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História Ainda Virgem? - Eu posso entrar?


Escrita por: macintosh

Capítulo 1 - Eu posso entrar?


            Taehyung sente os dedos tremerem sobre a madeira do balcão da cozinha. Na testa levemente franzida acumula-se uma fina camada de suor, esta última sendo cortesia do nervosismo gratuito provindo daquele pedaço de papel largado bem ali frente aos seus olhos apreensivos.

            Tem exatos quinze minutos – contados em relógio – que o rapaz está encarando aqueles números e letras numa caligrafia que deixa muito a desejar (Hoseok nunca teve a letra bonita).

              No entanto, Taehyung não deveria sequer estar dando atenção ao que todas aquelas letrinhas e números significavam, mas há uma sensação de enjôo pairando no estômago e um súbito rubor em suas bochechas enquanto continua pensando e repensando nos prós e contras daquela situação e como foi chegar àquele ponto.

            Taehyung estava no terceiro período do curso de arquitetura, havia vinte e dois anos agradavelmente bem vividos – segundo ele – na sua ampulheta do tempo, pais amorosos e uma irmãzinha bagunceira. Alguns amigos e um cachorro enorme e peludo, o “Snow”.  E numa ousadia pretensiosa, podia-se dizer que Taehyung tinha tudo que um adolescente entrando na vida adulta necessitava.

            — Ok, mas você ainda não perdeu a virgindade, então... tecnicamente você não tem “tudo”! – retrucou Jimin com os dedos entrelaçados nos próprios fios vermelhos.

            — Mas-

            Ah sim... Taehyung era virgem, mas não era algo que ele achava tão importante assim, ao menos não tão importante quanto seus amigos ensandecidos achavam.

            — Masturbação não conta. – alertou Hoseok deixando que um sorriso desenhasse em seu rosto ao passo que Taehyung perdia seus argumentos perante os dois amigos.

            — Eu não ia dizer isso! – exasperou o loiro sentindo o rosto esquentar de leve. – Eu ia dizer que isso não é tão importante assim.

            — É claro que é. – afirmou o ruivo escorregando o dígito indicador nos lábios entreabertos.

            Taehyung fitou o amigo do outro lado da mesa. Jimin parecia um daqueles caras que pulavam das revistas masculinas para gays e tomavam vida em frente seus olhos, seus cabelos vermelhos destacavam-no em qualquer lugar em que pisasse e ele tinha um vício cômico de parecer sexy e atraente vinte e quatro horas por dia e sete dias da semana. Não que fosse difícil para ele fazê-lo, mas era engraçado como as pessoas ficavam de quatro por ele, sem ao menos precisar dizer algo.

            — Eu acho que você tem medo. – arriscou Hoseok quase que acusatório e franzindo o cenho.

            Seu olhar fixo no rosto de Taehyung o fez engolir a seco.

            Taehyung não tinha medo de fazer sexo! Que tipo de pessoa ele seria se o tivesse?

            Havia pessoas que faziam sexo por fazer. Havia pessoas que faziam sexo apenas quando encontravam a pessoa certa. Havia pessoas que simplesmente gostavam de fazer sexo e tinha as pessoas que nunca fizeram sexo e era onde Taehyung entrava.

Era simples assim, mas Hoseok e Jimin não se mostravam convencidos das inúmeras argumentações que Taehyung lhes dava.

— Eu não tenho medo. – disse. – Só não aconteceu ainda.

— Mas e aquele último cara que você namorou? – Jimin endireitou a postura e estalou os dedos como sempre fazia quando queria se lembrar de alguma coisa. — Aquele que era rapper ou algo assim... – arqueou a sobrancelha fitando Hoseok; pedindo mentalmente que ele o ajudasse a se lembrar do tal ex-namorado.

— Qual era mesmo o nome dele? Era algo com Su... – Hoseok mordeu o lábio inferior.

— Suga. – Taehyung respondeu simplista. – Na verdade, é Yoongi.

— Isso! E esse cara? Não aconteceu?

— Não. A gente terminou antes que tivéssemos chance. – o loiro apoiou o rosto na mão enquanto corria o olhar pelo resto dos estudantes no refeitório. Ele não via a hora do tempo acabar para finalizar aquele assunto, porém Taehyung sabia que Jimin e Hoseok eram deveras insistentes quando queriam.

O rapaz tinha em mente que os amigos queriam o melhor para ele, mas ser virgem aos vinte e dois anos não era algo que incomodava Taehyung tanto assim e quem sabe ele estivesse acomodado com a situação ou só estava esperando o momento certo... Ele realmente não sabia e não queria pensar muito sobre.

— Nesse caso acho que você precisa de um empurrãozinho. – Jimin sorriu ladino e Taehyung sabia o que aquele sorriso significava, das muitas vezes que ele aparecera os resultados foram encrencas que acarretaram vergonhas inesquecíveis no passado do loiro.

