sério, totalmente diferente do dia em que partiu.

— JEON! — o grito alto de Park Jimin ecoou pelo campo, me virei em um rápido reflexo — Ah! Meu velho amigo, que bom ver você! E em bom estado! Ele acertou Jeon no peito com um leve soco, fazendo-o sorrir.

— Igualmente — um abraço apertado, capaz de trazer lembranças quentes em meu ser. O moreno prostrou a me encarar, e pareceu olhar triste.

Jimin deu passos para trás, parando ao lado de seu instrutor. Quando me aproximei dele, Jungkook passou por mim com as mãos atrás das costas, seu jeans apertado sempre combinou com seu físico, a camisa preta simples deixava seus braços fortes em exibição. É estranho voltar a seguir seus passos, estranho vê-lo depois de três anos e não ter respostas para milhares de perguntas. Seu olhar expandiu o espaço por onde ele caminhava.

Os cães estavam soltos, farejando por onde passavam. A maioria não tinha raça definida, mas todos eram grandes, treinados para atacar qualquer um que mostrasse uma ameaça a eles. Meu querido Kim Seokjin, foi mordido várias vezes por nosso velho Luke, um Rottweiler de oito anos.

Caminhamos até a porta que dava acesso ao interior da casa, permanecemos em silêncio. Subimos lentamente as escadas para o escritório, seria uma reunião estressante, por isso não queria chegar nem tão cedo no escritório. Jeon abriu a porta e liberou minha entrada. A porta rangeu quando ao ser encostada abri e, quando me sentei na cadeira, Jeon se acomodou na poltrona bege perto da mesa.

— Andei me informando de alguns acontecimentos… Quanto nos resta? — pôs as mãos nas pernas cruzadas. — Também quero saber das armas.

Jeon Jeongguk, o controle por aqui saiu de minhas mãos. As palavras que direi agora, serão como um soco no seu estômago. — Devemos cerca de mais de milhões para os amigos internacionais, o que temos na conta não deve ser nem a metade do que precisamos — O encarei — Ontem à noite, eles roubaram nossas armas e esta manhã aconteceu de novo…

Da janela escancarada, um grande vendaval rugiu. Uma grande massa fria se aproxima, as nuvens de tonalidade escura entregam a tempestade. Conversamos o básico para aquela primeira reunião, percebi que meu parceiro estava fugindo do passado, eu entendo, talvez não seja a hora. Por isso Jeon e eu estávamos nos estranhando, o resto daria certo com o tempo.

— Que porra! — Ele me olhou entristecido, parecia perder todo o orgulho que tinha de mim. — Estamos à beira do precipício, prestes a cair… — Balançou a cabeça, imagino que seu sangue esteja fervendo, apesar da voz trêmula. Sinto que devo dizer um milhão de coisas, mas chegará a hora e Jeon terá que sentar e ouvir. — Seu namorado quase morreu com uma faca no pescoço! — disse ele e me levantei indo até à janela, sentindo sua presença logo atrás de mim — Você não se sente nem um pouco culpada?

Como uma ótima observadora, entendia bem dos joguinhos psicológicos de meu parceiro.

— Culpada? — olhei para ele — já tentei de tudo, Jeon! Mas não posso resolver problemas que se referem a você. Quem deveria se sentir culpado é você, não eu. — Bufei. Ele permaneceu em silêncio, pois claramente não queria mudar minhas escolhas, pelo menos não agora. Eu estava certo e ele estava na defensiva. Meu antigo companheiro tentou um abraço e doeu meu coração. — Eu não preciso do seu abraço, preciso que você conserte tudo o que causou e vá embora! Desapareça do mapa e da minha vida de uma vez por todas!

O silêncio parecia eterno naquele momento.

— Por enquanto, não me olhe como seu velho noivo. Olhe para mim como seu parceiro — Estendeu a mão e assim repetir o mesmo movimento. Sou puxada e seus lábios falaram no meu ouvido. — Nós acabaremos com a raça daqueles burros filhos da puta.

Caminhou em direção à porta e foi recebido por Jae, que segurava uma Glock perto da testa de Jeon. Acredito que seu coração disparou como o meu.

