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História Além do Tempo (EM REVISÃO) - Ponto de Impacto


Escrita por: GihCross

Notas do Autor


Hello babes!
Ia vir hoje não,maaass...já estava com o capítulo revisado,não tava fazendo nada...então pensei: porque não att,né? 😉
Pois bem,preparem-se pra altas mudanças,e lembra que eu disse que vcs iriam "amar" ainda mais o casal Mills?Pois é...atenta só no que vão aprontar!

Boa leitura,amores! 📖👓

Capítulo 39 - Ponto de Impacto


Fanfic / Fanfiction Além do Tempo (EM REVISÃO) - Ponto de Impacto


No dia seguinte Nara acordou quase que na mesma hora que Regina e eu. Sandra dormia como um anjo.

- Ela está limpa e de camisola. Como foi que conseguiu se arrumar?

- Fui eu,Nara. Dei uma força. Aí tomou remédio, vomitou, tomou banho, escovou os dentes e dormiu. Coloquei a roupa que vestia lá fora.

- Onde? – pôs as mãos na cintura.

- Em um saco plástico no quintal. Algum problema?

- Absolutamente!

Foi resoluta até a área e jogou o saco no lixo.

- Não quero mais vê-la com aquela roupa. Parecia uma puta fudida deitada naquele sofá.

Regina e eu nos olhamos e nada dissemos.

- Meninas eu pensei, que tal irmos nós três na praia das Dunas? – propôs.

- Eu faço os sanduíches! – Regina se apressou em pegar os pães

- E Sandra? – perguntei

- Que se dane ela. Agora só penso em mim e ela que se foda!

Levantei as mãos e disse:

- Não está mais aqui quem falou!


                 ♤♤♤♧♤♤♤


Fomos para a praia das Dunas e novamente brincamos como crianças nas ondas que nos faziam de brinquedo. Levamos a bola e jogamos vôlei por um bom tempo. Foi bem divertido e Nara parecia ter esquecido completamente da outra. Chegamos em casa por volta de umas cinco e pouco, e entramos pelos fundos, como sempre. Ao abrir a porta da cozinha nos deparamos com um monte de flores espalhadas pela casa. Parecia até coisa de macumba. "Que diabo é isso?"

- Cuidado,Regina, você pode pisar em um prato de barro com uma galinha preta a qualquer momento! – cochichei no seu ouvido.

Ela riu e me deu um tapa no braço.

Mal chegamos no corredor avistamos a figura de Sandra, usando um vestido branco, sandálias baixas, cabelos lavados e perfumada, segurando um belo buquê de flores. Parecia alguém que tinha acabado de ver a Santinha.

- Amor, eu preciso falar com você. – sua voz era mansa.

- Não há o que dizer! – Nara respondeu rudemente.

Cheguei perto de Regina e cochichei:

- Vamos tomar um banho e comer. Elas vão ficar se engalfinhando aí.

Saímos do banheiro e Nara falava um monte de desaforos para a outra. Sandra parecia um cordeirinho. Almoçamos e de repente, silêncio.

- O que será que houve,Emmy?

- Sei lá. Que tal a gente sair e dar uma volta?

- Boa idéia.

Quando fomos escovar os dentes vimos roupas espalhadas pelo chão e flores por todo canto. A porta do quarto fechada e uma gemedeira inconfundível se fez ouvir. Regina me olhou chocada.

- É. É melhor a gente se mandar mesmo! – comentei.


               ☆☆☆☆☆☆☆☆



Como tudo ficou bem, saímos para o Forte de novo. Estava mais lotado que em todos os dias e o carro de som tocou de tudo. Nós nos acabamos de dançar e Sandra e Nara só tinham olhos uma para a outra. Coisa de doido!

Novamente elas encheram a cara de caipivodka e eu voltei dirigindo. Chegamos em casa umas cinco da manhã.

Sandra e Nara entraram se beijando e rasgando, desprezando a nossa presença ali. Trancaram-se no quarto e o couro comeu. Regina e eu fomos tomar banho e consegui convencê-la a seguir o exemplo de nossas amigas.