Hoseok acompanhou os possíveis pensamentos do amigo ruivo sentado ao seu lado e bem naquele momento Taehyung sabia que estava fodido.

— Ah não! Não... não-

— Porque você não contrata um garoto de programa? – eles disseram em uníssono e o loiro pode jurar que algumas pessoas das mesas ao lado ouviram, devido os olhares tortos que lançaram ao trio.

— Vocês estão me zoando? – Taehyung fechou a expressão não acreditando no que ouvira.

— É sério, eu posso até te oferecer o número de alguns, se você quiser. – Hoseok riu mostrando mais dentes do que o necessário e Jimin bateu palmas como se todos estivessem de acordo.

— Ele quer! – o ruivo exclamou dando um tapinha no ombro de Taehyung que estremeceu no lugar.

Um garoto de programa? Sério? Ele estava assim tão necessitado?

— Não! – respondeu desesperado, mas algo nos sorrisos cúmplices dos seus melhores amigos lhe dizia que não havia escapatória.

 

 

E de fato, não houve.

— Há quanto tempo ele ‘tá encarando o balcão? – sussurrou um Hoseok enquanto levava mais uma bala à boca e segurava o pacote com a outra mão.

— Acho que uns vinte minutos. – Jimin respondeu dando uma fitada rápida no relógio e voltando o olhar para Taehyung que tinha aquela expressão de pânico no rosto quase lhe provocando um ataque de risos.

Quando Hoseok e Jimin apareceram em sua casa às 19:47 da noite em uma sexta feira fria alegando que tinham algo muito importante para discutirem, Taehyung sentiu em cada recôndito de seu corpo que havia algo errado. Talvez fosse por causa do pedaço de papel amassado na mão de Hoseok, ou dos sorrisos malignos e maníacos que dividiam ao encararem Taehyung como se ele fosse uma presa indefesa.

— E-eu não vou fazer isso. – Taehyung murmurou.

— Mas por quê?! É só ligar e agendar, já disse que eu e o Jimin vamos pagar o programa. – Hoseok relembrou-lhe ao que mastigava mais algumas balas.

— Aliás, se você não ligar, eu ligo por você. – Jimin ameaçou apertando os olhos oblíquos esfumaçados e delineados de preto. – Não seja bundão, eles atendem em domicílio! Isso não é incrível?

— Eu não preciso contratar ninguém pra transar comigo! – Taehyung confrontou o olhar do ruivo.

— Sabemos que não. – Hoseok deu de ombros. – Mas vai ser divertido e meu irmão sempre me disse que não há nada melhor que estar com alguém experiente.

— Liga logo Taehyung, aproveita que os seus pais não vão estar aqui nesse final de semana. Isso só pode ser um sinal divino! – Jimin sorriu suavizando a expressão conseguindo atingir um nível de beleza que quase fez Taehyung se esquecer de que queria socá-lo até a morte.

— Isso mesmo, até Deus quer que você transe nesse final de semana. – eles riram e Taehyung só queria saber o que havia feito de tão ruim para merecer amigos como aqueles.

 

 

Mesmo que cada pedacinho do cérebro de Taehyung gritasse que aquela era uma péssima ideia, bem no fundo ele estava curioso o suficiente para pegar o celular entre os dedos trêmulos e fazer a ligação.

Durou menos do que ele esperava, mas no final dela as bochechas do loiro estavam intensamente róseas e as laterais de seu rosto levemente úmidas de suor. E como se não bastasse, as risadas de Hoseok e Jimin reverberavam pela casa toda fazendo os ouvidos de Taehyung chiarem.

— Você devia ter visto a sua cara quando perguntaram se você queria o pacote completo! – Hoseok zombou jogando-se no sofá da sala.

— Quando é que vai ser? – Jimin sentou ao lado do outro fitando o amigo que se sentara na poltrona.

— Amanhã, 20:00. – Taehyung evitou olhar o ruivo nos olhos. Céus, ele estava morrendo de vergonha e até mesmo arrependido do que acabara de fazer.

— Você pediu com vestuário especial? Acho que maid ia ser a sua cara! – Hoseok gesticulou exageradamente, mas Taehyung apenas afundou-se no assento encolhendo o corpo o máximo que pode.

— Cala a boca, Hoseok. – Jimin riu notando o embaraço do amigo – mesmo que logo em seguida compartilhou da zombaria de Hoseok.

E enquanto eles discutiam como seria a possível aparência do rapaz que Taehyung contratara (uma vez que preferiu não saber), o loiro cogitava a possibilidade de matar ambos e enterrar seus corpos no jardim da frente.

 

 

Taehyung sentiu a cabeça rodar no próprio eixo assim que a levantou do travesseiro. O despertador do celular estava cantando uma música aleatória pela quinta vez naquela manhã e não pôde deixar de praguejar entre a camada fofa de cobertores que queria só mais “cinco minutos”.

