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História Além do que se vê - Me Sinto Ótima


Escrita por: Kirilov

Notas do Autor


Voltei 😁😁.
Eu adorei escrever esse capítulo, espero que cês gostem dele.

Estamos em contagem regressiva!

Capítulo 30 - Me Sinto Ótima


O lugar é maravilhoso, como Sasuke disse que era. E, mesmo assim, não acho que sua descrição tendenciosa tenha sido suficiente diante de tanta beleza. É tudo muito lindo: a arquitetura e decoração da casa, que com a ajuda de minha imaginação posso comparar ao que seria Pemberley na realidade; o magnífico jardim; o lago; o pomar; a floresta no entorno que, nas primeiras horas da manhã, é preenchida por um jogo de luzes naturais a se esgueirarem pelas cúpulas densas das árvores.

Definitivamente amo o que vejo. Sarada também. Está aqui me induz a um estado de espírito tranquilo, é um alívio excelente para minha mente perturbada. Tenho a impressão que somente respirar esse ar e vislumbrar a paisagem é capaz de trazer uma grande paz ao meu coração.

Logo no primeiro dia, fazemos a refeição de café da manhã no jardim; eu e Sasuke aproveitamos para tomar um confortante banho de sol, e Sarada, com seu vestidinho de joaninha, até parece fazer parte do cenário. Também passeamos com nossa bebê curiosa, mostrando-lhe as diversas espécies de flores e borboletas silvestres. E com gritinhos animados ela balança os bracinhos em euforia, querendo pegar em tudo. 

O almoço é servido pontualmente ao meio dia, uma comida incrivelmente saborosa. Aliás, não sou capaz de pontuar algo que não seja incrível nesse lugar. Minhas primeiras impressões são as melhores,  e certamente nada que venha a ocorrer mudará essa opinião formada. Qualquer falha será vista como mínima, diante do que tenho considerado belo e sublime. 

Ainda a tarde, durante a soneca de Sarada, saímos para cavalgar. Sob o céu azulado e a melhor companhia, sou apresentada a paisagens que saltam aos olhos. Belas montanhas, relvas, pássaros coloridos e flora variada. Depois de uma trilha em corredor de árvores, há um lago de tom límpido esverdeado. Sasuke, sem perder tempo, imediatamente desce do cavalo e me convida para acompanhá-lo em um banho.

— Não sei nadar. — É a minha resposta, após engolir em seco o pequeno nó na garganta por lembrar da minha tentativa há alguns meses.

— Eu nunca deixaria algo de mau acontecer a você. Não confia em mim? — ele pergunta, ajudando-me a descer da cela. 

Pondero sobre a proposta, enquanto o vejo tomar distância e tirar a roupa para se aventurar em um mergulho. 

O dia está bonito, propício a atividade. Baseada nas informações da governanta da casa, sei que se for fazer isso ainda hoje, a hora é agora, pois nessa época do ano, início do verão, as chuvas vêm no final da tarde e perduram por boa parte da noite.

Respirando fundo, desabotoo o vestido. Não quero ser covarde, não mais. O Uchiha sorri muito satisfeito para mim, e me segura num abraço apertado quando corro em sua direção.

Muito firmemente agarrada a ele, deixo-me ser guiada. A água está morna, é acolhedora. E tudo é evidentemente melhor quando posso beijar Sasuke, com ele me mantendo em seu colo dentro da água, longe do medo de reencontrar aquela sensação agonizantemente de afogamento.

— Quando estava me afogando... No rio... Você sabe...

— Eu sei. — Interrompe, livrando-me do desconforto de contar os detalhes da  infeliz ocasião, ou falar a palavra que agora me embrulha o estômago.

— Ouvi a sua voz me chamando. Como se fosse você a me puxar dali, exigindo que eu vivesse.

— Eu chamei — é sua resposta, acompanhada de um olhar complacente. — Uma manhã, acordei gritando seu nome, depois de um pesadelo em que via você se debatendo numa água escura.

— Acha que foi no mesmo dia?

— Tenho certeza que sim. — Ele afirma com veemência, deixando um beijo em minha testa. — Estou ligado a você. Sempre estive.  E sempre estarei. Meu amor é muito grande para ser vivido apenas uma vez. Até a eternidade parece pouco. 

Sorrio.

— Está dizendo que me ama? Para sempre?

— Como se não soubesse.

Sasuke também sorri. Percebo que está usurpando minhas frases.

— Hoje eu ainda não sabia — digo, usando-me de seus artifícios.

— Hoje eu ainda não sei.

— Eu amo você, Sasuke Uchiha, vidente e fiel escravo do destino.