No dia seguinte fomos embora à tarde e chegamos em casa após o maior engarrafamento. Eram quase dez da noite!

Saímos sem ver a dupla dinâmica, que ainda estava trancada no quarto. Na quinta liguei para Arthur e ele já havia chegado. Disse para que eu fosse lá a tarde fazer uma entrevista com ele e o tal Júlio. Fiquei receosa porque me imaginava dentro da equipe e agora tinha esse papo de entrevista.

Regina disse que iria para o Centro, passar no banco e dar uma olhada em suas finanças, uma vez que perdeu a noção de tudo desde que voltamos da Europa. Aproveitaria para comprar umas roupas íntimas.

Cheguei no escritório de Arthur em Botafogo às 13:30h. Ficava em um prédio enorme e bonito. Regina me ajudou a escolher a roupa e me arrumar. Estava meio nervosa. Quando toquei o interfone uma voz melosa de mulher me permitiu a entrada, e ao abrir a porta dei de cara com uma autêntica secretária gostosona. Não era bonita, mas dona de um belo corpo. A mulher vestia uma saia relativamente curta, usava uma blusa decotadíssima e parecia ter saltado direto de uma capa de revista erótica.

- Oi, meu nome é Simone. O senhor Arthur e o Júlio a esperam na sala. Pode vir. – sorriu.

Fui seguindo ela e achei graça dos trejeitos que tinha. Andava rebolando tanto que chegava a ser caricata. "Mas a bunda é bonita! O corpo todo, aliás."

Entrei em uma sala e Arthur e Júlio me aguardavam lá dentro. Estavam sentados em uma mesa redonda de quatro lugares. Havia uns papéis em uma das cadeiras. Ambos se levantaram para apertar minha mão. Júlio era como o colega: meia idade, atléticoe, mas ao contrário do outro, tinha a maior pinta de galinha.

- Então,essa é Emma Swan! Deus! Nunca vi uma engenheira linda assim! – Júlio me olhou de baixo a cima.

- Boa tarde. – respondi seriamente.

"Ai, não, coroa eu não agüento!"


- Já tirou o CREA? – Júlio perguntou.

- Ainda não. Recebi o diploma nas vésperas do carnaval. Aliás, trouxe meus documentos. – mostrei minha pasta – Hoje mesmo eu vejo isso.

- Vamos fazer o seguinte, Lula está indo no Centro por volta das três. Ele te leva lá e você se arruma com o CREA. Efetivamente seu dia começará amanhã. Vou te apresentar a equipe, amanhã você se reunirá com Alcides, Anderson e Bárbara e semana que vem começam as visitas na obra.

- Ótimo! – respondi.

- Então vamos, eu te apresento ao pessoal. – Arthur se levantou – Na volta, antes de sair com Lula te falo sobre seus vencimentos.

- Até mais, menina. Viajo hoje pra São Paulo. – Júlio estendeu a mão.

Retribui o cumprimento, desejei boa viagem e saí da sala com Arthur.



Andamos pelo corredor e ele foi me explicando tudo. Aquilo era na verdade uma imensa sala onde haviam divisórias separando pessoas. Ao todo, quinze funcionários; comigo dezesseis.

Ele me apresentou Simone, a secretária que me recebeu, e os engenheiros civis Alcides, Anderson e Carlos. Em outra baia estavam dois engenheiros elétricos, Fernando e Sandro. Na ‘ala dos técnicos’, havia um projetista apelidado Cancan, dois técnicos em edificações, Bárbara e Rodrigo, um técnico em estradas, Ricardo, um mestre de obras, Raimundinho. Em uma sala separada, o engenheiro de segurança no trabalho, Lula, e ao lado os contadores Camille e Leon, o maior gay do mundo. "Bom saber disso! Sinal de que eles aceitam o homossexualismo."


