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História Akumanomachi - Capítulo nove: descobertas


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 9 - Capítulo nove: descobertas


— Isso. As pessoas foram ficando cada vez mais fissuradas por esse culto, a ponto de fazerem tudo por ele, incluindo impedir que qualquer um de fora da cidade entrasse em Akumanomachi, seja por quaisquer meios. Também diz aqui algo mais sinistro: que eles sacrificavam animais uma vez por mês. A dona do diário diz que enquanto eram sacrifícios de animais, tudo estava bem... Mas em 1906, aconteceu um acidente nas minas, em que uma delas desabou sobre um grupo de cem trabalhadores, impedindo que eles saíssem de um dos túneis. Eles morreram de fome ali, antes mesmo que pudessem ser resgatados. Jamais retiraram os corpos. Seria só um acidente normal se não fosse por esse porém: em fevereiro de 1906, um mês após a tragédia, ela ouviu o marido conversando com a estátua do bode, falando que o sacrifício havia sido feito, como ele pedira, as cem pessoas. E disse que o bode falou de volta, e que pôde escutá-lo como se a voz estivesse em sua própria cabeça que precisava de mais um sacrifício. Sua esposa, ela mesma. — Konan explicou.

— Ele ia matar a própria esposa, dattebayo? Não pode ser, 'ttebayo. — Naruto protestou, surpreso.

— Aqui ela diz que, durante os três meses que se seguiram, todas as noites acordava de pesadelos terríveis, cada vez piores, enrolada em cobras. Em uma noite, Shizune diz que viu um bode negro a espiando pela janela. A essa altura, as pessoas pareciam estar ficando mais desconfiadas e menos cegas pela fé no marido dela, e algumas já se preparavam para ir embora da cidade, que estava completamente isolada a essa altura. É a primeira vez que ela menciona o nome do marido, Sakumo Hatake. As anotações vão ficando cada vez mais confusas, com alguns kanjis que eu não sei distinguir muito bem na borda, talvez estejam em desuso, não sei. Parecem meio borrados também, como se alguém tivesse passado a mão. Sei que um dos que ela repetia da borda das anotações de junho era o kanji para "morte". Eis então que, em julho de 1906, ela diz que o marido a convidou para ir até uma sala do templo, que ele mantivera vazia, diferentemente das outras. Lá, abriu um alçapão no chão e a jogou ali embaixo, sem comida nem nada. A única coisa que ela tinha eram esse diário e uma caneta tinteiro, escondidas numa dobra do kimono. Ela disse que o túnel da direita, na primeira bifurcação, era onde os trabalhadores haviam sido impedidos de sair, e mais... Que todas as pessoas que tentaram fugir de Akumanomachi também estavam ali, mortas. "O túnel cheira a decomposição, morte e enxofre", diz aqui. O túnel da esquerda não tem saída, está bloqueado por muitas e muitas tábuas. A última anotação é dela dizendo que os pesadelos não pararam, e jamais vão parar. "Não há comida e estou morrendo de fome, não tenho mais forças para escrever".

Houve um silêncio pesado sobre eles por um bom tempo. Todas aquelas informações ainda estavam sendo digeridas por eles, de tão impactantes. De uma mera cidade abandonada meio suspeita, o local tinha se transformado em um lugar maldito, que parecia ter saído direto de um filme de terror. Akumanomachi tinha um passado muito mais obscuro do que alguém jamais imaginara: um culto misterioso a entidades malignas desenvolveu-se no local, e vários sacrifícios foram realizados para agradar esta entidade, incluindo sacrifícios humanos. Aquilo ultrapassava qualquer limite do aceitável ou normal, e explicava muito sobre o poder de atrair suicidas para lá.

— Onde morriam as pessoas quando vinham para cá? — Sasuke questionou.

— Todas eram encontradas tentando entrar na mina, pela entrada em que saímos. Tomavam veneno e morriam. Todas, sem exceção. — Pain respondeu, em tom grave — Isso já deveria ter sido o nosso sinal, uma prova de que tinha algo de muito errado com essa cidade. Precisamos ir embora daqui, esse lugar é maldito.

— Os trabalhadores... Eles foram realmente mortos pelo sacerdote, pelo Hatake-san? — a Hyuuga indagou — Como ele poderia ter feito isso?

— Bastava serrar as colunas de sustentação e a mina iria desabar em pouco tempo. Para isso ele não precisaria da ajuda de nenhuma entidade. — Itachi disse.

Hidan parecia nervoso, olhando para os lados procurando qualquer um que pudesse ouvi-los. — Puta merda, cara. E se o moleque e a mãe foram trazidos para a porra da minha para morrer aqui? Nós só olhamos o túnel da esquerda, que era seguro, o outro deve estar cheio de cadáveres do caralho. E se a gente acordou alguma merda aqui e vai se foder por causa disso?

— Nem fala isso, dattebayo, nem fala isso! — Naruto disse, juntando as mãos em sinal de prece.

— Não. Não somos os primeiros a vir aqui, e honestamente, eu acho que não somos os primeiros a entrar naquela mina desde que Akumanomachi foi oficialmente abandonada. Se alguém acordou a criatura que ainda está aqui, eu tenho lá meus palpites... Deve ter sido a mãe do garoto. Ela o sequestrou e o trouxe para cá para matá-lo, e acabou se matando também, no túnel da direita, depois de preparar aquela cena na casa em que morava. O carro deve ser dela, não há outra explicação. O sacrifício de sangue que ela fez despertou algo que jamais deveria ter sido acordado que novo. Já está tarde e não conseguiremos sair daqui antes de a noite cair, mas quando o dia amanhecer, precisamos ir embora desse lugar. — Konan falou.



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