— Abaixa a porra dessa arma, Jae! — Aproximei o encarando.

— Desculpe, eu estava tentando alertar o playboy por onde ele anda. — Suas mãos abaixaram em movimento lento.

— Criança inconveniente — Jeon riu — É você quem deve saber o território por onde mija, motoqueiro.

*

Retornamos ao andar do salão, os lustres iluminavam o porcelanato branco, não me arrependo por um instante de ter gastado muito dinheiro em nosso espaço de rotina. Nos direcionamos a uma porta de madeira escura estilo pivotante, posicionada, metros frente a escada em que descemos. Esta, dá acesso a um antigo cômodo, aonde homens eram capturados e eu os arrastavam até aqui por correntes que abraçavam os seus pescoços. Hoje em dia nem tempo para esse tipo de diversões me permito.

Passando pela entrada, havia outra porta comum, uma espécie de Tablet acompanhava a sua estrutura. Jungkook posicionou sua palma sobre a tela do objeto, que logo ficara com a tela vermelha com a seguinte mensagem: acesso negado.

Balancei a cabeça rindo de sua falha tentativa. Ele se frustrou. Acharia mesmo que sua digital estaria cadastrada no sistema de segurança da casa. Segui com a mão até o acesso, que logo destravou sem problema algum. 

— Estou desconfiando de um dos membros… — pronunciei quebrando o silêncio entre nós — Não há sentido em entrarem aqui sem permissão, os muros cobrem depois da floresta, revestidos de grosso arame farpado e sem contar em toda a segurança que eu investir…

— Não se preocupe, a única pessoa a quem deveria desconfiar está morta. — disse convicto.

— Está me dizendo que…

— Sim, Chen sempre foi um traidor, só não imaginava tamanha trairagem. — Contraiu o lábio inferior, pensativo. Meus instintos nunca estiveram errados sobre aquele homem, mas agora não consigo entender o motivo de Jungkook todo esse tempo sabendo de traições não resolver dar um fim, soou como se quisesse que o pior viesse à tona para finalmente bancar de herói. — Eu não estava esperando o pior acontecer… — falou parecendo ler meus pensamentos.

— Ah, não? — o encarei, respirei fundo. Meus nervos da mão pulsavam para socar o rosto de Jungkook.

— Como você, eu tinha minhas suspeitas. Não poderia expulsa-lo de repente, sua ajuda era insubstituível, além de não ter tempo para investigar supostas traições dentro de nosso grupo. — Me olhou cruzando os braços — Quando estive fora, acabei descobrindo… Jin me contou sobre sua morte assim que cheguei, não tenho dúvidas que Chen tenha tido contato com os seus comparsas para dizer que estou de volta.

— Ele não teve tempo para isso, Jungkook. Estávamos no meio da reunião quando tudo aconteceu.

— Escutas foram encontradas no seu corpo, segundo Jin.

— Parece que você está sabendo de mais coisas que a mim.

— Só o básico. — Sorriu enquanto movimentava a mão esquerda até seu bolso. Estava em choque com tamanha audácia.

Jungkook comentou na reunião sobre um homem, eu conhecia aquele, mas nunca troquei uma palavra com ele. Este, já havia instalado os seus equipamentos com a ajuda de Park Jimin, eles conversavam como se conhecessem há séculos. Uma enorme mesa foi colocada ao meio, computadores e todo tipo de equipamento tecnológico que possa imaginar estava ali. Uma verdadeira arma de inteligência.

— Este é Kim Teahyung, ponho minha mão no fogo a dizer que temos o melhor hacker do país sob nosso teto… — Nosso teto. Equivocado, diria. 

E após alguns comprimentos educais, Taehyung voltou a se concentrar em seu computador. Park Jimin deverá aprender e ajudá-lo por aqui, já que era o responsável por essa área, mesmo não sendo muito bom nisso, tenta. 

— Se tudo correr bem, iniciaremos a operação de recuperação de armas hoje — Jeon pronunciou — Podemos, Mayla?