Sasuke não gosta que caçoem dele. Sei disso. Mas ainda me surpreendo quando mergulha comigo, obrigando-me a molhar o cabelo, num evidente gesto vingativo. Poderia dar-lhe uns tapas pela maldade. Porém, não o faço. Um beijo é bem melhor, apesar dos pesares. 


*

Depois de três dias cheios de atividades, e noites mal dormidas devido as cólicas de Sarada, que finalmente deram trégua com o chá milagroso de uma senhorinha da propriedade vizinha, finalmente eu e Sasuke teremos o jantar que ele se dispôs a fazer desde o momento que chegamos.

Após deixar Sarada dormindo no bercinho improvisado, tomo um banho e troco de roupa, colocando um vestido de sair, conforme o combinado para o nosso jantar especial. Também arrumo meu cabelo e uso um pouco de maquiagem. O ritual frívolo me faz bem, é uma distração na rotina. Deve soar bobo, mas envolvida nessa ação me parece importante tirar uns minutos para ficar bonita para mim, para meu marido, e lembrar por alguns minutos que não preciso ser apenas a mãe dedicada. No fim, gosto bastante da imagem no espelho.

Enquanto ainda desço as escadas, usando do corrimão de madeira para não tropeçar com o salto alto, Sasuke vem ao meu encontro, estendendo-me a mão para me ajudar descer. Não deixo de sorrir por seu cavalheirismo, ainda mais quando ele usa uma gravata borboleta, tem o cabelo tão bem penteado para trás, do exato jeito irresistível, e usa o perfume que eu adoro.

— Linda. — Ele sussurra.

Sorrio, claramente afetada com o elogio.

— Velas e música?

— Como no nosso primeiro encontro. Sempre para o bem das suas lembranças.

O sorriso inevitavelmente permanece em meu rosto. Segurando forte na mão dele, venço os últimos degraus. Eu o abraço forte, aproveitando-me da proximidade para colar meus lábios no seu e deixar que o encontro sutil alimente a felicidade dentro de mim, despertando além disso as sensações urgentes da paixão. Quando nos afastamos, sem esperar que reaja ao meu rompante, afasto-me para apreciar seu excelente trabalho de decoração, que tornou o ambiente romântico e me traz mais intensamente a certeza de que essa noite será especial para nós.

Pode-se ouvir uma bela música instrumental a preencher o ambiente, que torna tudo ainda mais encantador e tranquilizante, unido ao crepitar da lareira acessa e o barulho da chuva batendo nas vidraças das grandes janelas. Dá para ver a chama do fogo refletindo na madeira do antigo piano de calda e os quadros nas paredes.

Por algum motivo em especial, que ainda não sei explicar, algo me chama para o instrumento. Deslizo os dedos pelas teclas, gerando um som aleatório. Reside nesse gesto uma familiaridade que está além do meu entendimento. Meu peito se enche de um sentimento esquisito, talvez saudosismo.

Ao fechar os olhos e sentar no banco estreito, consigo me visualizar fazendo isso num passado distante, tocando com frenesia uma cancão que me arrebata de um jeito único, enquanto Sasuke, de pé atrás de mim, toca meu ombro suavemente também gostando do que escuta e vê. É como um sonho, uma sensação de já ter vivido algo parecido.

— Acho que estou começando a ficar com ciúmes desse piano. Desde que chegamos aqui, notei que está encantada com ele. — A voz rouca me puxa suavemente dos devaneios.

— Estou. Mas não fique com ciúmes. Não sei bem porque me sinto tão atraída… acho que é só o desejo por aprender a tocar. Toda vez que venho a essa sala, tenho a sensação que meus dedos o conhecem, e bastaria eu me sentar aqui para a mágica acontecer…

— Tem uma escola de música perto do condomínio novo. Pode se matricular lá quando nos mudarmos.

— Não é tarde para isso?

— Nunca é tarde, minha fadinha. Será bom para você, ter uma ocupação além de Sarada. Depois, quando aprender, podemos voltar aqui, e você toca para mim. — Com essas palavras, outra vez ele me estende a mão. Um pedido silencioso para segui-lo ao nosso real objetivo.

Embora estejamos tão bem-arrumados em nossos trajes elegantes, nos sentamos no tapete para comer. Duas pequenas panelas de barro de fondue reservam o nosso jantar. Queijo e chocolate, preparados especialmente pelas mãos mágicas de Sasuke. De bebida: suco de uva para mim, vinho para ele.

Em minha impaciência para experimentar, rapidamente constato que a mistura de queijos está extremamente quente, consequentemente queimando a língua.

