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História Além dos Portais - 2T - Médicos, Monstros Ou Deuses?


Escrita por: Especttra

Notas do Autor


Mais um pouco dessa coisa fofa que é o Thadeus Grimm.

Divirtam-se!!!


Beijos!

Capítulo 38 - 2T - Médicos, Monstros Ou Deuses?


 

 

 

 

O Helicóptero que levava O Secretário de Segurança pousou no Interior de uma base militar,  no deserto de Nevada.

Ali, onde todos pensavam que havia muitos segredos, era ultimamente o local predileto de Grimm.

Ele desceu da aeronave, sendo recepcionado pelos soldados nervosos. Mantinham a postura ereta, e a conhecida e respeitosa continência, retribuída por Grimm.

 

Cumpridas as formalidades, Grimm cruzou o pátio da instalação militar e se dirigiu ao elevador que levava ao último subsolo. Dispensou a companhia do soldado que guardava o elevador e desceu.

Desembarcou em um extenso e frio corredor de piso escuro com iluminação artificial amarelada.

Portas metálicas com pequenas janelas de vidro blindado eram a única coisa que se via nesse caminho gelado.

Grimm andou até o meio do corredor e parou em frente à uma das portas. Apertou o botão de um interfone e chamou.

-Soldado!

Um jovem militar fardado atendeu ao chamado.

-Sim, senhor?

-Abra! Está esperando o que, um memorando?

-Desculpe, senhor.

Ouviu-se um zumbido, seguido de um estalo… E a porta se abriu.

Grimm entrou na sala irritado empurrando a porta, abriu os braços e esperou que o apatetado soldado retirasse seu paletó militar e pendurasse num cabide junto da porta. Retirou seu  quepe e pendurou ao lado da farda. Dali mesmo pegou um comprido jaleco de mangas compridas, impecavelmente branco que apresentava um bordado no bolso onde se lia: “Grimm, T. - MD”.

Ele vestiu o jaleco, abotoou meticulosamente cada um dos botões e calçou um par de luvas cirúrgicas.

Quando vestia seu aparato de médico, exigia que se referissem a ele como Dr. Grimm.

 

Thadeus Grimm começou sua carreira como médico do Exército, galgando rapidamente e por merecimento, os patamares subsequentes à patente de tenente até seu atual posto de General. Com sua inteligência, ambição e poder de manipulação, foi fácil chegar onde chegou.

E ele empacou.

Não conseguia passar dali.

Até sua abençoada paciência tinha limites. E ele descobrira que chegara no limite dela.

Grimm então fez um sinal para que o soldado abrisse a porta que estava aos fundos daquela sala vazia, e entrou.

Tratava-se de um cômodo todo revestido de material estofado macio branco, como aqueles em que se interna pacientes psiquiátricos violentos.

Deitado numa pequena cama a um canto, jazia um jovem brownie com orelhas de cão. Estava magro, seminu e tinha o corpo coberto de feridas.

O jovem encontrava-se acorrentado pelas mãos e pés, e exibia olheiras profundas no seu único olho. O outro encontrava-se ausente, com a pálpebra murcha representando a órbita vazia. Parecia dormir.

 

Grimm pigarreou e num sobressalto o jovem brownie despertou e sentou-se na cama, se encolhendo num canto.

O olhar aterrorizado dele fazia crer que estava apavorado com a visão daquele médico.

-Por favor!... - Implorava ele, se encolhendo de encontro à parede - Não faça mais isso!

 

Grimm esboçou um sorriso de lado, e estendeu a mão para o soldado, que nela depositou uma seringa com algum tipo de líquido vermelho dentro. Fez um sinal para o soldado, que adiantou-se e segurou o braço magro do rapaz.

Ele gritou , quando Grimm espetou a seringa na sua frágil musculatura deltóide, injetando todo o conteúdo da seringa nele.

O Jovem estremeceu e pareceu ter uma espécie de crise convulsiva, soltando pela boca uma espuma viscosa.

Grimm observou a agonia dele e olhou no relógio em seu punho…

A crise lentamente se extinguiu.

-Dezessete segundos… - Disse ele. - As crises estão ficando mais curtas. Em breve não acontecerão mais…

E olhando para o soldado que olhava apavorado para o Brownie…

-Limpe-o.

Vendo que o rapaz hesitava…

-O que foi? Está com pena? Gostaria de ficar no lugar dele sendo inoculado com todo tipo de doença?

