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História Além da Razão - Especial: O outro lado da moeda...


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


SURPRISE MOTHER FUCK!

Eu postei antes pq eu sou demais :v Mentira! Postei pq tava pronto e esse capítulo é uma forma de agradecimento a todo apoio de vocês!

Boa leitura e desculpem os erros!

Capítulo 5 - Especial: O outro lado da moeda...


Como esperado, aquela sexta estava extremamente agitada. Assim que abri a janela do apartamento vi a grande multidão se aglomerar de longe.

Tínhamos dado uma festa na noite anterior, agradecendo por quem foi embora e por quem iria chegar para um novo semestre. Eu estava com um ótimo pressentimento.

Se eu falasse que lembrava de qualquer acontecimento da noite anterior seria uma grande mentira. Mas quando vi que minha cama não estava vazia, concluí que era melhor não lembrar.

- Bom dia. - Falou levantando e indo até a janela. - Acordou cedo.

- É... Vamos acordar o resto do pessoal que deve estar espalhado pelo meu apartamento. - Comecei a andar, tentando entender como chegamos a esse ponto.

- Natsu. - Olhei para trás, encontrando um olhar esperançoso. - Tudo bem?

- Tudo ótimo, Lisanna.

(...)

Deveria existir um remédio que curasse a ressaca, na hora, sem desculpas ou enrolação, porém aquela era minha sina. Uma sina do caralho, por sinal.

O dia passou tão rápido e a noite veio, trazendo todas as suas diversões consigo. Era hora de analisar o que o novo ano tinha trazido. E os trotes me mostraram que foram coisas boas.

Aquele jogo de dar notas para quem nós pegávamos podia ser um tanto filho da puta, mas era a tradição. Eu não seria o babaca a quebrar isso, tenho amor á minha vida.

Só que não estava nos meus planos que esse ano algumas não levaram na esportiva, mesmo não fugindo do beijo na hora. Quem não quer, não retribui. Fizeram totalmente o oposto.

Entretanto, eu não podia parar e falar "foi um mal entendido". E também a multidão de gente que se juntou para me apedrejar não parecia querer conversar. Então, eu corri.

Entrei no primeiro prédio que achei, só que ele não desistiam. Quando fiquei sem fôlego algum tive que parar de subir e achar algum lugar para entrar. E foi na primeira porta que eu encontrei minha salvadora que, mais tarde, seria a primeira a me apedrejar. 

(...)

- Quando você vai me deixar sair? - Eu podia reagir, mas ela não parecia estar brincando. - Já disse que eu estava fugindo e encontrei a porta destrancada. Simples.

- Você considera entrar em dormitórios alheios simples assim? - Sim.

- Olha só, loirinha, eu - 

- Lucy. - Se ela me deixasse falar, não estaria tão irritada. - Não duvide que eu acabaria com você agora mesmo.

Cômico, no mínimo. Ah, qual é! Eu só entrei e queria sair o mais rápido possível. Quem mandou ter um decote um tanto... Avantajado? Até um cego olharia.

- Vai acabar comigo com uma vassoura? - Provoquei.

- Cretino. - Magoou.

- Olha, hoje é sexta. É o dia em que mais acontecem trotes e tem gente  nova pra cima e pra baixo. Meus amigos e eu fizemos uma aposta. Achar uma maior que 8,5. - Existe explicação melhor?

- Hãm, oito e meio? 

- Fazemos isso em todo novo semestre . Procuramos as garotas, pegamos elas e damos uma nota. O record é 8,5. - Eu só senti a porrada.

Baixou o Kung Fu Panda na maluca, me acertando diversas vezes, com uma força decomunal. A raiva se juntou com a dor, meu sangue ferveu.

- Como você consegue falar isso? Pegar?! Homens são uns imbecis mesmo! - Gritou estérica. 

- Espera aí, Lúcia! - Segura esse ser, pelo amor!

- É Lucy! - Acertou minha canela. - Saia do meu quarto!

- Porra! Você é louca?! - Nem maracujá acalmaria aquela doida.

Dei um basta naquilo, pegando sua "arma" e jogando longe. Ela tinha um azar incrível, principalmente por te me irritado e instigado um desejo em mim. Ao mesmo tempo.

- Isso não foi legal. - Meu outro lado foi ativo por aquela loira.

- Ei, fica longe! - Falou. Eu torci para ela não achar algo pontiagudo pois, se ela achasse, amanhã o jantar seria picadinho de Natsu.

- Vai fazer o que? - Perguntei. - Vai me bater com o que?

- Tenho mão! - Alguns passos para trás, mais um pouco e eu teria uma aliada: a porta.

- Garanto que tenho coisas bem melhores para você fazer com elas. - Eu como eu tinha.

Assim que encostou eu a cerquei, analisando sua expressão confusa e assutada. Mas que porra de beleza é essa?

- Sabe, pensando bem. - Aproximei-me um pouco mais. - Acho que tirei a sorte grande.

Senti seu perfume bom para um caralho, quase que eu tive uma recaída e a agarrei do jeito que estava. A mão espalmada no meu peito não impediria nada.

