História Além de mim - Será?....

Marce encontrou com Mário na sorveteria, depois da vergonha inicial conseguiram conversar animadamente como nunca haviam conversado, quando já estava quase na hora de ir embora passou uma moça vendendo flores, claro que o nosso menino apaixonado não ia deixar de comprar uma como na verdade comprou 10 que formaram um pequeno buquê para Marcelina, que ainda não tinha visto pois estava no caixa pegando o troco. Quando saiu lá fora Mário havia escondido o buquê em suas costas e levou Marcelina para em frente a um pequeno jardim que havia ali perto e falou:

- Marce há tempos que eu queria te falar o quanto eu sou apaixonado por você, mas a minha timidez e o meu medo nunca deixaram. Hoje eu resolvi criar coragem e te dizer tudo que está entalado aqui dentro, eu te amo desde a 8° série, sabe isso é muito tempo pra ficar calado, mas agora não importa mais porque eu não consigo mais viver longe de você principalmente depois do nosso beijo, eu não quero mais ter que esperar estarmos a sós pra poder te admirar, ou sairmos em grupo pra ficar perto de você, eu quero gritar pro mundo inteiro ouvir que eu te amo, de todas as formas, jeitos e idiomas, eu simplismente te amo.- Nessa hora nossa baixinha já não se controlava mais, caia lágrimas copiosas de seus olhos, e também das pessoas que pararam para ouvir. Mario a encarando se ajoelhou estendeu o buquê que tinha sido juntado com um colar em formato de coração prateado que ele tinha comprado para ela e perguntou:

- Marcelina Guerra você aceita namorar comigo? 

- SIM SIM mil vezes sim, eu te amo muito. - Falou a pequena se jogando em cima dele o beijando fazendo os dois caírem no chão sorrindo e todas as pessoas em volta aplaudirem.

Depois de se levantarem seguiram pra casa caminhando de mãos dadas, quem via de longe percebia o quanto estavam apaixonados e felizes. Quando já estavam a 10 minutos de casa Marcelina para e encara Mario perguntando:

- Como a gente vai contar pro Paulo, porque sinceramente ele vai surtar.

- É mesmo, ele vai querer arrancar a minha cabeça, literalmente. - Respondeu Mário preocupado.

- Ahh mas ele vai ter que aceitar nem que seja a força, mas eu acho melhor contar outro dia porquê hoje ele tá irritado pra caramba. - Falou ela. Mário ficou pensativo por um tempo, Marce percebendo logo perguntou:

- Pera aí você tá pensando o que eu acho que você tá pensando? - Perguntou sorrindo. Mário não se aguentou e respondeu também sorrindo:

-  Se você acha que eu tava pensando em usar a Aly quando a gente for contar sobre o namoro você acertou.

- Sabia, mas é melhor a gente falar com ela depois, porque no momento eles nem se olham, mais sabe mesmo eles brigando tanto eles incrivelmente se escutam no final.

- Aqueles lá vivem a base de amor e ódio, só que no momento só tá no ódio mesmo.- Falou Mário rindo.

- Hummm você que pensa que não tem amor entre eles. - Falou Marce com um sorrisinho malicioso. Mário curioso foi logo perguntando:

- Como assim dona Marcelina? Pode já ir me contando oque você quer dizer com isso.

- Ahhh mais é curioso mesmo esse meu namorado, e claro que eu não vou te dizer lindo porque se não a Aly e meu irmão me matam e a gente vai precisar da ajuda dela. - Respondeu Marce quando já estavam na porta da casa dela.

-Tá legal, mas depois você vai me contar tudo viu? Agora que você está entregue infelizmente eu tenho que ir, boa noite minha princesa. 

- Boa noite meu Príncipe. - Falou Marce , Mário logo a puxou para um beijo que continha toda a felicidade dos dois naquele momento, que se desfez somente por conta da falta de ar. Quando o beijo terminou eles ficaram se encarando com as testas coladas em um abraço apertado e susurraram um eu te amo ao mesmo tempo, que para os dois era um grito que estava sufocado a anos. Se despediram e Marce entrou em casa com um sorriso bobo no rosto, ficou encostada na porta por um tempo e logo teve a ideia de chamar as meninas para passarem a noite em sua casa e correu para a cozinha onde se encontrava sua mãe para pedir permissão, depois de ela ter deixado ligou para as meninas que confirmaram quase todas , menos a Laura e a Carmen que não poderiam ir, e ficou no seu quarto relembrando as últimas horas com o sorriso mais largo do mundo estampado em seu rosto.