-Nã- não, senhor! Já vou limpar, senhor!

 

Grimm retirou as luvas e atirou-as num cesto de lixo do lado de fora.

-Daqui a doze horas colha outra amostra de sangue e leve ao laboratório. - E olhando para o rapaz que espumava na cama - Quando ele acordar, faça-o comer. Não se fabrica anticorpos vivendo de luz. Se ele não aceitar, injete por uma sonda. Se precisar, obrigue-o. Espanque-o se for preciso. Não preciso dele inteiro. Só preciso dele vivo.

Girou nos calcanhares e saiu da pequena cela, deixando o soldado apavorado ali, limpando aquela pequena cobaia de Grimm.

“Esse soldado é fraco…” - Pensava ele. “ Preciso de alguém que não hesite em cumprir minhas ordens. Preciso de alguém que não tenha pena dessas escórias. Somente assim vou saber até que nível seu sistema imunológico é capaz de fabricar anticorpos, e em que nível combatem todos esses nossos micro-organismos… “

“Preciso ainda de outras cobaias. Vou pressionar ainda mais os agentes para capturarem mais deles e trazerem para mim aqui. Vamos dar início a uma nova operação de caça às bruxas… Dessa vez será uma caça aos fairy… Porém no mais alto sigilo. Preciso extrair dessas criaturas tudo o que puderem me dizer sobre o cristal... E os Portais.”

 

Grimm sabia que muitos não aprovariam seus métodos e nem suas experiências, médicas e genéticas. Se o pessoal dos Direitos humanos chegasse até ele, ele simplesmente diria que eles não eram humanos. Se os direitos dos animais chegasse, ele diria que eles não eram animais. Sentia-se onipotente por não existirem leis que oferecessem proteção aos fairy. Ele sabia de tudo isso.

 

O que ele não sabia, era que aquele pequeno Brownie apavorado, discípulo de Kratos, sabia abrir portais…

Grimm não se lembrava em que fase da sua vida tinha se transformado no que ele era agora.

Talvez tivesse sido na infância, quando era torturado pelos colegas da escola no seu país natal, por ser parente daqueles que viveram muitos anos usufruindo da fortuna e fama da literatura inútil.

Ele nunca soube como esses ancestrais tiveram tanto acesso à informação sobre os fairy. Talvez os tivessem conhecido. Talvez fossem um deles. Ele não queria nem pensar numa possibilidade dessas, de ter algum parentesco com aquelas criaturas humanóides repulsivas.

Mas cresceu traçando seus objetivos de se afastar completamente da história grotesca que seus familiares contavam.

 

Quando as primeiras comitivas chegaram à terra, ele pessoalmente pediu ao Presidente que permitisse o extermínio daquela ameaça iminente. Nessa época, não ocupava um cargo de confiança no governo, e foi apenas rechaçado pelo membros do congresso e pelos seus colegas militares, taxado de racista e “fairyfóbico”.

Agora ele poderia dar o troco.

Ele não se importava com política e nem com a opinião pública. Se lixava para o Presidente.

Ele só queria o Cristal.

 

****Flash Back Maẽ Gaia****


 

Mãe Gaia, sentada em sua cadeira de encosto alto, se preparava para receber os guardiões selecionados por Kazai.

Já tinha sentido a presença deles, quando Jow chegou ao templo, e ficou imaginando que tipo de influência eles teriam sobre ela.

Kazai já tinha lhe contado sobre o dia que acompanhou Jow à Terra, em busca de respostas para tentar entender melhor a garota.

Jow estava no Templo há apenas algumas horas e o ambiente já estava uma loucura. Elementais de todos os tipos, atraídos pelas marcas, perambulavam pela ilha.

Gaia imaginou que aquilo poderia acontecer. Por isso pediu sigilo quanto à identidade de Jow. Imagina se houvesse romaria faery ao Templo, junto com todos aqueles elementais…

 

Gaia fez um sinal para Kazai, que saiu da sala e retornou com os três guardiões.

Olhou cuidadosamente para cada um deles...

O Gnomo. Imponente, orgulhoso, com seu cajado de madeira polida e sua serpente negra.

O Silfo. Alto e alegre, com seu terno branco impecável e seus longos cabelos de vento.

O Ondina. O mais jovem de todos, com um olhar desconfiado, e completamente nu.

