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História Alastre - Capítulo Único


Escrita por: Nimue

Notas do Autor


Oi, amores!
Com muito custo, trago pra vocês a terceira fase do Concurso Top K-Fics!
Nossa, que sufoco foi escrever isso! Agradeço muitão à Anne, à Luiza e à Mylenna pela paciência, apoio, suporte emocional, força e as capas lindas. Foram três provas de fogo, na real.
Espero que gostem, leiam com carinho.

Boa leitura.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Alastre

Minha chegada a Paros não fora das mais tranquilas.

A balsa que conectava o arquipélago das Cíclades enfrentou dificuldades para cruzar o Mar Egeu, atrasando o desembarque de turistas naquela que era uma das maiores ilhas daquele conjunto. Tinha agendado roteiros turísticos já para o primeiro dia, contando que teria o fim da manhã e o restante do dia para cumpri-los. Tudo fora pelos ares. Às duas horas da tarde eu sequer tinha pisado em terra firme. Meu estômago estava embrulhado, minhas pernas doíam e eu praguejava o efeito do jet-lag sobre meu corpo.

Assim que consegui um táxi cujo motorista - um senhor bastante velho e um tanto zarolho - entendesse meu grego medíocre aprendido em guias de viagem, me encaminhei ao hostel no qual ficaria hospedado. Me joguei na cama tomado pela frustração. Pelo menos a pessoa que dividiria o alojamento comigo chegaria na véspera da minha partida. Teria alguma paz. Era a primeira vez que entrava de férias desde que comecei a ser professor, não tendo me permitido descanso nem com o fim da faculdade. Convencido de que merecia me distrair e ver o mundo além da península coreana, tirei do papel os planos de conhecer a Europa.

Me levantei e apoiei meus cotovelos na única janela do cômodo, assistindo os moradores locais levarem suas vidas com tranquilidade. Crianças corriam pela rua de pedras rústicas, algumas com bolas, outras bebendo Yakult. Muitos passavam por mim usando roupas de banho e carregando pranchas e boias a tiracolo em direção à praia. Talvez não fosse uma má ideia caminhar pela vizinhança e, quem sabe, aproveitar o sol do fim de tarde observando o mar. Estava a poucos quarteirões do que poderia ser um dos melhores cenários da minha vida, não poderia deixar o desânimo inicial me impedir de desfrutar a beleza da Grécia.

Menos de meia hora depois, eu estava sentado em uma toalha sobre a areia quente de Tsedaká com um romance no colo, concentrado na trama que se desenrolava entre as personagens. O vento forte deixava um zunir em meus ouvidos e bagunçava meu cabelo, deixando-o mais parecido com um ninho do que eu gostaria. Então, como se Deus tivesse atendido minhas preces, um chapéu foi colocado na minha cabeça, dando fim à revolta dos fios.

- Posso me sentar aqui? – o inglês era carregado com um sotaque que me era familiar.

Virei para encarar quem dissera aquilo e me deparei com olhos delgados como os meus. Vestia apenas uma bermuda de tecido sintético, deixando à mostra a pele num tom de dourado que me fez acreditar que Apolo marcava seus protegidos com o brilho do sol. Sem esperar por resposta, ele se acomodou ao meu lado. Imaginei que aquele fosse um método inédito para vender chapéus a turistas na praia, porém ele negou quando fiz menção a devolver o acessório que colocara em mim. Cada vez que ele dirigia a palavra a mim um quê de reconhecimento tomava meus pensamentos. Eu o conhecia de algum lugar? Não, era seu jeito de falar.

- Você é coreano? – perguntei.

Ele abriu um sorriso, mostrando os pequenos buracos nas bochechas.

- Kim Namjoon. – estendeu a mão para que eu a apertasse.

- Kim Seokjin. – retribuí o aceno.

- O que te traz a Paros, Seokjin?

- Férias, cheguei hoje. E você?