Os olhos quase não abertos e os sentidos levemente nublados pelo torpor do sono rudemente interrompido fizeram o rapaz deslizar da cama preguiçosamente à cozinha. Abrira todos os armários à procura de algo para saciar aquela fome momentânea e quem sabe depois poderia cair de novo na cama, uma vez que seus pais não estavam ali para reclamarem e nem a irmã - que geralmente pulava em cima de si até que levantasse.

Sentou no sofá com uma tigela de salgadinhos em uma das mãos enquanto zapeava pelos canais. Assim que encontrou um filme interessante largou-se por ali mesmo, no entanto Taehyung tinha a sensação de estar esquecendo alguma coisa e não demorou a se lembrar quando o celular vibrou anunciando que havia recebido uma mensagem.

ei gatão! comprei champagne hoje para comemorarmos.

Taehyung franziu o cenho em dúvida.

comemorar o quê? jimin, eu não faço a menor ideia do que você está falando.

como não? é hoje que daremos adeus a sua virgindade, precisamos comemorar. ó deus, eles crescem tão rápido...

E era como se a gravidade tivesse caído sobre a cabeça de Taehyung, ele havia se esquecido, ele realmente não estava preparado para ter um garoto de programa dentro da própria casa. Novamente aquelas sensações de nervosismo e enjôo atacaram as entranhas de Taehyung com tanta força que sentira falta de ar ao que o olhar se perdia em qualquer ponto da sala.

O que ele iria fazer? Não dava para cancelar o programa? E se seus pais chegassem antes da hora? Ele tinha camisinhas? E lubrificante?

não se esqueça de dar uma arrumadinha no seu quarto, hein? e de tomar um banho

eu juro que vou te matar!

E com essa ameaça o celular do garoto voou à outra extremidade do sofá enquanto Taehyung se levantava e vistoriava a situação da casa – descobrindo estar tudo uma imensa bagunça.

O que seria pior que ter marcado um programa na sua casa? Provavelmente seria marcar um programa na sua casa e ela estar praticamente de ponta cabeça.

Havia pacotes de guloseimas espalhados na mesa da cozinha. Copos e talheres sujos na pia. As cadeiras estavam foram de ordem. As almofadas do sofá deixadas de qualquer jeito e algumas peças de roupas que Taehyung jogou por aí noite passada, enquanto subia as escadas em direção ao quarto para enfim dormir.

Grande parte da culpa da bagunça era de Jimin e Hoseok também, mas o loiro cuidaria deles depois. Ainda embolando os próprios pés – tamanha urgência com que se levantara –, juntou os pacotes e os jogou no lixo. Empurrou as cadeiras para que elas voltassem ao lugar e lavou os talheres e copos. Gastara bons trinta minutos, mas no final tudo parecia no lugar.

Ao chegar à sala tirou as roupas do chão e as jogou no cesto da lavanderia. Contudo, Taehyung não entendia porque estava tão preocupado com a bagunça se ele queria cancelar o programa. Afinal, ele queria cancelar, certo?

Certo?!

Admitia que ainda sentia um pouco de vergonha, mas os pensamentos de finalmente ter uma relação sexual com alguém dava-lhe uma ansiedade gostosa e um formigamento na ponta dos dedos. Talvez não fosse tão ruim, talvez seus amigos estivessem certos sobre ele precisar de um empurrãozinho, talvez ele tivesse mesmo medo...

Mas ainda assim era um total desconhecido que Taehyung estava pagando para levar pra cama. Não que ele fosse contra a ficar por uma noite. Entretanto, Taehyung nunca cogitou a ideia de pagar alguém para estar com ele. Feria o orgulho imaginar que um deles estaria ali apenas pelo dinheiro quase como se fosse por obrigação.

Além disso, e se não for tudo que as pessoas falam? E se for ruim? E se o traumatizar para o resto da vida? E se ele se arrepender?

Eram muitos “e se...”, Taehyung sentia que iria ficar louco se continuasse a ponderar tanto assim.

Enquanto coçava a nuca subiu as escadas lembrando-se do aviso de Jimin para que ele desse uma arrumadinha no quarto. E era óbvio que o cômodo encontrava-se uma loucura. O loiro não se culpava. Tivera uma semana difícil na universidade e seus amigos não ajudaram em nada com toda essa situação de virgindade e garotos de programas.

Ser virgem não deveria dar-lhe tantas dores de cabeça, não quando suas ambições eram muito maiores do que simplesmente invadir o corpo de alguém e ficar se esfregando e gemendo por horas. Jimin sempre dizia que a prática era melhor que a teoria, embora a futilidade do assunto permanecesse a mesma aos olhos de Kim Taehyung.