- Eu te daria um 8,6. - Foi o que o burro aqui falou, deixando ela sair na maior facilidade.

- Cretino. - Me empurrou contra a porta, que abriu com o movimento. Cai de bunda, ainda conseguindo ver seu rosto irritado. - 8,6 é sua vida, infeliz!

- Espera Luna, eu - Bateu a porta.

- É LUCY! - Sua voz saiu abafada. Ridículo, apenas.

(...)

Geralmente, quando você cursa Gastronomia, você acha que as coisas serão fáceis. Não se enganem, meus amigos. Principalmente quando seus pensamentos estão numa coisa loira.

Os nossos próximos encontros, bem... Foram, unicamente, problemáticos. E com esses problemas me refiro a ouvir gritos ensurecedores no ouvido á ser estrangulado. Ela tinha um espírito de um lutador de luta livre num corpo de mulher. Corpo esse que estava me interessando cada vez mais.

Eu precisava saber o que ela sentia por mim - raiva, irritação e ódio não contam -, eu me sentiria menos babaca se ela tivesse um pingo de atração por mim. Então a oportunidade perfeita surgiu, um castigo que ela tinha providenciado para os dois.

Porém, não foi eu que comecei as provocações, ela começou e eu apenas "coloquei lenha na fogueira", mas talvez chamá-la de gorda foi um pouco pesado, principalmente quando ela me olhou com aquele olhar assassino.

Mas tudo foi recompensado com aquele beijo e, puta que pariu, que merda tinha na boca daquela panela de pressão ambulante? Se eu visse ela se longe, com certeza, consideraria ela perfeita. Só que a personalidade da louca mudava meu ponto de vista. Ou seja, com uma fita isolante eu resolveria o problema.

Fora sua bipolaridade, num segundo tava toda derretida e depois voltou a ser a doida que eu estava mais familiarizado. Não existia palavra melhor para definir Lucy.

A gota d'água veio mais tarde, só que não é aquela gota que você fala: "Nossa, essa é a gota d'água", não. É a que você fala: "Essa é a filha da puta da última gota d'água". Entendeu? Também não.

Ver aquele cara jogando verde não foi o pior e sim o sorrisinho que ela deu em retribuição. Me senti um tanto que ofendido, mas não esperava aquela reação dela.

"Foi apenas um beijo."

Eu aqui, procurando a macumba que tinha nela e ela fazendo pouco caso da minha pessoa. Subiu como um furacão e sumiu da minha frente. Fora o seu discurso sobre ser homem. Pegou pesado.

Aquele cara me encarou e eu devolvi o olhar. Fui embora, sabendo que aquilo teria volta. Afinal, rolaria uma festa e era provável que ela estivesse lá. Espere para ver, maluca. Meu bom pressentimento estava apitando.

 

[…]

 

Eu queria que fosse apenas mais um começo de semestre, mas, ironicamente, a vida decidiu que as coisas não seriam assim. Só que eu não sabia que ela me mostraria isso colocando aquele pequeno ser humano no meu caminho.

Eu esperava alguém menos, como posso dizer? Interessante. Quando a provoquei, devolveu na mesma moeda e ainda achou que, por ser salva por Gray e Juvia, tinha se livrado de mim. Porém, eu queria que ela acreditasse nisso.

Não tenho nem palavras para descrever o quão engraçado foi a cara de cachorro molhado quando emergiu daquela piscina. Só que não foi legal ver ela fugindo, passando a perna em todos. Passando a perna em mim.

Resolvi deixar aquilo para lá, mas a vida insistia em mostrar quem manda. E lá estava aquela baixinha de novo, gritando para quem quisesse ouvir que pretendia entrar no time de natação. Não perdi a oportunidade de caçoar da sua atitude e ela retribuiu novamente. Ela era um tanto quanto surpreendente.

Não resisti quando vi ela distraída, tive que rever a cara de taxo quando molhei seu cabelo - incrivelmente azul - com meu refrigerante. E mais uma vez, ela mostrou que não era flor que se cheire, nos rendendo um castigo.

Talvez provocar ela com inspetores do lado não foi a coisa mais inteligente que fiz...Talvez. Mas o pior foi a pancada que ela deu nas minhas partes baixas, o que, pela primeira vez, me deixou realmente irritado.

Já não bastava ser estudante de Administração, eu precisava administrar a vontade de fazer ela engolir toda aquela geniosidade. Era muita marra para pouco tamanho.

(...)

Depois daquilo tinha jurado para mim mesmo que iria descontar aquele golpe baixo que a anã tinha me dado, mas não planejei que ela estivesse junto com meu vizinho na hora que Laki tinha pedido para usar meu computador para pegar o cronograma do comitê. E bem, não foi o melhor encontro.

Já no outro dia, cheguei no harário designado para o castigo e estranhei que a senhorita McGarden não estava ali. Depois de alguns minutos, ela chegou como um trator.

- Está atrasada. - Eu falei e ela me ignorou. Aquela atitude estava começando a encomodar. - Baixinha?