Ele apontou para o mar de ondas pronunciadas, onde muitos equilibravam-se sobre pranchas com velas acopladas.

- O windsurf. Essa é uma das melhores praias do mundo para praticar.

Conversamos até o nascer da noite, embora não falássemos muito sobre nossas vidas. Se a intenção de Namjoon era atrair minha atenção a cada gesto seu, ele obteve sucesso, já que eu não consegui deixar de reparar em como a mania de umedecer os lábios com frequência parecia favorecer a boca carnuda. Até mesmo o cabelo em um tom loiro que indicava falta de paciência para esperar o descolorante agir encaixava bem na imagem despojada que ele passava.

Talvez eu devesse parar de adular esse desconhecido, ainda que fossem comentários apenas comigo mesmo.

- Amanhã à noite é o Kyriaky tou Pascha, tem uma festa na Praça do Mercado. Os turistas costumam gostar bastante. Queria te ver outra vez. – comentou.

- Ah, obrigado. Talvez eu apareça por lá. - fingi desinteresse.

Talvez.

~x~

Na noite seguinte, lá estava eu, escorado numa escultura em formato de urso na Praça do Mercado aos beijos com o mesmo Kim Namjoon do dia anterior. Após algumas doses de um drink de kiwi e mel, nada mais me impedia de provar do sabor da boca dele. O álcool ajudou a eliminar a vergonha, omitir as palavras que não precisavam ser ditas e perverter minha mente a cada toque dele em meu corpo. A música nos envolvia, eu dançava colado nele, sentindo o calor da pele amorenada. O cheiro de loção pós-barba denunciava que ele havia dedicado parte de seu tempo a arrumar-se para a ocasião. Pessoas passavam por nós oferecendo-nos um ou outro pedaço do queijo feta tipicamente consumido naquela época do ano em comemoração à Páscoa, mas nada fazia-nos abandonar as carícias que trocávamos. Os postes tinhas tochas acesas, o fogo trepidava ao longo de toda a ilha. Era tão bonito de se ver quanto a passagem de um circo. Quando os fogos de artifício coloriram o céu, eu me encontrava imprensado contra uma parede qualquer, respirando ofegante com Namjoon deixando chupões em meu pescoço. Não havia como remediar o desejo que nos consumia. Eu o olhara diferente desde quando o vi pela primeira vez, por que deveria ver as investidas dele como uma forma de ultrajar um pobre turista?

Decidimos entre sussurros que a nossa festa deveria continuar longe da multidão, onde pudéssemos aproveitar apenas a companhia um do outro. Puxei-o pelo caminho que aprendi ser o mais rápido até o hostel, não fazendo questão de manter nossa presença pelos becos de Paros em segredo. No transcorrer do percurso, rimos, nos sentimos, nos perdemos. Nos divertíamos apenas com a companhia um do outro. Passamos por dois sujeitos que discutiam, acusando um ao outro de não ter feito o empasse correto nas videiras, segundo a tradução que Namjoon fizeram para mim.  Pelo que tinha aprendido nos guias que li antes da viagem, a região era famosa por seus vinhos, tanto que durante a comemoração do Kyriaky tou Pascha, até mesmo os que não gostavam de álcool bebiam o fermentado de uva em nome da fé católica.

Quanto mais perto chegávamos, mais eu o queria. Meus poros exalavam uma necessidade por mais de Namjoon que eu não sabia ser capaz de sentir por alguém. Faltava menos de uma esquina para chegarmos e eu não conseguia mais manter meu pensamento longe do cheiro dele, do sabor do seu beijo, da forma como nos provocamos a noite toda. No último muro em que me encostei pois minhas pernas pareciam fracas demais enquanto as mãos dele adentravam minha camisa, tocando a pele lisa da minha barriga, sabia que não seria um problema levá-lo ao meu quarto, já que não o dividia com outro hóspede. 

Se thélo. - ele sussurrou para mim. Devo ter assumido uma enorme expressão de confusão, o levando às gargalhadas na rua deserta. - Você vem para a Grécia e não fala grego?