Sasuke ri, é claro; mas antes que o repreenda por se divertir com meu pequeno incidente, ele aproxima o rosto do meu para me beijar, em uma tentativa de curar o ardor da queimadura com sua língua macia e o sabor suave do Merlot em sua boca.

Nós dois sorrimos abobalhados ao nos afastar. E começo me perguntar se essa cena, eternizada em uma fotografia, poderia ser chamada da imagem perfeita da felicidade. Se a simples observação desse momento conseguiria demonstrar quão bem me sinto agora. Ou se isso só pertence a nós, e um observador de fora apenas nos olharia como loucos, sem entender que tipo de magia secreta nos encanta.

Exala de mim uma alegria etérea. Não pode ser normal. Sinto-me uma adolescente perdidamente apaixonada quando Sasuke me beija, ocorre uma inquietação no meu peito e uma vergonha incabível que faz minhas bochechas queimarem. Até quero pensar que na verdade são só os efeitos do calor da lareira, mas, na verdade, pode ser de as circunstâncias estarem, de fato, me deixando ainda mais rendida de amor, se é que isso é possível.

O fato é que o conjunto de todos os detalhes criou um clima tão propício ao nosso amor, que me vejo quase na cena de um livro de romance. Sendo o Uchiha um mocinho muito dedicado a fazer meu coração disparar. No entanto, nesse romance, já temos uma filha e enfrentamos os muitos desencontros da vida, meu coração deveria está acostumado.

Como se não bastasse, Sasuke ainda me serve na boca, tendo mergulhado um pedaço de pão na mistura de queijos e soprado lentamente no intuito de esfriá-lo um pouco.

Justamente alegra-me intensamente o fato de ele ainda agir como no começo, ainda tentar me conquistar com palavras e gestos, e me tratar com todo afeto, como se precisasse lutar por meu amor todos os dias. Ele não precisa. Não há parte do meu ser que não o ame. Mas não posso negar que meu coração se enche de alegria por ser tão devotamente conquistado.

Se um dia me tomei um campo seco, sem expectativas e esperanças, essa noite posso dizer que posso ver as flores desabrochando após o frio do inverno. Posso acreditar, outra vez, que a primavera virá para mim. Encontro-me assim, numa alegria tão grande, que tenho vontade de dançar, de sorrir sem parar, de gritar o meu amor e beijar Sasuke até faltar ar aos meus pulmões.

Após uma sequência de sorrisos contagiosos, entre um e outro assunto frívolo que conversamos durante o jantar, realizamos cada um dos meus desejos subtendidos. Tiro os saltos e dançamos a música lenta a tocar. Com a minha cabeça encostada no peito dele, o mundo lá fora gira devagar. Os olhos fechados me permitem acreditar que o exterior está totalmente desconexo de nós.

O cheiro de Sasuke me faz flutuar, juntamente a proteção de seus braços. Não posso querer nada mais que isso. Uma lágrima escorre dos meus olhos, mas dessa vez não é de tristeza. É de uma grande felicidade. Da certeza que agora tudo ficará bem. Que os dias ruins ficaram no passado. Eu consigo acreditar que posso voar sobre campos floridos. Pois tudo são flores agora. Tudo é bonito. Tudo me enche a ponto de transbordar.

Eu afasto meu rosto apenas para beijá-lo. Há uma sincronia maravilhosa e até inexplicável nos sons ao redor, um encaixe perfeito entre fogo, chuva e sinfonia; entre nossas bocas e a ternura dos braços que me acolhem. São beijos doces, embora sedutores, trazem consigo a mágica da primeira vez, o desconforto no estômago, a agitação no coração, a certeza de que meu lugar é em seu abraço.

Sasuke é carinhoso em cada um de seus gestos, e tudo é feito com tanta calma dessa vez, que eu não me sinto desconfortável quando suas mãos sobem por meu corpo, e os dedos deslizam sobre meus ombros, puxando levemente as alças do vestido e deixando o tecido escorregar até se tornar apenas uma poça vermelha no chão. Os arrepios que se sucedem não tem nada a ver com pavor, são de uma necessidade urgente por mais contato.

Os beijos úmidos e demorados deixados em meu pescoço me fazem suspirar, e quando descem por minha clavícula, chegando aos seios, posso jurar que essa sensação não é senão de alguém que encontra a perfeição. A língua úmida dele, em contato com minha pele morna, faz-me jogar a cabeça para trás, numa tentativa desesperada de comportar as reações pungentes do corpo. Não tem nada que posso fazer além de me permitir sentir. E deixar que nessa noite Sasuke reconquiste por completo o que sempre foi seu.

