Os corredores estavam quase vazios, era hora do intervalo e a maioria dos alunos estava no pátio ou na biblioteca. Perto da escadaria um jovem de cabelos escuros e trajes da Corvinal se encontrava em pé com uma postura impecável como se estivesse de guarda, era Justin Russo exercendo seu novo cargo de monitor ao lado de Percy Weasley. A alguns metros dali seis bruxos do primeiro ano, um deles com uma grande sacola conversavam entre si enquanto observavam o movimento ao redor.
-Ok galera o plano é o seguinte, precisamos decidir um alvo- Theodore falou
-Que tal Hermione Granger?!- Pansy sugeriu animada
-Ué, que felicidade é essa?! Não era você que não queria perder os pontos da casa e blablabla?!- Theodore retrucou
-Já estou aqui mesmo, então é melhor ter alguma vantagem com isso- Ela deu de ombros
-Acho que seria mais legal atingir um professor- Alex afirmou
-Melhor não mexer com professores- Blásio contrapôs
-Cadê o Draco?!- Pansy perguntou do nada mudando de assunto
-O Malfoy não quis vir, disse que era perda de tempo e mais um monte de baboseira- Theodore respondeu
-E ele tá certo!- Pansy retrucou
-Você vai amarelar Parkinson?! Tá com medinho?! Vai lá com seu amiguinho covarde- Theodore a desafiou
-Eu não tenho medo de nada! E o Draco não é covarde, você tem inveja dele-
-Chega! Calem a boca! Pansy, se vai ficar aqui é melhor não atrapalhar- Stevie argumentou zangada
-Já sei, olha aquele babaca ali- Theodore apontou na direção de Justin –Fiquei sabendo que é o novo monitor, a gente podia jogar nele e naquele outro ruivo folgado. Acredita que ele brigou comigo por correr no castelo?!-
-Aquele é meu irmão- Alex o interrompeu
-Ah... Então deixa pra lá...-
-Não! Essa foi a melhor ideia que eu já ouvi!- E com a mão direita Alex arremessou a primeira bomba seguida de Nott e Stevie que riam freneticamente do desespero dos garotos
-Zabini, Daph, peguem aqui- Nott estendeu a sacola para os dois colegas que também atiraram as bombas contra Justin e Percy respectivamente –E você Pansy?! É pegar ou largar-
-Eu achei que a gente tinha um plano pra não ser pego, não sair por ai atacando em plena luz do dia-
-Eu tinha um plano, mas assim é mais divertido- E assim Theodore deu uma bomba na mão dela.
No momento em que Pansy Parkinson atirou a bomba a professora Minerva apareceu quase sendo atingida por um triz.
-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!- Ela perguntou furiosa. Ninguém disse nada, apenas a olhavam boquiabertos-EU FIZ UMA PERGUNTA!-
-Essas crianças... são monstros professora! -Justin exclamou tremendo e ofegante –Levem eles para Azkaban, são delinquentes mirins, terroristas, loucos...-
-Os seis me acompanhem! AGORA!- Ela se referiu aos sonserinos – E vocês dois vão se limpar, depois conversamos!-
A professora Mcgonagall conduziu os alunos até a sala do diretor Dumbledore.