- Eu sei o suficiente para comer e me manter vivo. Não exija tanto de mim depois de ter bebido aquele monte de kiwis com mel. - bati de leve em seu ombro. - Traduz, por favor.

- Eu te quero.

~x~

Fechei a porta, deixando o meu autocontrole do lado de fora. Assim que o estrondo marcou que estávamos finalmente sozinhos, os lábios de Namjoon buscaram os meus, nossas línguas se entrelaçaram sem cerimônias, buscando pelas sensações únicas que aquele contato nos trazia. Mas isso não era o suficiente. Não havia uma fórmula ou qualquer lógica nos nossos atos. Queríamos muito mais e isso era tudo que precisávamos saber.

- Preciso de você. – Namjoon sussurrou contra minha boca.  

- Está esperando o quê? – suguei o lábio dele, guiando-o até que sentasse na cama. 

Pus uma perna de cada lado do corpo esguio e me acomodei no seu colo, me mexendo levemente. Logo ele levava suas mãos à minha cintura, dando-me apoio para retomar o beijo de antes, porém mais necessitado. Meus dedos não resistiram a passear pelos fios descoloridos, puxando-os vez ou outra conforme o sentia trilhar minha pele com seu músculo úmido, delineando o contorno do maxilar e chegando à orelha, deixando uma breve mordida. Em resposta ao estímulo, apliquei um pouco mais de pressão no movimento dos meus quadris, fazendo lentos círculos sobre a bermuda que o loiro usava. 

Sua respiração bateu contra a meu pescoço instantes antes dos lábios fartos fazem o mesmo, provando da tez sensível do local. Inclinei a cabeça para trás, dando mais espaço para que ele continuasse com a carícia. Suas mãos percorriam e apertavam minhas costas enquanto ele chupava parte de meu pomo de adão, seguindo sem demora para a curvatura, onde seus dentes maltrataram a palidez da pele, conferindo a ela tons avermelhados. Sua língua circundava a marca deixada ali, me trazendo ondas de arrepios. Minha destra já havia invadido o tecido que cobria seu tronco, apresentando aos meus sentidos a textura das costas do atleta.  

Tão quente. 

Namjoon afastou-se de mim rapidamente para tirar a camisa, dando-me a visão de seu peitoral sob a luz bruxuleante das tochas no lado de fora da janela. Acariciei a pele nua fervendo em expectativa. Não queria ter pressa, iria aproveitar cada segundo que pudesse tê-lo para mim, olhando-me do jeito como fazia naquele momento, no qual parecia ser capaz de me devorar. Arranhei o entorno de uma marca de nascença que encontrei adornando seu peito moreno, o fazendo sorrir ladino. Quando foi a vez dele me despir da camisa, retraí-me um pouco. Mesmo assim, ele deu continuidade ao movimento, expondo mais de mim. Seu toque era preciso, pressionava minhas coxas como se soubesse exatamente o que fazer para convencer minha sanidade a abandonar-me.   

- Você é tão bonito, Jin. – mexeu na franja que caía sobre meus olhos, afastando-a.  

Sorri para ele, me distraindo brevemente na profundidade daquele olhar. Despertei ao sentir Namjoon abocanhar meu mamilo, o sugando e trazendo ao meu corpo a descarga de relâmpagos. Cruzei os braços entorno de seu pescoço, me permitindo aproveitar as sensações que ele me proporcionava ao passar a língua pelo botão rosado em meu peito. Ainda tentei manter meus olhos abertos, porém a excitação era maior que minha vontade própria. Gemidos baixos saíam de mim enquanto ele dava atenção ao outro mamilo, repetindo o que havia feito no anterior. Minha bunda pressionava o membro dele conforme eu rebolava tomado pelo prazer daquele ato. O queria tão louco por mim quanto eu estava por ele.   