 

 

As horas decorreram entre muitas partidas de Mortal Kombat e muitas porcarias industrializadas ingeridas. Taehyung deixara de pensar sobre tudo o que vinha lhe acontecendo e relaxou no tapete vermelho do quarto – com pernas abertas sem se importar com modos e a franja aloirada caindo displicente na testa. Os olhos focados nos gráficos do jogo e toda a concentração injetada nos movimentos dos dedos sobre os botões do joystick levaram o loiro para outra dimensão.

Quando se dera por vencido com pálpebras pesadas e estômago mais do que cheio, adormecera. Estava de tarde, o sol escondia por trás de nuvens afofadas e uma brisa entrava pela janela aberta refrescando todo o cômodo. O corpo do rapaz amoleceu e achou que dormir alguns minutos não o faria mal algum.

Havia a marca dos botões do joystick em seu rosto e um filete de saliva escorrendo dos lábios de Taehyung quando acordou. Perdera a noção de quanto tempo passara inconsciente, embora ao olhar pela janela aberta notasse que já era noite. As costas estalaram ao se espreguiçar, alcançou o controle da televisão e no canto o relógio digital mostrava em forma de números o começo do pesadelo de Taehyung – mesmo que estivesse acordado.

19:47

— Merda!

Tão logo chegaria o michê batendo à sua porta e Taehyung não evitou se tornar uma pilha de nervos pela enésima vez desde aquela ideia estúpida de Jimin e Hoseok.

Curiosidade e medo se tornavam aliados contra o cérebro de Taehyung que – indefeso – perdia a batalha, vencendo a razão e libertando uma coragem alucinante que o loiro não sabia que tinha. Por isso, rumou para o banheiro decidido a terminar logo com aquilo e agregar aquele possível acontecimento a mais uma de suas lembranças vergonhosas – que algum dia o levaria à risadas num futuro distante.

+

As duas primeiras coisas que Taehyung conseguiu formar em sua mente quando obteve o primeiro vislumbre de Jeongguk – ele o disse ao se cumprimentarem – era que:

1 - Ele era bonito.

2 - Fodidamente bonito.

Taehyung tinha certeza de que jamais vira alguém tão bonito e se tivesse o feito não se esqueceria. Ele não sabia dizer se era por causa do rosto inocentemente angelical, dos cabelos negros como a noite e visivelmente macios, dos olhos rasgados e esfumaçados de preto, se era a boca rosada e úmida por algum gloss labial ou por causa da compleição comprida, aparentemente rígida e definida.

Apesar de que a blusa que o garoto vestia parecia dois números maiores, o tecido escorregava pelo corpo alheio e sobrava nas mangas deixando Jeongguk transpirar aquela áurea de pura inocência quando ambos sabiam que inocência era a última coisa que teria coragem de existir ali.

Taehyung conseguia notar o brilho impudico nos olhos escuros dele e o início de um sorriso de canto cheio de malícia.

O loiro encarou o garoto com tamanha intensidade que parecia que abriria uma cratera no rosto dele. Não conseguia desviar, seus dedos estavam na maçaneta da porta – trêmulos. Os fios meio cor de caramelo molhados do banho à velocidade da luz e a blusa de tecido leve colava no torso mal enxuto. Vestira uma calça de moletom e nem se lembrara de calçar alguma coisa antes de descer as escadas correndo quase tropeçando nos próprios pés, para atender a campainha.

— Eu... posso entrar? – Jeongguk pigarreou tirando Taehyung de um transe que nem mesmo ele sabia que estava.

— Claro.

Logo deu espaço para que o outro entrasse e assim fechou a porta atrás de si demorando alguns segundos para se virar. Jeongguk parecia fazer uma vistoria rápida pelo lugar com os olhos antes de se voltar para Taehyung com um sorriso discreto nos lábios – o rapaz logo se viu incitado a beijá-lo o mais rápido possível, mas se conteve em continuar encarando Jeongguk novamente.

Dessa vez com um pouco mais de coragem, Taehyung analisou o michê de cima a baixo, demorando tempo demais nas coxas fartas cobertas por um jeans escuro e nos dedos compridos que seguravam a alça da mochila que Jeongguk trouxera consigo. E assim que voltou ao rosto, o garoto tombou levemente a cabeça para o lado com um sorriso convencido quase como se perguntasse “gosta do que está vendo?”

Sim, Taehyung definitivamente gosta do que está vendo.

— Então... – Taehyung deslizou a língua pelos lábios num ato de puro nervosismo. – Você quer ir para o meu quarto?

Não era bem essa pergunta que Taehyung queria fazer, mas serviu. Não queria aparentar desesperado, tampouco inexperiente a ponto de não saber como criar um ‘clima’ agradável. Entretanto via-se nervoso novamente. Jeongguk detinha de uma desenvoltura até quando andava e Taehyung não queria se sentir inseguro frente a ele.

