1. Spirit Fanfics >
  2. Alfa dos Sonhos (EM REVISÃO) >
  3. Fim do julgamento

História Alfa dos Sonhos (EM REVISÃO) - Fim do julgamento


Escrita por: Mark-up

Capítulo 20 - Fim do julgamento


Todos na mesa encararam Hyunso surpresos pela sua audácia, a juíza pareceu não gostar da insinuação já que logo em seguida deu um longo suspiro. Isso deve ser algo bom, pensou Taeyong. Olhando para Haeyoung percebeu que ela tinha o mesmo olhar de desprezo que a juíza, mas não entendeu o motivo. Era óbvio que a fala de Hyunso havia sido desrespeitosa e claramente sexista, na qual a intenção era colocar em pauta o fato de Taeyong ser ômega e seu suposto relacionamento com Geonhee.  As palavras não haviam sido bem vistas pela juíza e Taeyong queria saber o porquê. 


O ômega elaborava várias teorias em sua mente, mas nenhuma delas era forte bastante para lhe convencer. A juíza era muito indiferente e se mostrava muito distante dos fatos, por esse motivo era difícil saber o que havia dado estímulo para ela tivesse aquela reação. A observando a viu anotar algo em uma folha enquanto balançava a cabeça, supostos que algo novamente havia atingido. 


Uma das principais teorias de Taeyong era a empatia, veja bem ômegas e betas sofriam preconceitos parecidos. Naquele momento quando Hyunso preferia mentiras para descaracterizando a causa do processo, sugerindo que o ômega estivesse tramando algo para se beneficiar e que ainda teria relacionamentos com seu superior para ter vantagem, algo havia tocado na juíza. Esse tipo de denúncia acontecia com muita frequência com mulheres betas, acusadas de seduzir e engravidar para tirar vantagens do “alfa”. No caso de Taeyong as coisas se tornavam um pouco mais graves, já que o ômega recessivo se tornava a vítima de boatos maliciosos contra sua pessoa para comper e desvirtuar a sua imagem como profissional.


Sem levantar os olhos a beta acena para o escrevente, dando-lhe um comando silencioso que rapidamente foi obedecido. Ele se levantou e caminhou em direção a porta, em silêncio sem emitir um ruído sequer.


—Certo, muito obrigado Sr.Hwang, já pode se retirar. —A juíza disse com uma voz ríspida, mostrando sua total indiferença.


A sessão ficou em silêncio durante alguns instantes até a juíza terminasse de escrever, ao concluir juntou as folhas que estavam espalhadas a sua frente e se levantou. No primeiro momento não disse nada, caminhou e deixou as folhas em cima da mesa de seu escrevente. 


—Vamos fazer um pequeno pausa antes da segunda testemunha dar o seu depoimento, em 15 minutos estaremos de volta. 


Caminhando em direção a porta a juíza os deixava sem uma explicação clara. Confuso Taeyong esperou que sua advogada dissesse algo, mas o surpreendendo ela se levantou e saiu da sala dizendo-lhe:


—Vamos tomar um café Taeyong?


O ômega ainda sem entender apenas afirmou com a cabeça, desajeitado se levantou quase tropeçando. Taeyong sentir o seu rosto ferver em vergonha quando ouviu risadas, já sabia quem estaria debochando em uma hora como aquela por isso não fez questão de olhar para trás caminho de cabeça erguida para perto de Haeyoung e em sua mente desejou a morte de Geonhee


—As coisas estão indo melhor do que eu imaginei. —A alfa começou, enquanto caminhavam pelo corredor. 


—Como assim melhor do que você imaginou? —Taeyong interrompeu-a e perguntou aflito.


Olhando o nervosismo do Ômega, Haeyoung deu um sorriso e voltou a falar:


—Você notou com a juíza ficou incomodada com aquela insinuação do Hyunso, mesmo sendo uma juíza do trabalho ela é uma mulher beta. Você sabe que na área cível as mulheres betas são sempre alvo de denúncia caluniosa por causa da pensão alimentícia, os alfas e casam com mulheres betas e depois que elas pedem o divórcio, por não suportá-los mais, eles as acusam de dar um golpe. Sempre jogam a culpa não elo mais fraco e nesse caso elo mais fraco é você. —Apontou para Taeyong, que rapidamente conseguiu fazer a ligação dos pontos e concluir que havia deduzido certo. 