Segurei seu rosto entre minhas mãos e o beijei com volúpia, absorvendo o sabor dos lábios fartos e tão convidativos. Estava entregue a ele para que fizesse comigo o que fosse de sua vontade. Quando Namjoon interrompeu o beijo e ergueu-me para deitar na cama, meus pensamentos já estavam completamente nublados. Ele caiu por cima de mim e eu o acomodei entre minhas pernas. O fogo que refletia no cabelo no cabelo claro parecia vindo dos olhos delgados, não das tochas que queimavam junto à janela atrás de nós. Seus dígitos voltaram a explorar meu corpo juntamente com a boca quente. Selares foram descendo pela minha barriga, tal como algumas mordidas na altura das costelas, até que atingisse os ralos pelos que marcavam os arredores do meu baixo ventre.   

- Posso? - perguntou, fazendo menção a abrir o botão que mantinha minha bermuda no lugar.   

Levantei o quadril em direção ao rosto que me sorria despudoradamente não apenas para dar-lhe permissão, mas para literalmente esfregar na cara dele o quão excitado eu estava. Minha ereção era evidente, marcava o tecido e fazia a cueca parecer irritantemente apertada.  

Não apenas borboletas, mas correntes inteiras de ar corriam por dentro de mim tamanho o tesão que eu sentia pelo homem que lentamente puxava para baixo a peça, carregando juntamente a cueca umedecida por pré-gozo que tanto desconforto me trazia. O encontro daquela parte tão sensível do meu corpo com a respiração de Namjoon causou-me ainda mais arrepios.  

Eu estava totalmente exposto e duro bem em frente ao rosto dele.  

Quando seus dedos compridos envolveram meu pênis rijo, o ar deixou meus pulmões. Os movimentos para cima e para baixo que ele fazia em meu membro eram deliciosos, ritmados na medida certa, contudo, não eram o suficiente.  

Eu queria mais.  

- Nam... – chamei por ele de forma manhosa, recebendo um murmurar contra a pele da minha coxa, onde ele mordia e beijava. – Por favor, não me tortura assim. 

- Torturar como? – questionou tentando parecer inocente e falhando miseravelmente. A luxúria em sua expressão entregava que ele estava tomado pelo mesmo desejo que parecia exalar por meus poros. – Assim? 

Sem cessar a masturbação que fazia em mim, Namjoon passou a ponta da língua por minha virilha, trazendo-me um espasmo gostoso. Sequer fui capaz de respondê-lo corretamente, apenas gemidos contidos saíam da minha garganta. No entanto, nada que ele fizera até aquele momento podia ser comparado à onda de prazer que me invadiu quando sua boca entrou em contato com meu falo, deixando um chupão na glande vermelha. Arqueei as costas ao sentir os lábios dele cobrindo parte de minha extensão, ao passo que o que não cabia em sua cavidade morna e úmida era estimulado por sua mão. 

Eu estava em pleno júbilo, os dedos dos meus pés se contorciam. Agarrava o lençol da cama com força, perdendo o controle do volume de minha própria voz. Namjoon sugava com afinco, por vezes gemendo contra meu pênis, emitindo vibrações que tornavam ainda mais gostoso o boquete que ele fazia em mim. Quem diria que aquele garoto com cara de durão saberia fazer um oral tão bom?  

As contrações eram cada vez mais frequentes, atingindo cada pedaço meu. Se ele não parasse logo, eu gozaria em sua boca sem sequer ter condições de avisar.  

- C-chega. – pedi mesmo que minhas reações discordassem de minhas palavras, erguendo sua cabeça ao puxar seu cabelo. Ele não deveria gastar energia demais com isso, eu queria senti-lo em mim de outro jeito.  

Ele levantou o olhar, encontrando com o meu. Meu coração falhou uma batida. Kim Namjoon tinha a boca ligeiramente inchada pela sucção constante e olhava-me como se eu fosse o último homem sobre a face da Terra.  

Porra, aquilo era pornográfico demais. 

