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História Além da amizade - O Reencontro


Escrita por: horny1

Capítulo 3 - O Reencontro


 – Vivianne Pasmanter


Foi uma noite mal dormida, de fato. Repleta de pesadelos, ou seriam sonhos? Com ele, apenas ele e aqueles olhos, aquele sorriso. Minha cabeça estava a mil por hora, acabei perdendo o horário para acordar e agora estou correndo para me aprontar. Odiava chegar atrasada em reuniões, ou qualquer compromisso. 


- Argh, droga de sapato, onde você está? – Grito, procurando por todo o quarto. 


Olho em meu relógio de pulso e vejo que teria de estar no projac em vinte minutos, o que era impossível com o trânsito infernal do Rio de Janeiro. Finalmente encontro o maldito sapato e o coloco, pegando minha bolsa, as chaves do carro e meu celular. Enquanto espero o elevador, ligo para o produtor da novela e aviso que irei me atrasar um pouco. O mesmo diz que não tem o menor problema e eu não seria a única a me atrasar.


Entro no carro e conecto meu celular ao som, colocando o aplicativo de música tocar no aleatório. Don't Speak começa a tocar, porém numa nova versão. 


- Logo essa música... eu mereço. - Dou uma risada sarcástica, saindo da garagem e ganhando as ruas do Rio até o Projac. 


You and me


(Você e eu)


We used to be together


(Costumávamos estar juntos)


Everyday together


(Todos os dias juntos)


Always


(Sempre)


I really feel


(Eu realmente sinto)


That I'm losing my best friend


(Que eu estou perdendo meu melhor amigo)


I can't believe


(Eu não posso acreditar)


This could be the end


(Este poderia ser o fim)


It looks as though you're letting go


(Parece que você está deixando ir)


No caminho, continuei a tamborilar meu dedo no volante, enquanto escutava a boa música que tocava. Porém a primeira que iniciou não saia da minha cabeça por um minuto, assim como as imagens do passado, no qual eu fui feliz por alguns meses. Foram praticamente tinta minutos, finalmente consegui chegar e já estava andando apressada em direção ao estúdio. Tão apressada que acabei nem dando atenção a quem me chamou no corredor. 


- Vivianne ? – Eu conhecia aquela voz...


- Desculpe, estou atrasada. Nos falamos depois... – digo mais alto, sem olhar para trás e sem ao menos confirmar quem era. 


And if it's real


(E se é real)


Well I don't want to know


(Bem, eu não quero saber)


Don't speak


(Não fale)


I know just what you're saying


(Eu sei exatamente o que você está dizendo)


So please stop explaining


(Então, por favor pare de explicar)


Don't tell me cause it hurts


(Não me diga porque isso machuca)


Don't speak


(Não fale)


I know what you're thinking


(Eu sei


 o que você está pensando)


I don't need your reasons


(Eu não preciso de suas razões)


Don't tell me cause it hurts


(Não me diga porque isso machuca)


É, quase uma hora de atraso. Que bonito, Vivianne Pasmanter. Vou me aproximando da sala de reuniões do estúdio no qual a novela seria gravada e já posso escutar a conversa animada que vinha lá de dentro. Bato na porta duas vezes e abro devagar, colocando apenas a cabeça para dentro. 


- Desculpem o atraso... – digo e todos os olhares se voltam para mim.


- Ela chegou. – O produtor fala, virando-se para o autor da novela. 


- Deus, essa é a minha Vivianne , exatamente como eu pensei. Você acertou em cheio no cabelo. – Mário diz, vindo me abraçar. 


- Até tentei me vestir igual a ela, até que nossos guarda-roupas não são tão diferentes. – Comento risonha, o cumprimentando. – Obrigada pelo convite, amei o seu texto e a história em si. Tenho certeza que será um sucesso. 


- Com você e todos eles no elenco, será sim. – Ele confirma, completamente feliz. 


- Então você será a minha mãe? – Me viro e encaro o rapaz lindo ao meu lado, se não me engano, Daniel Blanco. 


- E você o meu filho querido... – digo, indo lhe abraçar. 


- Opa, eu também sua  filha. – Encaro Priscila Steinman e dou um sorriso imenso.


- Que prazer vê-la. – Lembro de ter conversado algumas vezes com ela no Projac .


- Podemos começar? – Alguém fala e eu vou cumprimentar os outros atores da novela. 


Dou um beijo na Juliava Paiva, havíamos nos conhecidos antes, mas em núcleos diferentes; mal tivemos cenas juntas. Dei um abraço apertado em Fábio Assunção e conversamos por alguns minutos. Falei com Juliana Paes - e ela até brincou sobre isso, dizendo que não iria roubar o  Germano. Fiquei meio perdida, afinal não estava por dentro da novela ainda. Foi então que um jovem bonito me cumprimentou, se apresentando como Daniel Rocha , meu segundo  par romântico na novela. O genro / namorado de Lili . 


- Cheguei a tempo? – Escuto aquela voz, a que me cumprimentou na entrada. Meu coração acelera e eu me viro. 


- Germano de certo que sim. – O autor cumprimento, fazendo todos rirem.


- Desculpem, o trânsito dessa cidade é infernal. – E lá estava, aquele lindo sorriso.


I know you're good,


(Eu sei que você é bom,)


I know you're real good


(Eu sei que você é realmente bom)


Continuo a cumprimentar os outros, sem dar muita atenção a quem tinha chegado. Mas, em algum momento teríamos que nos falar. E parece que não iria demorar muito. Posso sentir seu perfume perto de mim, o mesmo perfume, durante todos esses anos. Respiro fundo e me viro, quase esbarrando nele, que me segura pelos braços.


- Cuidado...


- Desculpe, eu não prestei atenção. 


- Agora não está tão apressada como na entrada, pode falar comigo civilizadamente. – Ele diz, completamente risonho. – Quanto tempo, não? Saudades de você, Vivi.


- Pelo visto, mais uma novela juntos...


- E mais um casal, acho que esse é o carma da nossa vida. Ou o destino está me ajudando de alguma forma. – Fala, e sinto sua mão alisar o meu braço. Um carinho leve, de que tanto senti falta.


PARA VIVIANNE PASMANTER. Não, não pode acontecer de novo. Você é uma mulher madura, de 40 anos e não vai se deixar abalar novamente.


- Será mesmo, Humberto? – Pergunto, fazendo uma careta e vendo aquela risada que fazia seus olhos ficarem pequeninos e lindos, fazendo com que eu me perca naquele mar castanhos.


Ele me dá dois beijos na bochecha e aperta minhas mãos, com certa força, porém delicado ao mesmo tempo. Como se quisesse me dizer algo, através de seus gestos. 


- Vamos começar a reunião?! 

Sentem-se todos...










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