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História Aleatória (Imagine Kim Taehyung) - Capítulo 7


Escrita por: Berrygirl

Notas do Autor


Oi, pessu!!!
Não tenho muito o que dizer, só queria que vocês soubessem que chorei MUITO escrevendo esse cap...

Calma, vocês vão descobrir o porquê agorinha!

Capítulo 7 - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction Aleatória (Imagine Kim Taehyung) - Capítulo 7

Capítulo 7 

S/N 

Batalhei muito pra girar nos calcanhares e fazer meu caminho de volta pra casa. Eu até quase fui atropelada de tão desnorteada que fiquei com toda a situação, ainda bem que era um senhor de idade que não estava tão rápido. 

Eu vou morrer, eu vou morrer, eu vou morrer... Eu só pensava nessas malditas três palavras. Já sabia do meu futuro, conheço meus pais muito bem... 

Da última vez que aconteceu alguma coisa com Lee, eu levei a maior surra da minha vida, e olha que eu não tinha culpa de nada. Minha irmã estava querendo aprender a fazer bolo, e como eu não tinha nada pra fazer, inventei de tentar ensiná-la. Pior decisão da minha vida. Lee estava com o pote com a massa do bolo, e ela acabou tropeçando nos próprios pés e derrubou tudo na cabeça. 

De primeira ela começou a rir, assim como eu. Mas aí ela começou a ficar vermelha e inchada, fiquei louca da vida de preocupação e levei ela correndo para o hospital mais próximo, e detalhe: eu estava com a roupa toda suja de farinha, os cabelos todos pro alto, segurando uma criança no colo e correndo pra salvar a vida dela. Depois de alguns exames, acabamos descobrindo que Lee era alérgica à canela, CANELA. Acreditam?  

Voltamos pra casa, e quando chegamos, mamãe e papai estavam desesperados a nossa procura, e minha mãe puta da vida com a bagunça que tínhamos deixado uma bagunça na cozinha. Contei para eles toda a história e, assim que eles examinaram Lee, fizeram inúmeras perguntas para ela e a colocaram para dormir, fui chamada para o quarto deles. 

Tudo começou comigo pedindo desculpas por não ter sido cuidadosa o suficiente, e no fim acrescentei que eu não sabia da alergia de minha irmã mais nova. Pra quê fui dizer isso... Meu pai pegou uma cinta dele e começou a bater em minhas pernas, dizendo que eu nem me preocupava com minha irmã, e que nunca mais iria me deixar sozinha com ela. 

E não parou por aí. Quando meu pai foi trabalhar, minha mãe começou a bater em minha cabeça e até levei um tapão na boca. A justificativa dela era que eu deveria ter ficado vermelha e inchada por ser tão desligada no mundo e não prestar atenção em minha irmã, portanto levei tantos tapas assim. 

Depois desse dia, comecei a não dar mais atenção para eles também, e eles realmente perceberam que tinham perdido a filha deles, então começaram a se redimir, porém não aceitei suas desculpas. 

Mas agora que eu perdi Lee... Acho que a coisa vai ser mais feia ainda. 

*          *          * 

— Chegamos! - Ao ouvir a voz de minha mãe, meu coração começou a disparar em batimentos nada saudáveis, minhas pernas e dedos começaram a tremer. - Lee, compramos seu chocolate, querida! - Merda. Merda, merda, merda, merda! Eu estou ferrada, completamente ferrada! - Lee? - Começo a ouvir os passos de minha mãe na escada, minha respiração fica desregulada e, assim que escuto a porta do quarto sendo aberta, engulo em seco e encaro minha mãe. - S/N, por que está chorando? - Nego com a cabeça. - Me diga, filha... - Engulo em seco e tomo coragem para contar. 

— A Lee, omma. - Ela franze a testa, não entendendo. - Ela sumiu. - Digo num suspiro e sinto minha mãe rosnar por dentro. 

— Como é que é? - Ela pergunta seca, e já senti minha mãe beliscando minha perna. Abro minha boca, porém o grito agoniante de dor não conseguia sair, estava entalado em minha garganta. - Como assim a Lee sumiu, S/N? - Minha mãe berra e escuto meu pai correndo até o quarto. 

— A Lee sumiu? - Minha mãe afirma com a cabeça para meu pai, porém com seu olhar mortal ainda em mim. 

