A fogueira lançava fagulhas no ar que subiam mais e mais rumo ao céu estrelado conforme o fogo queimava a lenha, seria uma cena muito bonita se não fosse o fato dela ter sido acendida.
Era um sinal de guerra.
Os passos rápidos em direção a casa com madeiras avermelhadas deixava o menino sem fôlego já que corria como se sua vida e de quem gostava dependesse disso, e de certa forma, dependia.
– Senhora Kim! Senhora Kim!
A porta da casa se abriu e uma mulher enrolada em um robe preto apareceu.
– O que houve?
– Eles estão chegando, precisa tirar a criança daqui agora.
– Não é possível, ele disse que era somente na lua minguante.
– Parece que se precipitaram, a briga está acontecendo a leste daqui, seja rápida porque a matilha não irá aguentar por muito tempo.
– Está bem, preciso que leve-a daqui, pode me prometer que fará isso?
– Posso, mas o que a senhora irá fazer?
– Irei lutar.
A criança tinha os olhos abertos no berço, mesmo com a pouca idade parecia que sabia que algo estava errado deixando-a agitada.
– Venha minha pequena – sua mãe disse a pegando e cobrindo-a com uma manta quente bordada com as fases da lua, também colocou em seu pescoço um colar de lua que brilhava em vários tons de cores.
– Quando chegar a hora de voltar você vai saber de tudo meu amor – disse de dar um beijo na ponta do nariz da criança – Cuide bem dela Junmyeon, entregue-a para a minha mãe que já está a par de tudo, por favor.
– Pode deixar senhora Kim, irei cuidar muito bem da nossa futura líder.
A mãe da menina a colocou em uma cesta e entregou ao menino, que ao olhar o bebê, sorriu de modo meigo.
– Não perca tempo, vá.
Junmyeon assentiu e do mesmo modo rápido que chegou, partiu. A senhora Kim olhava pela porta sua filha sumir no meio da multidão, seu coração doía e as lágrimas já invadiam os seus olhos.
– Não é hora pra ser fraca – murmurou consigo mesma antes de fechar a casa e ir em direção a floresta onde acontecia a guerra.
Se transformando em uma loba alfa.
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