Taehyung respirou fundo antes de se aproximar do garoto e segurar uma de suas mãos – descobrindo ser tão macia quanto um travesseiro – puxando-o consigo rumo ao seu quarto. Jeongguk não protestou ao contato, provavelmente porque ele não tinha muita escolha quando vendia o direito de seu corpo por uma quantia considerável de dinheiro.

O rapaz de cabelos claros sentiu um incômodo no peito ao constatar que estava acontecendo. Ele iria transar com um garoto de programa. Com uma pessoa a qual não tinha nenhuma relação afetiva, alguém que estava ali apenas para lhe proporcionar prazer sem esperar o mesmo de volta.

Entraram no cômodo e Jeongguk parou no centro deste.

Taehyung só percebeu que algo estava estranho quando o garoto arqueou a sobrancelha fitando seu rosto.

— Você está bem? – ele quis saber. Visivelmente preocupado com a situação do cliente.

— Você está? – devolveu a pergunta. Jeongguk fez uma expressão de confusão tão adorável que Taehyung quase quis chorar. – Quero dizer... com isso? Você está bem com isso? Com o que vamos fazer?

— Claro. – ele sorriu. Taehyung soltou um “você é tão bonito” involuntário e meio abafado fazendo o garoto rir logo em seguida. – Você é fofo.

Contudo nem a veracidade estampada nas palavras do garoto ajudou Taehyung a parar de sentir aquela sensação de que estava fazendo algo muito errado. E Jeongguk pareceu perceber. Ele conhecia bem aquele olhar, era uma mistura de receio e martírio.

Podia quase se afirmar que Taehyung estava sentindo pena da sua condição de garoto de programa. Era algo corriqueiro para o garoto de cabelos negros, mas aquela centelha de preocupação no tom de voz rouco do loiro quando o perguntara se estava tudo bem para ele era como se Taehyung estivesse pedindo sua permissão para avançar e geralmente, isso não acontecia.

Jeongguk se sentou na cama de Taehyung sentindo o colchão afundar de leve, tirou a mochila das costas deixando-a no chão e largou as mãos sobre as coxas.

— Taehyung – chamou sendo recebido por um olhar ligeiramente confuso. – Eu sei o que está pensando agora e eu peço que você pare.

— M-mas!

Jeongguk impediu-o de falar. Não havia um pingo de irritação em sua voz doce e melodiosa e Taehyung sentia que poderia ouvi-lo falar para sempre.

— Você não precisa ter pena de mim. Eu estou bem. Eu vivo bem, então desfaz essa carinha de medo, porque você não vai me machucar e eu sei que você é diferente. – ele sorriu mostrando seus adoráveis dentes branquinhos. Taehyung corou intensamente manchando as bochechas num róseo vívido.

Nota mental: Jeongguk é fodidamente bonito e incrivelmente adorável.

— Agora vem cá, está sendo muito difícil olhar pra você sem poder te dar nem um beijo sequer. – gracejou ao passo que se levantava.

Taehyung sentiu-se de volta ao ensino fundamental quando dera seu primeiro beijo. O rosto quente de vergonha e as mãos trêmulas. No entanto se aproximou de Jeongguk mais rápido do que gostaria quase chocando seus corpos ao que o garoto apossou da sua cintura com as duas mãos.

Escorregou os dedos pelos braços do garoto sentindo a rigidez singela dos músculos por debaixo da blusa. Seus quadris foram apertados e pressionados contra os de Jeongguk e embora não quisesse admitir, sentira o contorno da crescente ereção alheia contra a sua – ainda bem tímida.

Sentir o hálito quente de Jeongguk contra seu rosto dava-lhe ansiedade desmedida. Queria logo beijá-lo e comprovar se era tão bom quanto parecia ser. Porém, limitou-se a esfregar seus narizes num carinho afável de quem já se conhecia há muito tempo. Pois afinal, Taehyung precisava disso. Que fosse lento. Agradável. Que tivesse – nem que fosse um pouco – cumplicidade.

E Jeongguk retribuía o carinho com afeição. Devagar. Sem assustar o outro e deixando-o à vontade ao que ambos fecharam os olhos só para sentir melhor o calor que provinha de cada corpo. As mãos de Jeongguk adentraram a blusa de Taehyung apenas para que ele pudesse ter o vislumbre de sentir a pele morna em seus dedos macios. Taehyung arfou de leve, tímido e Jeongguk sorriu antes de encostar a boca na dele, num selar quieto e breve.

O loiro findou o pouco espaço que havia entre eles puxando Jeongguk pela blusa com uma das mãos e enterrando a outra nos cabelos de sua nuca. As bocas foram pressionadas, Taehyung lambeu vagarosamente o lábio inferior do outro o sugando e soltando. Jeongguk deixou um dos seus melhores sorrisos sagazes desenhassem em seu rosto bonito demais.