-Com licença diretor- Ela falou ao entrar na sala
-Boa tarde Professora, o que a trás aqui com todos esses alunos?!- Ele respondeu calmamente
-Bom, eu estava indo para minha sala na hora do intervalo quando escutei um tumulto e ao cruzar o corredor me deparo com esses seis jovens atirando bombas de... o senhor sabe, em dois alunos monitores, Justin Russo e Percy Weasley-
-E eu posso saber o motivo disso?- Ele perguntou olhando nos olhos de cada aluno-Ninguém vai dizer nada? Vou ter que chamar pelo nome? Muito bem, senhorita Russo, já que uma das vítimas em questão foi seu irmão quer começar a explicar?-
-Foi só uma brincadeira diretor- Ela respondeu de cabeça baixa
-Isso foi um ato de vandalismo e uma atitude muito desrespeitosa para com seus colegas, não posso deixa-los impunes, vocês serão castigados- Dumbledore afirmou calmo porém sério
-O senhor vai nos expulsar?! Não, por favor, não faz isso diretor, foi ideia dele, ele me obrigou, eu não queria, desculpa...- Pansy Parkinson suplicava enquanto apontava para Theodore Nott
-Senhorita Parkinson mantenha a compostura por favor. Os seis participaram dessa brincadeira de tremendo mal gosto, portanto os seis serão punidos. E não, vocês não serão expulsos, dessa vez! Profesosra Minerva chame o professor Snape, o professor Flitwick e os alunos Russo e Weasley por favor-
-Sim senhor diretor- E assim Minerva saiu da sala para convocar os outros dois professores
-Mas diretor, Pansy tá certa as bombas eram minhas, eu pedi pra eles me ajudarem a jogar, foi tudo ideia minha senhor- Theodore confessou a culpa
- Como você conseguiu essas bombas Theodore?-
-Bem... eu comprei dos gêmeos Weasley-
-Viu só?! Esses dois também precisam ser punidos, estão traficando essas porcarias inúteis pela escola, isso é contra as regras e...-
-Senhorita Parkinson obrigada pela sugestão, mas em relação aos Weasley o assunto não lhe diz respeito, tratarei o que tiver que tratar diretamente com eles. -
Nesse instante a professora Minerva retornou a sala seguida por Severo Snape, Filius Flitwick, Justin Russo e Percy Weasley.
-Mandou nos chamar diretor? Algum problema?- Severo Snape questionou assim que viu seis alunos de sua casa diante de Dumbledore
-Bom, mandei chamar todos vocês aqui porque houve um problema envolvendo alunos das casas Sonserina, Corvinal e Grifinória-
E assim Dumbledore explicou para os dois professores a situação que acabara de acontecer. Ele pediu para que Minerva contasse o que havia visto e deu chance para que Percy e Justin também expusessem suas versões do que havia ocorrido antes da professora aparecer.
-Com todo respeito diretor, isso foi um atentado, essas crianças estão fora de controle, as normas precisam ser mais rígidas e alguém precisa parar esse Theodore Nott enquanto há tempo...- Percy falava freneticamente
-Senhor Weasley, obrigada por nos contar sua versão da história- Dumbledore o interrompeu-Agora que temos os fatos creio que o castigo deverá ser decidido pela professora Minerva e pelo professor Flitwick, já que o alvo dos alunos foram os monitores de suas casas- Dumbledore concluiu
-Quero uma pesquisa de 10 metros de pergaminho de cada um sobre tipologia de feitiços, para a semana que vem!- Professor Flitwick foi o primeiro a fazer sua exigência.
-E você Professora Mcgonagall?- Dumbledore questionou
-Bom, primeiramente acho que os alunos devem limpar a bagunça que fizeram. E por falar em limpeza a biblioteca também tá precisando de uma, que tal usar os próximos três sábados para fazer uma faxina por lá?! E claro, menos 100 pontos para Sonserina- Ela concluiu olhando para o professor Snape
-Ótimo. Professor Snape, você que é o diretor da casa desses alunos, tem algo a contrapor em relação às punições escolhidas?- Dumbledore o olhou por cima dos óculos de meia lua.
-Não senhor. Peço desculpas pelo ocorrido e garanto que nada do tipo tornará a acontecer-
-Caso encerrado. Agora ao trabalho, vocês tem uma escadaria para limpar. Ah, os pais de vocês serão notificados do que aconteceu hoje, espero que isso não se repita. Fui claro?-
-Sim senhor- Eles responderam juntos
O zelador Filtch logo tratou de arrumar as vassouras, panos, baldes e produtos de limpeza para que os alunos limpassem a sujeira que fizeram. A maioria deles não sabia o que fazer com aqueles objetos, primeiro porque eram bruxos e em todo serviço doméstico que presenciaram na vida havia o auxílio da magia. Segundo porque vinham de famílias ricas e nunca precisaram efetivamente limpar algo. A única que manuseava tudo com facilidade era Alex já que crescera no mundo dos trouxas e desde muito nova ajudava seus pais a manter uma lanchonete que era “o ganha pão” de sua família.
-Como você consegue fazer isso?!- Daphne a questionou indignada.
