Quando saíram da diretoria foram direto para a sala de aula sem trocarem um olhar, se ignoravam completamente pois estavam culpando um ao outro pelo castigo.
A turma estava ansiosa pra saber o que foi que aconteceu, a professora Helena já se encontrava na sala e tinha passado um exercicio em dupla para responderem , mas também não escondia a preocupação pelas suas "crianças". Quando ouviu-se uma batida na porta todos se viraram para ver , após a professora falar "entrem" Paulo e Alicia apareceram , ainda zangados e aliviados até certo ponto pelo castigo.
Sem dar nenhuma palavra eles seguiram para os seus lugares que coincidentemente eram ao lado um do outro. Ninguém da sala quis se pronunciar pois sabiam que eles falariam depois. Depois de tudo o dia correu normalmente, ninguém perguntou nada para o casal de marrentos e eles nada falaram e continuaram se ignorando. Quando o sinal anunciando o fim das aulas batel a turma ficou na sala para tentar arrancar alguma coisa daqueles dois, que depois de tanta insistência contaram tudo.
- Claro que nada disso teria acontecido se o irresponsável do Paulo não tivesse me irritado. - Falou Alicia impaciente. Lógico que Paulo não ia ficar calado então foi logo respondendo:
- Claro que você vai jogar a culpa em mim, mas não foi eu que arremessei um livro na cabeça da diretora. - Falou sarcasticamente.
- Era pra ter acertado em você seu imprestável, e era um DICIONÁRIO. - A turma já prevendo a possível briga tentou logo mudar assunto:
- Que tal a gente sair hoje? - Perguntou Majo com um sorriso amarelo.
- Eu acho ótimo, contanto que certas pessoas não fiquem se afobando a noite toda. - Falou Marga. Jorge olhando feio para ela respondeu:
- Por acaso você está falando de mim? - Margarida com um meio sorriso o olhou e falou:
- Falar eu não tava falando, você se doeu porque quis.
- Olha aqui caipira quem você pensa que é pra falar comigo desse jeito?- Respondeu o loirinho já irritado.
- Margarida Garcia meu amor e eu falo como eu quiser. - Rebateu também irritada.
Como o clima da sala só piorava todos decidiram que era melhor nem marcar nada este dia e resolveram que o melhor era ir embora logo antes que eles se matassem, assim foram indo embora aos poucos, alguns ainda trocavam olhares furiosos como Jorge e Margarida, e Paulo e Alicia e outros iam arrastados pois queriam ver tretas como a Majo e a Valéria.
Paulo e Marce iam para casa junto com Mário que morava duas ruas antes deles. Aproveitando o isolamento de Paulo que tinha colocado os fones e andava mais a frente, Mário puxou Marcelina um pouco mais para perto e falou:
- Sabe Marce, você vai fazer alguma coisa mais tarde?
- Não, porquê??- Perguntou Marce curiosa. Mário que já estava parcialmente vermelho respondeu gaguejando:
- É... que que eu queria te chamar pra pra sair. - Marcelina o olhou também completamente corada e respondeu:
- Eu aceito- Respondeu sorrindo, mas depois de um tempinho se tocou. - Mas o Paulo não pode saber, se não ele surta.
- É claro, eu sou muito novo pra morrer. - Falou rindo fazendo Marcelina rir também. É fato de que Paulo tem muito ciúmes da irmã, principalmente com o seu melhor amigo, ele sabe que eles sempre se gostaram, mas orgulhoso do jeito que é não vai dar o braço a torcer, por sorte ele não estava prestando atenção no que estava acontecendo atrás de si. Depois de combinarem de se falar depois pra combinar o lugar e a hora se despediram e cada um foi pra sua casa.
No momento de ir embora, aproveitando o fato de que estavam completamente sozinhos Carmem foi até Daniel que esperava seu pai do lado de fora da escola e começou a conversar com ele, depois de um tempinho ela resolver que estava na hora de falar o que ela realmente sente por ele, e completamente nervosa começou a falar:
- Ééé Dani, eu preciso te contar uma coisa e por favor não me interrompa. - Falou logo cortando o menino que já ia responder.- Eu gosto de você, não o gostar de amigo, mas mais do que isso, eu acho que começou há um tempo mais eu não consigo mais guardar esse sentimento só pra mim, nem as meninas sabem e eu tô pra surtar porque eu não aguento te vê perto dela e não sentir ciúmes, eu não sei se você gosta de mim ou não, mas se você gostar nem que seja um pouco seja sincero comigo porquê se for assim eu não vou desistir tão fácil de você. - Depois de falar tudo que estava intalado Carmem se sentiu bem mais leve, ao contrário de Daniel que não sabia o que falar, só conseguia encarar a amiga. Carmen vendo a cara dele falou:
- Anda Dani, fala alguma coisa.
- Eu não sei o que falar Cah, e o meu pai chegou depois a gente se fala melhor.- Falou apressado praticamente correndo pra dentro do carro deixando Carmen parada em frente a escola, depois de um tempo sua mãe veio busca-lá e ela foi pra casa pensando se teria feito o certo se declarando para o Daniel.
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