— Você não parece tão tímido agora. – provocou e Taehyung riu graciosamente com os lábios colados nos dele.

Beijar Jeongguk era uma das melhores coisas que Taehyung já havia experimentado. Era quente, úmido e envolvente. A língua dele deslizava entre seus lábios com astúcia. Os dentes o mordiam com a força necessária para esquentar todas as partes de seu corpo. As mãos apertavam e o seguravam com vontade. Era como se Jeongguk soubesse como e quando tocar Taehyung propriamente para deixá-lo duro na palma da mão.

O que não demorou a acontecer, uma vez que Taehyung ficara duro rapidamente e Jeongguk nem havia feito algo extraordinário ainda.

A espinha de Taehyung arrepiou-se por inteiro quando Jeongguk desceu ambas as mãos pelos quadris os desenhando e apertaram sua bunda com força impulsionando ainda mais seu corpo contra o dele. O rapaz não sabia que era possível se fundir a alguém, mas devida a forma em que estava colado em Jeongguk ponderava que talvez fosse possível sim.

Ele mordeu seu lábio superior ao som dos estalidos da própria língua e deu lambidinhas de gato na boca de Taehyung que temia desfalecer nos braços daquele garoto de programa. Jeongguk aproximou o rosto de seu pescoço e lambeu vagarosamente a tez deixando um rastro molhado e a chupou. Taehyung gemeu alto apertando os ombros alheios. Suas pernas fraquejaram, mas Jeongguk o segurou com força impedindo-o de ir ao chão.

A cintura fina de Taehyung foi envolvida pelo braço do outro ao mesmo tempo em que a mão de Jeongguk deslizava por seu peito e abdome, logo alcançando o cós da calça não fazendo cerimônias ao invadir a peça e ter a ereção dolorida do rapaz entre seus dedos compridos.

A glande firmemente alojada entre o indicador e o polegar do moreno provocava vertigem aos sentidos de Taehyung. Sentia-se tão sensível, tão receptivo aos toques de Jeongguk. Ele lambia sua clavícula e mordiscava a pele do pescoço ao passo que fechava os dedos e movimentava a mão devagar, apertando a base e logo subindo para acariciar a fenda molhada.

E ainda que tenha tentado se segurar ao máximo, gozou – gemendo rouco e lânguido enquanto buscava algum apoio no corpo de Jeongguk que sorriu contra sua bochecha úmida de suor.

D-desculpe... eu – Taehyung tentou se defender, mas Jeongguk sorriu compreensivo e beijou sua têmpora antes de guiá-lo à cama, obrigando-o a se deitar.

Taehyung jogou a cabeça contra o travesseiro ao sentir o moreno retirando sua blusa e escorregando a língua por um dos seus mamilos. A calça do loiro encontrava-se suja de sêmen e foi ao chão tão logo quanto às roupas de Jeongguk.

 Como esperado, Jeongguk era tão maravilhoso vestido quanto nu e Taehyung sentiu doer e fisgar no seu baixo ventre ao observar o pênis dele despontar orgulhoso entre suas coxas. O garoto arranhou levemente seus quadris e separou suas pernas. Seus toques eram suaves anulando a brusquidão. Taehyung sentia-se tão excitado como nunca na vida. Nem mesmo as masturbações em madrugadas assistindo pornô ou os amassos com os ex-namorados conseguiam se igualar à Jeongguk.

Os lábios rosados de Jeongguk passeavam por suas coxas distribuindo mordidas e marcas. Sua mão na base do pênis de Taehyung novamente ajudando-o a ficar duro, embora não fosse necessário, pois lá estava o loiro expelindo um pouco de pré-gozo enquanto se contorcia no colchão. Os lençóis grudando nas suas costas ligeiramente suadas.

Taehyung assistia quase em adoração a forma como os cabelos de Jeongguk caíam em cascata frente seus olhos. A cabeça abaixada para morder e chupar cada pedaço de seu corpo, enviando arrepios por sua coluna e fazendo crescer ainda mais aquela excitação. Taehyung quase achou que iria explodir se continuassem naquele ritmo.

Entretanto Taehyung sentira que logo as coisas iriam se consumar de verdade quando Jeongguk passou o indicador rente sua entrada e beliscou suas coxas bronzeadas.

Jeongguk – soluçou entre um gemido e outro. Foi respondido apenas com um manear de cabeça para demonstrar que estava lhe ouvindo. – Eu preci- ah merda... te dizer uma coisa! – praguejou ao sentir o moreno soprar contra a glande intumescida lhe masturbando lentamente.

— Pode falar. – ele disse prontamente envolvendo a glande com os lábios. Taehyung fechou os olhos cravando os dentes no lábio inferior para abafar o gemido escandaloso preso em sua garganta.