-É a força do hábito. Faço esse tipo de coisa desde meus 9 anos-
-Isso tudo é culpa sua Nott. Você com essas ideias idiotas de criança fizeram a gente vir parar aqui. Esperto é o Draco que não participou dessa estupidez- Pansy o acusava enquanto tentava entender como funciona um esfregão
-Eu não te obriguei a nada garota. Você foi porque quis. Devia ter ido com Malfoy ficar perseguindo Harry Potter o dia todo, é só isso que ele faz da vida. Pelo menos eu sei me divertir- Nott retrucou
-Limpar o chão agora é diversão?! Poupe-me Nott, você é um delinquente e além de tudo é burro porque não sabe nem sequer fazer algo tão simples sem ser pego-
-Pansy não fala isso- Daphne tentou defender Nott
-É, calma Pansy, também não precisa falar desse jeito- Alex interviu percebendo que a amiga estava começando a passar dos limites.
-Calma?! Você é quase tão culpada quanto ele, foi a primeira a tacar aquelas porcarias e ainda no próprio irmão. Depois eu que sou a malvada do grupo-
-Você não conhece o Justin, se passasse uma semana convivendo com ele ia querer jogar muito mais que umas bombinhas de brinquedo-
-Não liga não Alex, essa daí é assim mesmo, ela faz as coisas depois joga a culpa no primeiro que vê e abandona o barco. É por causa de gente igual você que a Sonserina é odiada pela escola inteira Pansy- Theodore falou fazendo com que Pansy se calasse
-Por que a gente não termina logo isso ao invés de ficar discutindo igual idiota?- Blásio perguntou já de saco cheio daquela conversa fiada
-Boa Zabini. Até que enfim uma ideia sensata- Stevie concordou
Quando terminaram a limpeza já era hora do jantar. Essa noite seria a festa do dia das bruxas. Os alunos foram para a sala comunal, cada um tomou um bom banho e se arrumou. Quando chegaram na mesa da Sonserina encontraram Draco, Crabbe e Goyle conversando com uma garota de cabelos castanhos e pele clara, ela era do primeiro ano mas tinha aparência de ser no mínimo do terceiro já que era bem alta e rechonchuda para a idade. Seu nome era Emília Bulstrode, as meninas já a conheciam e haviam falado algumas vezes com ela, Pansy, Alex e Stevie a tratavam bem apesar de não se aproximarem tanto. Já Daphne tinha medo da garota visto que em uma aula de voo a mesma a tinha derrubado da vassoura apenas com um empurrão e ela jurava de pé junto que Emilia o havia feito de propósito.
-Olha só quem chegou, os faxineiros de Hogwarts- Draco apontou para os colegas rindo
-Cala a boca Draco- Nott respondeu de cara amarrada
-Nossa, ficou ofendido?! Eu só falei a verdade-
-Por que você não vai engraxar os sapatos do Potter, Malfoy?!- Alex perguntou sarcástica.
-Cala a boca-
-Nossa ficou ofendido?! Eu só falei a verdade- Ela ironizou
-Não liga pra eles Draco, são uns imbecis, você fez certo em não ir. Dá próxima vez fico aqui com você- Pansy tentou defender e consolar Draco ao sentar-se do seu lado na mesa. –Olá Emilia-
-Oi Pansy, fiquei sabendo que vocês vão ter que limpar a biblioteca-
-Graças ao gênio aí- Ela apontou para Theodore que nem se quer olhou
-Isso são nozes?! Eu odeio nozes- Daphne comentou sobre o jantar servido
-Oi Daphne, olha só eu consigo quebrar essa noz com uma mão- Emilia disse sorrindo falsamente para Daphne enquanto apertava a casca da noz que se quebrou depois de alguns segundos. –Um dia espero conseguir fazer isso com ossos humanos- Ela concluiu com um olhar ameaçador
-Ah... é... legal haha- Daphne respondeu mal conseguindo disfarçar o medo em sua expressão
-É brincadeira sua boba- Ela riu alto, uma risada grossa, rouca e estranha
O jantar corria normalmente quando o professor de Defesa contra artes das trevas Quirinus Quirrell abriu as portas do salão principal e entrou desesperado gritando
-TRAASGOOO-
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