O chamei com o dedo, trazendo nossos rostos para a mesma altura. Lambi seus lábios, invadindo-os em seguida. Nossas línguas estavam imersas em uma dança extremamente sensual, sendo rodeadas pelo gosto do líquido pré-seminal que Namjoon sorvera com tanto empenho. Ele voltara a acariciar minhas coxas, escorregando para minha bunda, apertando-a possessivamente. Suspirei sem partir o beijo, aproveitando o momento para girar nossos corpos e me botar por cima dele.  

- Também quero brincar, lindo. – disse fazendo a expressão mais safada que podia.  

Separei suas pernas compridas, encaixando-me entre elas tal como ele fizera comigo. Tirei a bermuda xadrez remanescente, deixando-o apenas com a cueca branca. Tantas cores para escolher, tinha de ser justo a que ficava magnificamente transparente quando lambuzada? Me lembraria de agradecer a Deus em nas minhas próximas orações pela visão maravilhosa do pau de Namjoon teso daquele jeito, perfeitamente definido pelo pano que o sufocava. Posicionei meu joelho estrategicamente contra sua ereção e inclinei-me sobre ele, que já esticava os braços para prender-me a si. Entretanto, indo contra suas expectativas, acendi o abajour da cabeceira da cama. As chamas das tochas pela rua começavam a abrandar e não queria perder nem um instante das feições que tomariam sua face quando eu desse prazer a ele como queria fazer. 

Me apoiei em meus cotovelos, direcionando-me ao pescoço onde gotículas de suor brotavam. As lambi seguindo a trilha que os pequenos sinais na pele amorenada indicavam, do ombro à orelha. Não fui piedoso quanto a deixar marcas. Eu iria embora em poucos dias e ansiava que ele não me esquecesse enquanto rastros da minha passagem por sua vida adornassem sua pele. Os movimentos de meu joelho sobre volume contido pela cueca tornavam-se mais rápidos conforme desbravava seu torso com os lábios e os dentes. Os murmúrios da voz grossa de Namjoon preenchiam o quarto e estimulavam-me a continuar.  

Estávamos tão excitados que não eu suportaria mais muito tempo sem tê-lo dentro de mim. Para quem a princípio não tinha pressa, aproveitando para conhecer mais do loiro através de seu corpo, agora eu estava contando os minutos para que ele me fodesse.  

Pedi que se levantasse e ele o fez, mesmo que não compreendesse exatamente o porquê. Mantive-me sentado na cama e o pus de frente para mim. Massageei brevemente seu membro sobre o tecido úmido de pré-gozo, vendo-o suspirar pesado em deleite. Abaixei a cueca com rapidez, libertando o pênis cortado por veias. A glande brilhava em excitação. Eu salivava.  

- Como pode ser tão gostoso? - passei a língua por toda a extensão antes de abocanhar sedento o máximo que podia. 

Agarrei-me às coxas de Namjoon e ele aos meus fios. Seus gemidos tornaram-se mais selvagens ao passo que eu aumentava a velocidade com que o chupava, me deliciando com as sensações que me preenchiam. Levei minha destra aos seus testículos, acariciando-os praticamente sem deixar de dar atenção ao pau que pulsava contra minha cavidade.  

Que se danasse minha necessidade de oxigênio.  

O vi se descontrolar rapidamente, investindo o quadril em minha direção. Prendi nossos olhares para que ele pudesse observar meu prazer em tê-lo fodendo minha boca daquela maneira. Eu sorria travesso ainda que ele atingisse minha garganta e por pouco não me fizesse engasgar. Bastava a visão dele mordendo o lábio inferior com força e gemendo por mim para que eu me dedicasse ainda mais a satisfazê-lo.  

Era obsceno. 

Tirei seu pênis da boca e bati com ele em minha bochecha suspirando em deleite. 

- Quem vê essa carinha de anjo não sabe como você é um puto. – sua voz tinha alcançado um tom extremamente sexy, fazendo-me estremecer. 

