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História Além do Tempo (EM REVISÃO) - Divergências


Escrita por: GihCross

Notas do Autor


Hello,hello guys!
Eu não resisti e acabei decidindo postar esse cap hj mesmo!
Maas primeiro...claro q gostaria d agradecê-las pelos favoritos e lindoos comentários d todas vcs!tô amando responder a cada um deles!Vocês são demaaaiss! ❤

Nesse cap não teremos muita interação SwanQueen,poiis veremos um pouquinho da Emma...e Aahh...teremos o inicio d uma treta q tera continuidade no proximo cap!

Agora vamos parar d enrolação e ir ao q interessa,nenao?
Cap ta curto...mas o proximo ta grandinho! 😆

Boa leituraa,meus anjos! 📚

Capítulo 4 - Divergências


Fanfic / Fanfiction Além do Tempo (EM REVISÃO) - Divergências

Cheguei em casa e minha avó estava sintonizada na novela.

- Oi vó. Vou me arrumar e descer. Daqui a pouco o... vou sair e daí só volto amanhã.

- Está bem. – falou sem olhar para mim

Olhei para ela e imaginei como deveria se sentir. Ela que já foi rica vivendo em um barraco mal acabado no morro. Pensei no luxo do apartamento de Regina e como deveria ser a casa de minha avó na Bahia antes de perderem tudo. Ela deveria sentir muito. Eu nasci no morro e não tinha referências, mas para quem já viveu na riqueza... 


Nosso barraco possuía quatro pequenos cômodos e eram todos, praticamente, colados entre si: sala, quarto, cozinha e banheiro. A separação entre eles era feita por cortinas de plástico amarelo translúcido. Nossa sala tinha uma poltrona de dois lugares, o móvel da TV, onde guardava meus livros, e uma mesinha entre eles, com um arranjo de flores de plástico. Na parede da janela, que era a mesma da porta, duas cadeiras de madeira.


Entrei no quarto e pensei em como era pequeno. As paredes, que eu mesma ajudei a levantar, eram bastante irregulares. Havia pendurado um quadro feito pelo meu primeiro namorado. Presente de aniversário. Minha avó dormia numa cama velha de madeira, debaixo da janela, e eu, em uma cama que fiz e que era guardada embaixo da cama dela. Tínhamos um armário, que dividíamos, e havia também a mesinha onde estavam a Virgem Maria, o terço e a Bíblia de vovó. Nos dias quentes, a santa dividia seu espaço com o ventilador.

Abri o armário e olhei minhas roupas: poucas. Se não fosse a filha de dona Maria, uma das patroas de minha avó, ter minha altura e me dar as roupas que enjoava de usar, eu nem teria como sair.

Regina tinha uma diarista. Era como minha avó, mas usava o tal uniforme azul de mangas compridas, coisa que vovó não tinha de usar. Será que Regina percebia que seus empregados estavam do mesmo lado que eu na vida? E talvez ainda melhor, pois não sei quanto eles ganhavam, mas deveria ser mais que vovó. 


Separei um vestido azul de comprimento médio e fui para o banheiro. Nosso banheiro se resumia a um vaso sanitário, pia e um micro box. Quando faltava água, o que era comum, tínhamos de passar no seu Neneco e trazer no balde. Este homem era dono de uma quitandinha no Cantagalo e tinha três imensas caixas d’água. Por gostar muito de nós, aliviava nossa barra nessas situações de "seca", sem contar as vezes em que nos vendia a fiado. Fiz um teste e vi que a água estava lá. "Oba! Hoje balde não rola!"

Acabei de me aprontar e esperei até as dez, que foi quando desci. Vovó estava quieta rezando no quarto. Às vezes eu passava dias sem ouvir sua voz.

- Tchau vó.

- Amanhã vamos consertar a parte de trás da cerca. Caiu uma pipa lá nos fundos e uns moleques acabaram com ela. Ainda tenho arame farpado suficiente.

- Pode deixar.

Saí e, como sempre, ouvi gracinhas e algumas zombarias na descida. Apesar disso, raramente alguém vinha me abordar ostensivamente e eu podia ir sossegada. Pensei em Regina e, rapidamente, desviei o pensamento. Esperei Cezar no ponto de ônibus e ele não tardou a chegar. Estava muito bonito!

- Oi gata! Você tá um arraso!

- Você também. – aproximei-me e cheirei seu pescoço – E muito cheiroso.

- Não faz assim que você me deixa louco, minha linda... – e nos beijamos com paixão – Vamos. 


Estávamos em uma cama redonda, em um motel cheio de espelhos. "Aliás, por que motel tem tanto espelho?" Cezar estava deitado sob mim, segurando minha cintura, enquanto cavalgava nele deslizando as mãos em seu peito.

- Ah... Você é muito gostosa loirinha... Mexe gostoso assim pra mim vem...

Desci as mãos até sua cintura e o puxei mais para mim. - Quero te sentir todo dentro de mim. Ah... Você é muito bom... – disse fechando os olhos.