— Sinta-se em casa, parceiro… — Fechei o punho e ele fez o mesmo movimento encostando em meus dedos. Aquela fora mais uma vez em que sua pele gelada tocara na minha seguida de uma ansiedade inexplicável.

*

Começamos o plano mais rápido que o esperado, o sol iria se pôr em cerca de uma hora, não podíamos perder tempo.

— No dia do roubo, vocês viram o automóvel em que eles estavam? — Jeon indaga.

— O Jin, cadê ele? — Questiono para Jimin, Jin era o mais competente para responder aquela pergunta, já que estava na linha de frente na troca de tiros.

— Estou aqui! — Abriu a porta empolgado — Foi uma, Van Branca.

 — A placa? Você se lembra de algo?

 — Não... Não tive tempo de prestar atenção — Respirou fundo coçando a cabeça. — Parecia um Jac T8.

— Certo... Estou puxando através do satélite todas as Vans com a descrição que o Jin deu... — Taehyung voltou os olhos ao monitor. 

— Mas que estão rodando nesse momento? — Perguntei, estava realmente curiosa sobre suas habilidades inteligentes.

— Exatamente! — Taehyung se ajeitou na cadeira e deixou que um sorriso entusiasmado escapasse. 

Um silêncio se estendeu por alguns segundos, atenção a cada movimento na tela, mas obviamente, não entendíamos nada além de códigos soltos. Taehyung parecia uma ótima pessoa, estava tentando mostrar o seu melhor para mim.

— Tenho um suspeito na ponte Mapo. Visualizarei mais perto, quem sabe até o motorista caia na nossa visão... — alguns cliques.

— É ESSA! — Um grito surgiu da boca de Jin. O encarei, Jin havia uma mania de se animar quando se tratava de nos metermos em encrenca. — Vamos atrás desses otários.

— Tenho uma ideia eficaz, senhor! — Teahyung pronunciou. — Certamente eles não estão rodando com os armamentos, mas creio que o destino seja até eles. — Levantou-se abrindo uma maleta branca. — Só preciso que vocês ponham esse rastreador em baixo da van e o resto, deixem comigo. 

— Esse cara é um gênio! — Park pronunciou incrédulo com as mãos na cintura e um sorriso bobo no rosto. Eu e Jeon o olhamos sorrindo, ele virou o rosto envergonhado.

— Vocês têm trinta minutos até os carros começarem a se movimentar no trânsito. — Olhou o relógio em seu pulso e nos encarou.

Começamos a discutir quais seriam nossos próximos passos, enquanto Taehyung deixava bem claro que não tínhamos tempo. Cessado assunto, Jae adentrou a sala no momento certo.

— Jae, prepare a minha moto. — Ordenei-lhe, que assentiu com a cabeça. — Jimin e Teahyung, vocês vão com o Jin, na Mercedes.

— E quanto a mim? — Jeon se aproxima.

 — Vem comigo. Ainda sabe pilotar uma moto?

— Veremos. — Sorriu de lado.

Jaqueta no corpo e arma na cintura, Jeon me aguardava ao lado de fora. Carreguei duas pistolas, se tratava de duas Taurus, além da minha fiel Desert Eagle na mão.

— Sabe usar uma dessa? — Entrego uma Taurus a Taehyung, que sorriu ao pegar no brinquedo.

— Tive umas aulas. — Pôs na cintura. Balançou os seus cabelos chocolate e sintonizou os walkie-talkie. 

Park ajeitava os equipamentos de rastreamento de Taehyung e assentiu quando estava tudo pronto. A Mercedes irá à frente, ficará no começo do engarrafamento, Jungkook ficará dez carros a frente e o resto é comigo.

— Amigo... — disse o doutor se aproximando, pôs sua mão no ombro de Jeon.

— Doutor… — Jeon sorriu ajeitando sua arma.

— Observo que estão agindo por impulso e por poder… Parem, vejam bem o que realmente querem, não queremos que este lugar vire um cemitério. 

— Como nos velhos tempos, doutor… — Disse quando subir a moto.