— E-eu... Jeongguk... eu sou... – por algum motivo, o qual não sabia a razão, Jeongguk precisava saber que Taehyung era virgem. Como se quisesse depositar ali e agora toda sua confiança no moreno de olhos impudicos e sorrisos doces.

— Você é o que, amor? – Taehyung gemeu sôfrego ao ouvi-lo.

— Eu sou virgem – suspirou alto soltando todo o ar dos pulmões. Seu corpo lhe traindo e ondulando por conta própria quando Jeongguk aquiesceu e pôs todo seu comprimento dentro da boca. Aprisionando-a na umidade de seus lábios e deslizando a língua pela extensão.

— Eu sei. – Jeongguk disse ao se afastar com um “poc” molhado. A glande rosada de Taehyung estava latejando e os dedos de Jeongguk não ajudavam a tornar menos insuportável aquela vontade de gozar.

Ficara um pouco assustado com a resposta do moreno. Era assim tão obvia sua inexperiência? Contudo, antes que pensasse em questionar o michê, este se alojou entre suas pernas, encostando seus corpos quentes e sussurrando contra sua boca sedenta:

— Não se preocupe. Você sequer lembrará do próprio nome quando eu acabar com você.

+

Taehyung já vira mais pornôs do que gostaria de admitir, por isso tinha em mente que a preparação era algo necessário. Ele tinha em mente o possível incômodo e todas aquelas neuras que as pessoas lhe contavam quando tinham sua primeira vez. Portanto, Taehyung se sentia preparado para tudo que lhe fosse proposto.

Entretanto nada poderia prever Taehyung do que estava acontecendo agora. Era irreal. Insano. Deliciosamente insano.

As mãos de Taehyung estavam apoiadas na cabeceira da cama, as pontas destas esbranquiçadas pela força com que apertava a madeira. O suor colando os fios de cabelo cor de caramelo na nuca e nas laterais do rosto. Os gemidos rompendo seus lábios trêmulos enquanto arquejava e empinava a bunda contra os três dedos de Jeongguk que iam e vinham na sua entrada.

O garoto os havia revestido de lubrificante – Jeongguk tinha vários deles dentro da mochila – e penetrava-lhe fundo. Taehyung sentia a ponta dos dedos dele massagearem sua próstata.

Apertara sua ereção entre as coxas obrigando-lhe a não gozar dessa vez, e aquilo doía, mas a excitação era muito maior que a dor para impedir Taehyung de fazer qualquer coisa.

Quando Jeongguk notou que Taehyung substituíra os resmungos sôfregos por gemidos pedintes, pegou um preservativo e o deslizou pelo próprio pênis enquanto fodia o rapaz com os dedos.

Mas quando eles o abandonaram Taehyung não conseguiu evitar o muxoxo entristecido. Sentia nos próprios poros o quão estava necessitado por sentir Jeongguk dentro de si. Seu corpo vibrava em ansiedade. Precisa de Jeongguk, e precisava agora.

— Vem aqui. – Jeongguk se sentou na extremidade da cama e o chamou. Taehyung encontrou certa dificuldade para sair da posição em que estava e caminhou quase que cambaleante ao outro que levou as mãos aos seus quadris deixando-o alguns poucos centímetros longe de si. — Você tem certeza que quer isso? – Jeongguk perguntou.

— Sim, sim, por favor... – respondeu sem pestanejar querendo logo encostar-se em Jeongguk, mas sendo segurado com firmeza no mesmo lugar. Taehyung choramingou.

Jeongguk o fitou por segundos que pareceram uma eternidade para Taehyung. Embora tão logo fora agarrado pela cintura e jogado sobre as coxas do garoto – com os cabelos pretos colando na testa ligeiramente suada. As costas de Taehyung foram encostadas ao peito de Jeongguk que sorriu contra sua nuca e com um movimento simples de quadris adentrou o loiro quase que por inteiro.

Taehyung gemeu alto e rouco, enfiando as unhas nos braços de Jeongguk que grunhiu no seu ouvido. O som reverberando indecente e fazendo morada nos ouvidos do rapaz.

Jeon-Jeongguk... – Taehyung engoliu seco enquanto tremia no colo de Jeongguk.

A mente do Kim embranqueceu e nada era mais importante do que os dois juntos e a sensação ardente de ter Jeongguk dentro de si em toda sua glória ao passo que o ouvia arfar contra seu ouvido, apertando suas coxas e cintura à procura de aliviar o desespero de não poder se mover ainda.

E quando finalmente Jeongguk o fez, Taehyung jurou ver galáxias frente aos seus olhos escuros. Seu corpo banhado em libertinagem e suor. Misturando seus gemidos roucos e secos aos arfares e rosnados tímidos do garoto de programa.