- Ainda tenho mais para te mostrar. – me levantei, fitando diretamente os olhos delgados que não escondiam o tesão. Guiei uma de suas mãos até minha cintura e pousei a outra na minha bunda, que ele tratou de apertar com força. Abracei-o pelo pescoço, colando nossos corpos ferventes. Mordisquei o lóbulo de sua orelha, o contornando com a língua em seguida. – Me fode.  

- Achei que não fosse pedir nunca. – ele sorriu abertamente, colando nossas testas. Permanecemos nesta posição até termos sido capazes de harmonizar nossas respirações bastante descompassadas. – Para a cama, agora. – mandou. 

Namjoon se afastou indo até onde sua bermuda tinha sido abandonada, retirando a carteira do bolso da mesma após muito a xeretar. Instantes depois ele estava ao meu lado, me entregando uma camisinha e um pequeno sachê de lubrificante. 

- Você já veio mal-intencionado, não é? – brinquei. 

- Com certeza. – me roubou um selinho. – Bota para mim? – encostou minha mão em seu membro duro. 

Rasguei a embalagem do preservativo e o retirei de lá, enroscando a ponta antes de encaixá-lo na glande inchada. Com a boca, desci a cobertura de látex até a base do pênis de Namjoon, sendo cuidadoso para que o roçar de um dente não viesse a rasgar o material. 

Me deitei novamente, esperando que ele se pusesse entre minhas pernas para que eu as apoiasse em seus ombros. O loiro pegou o lubrificante e depositou certa quantidade na ponta de um dedo, levando até minha entrada. O choque do produto gelado contra aquela região fez-me arquear as costas. Senti o primeiro dígito me invadir com pouca dificuldade, causando menos incômodo do que esperava. O segundo, por sua vez, encontrou mais resistência para entrar, sendo comprimido pelas minhas paredes. Resmunguei baixinho, evitando mudar de posição para não piorar. Doía um pouco, mas conforme Namjoon os movia, se tornava quase insignificante. Em determinado momento, o movimento dos dedos em meu interior começou a proporcionar-me prazer. Eu me mexia contra a mão dele buscando mais daquele contato, gemendo manhosamente.  

- Está bom? – perguntou ao notar que eu rebolava nos dedos que entravam e saíam de mim com mais velocidade. 

- Você s-sabe o que eu quero. – ofeguei – Me deixa sentar em você. 

Ele retirou os dígitos e eu levantei. Logo batia nas próprias coxas, me convidando a estar sobre elas. 

Acomodei-me no colo de Namjoon e o estimulava ainda mais mexendo minha bunda como se simulasse uma penetração. Ele apertava minha cintura fortemente, já impaciente por também me sentir. Me afastei para buscar por um pouco de lubrificante no sachê e o derramei sobre seu falo, espalhando com auxílio das mãos. Virei de costas para que ele posicionasse sua glande em minha entrada e lentamente fui soltando o peso de meu corpo, o sentindo me penetrar. A dor era cortante, por isso mantinha-me devagar, tendo minhas paredes comprimindo aquilo que invadia o canal tão apertado. Não foi rápido até que tudo tivesse entrado em mim. Eu respirava pesado, me empenhando em prestar atenção nos beijos de Namjoon em minha nuca, no seu toque, no ar quente que batia no início dos meus cabelos toda vez que ele suspirava. Provavelmente estava se controlando por compreender o enorme incômodo que eu sentia. Demoradamente comecei a me mover, subindo e descendo conforme a dor permitia. A cada vez que fazia isso, doía menos, dava lugar a boas sensações.  

Meus gemidos foram de contidos a desesperados quando só o que restou em mim foi o prazer. Virei o rosto para encarar Namjoon, sorrindo com a descarga elétrica que subiu de repente pelo meu corpo. Ele havia começado com as estocadas, fazendo com que seu pau fosse mais fundo em mim. 