Nossos movimentos ficaram mais fortes e acelerados; gozamos quase juntos. Ao final, saí de cima dele e deitei ao seu lado.

- Você acaba comigo, Em. Tô arrasado... – fechou os olhos

- Já eu tô satisfeita, mas não arrasada.

Cezar virou-se de lado e ficou me olhando: - Então sou homem capaz de te satisfazer?

- Por que a pergunta Cezar? Sabe que a gente se dá bem na cama. – Sentei e olhei para ele – Vou tomar um banho e dormir um pouco. Amanhã tenho de fazer um monte de coisas em casa. – Levantei e fui para o banheiro. Cezar entrou no Box enquanto me ensaboava, e se esfregou por trás. Colocou as mãos sobre meus seios e encaixou o pênis na minha bunda: - Por que nunca me deixa te provar aqui, hum? – mordia minha orelha.

- Porque sexo anal não é muito legal pra mulher. – virei de frente – Pensei que tava arrasado... – percorri seu corpo e peguei o pênis. Estava relaxado.

- E tô. Só táva jogando com possibilidades para nosso próximo encontro. – passou as mãos na minha bunda.

- Então pense em outra coisa. – beijei-o.

Gastamos tempo no chuveiro em uma tremenda sacanagem até que saímos de lá. 


       ☆☆☆☆☆☆☆


Era quarta-feira e eu não tinha visto Regina desde sábado. Pensava nela e não entendia isso. Minha aula acabou pouco antes do horário normal e fui para o laboratório onde trabalho para colocar minha marmita para esquentar. Havia um pequeno refeitório lá. Quando dei por mim, estava andando nos corredores buscando saber onde estariam os calouros naquele momento e soube da aula de física no bloco A. Andei até lá e mentalmente me questionava por isso. 


Quando cheguei perto, vi o pessoal já disperso nos corredores e fui para a sala ver se ela ainda estaria lá. Ao entrar, vi uma menina morena que calmamente arrumava o material dentro da mochilinha. Seu vestido era rosa bem como as sandálias. Alguns garotos ficaram olhando para ela, mas era como se nem existissem a sua frente. Acabaram saindo. Aproximei-me devagar e falei bem perto dela:

- Eita mulher que gosta de rosa!

Regina virou-se rapidamente e deu-me um largo e lindo sorriso: - Você?

- Vim te ver. "Mas porque estou dizendo isso??? E não é verdade? Mas precisa dizer, idiota?"

- Que bom! - seu sorriso chegou aos olhos, que chegavam a brilhar.

- Você tem uns livros pesados aí. Te ajudo. – peguei o livro de física e o de cálculo

- Você é muito gentil, Emma! – sorriu

- Não. Depende muito. Onde você almoça?

- No restaurante que vocês chamam de Burguesão.

- Burguesão? Coisa de gente fina mesmo! 


- E você?

- No refeitório do meu laboratório. Trago marmita, quer dizer, comida pronta feita em casa.

- Ah. Então não poderíamos... Você e eu, almoçar juntas?

- Se no Burguesão venderem comida pra viagem, pode ser. Vamos indo pro meu laboratório e a gente deixa esse peso lá e então passa no restaurante. Tudo bem?

- Sim. – e não parava de sorrir

Regina comprou uma quentinha no restaurante e almoçou comigo no refeitório. Como só eu trazia marmita ficamos sozinhas papeando e me pareceu que o tempo voou.

- Aquela galera babaca voltou a te incomodar?

- Não. Mas tenho medo que aquele rapaz, o tal que levou seu golpe, venha tentar prejudicá-la de alguma forma. - tinha preocupação em seu tom de voz - Nesta semana só levei um trote.

- Não se preocupe. Não pega nada. Já passou.


                ☆☆☆☆☆☆☆☆


Sexta-feira chegou e saí do laboratório na hora de sempre: 17:00h. O tempo estava fechado, como se fosse chover, e um vento sinistro soprava forte. Caminhei com pressa para o ponto de ônibus e reparei numa sombra que se escondeu atrás de uma pilastra. "Estou vendo coisas?"

Fingi que esqueci algo e voltei. Entrei no bloco D da engenharia civil e me escondi. Vi quando três caras, um deles era o que derrubei, entraram rapidamente e passaram por mim sem me ver. 


Saí de lá depressa e corri para o estacionamento. Fui me escondendo atrás dos carros. Eles voltaram e ficaram olhando para todas as direções, certamente me procurando. Fiquei abaixada atrás de um carro, já perto do bloco A, onde ficava a saída para o ponto de ônibus. Os caras foram até o ponto de ônibus e entraram em um carro com vidros filmados. Não partiram, continuaram esperando. "Tão querendo me emboscar...". 


Saí do esconderijo e continuei correndo abaixada pelo estacionamento até alcançar a outra saída, na direção oposta, perto do bloco H. Por sorte veio um ônibus e entrei. "Ah, mas vocês vão ver!"