— E-Eu cheguei em casa, e-e ela não es-stava aqui... - Minha mãe começa a chegar mais perto de mim, eu me afasto com medo. Quando ela ergue o chinelo para mim, a seguro pelos pulsos o mais forte o possível para que ela não batesse em mim. - Eu juro, eu não fiz nada pra ela, eu juro que a culpa não é minha! - Várias lágrimas começam a escorrer em meu rosto, porém minha mãe mantinha seu olhar frio pra mim, enquanto meu pai assistia tudo de braços cruzados. - Eu vi algumas pegadas dela, eu segui essas pegadas, mas eu não consegui encontrar ela, eu juro que tentei! 

— S/N... - Minha mãe sussurra ferozmente, dando espaço para que eu corresse. - Passa. - Engulo em seco. - Passa! - Meus lábios tremiam de medo, e quando dei um único passo, minha mãe de apunhalou pelas costas e começou com várias chineladas. - Isso é por ser tão vagabunda ao ponto de não cuidar da própria irmã! - Eu gritava de dor e chorava mais ainda, minha pele ardia muito e vi o rosto de minha mãe enrugar, ela estava fora de si. 

— PARA, OMMA! - Eu digo com dor, porém aquilo só a atiçou mais, dando mais e mais chineladas em minhas pernas. Assim que ela cansa, sou liberada e saio correndo do quarto, mas meu pai me segurou pelos braços com força. 

— Você! - Ele diz grosso, me fazendo tremer de medo. Ele começa a me empurrar com força pela escada, a brutalidade dele era tanta que tropecei umas três vezes, ainda bem que não cai. Falei cedo de mais. Um último empurrão, com mais força, me leva de boca para o chão, e juro que sinto um gosto de sangue pelos dentes. - Você vai procurar pela sua irmã, e só entra nessa casa com ela! - Meu pai grita e me puxa pelos cabelos para que eu o encarasse nos olhos. - Entendeu?! - Ele pergunto com nojo e afirmo com a cabeça diversas vezes, ao mesmo tempo abrindo a boca com dor. - Ótimo... - Ele me solta com tudo e saio correndo de casa, antes que apanhasse mais. 

Corro o quanto consigo e, quando minhas pernas doem mais do que já doía pelos tapas, entro num beco qualquer e me sento no chão, chorando mais que podia. Eu sabia. Sabia que ia acontecer alguma coisa assim. Eu estava com tanto medo que nem percebi os vergões em minhas pernas e braços, tinha até quatro veias que estavam para explodir caso eu recebesse mais chineladas. 

Eu encarava minhas mãos trêmulas, as levando para meu cabelo e o puxando sem dó, querendo me matar por ser um ser humano tão horrível. Se eu não tivesse ido na casa do Tae, ou não tivesse saído com ele... Nada disso teria acontecido. Mas eu não vou culpá-lo, ele é um cara tão legal... Ele é muito melhor que eu, tenho certeza que a família dele é perfeita, ele sim tem sorte. Já eu... Eu não mereço ter meu próprio nome. 

Assim que minha respiração toma seu devido caminho, sinto meu celular vibrar, alguém estava me ligando. Taehyung. Engulo em seco e torço para que minha voz saia direito. 

— Alô? - Escuto sua voz, que parecia ser a minha salvação. Senti vontade de chorar e contar tudo o que havia acontecido pra ele, mas mordi o lábio inferior para me segurar. 

— Oi, Tae. - Minha voz não estava uma das melhores, porém prefiro que pareça que eu tenha acordado agora do que quase morrer pela violência dos meus pais. 

— Então... Eu estava andando pelo parque, e acabei encontrando uma menininha muito linda. - Fico paralisada, minha respiração para de existir e sinto lágrimas serem formadas em meus olhos. - Ela disse que veio até aqui atrás da irmã, e quando me disse que ela era muito chata e que se chamava Lee... - Uma lágrimas escapa e minhas mãos voltam a tremer. - Pensei que seria sua irmã, por ser tão linda e tão parecida com você. 

— Ai meu Deus, Tae... - Começo a chorar loucamente, tapo minha boca com a mão, fechando os olhos e dando graças a Deus. - Você não sabe como eu estava preocupada, Tae... - Não consigo mais escutar sua respiração. - Posso falar com ela? 

— Claro. - Ele diz indiferente, o que me deixou com dúvida. 