- Tudo bem? – questionou o mais claramente que pôde ao ver o sorriso que não abandonava minha face.  

Fechei os olhos por um instante, curtindo uma nova onda de êxtase.  

- Está tão gostoso... – murmurei.  

Segurei em seu pescoço para puxá-lo e o beijei desajeitado, gemendo na sua boca desavergonhadamente.  

Eu quicava no colo dele, minhas costas roçavam em seu peito suado em uma fricção que aumentava ao passo que eu cavalgava mais rápido. Dos lábios do homem atrás de mim saíam palavras sujas em um tom deliciosamente grave. Afastei os fios colados à minha testa, tomando mais impulso para continuar com o ritmo que havia atingido, rebolando para roubar o restante de sanidade que ainda pudesse haver em Namjoon.  

Uma das mãos que apertava minha cintura ajudando-me em meus movimentos foi direcionada ao meu pênis, me masturbando na mesma frequência das estocadas. O cansaço se aproximava de mim, mas aquele estímulo me deu novos motivos para não parar de me mover. Joguei a cabeça para trás gemendo desesperado quando os dedos compridos do loiro deram atenção especial à fenda na minha glande por onde escorria pré-gozo.  

- Na-Namjoon! – chamei por ele – Me fode com força. Não aguen- – me perdi em mais um espasmo que me atingia – Não aguento mais.  

Ele se retirou de mim, me jogando no colchão sem cuidado.  

- De quatro, gracinha. – disse enquanto espalhava o restante de lubrificante na camisinha. 

- Gracinha o meu cu. – reclamei me posicionando com ele havia dito.  

- E é mesmo. – ele riu, estapeando minha bunda. – Você está me deixando doido. – seu nariz percorreu a linha da minha coluna, eriçando todos os pelos do meu corpo.  

- Sem dó. – pedi, recebendo outro tapa.  

Ele agarrou meu quadril com brutalidade e eu fechei os olhos, sentindo seu membro me preencher. Precisei morder meu braço para não ceder ao impulso de gritar. Namjoon me estocava sem parar, me tirando de órbita. Gemíamos alto, delirando com o calor daquele quarto. Ah, a primavera grega.  

Parecia o inferno e eu estava sendo fodido pelo diabo em pessoa. Era como se minha alma estivesse sendo levada, podia jurar que nem meu nome eu lembraria se não fosse pelas vezes que ele chamava por mim. Nunca um homem havia me dado tanto prazer como esse maldito garoto que conheci na praia. Nossas peles se chocavam num barulho surdo, o cheiro de sexo impregnava os lençóis e se espalhava por todo o cômodo.  

Namjoon balbuciava coisas incompreensíveis, praticamente grunhia tamanho o êxtase que o dominava. Eu, por minha vez, há muito já não tinha controle sobre meu corpo, apenas era guiado por instintos. A cada vez que ele me batia, o ardor causado pelo golpe se misturava ao prazer absurdo que eu sentia. Meus cinco sentidos haviam sido anestesiados. Minha visão estava turva como se um véu tivesse caído sobre o mundo; minha audição era exclusiva para os sons quase animalescos que Namjoon emitia e os meus próprios pedidos por mais profundidade em cada penetração; o odor de nossos corpos cobertos por suor e envoltos no mais irracional desejo me inebriava, impedindo-me de captar o que mais fosse; no paladar reinava o sabor do sangue que brotava de meu lábio inferior, que não suportou as mordidas consecutivas. Meus dedos envolveram meu pau, ampliando os choques que percorriam meus tecidos ao masturbar-me no ritmo das estocadas do loiro. As digitais melecadas tinham fácil deslizamento, indo do prepúcio aos testículos em uma velocidade deliciosa.  

Eu estava a submergir em um rio turbulento, quase sendo arrebatado. Nada mais me interessava, apenas o orgasmo intenso que se aproximava para nós dois. Quando os espasmos me sacodiram, senti o mesmo acometer Namjoon. Suas unhas cravaram em meu quadril, ele me puxava em sua direção enquanto eu empinava e rebolava para ele.  