- Que bom que chegaram. - Gray surgiu, mas eu não tirei os olhos dela. Mas que merda deu nela? - Estão prontos para o trabalho?

- Fazer o que... - Respondi.

- Essa é a biblioteca reserva da UFM, o Redfox deve conhecer. - Fullbuster explicava apenas para ela, fingindo não me ver ali. - Essa é a ordem que ela deve ficar.

- O que vamos arrumar aqui? - Abriu a boca, finalmente.

- Tudo. Limpar os livros, prateleiras, chãos e organizar tudo como deve ser. Os materiais estão naquela porta e fiquem a vontade com as roupas, ela está fechada.- Ele saiu, mas ainda nos avisou. - Levem o tempo que precisarem!

- Mas que merda... - Seu silêncio começou a irritar. - Vai ficar me ignorando?

- Vou ir trocar de roupa no meu dormitório. - Mostrou a blusa no ombro que usava, sentindo que era a dona da razão.

Sabe aqueles segundo que te fazem pensar e analisar alguém que você nunca tinha reparado? Foi algo assim. Olhei para a blusa preta, a peça por baixo que não consegui identificar e um colar que eu não tinha reparado antes. Mesmo vendo isso, ela tinha me tirado do sério.

- Como se eu quisesse ver algo aí. - Achei que realmente não tinha. - Como se tivesse algo para ver aí. - Fui trouxa.

A sua expressão foi a pior forma que uma garota já tinha me olhado. Ninguém nunca demonstrou tanta raiva do que ela. Jogou a bolsa no chão com força. Pressenti que iria dar merda.

- Se não tem nada para você ver. - Ela tirou a blusa e jogou em mim. Jogou no meu rosto. Jogou.- Não tem problema ficar assim.

Eu fiquei sem reação. Olhei para seu corpo e depois voltei a encarar ela. Trinquei os dentes, sentindo que aquilo iria dar merda das grandes. Saiu andando, pisando firme e me deixou lá. Um idiota de queixo caído.

Olhei para aquela blusa, aquele mini pedaço de pano. Mas que merda foi aquela? Esmaguei a peça, imaginando esmagar aquela autoconfiança que ela inspirava.

Procurei por ela, como se eu procurasse por meu pior inimigo. E lá estava a causadora das minha raiva. Eu queria mostrar para ela que não sou alguém que abaixa a cabeça. Ou seria melhor dizer "que olha para baixo"?

- Tá no mundo da lua, anã? - Tomou um susto que quase me assustou. Com o olhar confuso me encarou e olhou para minha mão. -  O que foi? Isso é meu.

- Hãm? - Ela estava em outra dimensão. - Não seja tão babaca, devolva.

- Mas nem fodendo. - Falei. - Você disse que não teria problemas ficar desfilando desse jeito por aí, depois me deu esse pedacinho de pano.

Num piscar de olhos ela me atacou. Sim, me atacou. Levantei ela como se levantasse uma pena, sentindo ela se mexer como uma lesma que alguém jogou sal em cima. Irritante do caralho.

- Estou cansado de todo esse estresse seu. - Andei tranquilamente. - Não pode ser menos como você?

- Vai tomar no cu, imbecil! - Levy me mordeu. Me mordeu e eu senti aquele gesto com certo encomodo. Olhei para ela, sentindo toda minha paciência esgotar completamente.

- Você conseguiu me tirar do sério, amostra grátis. - Andei até ela. - Você realmente conseguiu.

- Olha a minha cara de preocupação. - Era até hilário ver sua expressão assustada. Eu adorei aquela cena. - Eu não tenho medo de você.

- Deveria ter, baixinha. - Agarrei seu braços, como se tivesse agarrando seu ego e enlatando ele. Tentou me afastar, mas nada me afastaria. Depois, quando me olhou nos olhos, parou de mexer-se totalmente.

Eu sempre soube que nada era comparado com um olhar. Você pode ver a alma da pessoa, ver o que ela sente, ver ela não ter reação.

Só que aquele momento me fez perceber o quão bonita ela era. Cada detalhe do seu rosto parecia ser pensado, até a maquiagem fraca ali. Só que quase perdi o controle ao olhar para sua boca.

Entreaberta e com a respiração pesada. Quase mandei o meu juízo para o foda-se. Quase. Recuperei a consciência, lembrando que a razão do meu estresse estava ali.

- Eu não sou alguém que você queira provocar. - Falei com toda certeza que achei no meu corpo. - É melhor você ficar longe.

Aquele aviso foi mais para mim do que para ela. Eu não conseguia descrever a vontade que tive de agarrar ela naquele momento. Só que eu não perderia o controle, não por casa daquela... Baixinha.


Notas Finais


Gente, comenta ai se gostaram!

Eu fiz isso como uma "retrospectiva" para meio que mostrar como eles reagiram as situações anteriores e coloquei os diálogos mais importates, espero ter agradado!

Talvez eu viaje, então não sei quando postarei o sexto!

Obrigado por tudo, suas lindas! Beijão :*


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