Júlio era o sócio de Arthur, e o homem que saía em reuniões afora fechando negócios. A empreiteira tinha sociedade com outra em São Paulo e a carteira de obras de ambas era imensa. Com a Prefeitura do Rio havia três trabalhos, sendo que um deles envolvia obras em favelas. Disse para Arthur que tinha interesse nisso depois que encerrasse com o caso de Bonsucesso. Ele gostou de saber, pois me disse que o pessoal dele morria de medo de favela.

- Eu fui criada em uma. – disse.

- Bom. Então você sabe como agir e se aproximar das pessoas sem morrer de medo delas. Importante pra ter harmonia no trabalho de campo.

Ao final do tour, onde todos me pareceram simpáticos, Arthur me falou de grana. Eu receberia R$2500,00 líquidos, e teria direito a plano de saúde médico e odontológico. Disse que se tudo desse certo em Bonsucesso, ao final , eu poderia receber um aumento.

- Antes de sair com Lula preencha uma fichinha que Simone vai te dar, OK?

- Certo.

Preenchi a tal ficha e só lamentei de não poder marcar em estado civil a opção casada. Então marquei "outros".

Lula me deu carona até o Centro e ele era um homem de vinte e oito anos, moreno dos olhos verdes e muito bonito. Disse que era casado com a técnica Bárbara, que era mulata, cabelos estilo tranças afro, magra e bonitinha. Ela tinha vinte e cinco anos. Ele me pareceu ser rapaz sério.

Fui no CREA e não esperei muito para resolver as coisas. Mas o documento demoraria um mês e pouco para sair. Liguei para professor Ramirez contando as novidades e ele se animou. Corri para casa para falar com Regina. Tudo havia dado certo e eu queria que ela soubesse. Antes de sair do Centro ainda liguei para seu celular, mas deu fora de área. Quando cheguei em casa ela não estava lá e estranhei. Eram seis e pouco da tarde. Fui tomar banho e saí pensando em preparar um jantar especial. Macarrão ao molho branco seria uma boa pedida. Mal comecei a ajeitar as coisas e ouço o barulho da porta se abrindo. Corri para saudá-la e parei estupefata.


Seu semblante estava abatido e ela nitidamente havia chorado.

- Meu amor, o que houve? – abri os braços e me aproximei.

Ela se jogou em meus braços já soluçando e me abraçou com força.

- Deus, o que foi,Regina?? – fiquei preocupada.

- Emmy... – me abraçava com força – estamos sem nada, estamos sem nada...


Tentei tranqüilizar meu bebê com palavras doces e água com açúcar. Levei-a para lavar o rosto e quando pareceu mais calma sentamos na cama e olhei para ela segurando suas duas mãos.

- Pronto, meu amorzinho, agora que você se acalmou pode falar comigo. Que aconteceu afinal?

Ela respirou fundo, olhou para mim e disse:

- Eu fui no banco porque queria saber de meu dinheiro. Achei estranho, pois não recebi o histórico bancário do mês passado, o que aliás foi uma feliz coincidência. Chegando lá não consegui acessar minha conta no caixa eletrônico e procurei o gerente. Daí ele me informou que a conta havia sido encerrada no dia 14 de fevereiro.

- O que?? – perguntei chocada – Como?? Você não sacou dinheiro no mês passado??

- Sim, só que foi na véspera deste dia e depois não mais. Pensei em sacar de novo só hoje. – sua expressão era de profunda tristeza.

- Mas como, Regina? Quem pode fechar sua conta a sua revelia?? Como?

- Foi meu pai! – uma lágrima fugiu de seus olhos.

- Mas como aquela maldito conseguiu isso? A conta não era sua??

Ela respirou fundo, silenciou e respondeu:

- Você vai me chamar de idiota...

- Eu jamais faria isso. – toquei seu rostinho de leve – Pode falar.