Já em Copacabana, parei em um orelhão e liguei para Ruby pedindo o telefone de Regina, mas não contei sobre o que houve. "Eu sou muito lesada mesmo.Típico, Emma Swan! Até agora não tinha me mancado de pegar o telefone da garota!"

Minhas amigas nem sabiam da confusão por causa do trote na sexta passada. Liguei para Regina e ela estava assistindo a um filme no vídeo. Falei sobre o ocorrido.

- Meu Deus, então foi isso! Hoje o motorista foi me buscar e ele cismou que uns rapazes me acompanharam até perto do carro e estavam me olhando de um jeito estranho. Teriam ido embora quando o viram saindo do carro. E eu achei que era cisma dele!

- Não, ele devia ter razão. Provavelmente o cara chamou uns amigos e eles queriam te sacanear e depois a mim. Mas tudo bem, deixa eles comigo.

- O que vai fazer, Emma? – senti, mais uma vez, preocupação em sua voz.

- Também tenho gente por mim. Deixa que eu resolvo isso.


 - Só tome cuidado, por favor! Não quero que se machuque. - falou aparentando estar com medo, pois, por um momento, achei que ela chorava enquando falava.


- Pode ficar tranquila, Regina! Ficarei bem. - pontuei, nos despedimos e desliguei. Resolveria isso agora mesmo!


          ♧♧♧♧♧♧


Cheguei em um barraco de madeira, caindo aos pedaços e mal acabado. Uns caras estavam sentados na porta fumando maconha e me olharam desconfiados.

- E aí gente, como é que tá? Morcegão tá aí?

- Tá. Entra. Ele vai até gostar..."Será que é uma boa idéia, Swan?"

Entrei e Morcegão estava largado em um sofá, contando dinheiro, bebendo cerveja e cheirando cocaína sobre um espelho.

- Mas olha se não é a combinação que eu sonho? Grana, cerva gelada, pó e a minha gata preferida... Deu saudade, Loirão? – olhou-me de cima a baixo com desejo.

- Pára com isso, cara. Vim aqui porque preciso de um favor seu.

- Você?! - indagou com espanto - Nunca me pediu nada. Quê que houve?

- Eu dei um soco num cara da faculdade porque ele tava sacaneando uma amiga minha. Fez uma semana que isso aconteceu. E aí hoje, ele e mais uns caras armaram uma emboscada pra mim na hora da saída. Mas eu percebi e fugi. Só que tenho medo que eles prejudiquem a minha garota de alguma forma. Ela é muito ingênua e eles a pegariam sem o menor esforço...

- Quando a minha mãe ficou doente você foi a única que ajudou. Eu prometi que faria qualquer coisa por você e faço. Quê que cê quer? Que eu apague os caras? - vi um brilho de maldade em seu olhar e me assustei.

- Não!! Mas quero que assuste. Nada de sinistro, pelo amor de Deus, mas o suficiente pra eles pararem.

- Tu sabe como achar o cara?

- Acho que sei.

- Vou contigo na segunda, tu me mostra o mané e o resto é comigo e com meus cumpadi.

- Eu saio cedo pra lá.

- Tu bate aqui e eu vou.

- Então tá. Até segunda. – Quando virei pra sair ele me chama: 


- Emma! Fica mais. Prova aí comigo. – levantou-se – Sabia que fuder depois de cheirar uma carreira é bom pra caralho? – aproximou-se de mim.

- Foi exatamente por causa dessas "carreiras" que eu me afastei de você. Tchau. Fui embora em direção a minha casa. "E pensar que esse viciado vendedor de droga foi meu segundo homem".

Lembrei de como Morcegão era quando nos conhecemos. E ele nem era Morcegão naquele tempo. Era Marcelo, um belo rapaz negro, alto, forte, musculoso e gente boa. Deixou-se seduzir pelas promessas fáceis do tráfico de drogas e tornou-se um traficante brabo, além de um viciado de primeira. Não demorou muito e sua mãe adoeceu e morreu de câncer no estômago. Ele foi o segundo rapaz do morro que namorei e, às vezes, depois que terminei, insistia em ter algo comigo. Porém, o fato de muitas garotas pagarem por suas drogas fazendo sexo o deixava muito ocupado para que me perturbasse. Hoje, apesar de ter minha idade, parece dez anos mais velho e tem uma barriga que chega a ser indecente. Nunca fui a favor de pedir ajuda a traficante, mesmo que fosse um ex, mas o medo de que algo de ruim acontecesse à Regina me fez esquecer isso. "Se acontecer alguma coisa com ela, eu não vou me perdoar. Afinal, fui eu que bati no cara."





Notas Finais


Ta ai,galera...espero q tenham gostado!Perdoem-me pela cena hot da Emma ai,mas foi necessário...afinal,ela nunca havia vivido experiências homoafetivas,ou seja,era hétero.Prometo q essa e a primeira e ultima vez q verão isso,okay?
Digam pra mim o que acharam!

Logo volto com a continuação! 🌚
Até...xêro!
Mwaah! 😘😘😘


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