Alicia tinha passado o dia todo em casa, quando viu a mensagem no grupo de Marcelina avisando sobre o encontro ficou realmente feliz até porque foi ela que deu apoio para Mário se declarar e estava realmente curiosa pra saber o que aconteceu, e uma parte dela se voltou diretamente para o Paulo, "Como será que ele vai reagir quando souber?" Pensava , mal sabia que provavelmente  iria estar presente quando isto ocorresse. Ela estava completamente no tédio quando Marce a chamou para ir dormir lá e lógico que ela aceitou, pegou tudo que iria precisar e colocou na mochila, mas antes que saísse sua mãe entrou em seu quarto:

- Aly meu amor eu e seu pai vamos ter que ir ajudar a sua tia no interior, nós vamos amanhã de manhã e só voltamos no outro dia, mas eu não quero que você passe a noite sozinha. - Falou sua mãe preocupada.

- Não se preocupe mãe eu posso pedir pra ficar na casa da Marce amanhã de novo, eu sei que a tia Ana precisa de ajuda. - Depois disso elas conversaram mais um pouco enquanto Alicia arrumava outra mochila. Se despediu de sua mãe e seu pai desejando boa viajem e partiu pra casa dos guerras. Chegando lá tocou a campainha e adivinha quem atendeu?

- Ah é você. - Falou Paulo 

- Não guerra é o Papai noel, eu tô só disfarçado. - Respondeu Alicia ironicamente. Paulo reparou nas duas mochilas dela e falou:

- Nossa garota como você é insuportável, aliás que você veio fazer aqui, vai se mudar por acaso?- Aly irritada empurrou Paulo e entrou de uma vez na casa jogando as duas mochilas no sofá.

- Não que seja da sua conta idiota, mas a Marce me chamou pra dormir aqui. E sinceramente você acha que eu seria louca de morar debaixo do mesmo teto que você? - perguntou impaciente já prevendo outra discussão mas sem conseguir evitar.

- Olha aqui Gusman eu sei que esse é o seu sonho nem adianta disfarçar. - Falou Paulo irritando mais ainda a morena.

- Sabe eu acho que é você que gosta de mim e fica disfarçando. - Retrucou ela ironicamente. Mal sabia os dois o quão verdadeiras eram as suas palavras.

- Fala serio Licia, sabe quando eu iria me apaixonar por você? NUNCA, TÁ LEGAL?- O pingo de paciência dos dois havia se esgotado completamente.

- EU JÁ TE FALEI PRA NÃO GRITAR COMIGO.- 

- EU TENHO TANTO DIREITO QUANTO VOCÊ, ALÉM DO MAIS VOCÊ TÁ NA MINHA CASA ENTÃO FALA BAIXO. - Respondeu Paulo.

- EU POSSO TÁ ATÉ NA LUA QUE EU NÃO VOU FALAR BAIXO SÓ PORQUE VOCÊ TA PEDINDO SEU IMBECIL.

- VOCÊ É UMA INSUPORTÁVEL NÃO SEI COMO A MARCE TE AGUENTA. 

- EU É QUE ME PERGUNTO COMO É QUE VOCÊ É IRMÃO DELA.- Nesse momento Marcelina chega e se coloca entre os dois.

- JÁ CHEGA, EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊS JÁ ESTÃO COM ESSAS BRIGAS IDIOTAS DE NOVO. Caramba será que dá pra ter pelo menos um pouco de paz, aliás vocês já pensaram um pouco nas crianças que vão ter que aguentar vocês? - Falou a pequena completamente alterada. Ela estava realmente feliz e queria contar logo a novidade pras meninas, mas com aqueles dois brigando seria impossível. Depois desse sermão Alicia pegou suas coisas e subiu para o quarto junto com as outras meninas que tinham decido quando escutaram os gritos, e Paulo foi para o seu quarto e se trancou.