Daquele momento em diante seria uma batalha de resistência. Não tinha como quantizar em minutos, porém eu tinha consciência que não suportaria mais que alguns instantes. Lágrimas ameaçaram rolar por meu rosto quando Namjoon acertou minha próstata. Era essa a sensação de ser elevado aos céus? Tanto gemidos quanto curtos gritos saíam da minha boca, implorando que ele atingisse aquele local novamente.  

Uma. Duas. Três. Quatro. Cinco vezes.  

Meu braço começava a apresentar leve dormência com a movimentação repetitiva que ganhava rapidez a todo instante.  

- Não para. – dizia entrecortado pelas tentativas de meus pulmões obterem oxigênio. – Que porra, Namjoon! Ah, assim...  

Seis. Sete.  

Na oitava vez meu corpo tremeu por inteiro e o orgasmo veio em jatos fortes, sujando os lençóis e meus dedos. Em resposta imediata, minhas paredes sufocaram o pênis de Namjoon.

- Caralho, Seokjin... Eu vou gozar! – ele rosnava. 

Usei o que restou de energia para manter-me firme para receber as últimas estocadas até ouvir um gemido alto e rouco. O loiro desabou sobre mim, agarrado às minhas costas. Finalmente o silêncio reinou, apenas nossas respirações ofegantes eram ouvidas. Estávamos exaustos, mas valera a pena. Estávamos plenamente satisfeitos.

Quando tivemos coragem de nos movermos, Namjoon retirou a camisinha, nos limpou e acomodou-me em seu abraço. A calmaria que nos rodeava era tamanha que podíamos ouvir o movimento do lado de fora do hostel. Pessoas passavam rindo, possivelmente voltando da festa que mobilizara toda a ilha; um cachorro perseguia um gato e, pelo seu latir, percebia-se ser um cão pastor dos muito comuns em Paros; a porta principal do alojamento foi aberta, mostrando que os demais turistas voltavam para dormir.

- Acho melhor eu ir embora, Jin. Não quero causar problemas para você. – contornou meus lábios com o polegar.

- Ninguém vai entrar aqui, o quarto é só meu. – beijei sua mão – Fica comigo, por favor. Amanhã cedo você volta para casa. Eu insisto.

- Tudo bem. – concordou – Vou te ter por mais quantos dias ainda?

- Meu plano era ficar mais uma semana e partir para conhecer o restante da Europa, mas talvez possa reconsiderar isso.

- Hmm... Tem algo que eu possa fazer para apressar sua reconsideração? – mexeu na franja que caía no meu rosto.

- Quem sabe mais um beijo mude as coisas. – sorri infantilmente, colando nossas bocas e embolando nossas línguas em uma carícia gostosa.

- E agora? – perguntou sem afastar-se de mim, brincando com meus cabelos enquanto eu fingia pensar seriamente na situação.

- É, acho que posso sobreviver sem ter conhecido a Irlanda.

Seriam longos dias na ilha de Paros.

 


Notas Finais


Obrigada por ter chegado até aqui, pessoa linda!
Esse é meu primeiro lemon NamJin, tá batendo um frio na barriga pesado aqui. Socorro.
A história não foi corrigida, então perdoem os possíveis erros. Talvez essa seja a última fase, abiguinhes. Por isso, agradeço mais uma vez a todo mundo que cedeu alguns minutos de um dia corrido pra ler as três one-shots. Vocês são muito sensacionais e importantes pra mim <3
Me acompanhem no Twitter (@smilenimue) para batermos uns papos espertos.
Nos vemos em breve!

Beijos de luz ***

P.S.: Vou voltar com as atualizações de Embriaguez, não me matem! Aliás, pra quem não conhece, deixo o link (https://spiritfanfics.com/historia/embriaguez-5433633)


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