Assim que dei o sinal partimos em missão. Dali os homens já nos aguardavam com o portão aberto, e me certifiquei que estaria trancado quando estivéssemos longe.

O Dr. Jung Hoseok saiu conosco, a caminho da casa da esposa, seu filho de nove anos está com sinais de pneumonia, estará de volta em no máximo dois dias. Ele também disse que o resultado da jaqueta não foi nada bom.

Temos um DNA, mas não temos um banco de dados de todos os DNAS de Seul. Isso pode ser resolvido principalmente por conta de Jungkook, não tenho dúvidas de que nossos ex-parceiros policiais estarão abertos a uma nova parceria, porque quando se trata de Jeon Jungkook, se trata de amizade.

Atravessamos a cidade em poucos minutos, o engarrafamento não se movia há cerca de uma hora, um caminhão colidiu com três carros à frente. Homens e mulheres ferviam no sangue, buzinavam freneticamente, todos queriam voltar para casa mais cedo.

Os raios vermelhos do poente destacavam todo o céu. A água abaixo da ponte mexia em tranquilidade. Dependendo de que rumo isso tomara, essa ponte pode acabar em pedaços quando o crepúsculo cessara. Sorrio, exagero de minha parte, precisaria de um tanque de guerra para isso acontecer.

Aperto na camiseta de Jeon descendo da moto, aposto que ele tenha dado um sorriso.

— Vigia os seus passos, estarei olhando por trás. — Disse ele, desligando a moto por um instante.

— Falar desse modo me deixa um pouco apreensiva.

Tirei o capacete por um momento, verificando o objeto em minha palma. Um objeto redondo na cor preta, havia algo de metal como pernas de aranha, dentro os pontos azuis faziam movimentos circulares. Kim me instruiu que eu precisaria apertar um pequeno botão próximo às pernas de metal. Elas agarrariam onde estivessem posicionados, suas pontas seriam vermelhas e já estariam em nossas visões.

Ponho outra vez o capacete e caminho entre os carros, as pessoas estavam tão estressantes que nem mesmo notavam a minha presença. Fazia o melhor para me manter bem atrás da van, assim não poderiam me ver através de seus retrovisores.

Estava cerca de dois metros de distância da traseira quando a porta do passageiro se abriu de uma vez, um homem corpulento saiu de lá segurando suas calças. Agachei-me indo até à traseira e observei os seus passos por baixo, ele caminhou até as grades de proteção da ponte e abriu suas calças. — Nojento… — sussurrei com minhas entranhas se contorcendo.

Eu precisaria ser rápida, aquele homem não demoraria a retornar. Então, retirei do bolso aquele pequeno objeto me deitando sobre o asfalto. Analisei bem aonde colocaria aquela porcaria que estava custando a minha vida. Sem pensar mais, fechei os olhos e enfiei em qualquer lugar apertando o botão.

Os reabrir e limpei aliviada o suor que escorria em meu pescoço, as luzes estavam vermelhas. Sentir uma gota cair em minha perna, a tempestade havia chegado. Me levantei e o homem retornava, acelerei os passos em direção as grades.

— Tudo bem por aí? — disse Jeon no rádio.

— Não sei. Tudo certo com o brinquedo, hacker? — eu rir.

— Ótimo trabalho, chefe! — disse ele.

Retiro o capacete para poder respirar. O meu brinco acaba escorregando de minha orelha, indo direto para água, corro e observo o pingo de ouro sendo afogado.

— QUE MERDA! — Disse raivosa, batendo a palma no ferro. Aquele brinco deve valer muitas coisas.

Em um reflexo lento, vi o mesmo homem corpulento se aproximar, tudo acontece tão rápido que não tenho tempo de reagir. O meu corpo é empurrado e, o desespero adentrou em meu ser. Eu nem de longe queria me afogar como o meu brinco. Segurei a barra de ferro com uma palma, olhei para baixo e me sinto arrependida, morreria na certa.


Notas Finais


Estão gostando?
(Perdoem qualquer erro e novamente pela demora) Espero que o próximo saia até o fim da semana, só não irei prometer.

Vejo vocês em bem breve! Até o próximo!❤️🔥


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