 

Kazai olhava de um para outro, esperando o pronunciamento de Mãe Gaia. Os guardiões deveriam ser aceitos por ela, antes de mais nada.

Mãe Gaia precisava conversar em separado com cada um deles, como conversou com Kazai.

Com certeza nenhum deles era o que ela esperava, mas Kazai afirmou que eles eram os melhores para Jow.

A arena decidiria isso.

 

A velha sacerdotisa olhou para Sion e falou:

-Bem vindos ao templo. Aproxime-se, Gnomo. Os outros podem esperar na sala ao lado.

Sion aproximou-se de Gaia e fez uma respeitosa reverência, enquanto os demais deixavam a sala.

-Sou Sion, senhora.

-Bem vindo, Sion. O que o leva a pensar que pode ser o guardião da Terra, senhor Sion?

-Acompanho essa família desde sua origem Celta. Conheci todas as ancestrais da pirralha. Creio que posso ser muito útil no treinamento da Filha da Lua.

-E sempre soube que elas eram Filhas da Lua… Isso é interessante. E o que acha dos demais elementais, seus companheiros?

Sion fez uma careta.

-A Salamandra parece responsável, embora eu tenha uma certa resistência aos seus… Métodos de trabalho. O Silfo… Passa. É meio distraído… Mas deve servir. Porém o moleque de água… Não serve.

-E por que acha isso, Sion?

-Olhou bem para ele, Senhora? Ele nem usa roupas! É um pervertido!

Gaia riu.

-Ondinas não costumam usar roupas. Eles nem sempre têm um corpo definido… É só por causa disso?

-Claro que não. Ele vai ter problemas… Em lidar com a pirralha.

-Por que, Sion?

-Ele passou mais tempo entre os humanos do que entre os seus. Cresceu com ela, achando que era humano. Ele inclusive se parece com um… Não aceita sua condição de Ondina. Ele nega sua origem elemental.

-Interessante… E por que acha isso?

-Quando conversar com ele, vai ver, Senhora. Ele é imaturo, inconsequente e emocional.

-Tudo o que um elemental adolescente da água deve ser. Não me espanta isso. Não aprova a Ondina. Mas aprova a Salamandra e o Silfo?

-O Silfo tem mais responsabilidade, embora seja um estúpido. A pirralha o via. Assim como via o moleque pervertido.

-Mas ela nunca viu você? Nem ela, e nem nenhuma das ancestrais?

-Nunca!  - Sion estava orgulhoso disso.

 

-E acha que Jow conseguirá ser guiada por você, uma vez que nunca o viu e nem o conhece? Acatará seus conselhos? Aprenderá com você? Acha que será capaz de lidar com a impulsividade e a explosão de emoções dela?

-Acho sim. Sei impor disciplina.

Gaia prestou atenção no que Sion emanava. Equilíbrio. Segurança. Paz. Perseverança… Embora fossem atitudes e um senso de responsabilidade admirável, Gaia adoraria vê-lo enlouquecer com a personalidade de Jow… A quem ele se referia como… Pirralha. Mas ela estava satisfeita. E disse com um sorriso.

-Perfeito, Sion. Pode sair. Peça para o Silfo entrar, por favor.

 

Sion fez uma mesura e deixou a sala. Em seguida, Amikoh entrou, e fez uma reverência para Gaia, que retribuiu.

-Aproxime-se, Silfo. Como se chama?

-Amikoh, Senhora.

-Seja bem vindo ao Templo. O que acha da idéia de ser o guardião do Ar, Amikoh?

Amikoh sorriu… Seus olhos brilharam.

-Acho fantástico!

Gaia riu.

-Acha que dará conta? Acha que ela vai ouvi-lo, seguir suas orientações?

-Acho sim. Não tenho dúvidas.

-Entendo… Conhece a Filha da Lua há muito tempo?

-Conheço desde que ela era um bebê.

-Sion me informou de que ela o via.

-Oh, sim, mas não era porque eu queria, ela sempre me viu. Ele nunca entendeu nem aceitou isso… Ela simplesmente me olhou e me viu.

-Certo… Entendo porque isso acontecia. E que tipo de ligação você tinha com ela?

-Eu era… Um amigo imaginário. Ela me chamava de “Vento Amigo”. Eu costumava velar pela casa.

-E devo entender que mantinha sua distância, e a observava de longe?

Amikoh coçou a cabeça, e seus longos cabelos brancos voaram.