- Minha conta aqui no Brasil foi aberta quando eu era menor de idade. Meu pai transferiu uma parte do meu dinheiro para ela e a outra deixou em Londres, no nome dele. Mas eu não me importava com isso. Então ele era meu representante legal e responsável por aquela conta. Eu tinha liberdade para gastar, mas ele era o principal correntista. Quando fiz dezoito anos eu deveria ter aberto minha própria conta e me desvinculado da anterior, mas esqueci desse detalhe, e daí, tão logo deve ter chegado ao Brasil, ele foi no banco,e lá transferiu o dinheiro para sei lá onde e fechou a conta. – olhou para mim temerosa e disse chorando – Não tenho nada mais além de poucas moedas na bolsa.

- Ô meu amor, não chora. Vem aqui. – ela novamente se jogou nos meus braços – Eu não estou zangada com você e nem te acho idiota. Você é que nunca pensou que seu pai pudesse fazer algo assim. Mas me fala, ele pode fazer isso mesmo? É lícito? Você não deveria ter assinado algo?

- Mas eu assinei. Eu vi minha assinatura lá.

- Como?? O desgraçado falsificou! – respondi revoltada.

- Não. Eu deduzo que foi um papel que mamãe me pediu para assinar uma vez lá em casa. Pouco antes de ela viajar no final do ano. Ela disse que era um abaixo assinado do condomínio por causa de sei lá o que, eu nem lembro, sei lá, mas de fato o papel estava em branco. Só pode ter sido isso. Ela deixou minha assinatura guardada para usar em caso de eu teimar em sair mesmo de casa. Não sei!

- Cristo Santo! Então não podemos reverter isso?

- Não.

Permanecemos abraçadas.

- Amor, olha pra mim, olha. – ela ergueu a cabeça – Eu ainda tenho o dinheiro do prêmio,Ramirez me pagou os trabalhos em Bonsucesso e deu tudo certo hoje lá no Arthur. Eu tô empregada. – sorri.

Ela sorriu também limpando os olhos.

- Ai amor, eu nem perguntei, que horror! – beijou-me – Estou feliz por você. – sorriu.


- A gente vai viver mais apertada, mas não vamos passar fome. E pode deixar, eu te dou dinheiro. Não quero que tenha vergonha de me dizer quando precisar. Mas mesmo que não diga eu te dou. Hoje mesmo eu vou correr pro banco e fazer um saque e dar pra você. – beijei-a – Mas acho que você precisa falar com a vovó o mais rápido possível. Ela nem deve saber dessa canalhice. E não procure seus pais, porque é isso que eles querem. Outra coisa também, vamos transformar a minha conta numa conta conjunta,que aí você pode sacar dinheiro quando precisar.

- Eu vou ligar para vovó amanhã. E não quero que tire dinheiro a essa hora.

- Fica tranqüila,morena, eu vou num pulo e volto.- beijei seu rosto – Lave esse rostinho de novo e me dê um tempo. Eu vou aproveitar e comprar um lanchinho pra gente fazer ao invés de jantar. Tudo bem?

Ela sorriu tristemente e disse:

- Tudo.

Levantei e fui para a rua. Saquei dinheiro e comprei um lanchinho simples para nós. Em casa tínhamos frutas e pensei em complementar com elas. Senti imenso ódio de Henry e Cora e tive vontade de esbofeteá-los até cansar. Como poderiam ser tão desgraçados assim? Regina me perguntou sobre o dia de hoje e ouvia a tudo com interesse, embora passasse o resto das horas triste. Dormimos abraçadinhas.

Demorei a pegar no sono com medo de dificuldades financeiras. Tive medo de que na carência, ela desistisse de mim e me deixasse, como era o tão esperado sonho de seus pais. De repente, parecia que uma pedra se colocara a nossa frente e tudo havia parado, mas preferi pensar que Deus sabe a hora certa de todas as coisas; no dia em que ela descobre o golpe do pai eu havia sido empregada. Talvez a mensagem oculta em tudo isso fosse: esperança!



Notas Finais


Caracaa!Vou nem falar nada,vou deixar por conta de vcs!
E aí,o que me dizem sobre tudo isso que vimos hoje?
Espero vcs no nosso espaço ai embaixo pra matar Cora e Henry,fiquem a vontade!

Talvez volto amanhã com o próximo,okay?
Até! 😘💙😘❤


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