— Só me deixe ir até onde for confortável para você... — murmura. — Qualquer palavra sua, e eu paro.

Meneio, concordando.

Com a resposta, ele me coloca no colo e retorna comigo para o tapete, de modo a me deixar sentada sobre suas pernas, enquanto se encosta no sofá e me permite lhe tirar a gravata borboleta e a blusa de botões. Dessa vez minhas mãos não tremem, elas se confortam com o calor da pele sendo pouco a pouco revelada. Eu o toco, movida simplesmente pelo prazer de também sentir a temperatura do seu corpo, e contornar, com a ponta dos dedos, os traços delimitados do abdômen.

Sasuke respira pesadamente a cada toque meu, como se apenas eles fossem suficientes para seu prazer. Vejo sua boca entreaberta, os olhos se apertando forte, o semblante no rosto denunciando uma satisfação sôfrega.

Gosto de ver como reage a mim, como seu peito sobe e desce numa respiração irregular. Gosto de todas as reações que arranco dele. Sinto-me dona de seu corpo, alma e pensamentos. É uma sensação quase egoísta de poder, mas não menos confortante. Usando-me dela, inclino-me um pouco para tocar meus lábios nos ombros dele, depositando em sua pele tórrida o beijo mais molhado que consigo. Sasuke suspira alto, apertando um pouco minha cintura, mas logo aliviando a pressão. Eu o beijo por toda extensão do pescoço, sendo espectadora de cada um de seus tremores involuntários e grunhidos baixos. Poderia pedi-lo para me dar um orgasmo, como fiz sozinha da última vez, mas essa afirmação de o quanto consigo mexer com seus instintos, parece-me igualmente instigante.

Aparentemente seduzido, ele segura minha cabeça, inclinando meu rosto para olhá-lo nos olhos. Encara-me, deixando o sorriso morrer apenas ao morder o lábio inferior. Sua boca então se move, espero que me diga algo. As palavras não vêm. Sem esperar mais por elas, inclino-me novamente para beijá-lo, dessa vez experimentando de seus lábios.

É um beijo longo, cheio de promessas e convites… O entrosamento saboroso de nossas línguas, unido a pressão de meus seios no peitoral dele e suas mãos espalmadas a percorrerem minhas costas, torna tudo quente e intenso. Eu me sinto exatamente assim, quente. Quente demais. Sei que estou pronta para ele. Os choques em minha coluna, a se propagarem sob os toques eróticos, são só uma prova a mais do quanto estou gostando, do quanto meu corpo está reagindo positivamente.

— Fique nua para mim — ele pede, é um sussurro em meu ouvido. Ao contrário de qualquer retesamento, a voz rouca reverbera na minha cabeça como um poderoso estímulo sexual, provocando mais um arrepio em minha pele.

Atendendo sem ressalvas, levanto, disposta a despir-me totalmente. Já não estou tão coberta assim, desde que meu vestido foi tirado. Resta em meu corpo somente uma calcinha, mas certamente o pedido de Sasuke foi justamente para tirá-la.

Ele arruma a postura para me observar bem. Sob seu olhar, vencendo qualquer resquício de medo, desfaço-me da peça de renda. Além das velas e a lareira, não há luzes que me revelem abertamente e provoquem algum maior constrangimento. Fico um pouco nervosa, é verdade, acho que insegura a respeito das últimas mudanças em meu corpo, das cicatrizes que ainda não sumiram. No entanto, tudo isso deixa de ter importância quando noto que Sasuke me olha como quem aprecia extasiado uma obra de arte. Forço-me a deixar que somente o rosto dele permaneça em meus pensamentos. Não permito que lembranças venham para deturbar o momento presente.

Ele passa a língua nos lábios, mordendo-os em seguida. Então, com um meio sorriso, inclina o tronco para baixo, tocando meu tornozelo. Um beijo acompanha seu toque. A sequência se estende por minha perna. Ele avança com toques gentis, deixando um beijo suave a cada centímetro de pele, até ficar ajoelhado diante de mim. Fecho os olhos em apreensão e tolo recato, ao percebê-lo deixando um beijo em minha intimidade. Por sorte, a carícia secreta não é demorada o suficiente para me deixar sem graça.

Os lábios logo sobem por minha barriga, chegam aos seios, é uma trilha quente e úmida com linha de chegada bem determinada em meu queixo. Quando abro os olhos, Sasuke já está diante de mim.

— Você é perfeita. — Sua voz sussurrada, tão terna quanto as carícias em meu rosto, fazem-me suspirar.