-Não, Senhora, para ser sincero, eu conversava com ela, ventava para ela, ensinava canções… E fazia um monte de vontades dela… Sinto muito. É por isso que Sion batia na minha cabeça com frequência.

Gaia riu. Parece que desde cedo, Jow mantinha um certo controle sobre os elementais… Eles acabavam fazendo o que ela queria, porque ela os cativava com seu jeito de ser.

-Não faz mal, Amikoh. Acredito que ela vai ficar muito feliz em rever você, e ter como guardião um antigo amigo.  Me diga… O que acha dos demais guardiões, Amikoh? Acha que são adequados? Conseguirão trabalhar juntos?

Amikoh sorriu.

-Acho que sim.  Talvez o menino dê um pouco de trabalho… Mas conseguirá.

Gaia riu. Amikoh apostava no garoto, enquanto Sion não.

Amikoh sorriu, um lindo sorriso. E ela percebeu o que dele recebia… Sabedoria. Confiança. Inteligência. Amizade. E sorriu para ele.

Obrigada. Pode sair. Por favor, Amikoh… Peça para a Ondina entrar.

Amikoh fez nova reverência e deixou a sala.

 

North entrou. Com os olhos arregalados e os cabelos de água um pouco levantados. Parecia à vontade, mesmo estando sem nenhuma roupa. Mãe Gaia não se abalou.

-Aproxime-se, Ondina. - Ele obedeceu, silencioso. -Como é seu nome?

-North. Me chamo North.

-Está à vontade assim nu, North?

-Não estou nu, senhora, nem mesmo tenho um corpo… Não tenho o costume de plasmar roupas. Mas se a senhora se incomodar, posso tentar fazer alguma coisa… Antes que Sion bata de novo na minha cabeça.

Gaia riu.

-Parece ter um corpo nu para mim, North… Mas não se preocupe com isso agora. Me diga, North… Por que acha que pode ser o Guardião da água?

-Oh, mas eu não acho! Quem inventou isso foi a Salamandra!

-Oh, então não está aqui pela sua vontade? Mas porque foi arrastado e obrigado a vir até nós?

Ele abaixou o olhar.

-Não é bem assim… Eu vim por causa da Jow, né? Então… Ela vinha… E eu vim também… Só isso.

Gaia observou o rosto de North para tentar decifrá-lo. Sentia o amor enorme que ele emanava. Os sentimentos, misturados em sua essência. A beleza dele. A juventude…

-Me conte seu envolvimento com a Filha da Lua… Há quanto tempo a conhece?

North arregalou os olhos.

-Não tive envolvimento nenhum! Quem disse isso?

Gaia riu da evasiva dele.

-Acalme-se, North. Ninguém me disse nada. Só quero saber como a conheceu, e que tipo de convivência tiveram.

Ele suspirou.

-Nos conhecemos quando éramos crianças. Crescemos juntos.

-E ela o via também?

-Com alguma frequência.

-E conversava com ela?

North balançou a cabeça, afirmativamente. Não sabia onde aquela conversa ia levar, mas não se importava mais. Já tinha se decidido a ficar ali, mesmo que não fosse selecionado pela arena.

-E ela nunca se incomodou com isso? Ver uma Ondina azul sem roupa nenhuma? Um garoto sempre ali, junto com ela, feito de água?

-Acho que não… Ou sim?

-Me diga você, North… Sobre o que conversavam?

-Ah, coisas de criança, ué. Ela perguntava, eu respondia, ela me pedia conselhos, eu dava...

Gaia riu.

-E sobre o que você lhe dava conselhos, North?

-Ah, sobre tudo… A escola, os amigos, a família… Depois a escolha da profissão, essas coisas…

-E os amores?

-Não, isso não, não sei nada de amores!

-Então não é verdade que ela nutria um amor por você?

North ficou pálido, se é que um homem azul pode ficar branco…

-Não é nada disso! Era fantasia de criança, isso tudo aí. Nunca existiu amor nenhum…

Gaia estava se divertindo com a agonia dele.

-North… Você gosta de ser um elemental?

-Não. - Disse ele imediatamente. E cobriu a boca com a mão.

 

Gaia riu.

-Entendo. Gostaria de ser humano?