Os dedos de Jeongguk afundavam em sua cintura impulsionando seu corpo para cima e usando do peso deste para descer, o sentindo penetrar cada vez mais fundo. Taehyung podia sentir o ar abandonar-lhe e a atmosfera ficar abafada, densa sobre si. Estava fora de controle. Em puro êxtase.

Seus ouvidos preenchidos pelos estalos das peles ferventes a cada investida intensa dos quadris de Jeongguk. Os gemidos dele cada vez mais urgentes. A forma como ele o elogiava e sussurrava palavras lascivas contra sua boca avermelhada.

Taehyung adentrou os cabelos de Jeongguk com os dedos, puxando-os agressivamente e o beijando indecoroso e obstinado. Recebendo alguns tapas descarados nas coxas e algumas risadinhas indecentes como resposta. Enquanto mantinha a cabeça do garoto jogada para trás, violando seus lábios, resolveu tomar o mínimo do controle para rebolar no colo alheio, devagar – a fim de sentir cada centímetro ir fundo e voltar.

— Você está tão melado pra mim, Tae. – Jeongguk sorriu contra os lábios de Taehyung. – Está adorando ser fodido, não está?

A pele bronzeada de Taehyung reluzia a luz parca do cômodo deixando-o ainda mais bonito. A franja cobrindo um pouco dos olhos entre abertos e as mãos que apalpavam alucinadas o corpo de Jeongguk e puxavam seu cabelo.

— Jeon... Jeon, porra, você é tão-

Taehyung parecia estar à um passo de distância de alcançar seu limite, pela maneira com que seus gemidos estavam se tornando esganiçados e os movimentos, erráticos. Jeongguk afundou os dedos na nuca do loiro lhe empurrando contra a cama, seu rosto contra os lençóis e apoiado nas mãos e nos joelhos, tão empinado e exposto como jamais imaginaria que ficaria.

A súbita mudança de posição fez Jeongguk atingir o mais fundo que conseguia fazendo Taehyung gozar no mesmo instante – gemendo e gritando ao mesmo tempo, tamanha a onda de prazer que o acometera.

Jeongguk continuou a foder Taehyung até alcançar o próprio orgasmo preenchendo o preservativo. Taehyung a esse ponto estava mais do que sensível e choramingava incapaz de se mover. E ele quase gozou uma terceira vez á ilusão de sentir o sêmen quente de Jeongguk dentro de si.

+

— Você está bem? – Jeongguk perguntou enquanto secava os cabelos com uma toalha. Os fios ficaram desgrenhados arrancando algumas risadas de Taehyung que permanecia na cama, amolecido, porém contente.

— Mais do que bem. – sorriu satisfeito.

Jeongguk sorriu tímido em resposta e sentou ao seu lado, acariciando seus cabelos suados. Taehyung ronronou ao toque.

— Obrigado por me deixar tomar banho aqui.

— Sem problemas. – Taehyung se inclinou para beijá-lo.

Jeongguk deixou que o Kim acariciasse seu rosto com a ponta dos dedos ao passo que desferia beijos em seus lábios, às vezes pressionando com mais força e deslizando a língua em sua semelhante.

— Eu tenho que ir. – Jeongguk avisou alguns minutos depois.

— Eu sei. – eles se separaram.

A boca de Jeongguk estava colorida em tons de carmesim meio brilhosos por causa da saliva de Taehyung e ele queria prendê-lo ali para sempre e nunca mais parar de beijá-lo.

Taehyung vestiu uma blusa de frio grande o suficiente para que não precisasse se preocupar em aparecer de boxer na porta de casa e Jeongguk pegou a mochila do chão jogando-a no ombro.

Desceram as escadas em silêncio. Taehyung abrira a porta para o moreno. Queria agradecê-lo pela experiência. Não sabia ao certo, mas sentia que deveria agradecê-lo de alguma forma. Então apenas bagunçou seus cabelos, sorriu e beijou-lhe na boca tentando depositar o máximo de carinho que adquirira naquelas poucas horas em que estiveram juntos.

— Obrigado. – sussurrou.

Jeongguk retribuiu o sorriso mostrando seus dentes adoráveis e se afastou. No entanto, antes de realmente ir embora ele fitou Taehyung nos olhos, mostrando aquele brilho malicioso crescente nas íris negras e repuxou os lábios num sorriso de canto quase que cínico.

— Ah Tae... – ele começou como se tivesse subitamente se lembrado de alguma coisa. – Diga ao Hoseok e ao Jimin que foi um prazer ajudar.

Taehyung deixou o queixo cair ao que permanecia aturdido e Jeongguk sumia na esquina do próximo quarteirão.

Eles haviam combinado tudo aquilo desde o começo!

 

Eu vou matar todos vocês!!!


Notas Finais


minha primeira vkook plotada dps de uma conversa vergonhosa
com meus amigos da universidade + minha imaginação fértil
(obs: 1bj pra minha qtie)


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