Num ímpeto de coragem, motivada pelo desejo a me consumir, escorrego minhas mãos pelo tórax dele, alcançando no fim a região volumosa em sua calça. Noto, imediatamente, quão excitado Sasuke está. Dessa vez, a constatação não me amedronta ou faz retroceder. Gosto do que sinto. Gosto de senti-lo duro sob meu toque.

— Sakura… — ele suspira com minha discreta carícia. Meu nome parece uma prece em sua voz carregada em um timbre quase obsceno. — Tem certeza? — A frase sai incerta num grunhido baixo, deixando evidente a disputa entre a excitação e o receio de seguir adiante. Percebo que teme por mim, e não por propriamente querer parar agora.

Minha resposta não precisa de palavras, prefiro deixá-la evidente em meus gestos. A certeza não pode ser mostrada por uma simples frase de consentimento, mas exposta de forma clara com ações que demonstram o quanto também quero fazer amor com ele essa noite.

Desviando dos olhos negros, tiro-lhe o cinto. Abro o botão, o zíper, puxo-lhe a calça juntamente a cueca preta que usa, para que assim como meu vestido, sejam apenas mais peças de roupa amarrotadas no chão.

Eu toco em Sasuke, segurando firme em minha palma. O simples contato parece demais. Apertando forte as pálpebras, ele joga a cabeça para trás, suplicando em nome de deus. Depois se volta para mim, e segurando meu rosto, toma-me os lábios com determinação, fazendo do nosso beijo um acordo assinado por ambas as partes.

Agora segurando minha mão, com o reflexo do fogo em nossas peles, ele me faz escorregar junto a si para baixo, até estarmos no tapete outra vez, com as labaredas estalando mais alto e a chuva batendo forte, como se a própria natureza soubesse que nos aproximamos do ponto alto de nossa paixão, dizendo “Sim, isso é correto”.

Sem desviar nossos lábios, sento-me em seu colo, minhas pernas cruzadas em volta do quadril dele, e as dele no meu. Não há uma supremacia de Sasuke sobre mim, ou de mim sobre ele. Não temo ser subjugada.

É uma mistura de pernas e braços. Nossos corpos em equilíbrio de calor, ambos frebis, em brasa, ansiosos por um reencontro. Eu me ergo só um pouco, só o suficiente para permitir nosso perfeito encaixe, e deixá-lo entrar em mim lentamente, ao som de gemidos impregnados de paixão, saudade e desejo.

Nossos lábios ainda extremamente próximos, os rugidos de sua garganta reverberando em minha boca, meus dentes puxando-lhe o lábio inferior a cada gemido mais alto. E quanto mais escorrego sobre ele, adaptando-me sem pressa; mais nossos corpos reagem em sincronia. Suas mãos deslizam por minha silhueta, vindo logo ao encontro de meus seios, depois tornando a dançarem por minhas costas. Eu mexo um pouco o quadril, quando nossa conexão se faz suficiente para isso, e Sasuke chupa meu pescoço, como se a ação pudesse aplacar sua evidente vontade de gritar.

De repente os sons ao redor, inclusive da música, perdem a intensidade no meio dos barulhos que emitimos. Eu me movimento com maior agilidade, na ânsia de saciar a minha vontade e a dele.

— Meu amor… — murmura entre um gemido e outro, em tom falho. Suas mãos arrumam meu cabelo, puxando levemente para trás os fios a esconderem meu rosto, para que assim não exista empecilhos entre nós.

Nossos olhos se encontram, e eu sei que o prazer que vislumbro no rosto dele, é o mesmo a residir no meu.

— Eu amo você, Sakura… Eu amo muito você.

Sorrio pelo deleite de ouvir tal confissão. É um sorriso que vem para atenuar as sensações imorais a me dominarem. Estou fazendo amor com o homem da minha vida, e ouvi-lo sussurrar que me ama é mais do que maravilhoso. Torna o sexo uma conexão muito mais do que carnal. É tão apaziguador ouvir suas declarações em sussurros, enquanto nos fazemos extensões de nossas almas, que chego a cogitar se estou sonhando.

— Também amo você, Sasuke. Amo muito. Por toda minha vida, eu vou amar você. — Respondo suficientemente alto, para que não hajam dúvidas. 

Novamente, ele me beija. Com todo meu carinho, seguro seu cabelo macio por entre os dedos, puxando-lhe o rosto para mais perto, enquanto afundo mais meu quadril no dele, molhando suas coxas com minha excitação e permitindo abrigá-lo completamente, como se pudéssemos ser um.


Notas Finais


Faltam 2 capítulos!

Beijos 😘


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