North sorriu. Muitas vezes imaginou que estava se transformando num humano para poder ficar com ela. Era seu maior desejo na época. Ele não queria ser um elemental, por vezes fingia que não era. Assumia involuntariamente formas humanas cada vez mais ao crescer, seu desejo de ser humano se solidificava no seu corpo. Por isso ele parecia diferente das outras ondinas.

-Eu… Gostaria de ter nascido humano. Mas sei que isso é impossível. Mas não importa mais. Já me acostumei a ser uma Ondina.

-Entendo… não se preocupe, foi apenas uma curiosidade. Mas você está aqui, não está? Está disposto a ser o que nasceu para ser, North, e ser o Guardião da água? Ou vai continuar negando a sua essência elemental e ficar se lamentando por não ser o que queria ser?

-Eu… Não sei… Posso pensar e responder depois?

Gaia riu de novo. Ele era muito jovem. Mas ela apostava nele, como Kazai fez.

 

-Pode sim. Me responda mais uma coisa… O que dirá para Jow, caso ela entre na Arena da Água e a arena o selecione como o Guardião da Água?

-Eu não pensei nisso. Não acho que serei selecionado, Senhora. Não sou adequado… Mas se pudesse conversar com ela uma vez mais… Acho talvez que pediria… Que ela me perdoe, por tê-la feito sofrer por eu nunca ter existido. Por não ser o príncipe do mar que ela achava que eu era…

-Acha que isso é importante para a vida dela? É um assunto pendente?

-Senhora… A alegria dela era azul. Agora a tristeza é azul. É relevante que ela se liberte disso, não é?

-Talvez não seja só ela quem precise se libertar do passado, North. - Disse gaia rindo. - O que acha disso?

-Eu… Não preciso me libertar de nada. Estou de boa…

Gaia teve certeza de onde vinha o medo do azul que Jow sentia. Não era só por causa de Ezarel. O encontro desses dois seria muito interessante. Pena que ela não estaria presente para assistir…

 

-Creio que fará o seu melhor, caso seja selecionado, North. Peço apenas que deixe fluir a sua energia. Não se sinta incapaz de ser o que é, não se sinta pressionado por ninguém. Não é obrigado a ser um guardião, mas acredito sinceramente que você seria capaz… Caso isso aconteça, vai precisar de uma roupa sim, para poder andar pelo templo. Não pretendo que minhas sacerdotisas se distraiam com você… Você é um ser muito bonito, North. Não sei se tem consciência disso.

North deu um sorriso tímido para ela, e ficou sem graça.

-Desculpe, Senhora.

-Pare de se desculpar. Você não fez nada de errado. Pode sair, North… Peça por favor para Kazai entrar.

North deixou a sala e Kazai entrou. Escutou o barulho do cajado de Sion batendo na cabeça de North e este praguejando.

 

Gaia riu de novo. Estava satisfeita.

-Kazai - Disse ela - Não poderia ter selecionado um grupo melhor. Parabéns.

-Obrigada, mãe Gaia. Tenho certeza de que eles serão… Adequados para o propósito. Todos eles.

-Sim, também acho que serão. E me diga agora você… Acha que Jow vai aceitar bem que seus amigos imaginários ressurjam do passado? E que um Gnomo austero que sempre vigiou a família dela lhe dê ordens?

Kazai deu sua risadinha divertida.

-Hihihi! Isso é o que nós vamos descobrir… Não é mesmo?

-Você não teme pela reação dela quando se reencontrar com aquele garoto azul?

-Oh, temer? De forma alguma! Eu estou ansiosa para que isso aconteça! Vai ser uma explosão de emoções!

-Kazai! No que está pensando? Não me diga que está pretendendo incendiar os dois aqui!

-Oh, não, nunca pensei nisso… Isso jamais aconteceria… A marca do amor jamais permitiria isso. Mas quero vê-los se libertar do passado e desses traumas inúteis. Serão emoções extremas, e isso me faz muito feliz!

Gaia riu. Kazai era o que tinha que ser… Então os candidatos estavam escolhidos. Restava saber se as arenas os selecionariam como guardiões… Assim que Jow pisasse no solo mágico, o elemento traria o guardião para ela. Se Kazai não errou na sua escolha, todos eles seriam selecionados.

Só restava esperar… E apostar no melhor.

 


Notas Finais


Aí estão nossos queridos elementais, esperando para que a arena os selecione e Jow os aceite.

Agora não tem mais volta pra ela.

Ela será o que tiver de ser...

Beijos!!!


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