— S/N? - Ao ouvir sua voz começo a chorar de soluçar, não estava conseguindo me segurar. - Por que você está chorando, unnie? Eu não me perdi! - Dou um grande sorriso por sua inocência. Até hoje ela não sabe que apanhei pelo acidente da canela, e tenho certeza que meus pais não vão contar nada pra ela. 

— Lee, você não pode sair de casa sozinha, e se acontece alguma coisa com você? Me deixou muito preocupada. - Seco as lágrimas com as costas da mão e tento me levantar, porém minhas pernas ainda estavam muito doloridas. - Diga para o tio Tae te trazer pra casa. 

— Ok. - Ela estala a língua. - Desculpa por te deixar preocupada, unnie, prometo não fazer isso nunca mais! - Dou um sorriso triste e finalmente me ponho de pé, ainda se contorcendo de dor. - Vou passar pro tio Tae. - Engulo em seco e me preparo para dizer o que precisava,. 

— Sim? 

— Tae, você pode deixar Lee em minha casa e depois de buscar? - Ele estala a língua. - Vou estar na frente da fonte, duas ruas depois da minha casa.  

— Por que? 

— Estou sem condições em ir à pé até seu apartamento, depois te explico.  

— Ok... - Ele diz um pouco preocupado. - Vamos, Lee? Seus pais também devem estar preocupados. - Ele dizia tão carinhoso para ela, se eu não estivesse tão ruim mental e fisicamente, eu iria ter vontade de apertá-lo. - Já te busco, beijos. 

— Beijos. - Desligo o celular e, com muito esforço, dou mais alguns passos até chegar na fonte. 

*          *          * 

Depois de uns quinze minutos avisto o carro de Tae e tento caminhar até ele, porém eu ainda estava mancando. Quando ele vê o meu estado, salta do carro e vem em minha direção, correndo e com uma cara de preocupação. 

— Meu Deus, S/N! - Quando faltava apenas um passo para que ficássemos realmente próximos, caio no chão e Taehyung se põe na minha altura para me ajudar a ficar de pé. - O que aconteceu com você? - Nem ligo para sua pergunta e o abraço pelo pescoço, já me pondo a chorar e tremendo ao mesmo tempo. 

— Só me tira daqui, Tae, por favor! - Ele engole em seco e me põe em seu colo, nos direcionando até o carro e me colocando no banco do passageiro. 

— Calma, vai ficar tudo bem... - Ele sussurra em meu ouvido e dá a partida. 

O caminho até seu apartamento foi silencioso, ele às vezes levava seu olhar para mim preocupado, querendo saber se eu estava melhor, porém eu estava olhando para as ruas, só querendo esquecer tudo o que tinha acontecido. Quando uma lágrima minha escapa, Taehyung pega minha mão e começa a acariciar meu dedão, me enviando em seguida um pequeno sorriso. Eu me sentia tão segura com ele... 

Assim que chegamos, Tae faz questão de me tirar do carro e me colocar em seu colo novamente, nos levando para sua sala e me deitando em seu colo no sofá. 

— Tudo bem, agora quero ouvir tudo o que tem pra falar... - Ele diz e em seguida sela minha testa carinhoso. 

Conto tudo para ele, desde a parte que cheguei em casa até a parte que sai da mesma. Ele me escuto sem expressão, e até parecia que ele não queria dizer nada. Quando cheguei na parte da surra, Tae analisou minhas pernas e braços, preocupado e ao mesmo tento indiferente, eu não conseguia identificar exatamente o que ele estava sentindo. Ao terminar, ele ficou me encarando por um tempo e logo decidiu abrir a boca. 

— O que você vai fazer agora? Vai voltar pra casa? - Engulo em seco. Nem tinha pensado nisso antes... 

— Acho que sim. - Ele mantinha seus olhos grudados nos meus. - Eles podem ser horríveis, mas ainda são meus pais, e ainda tenho Lee pra cuidar. - Abaixo meu olhar e recebo mais carinhos em minha mão. - Claro que, se eu pudesse, ficaria o dia inteiro fora de casa e... 

De súbito, Taehyung me corta e quase tenho um treco com o que diz, como sempre, pra falar a verdade. 

— Fica aqui comigo. Eu quero cuidar de você.


Notas Finais


E então, o que acharam?!

Por favor, comentem pra mim, isso faz com que eu melhore meu trabalho 😊


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