Era visível que as coisas estavam tomando uma a favor de Taeyong, pensando na última reação da juíza. Claro que eles precisavam provar aquela linha de raciocínio antes de conseguirem de fato ter uma sentença positiva, aquele era o problema no momento. Ele tinha provas contra a empresa, mas Geonhee também tinha provas contra ele evidentemente forjadas ou, no mínimo, manipuladas e tiradas de contexto mas ainda sim era comprovam algo e ainda tinham valor jurídico até que se provasse ao contrário.


A cabeça do ômega funcionava a mil por hora para tentar achar uma solução evidente, mas nada aparecia e atribuía a sua falta de noção jurídica aquele fato. Ainda tinha próxima testemunha poderia incriminá-lo ou poderia salvá-lo, não tinha a menor noção do que Ten poderia dizer a seu favor e aquilo também aumentava o tamanho da suas preocupações. 


—Você não precisa ficar nervoso desse jeito, não fez nada de errado. —A advogada tentou acalmá-lo, no entanto, aquela só lhe deixou mais nervoso.


Taeyong balançou a cabeça negativamente e olhou triste para baixo, a realidade parecia chocar se contra o ômega e fazendo lhe acordar. 


—Eu sei que não fiz nada de errado, mas eles são mais poderosos e podem armar contra mim. —Afirmou com a voz mais firme que conseguiu, sente-se emotivo e culpava novamente o fato de ser ômega. —É a minha palavra contra deles, a palavra de um alfa contra a de um ômega e você sabe que existe uma diferença entre o valor das palavras.


Aquela era uma verdade inegável. A importância dada às palavras depende de quem estava produzindo-a sendo assim algumas pessoas tinham mais privilégios do que outras, era fácil saber quem tinha e quem não tinha esse privilégio, para isso bastava  e olhar o símbolo que aparece na ID dos indivíduos.  O que distanciava Taeyong e Geonhee era a letra grega de Ω, a última letra do alfabeto grego demonstrava o tamanho do privilégio de Taeyong. Em suma, suas palavras não valiam nada.


—Eu sei como funciona o mundo lá fora, mas você não sabe como funciona o mundo aqui dentro. —Haeyoung expôs a Taeyong, os olhos do ômega se levantaram mostrando o mínimo interesse nas palavras da advogada. —As leis são leis independente para quem seja, eles podem ser aos poderosos, mas dentro desses tribunais o dinheiro deles não vai importar. 


De certa forma era ingenuidade pensar daquele jeito, no entanto, aquele caso poderia abrir uma exceção à regra. Haeyoung era dura consigo mesmo e sabia admitir quando o caso era perdido, aquele não era o situação, as provas mostravam que Taeyong estava lutando pelos seus direitos e não tinha como negar isso.



ʕ·ᴥ·ʔ


Após os 15 minutos se passarem todos estavam reunidos na mesa outra vez, todos pareciam mais calmos e a lembrança do testemunho de Hyunso já não lhes atingia tanto. Parecia que haviam se passado horas desde que o beta tinha deixado a sala, naquele momento os dois lados estavam igual para  igual. A juíza voltou a sua face inexpressiva e indiferente enquanto observava alguma coisa em seus papéis, era óbvio que havia alguma coisa errada no papel mas ela não disse nada.


Virando-se para seu escrevente ela pediu:


—Pode pedir para próxima testemunha entrar.


O escrevente levantou-se foi até a porta e para sua surpresa a tal testemunha já esperava em frente. Ten se mostrava despreocupado e confiante do jeito que sempre foi. Aquilo de certa maneira fez com que o coração do ômega se aliviasse, sabia que seu amigo jamais faria algo para lhe incriminar e esperava às vezes a levasse em conta seu testemunho, visto que ele não tinha muito para agregar. Taeyong achava que Ten estava ali para mostrar que era uma pessoa de caráter, desmentindo todos os boatos maliciosos que Hynso tinha colocado em pauta, assim poderiam alegar e, de certa forma, mostrar a má-fé da empresa em colocar uma pessoa para ferir a sua honra no meio da audiência. 


—Bom dia Sr. Chit… —A juíza começou mas sentiu dificuldade em pronunciar o nome do estrangeiro.


—Ten, pode me chamar de Ten. —O beta a interrompeu.


Como aquele aval juíza limpou a garganta e tentou continuar com naturalidade:


—Sr.Ten, por favor, entregue seu ID para a escrevente e fale seu nome e o número de sua ID.


Repetindo os mesmos procedimentos jurídicos, dava como iniciada a segunda parte daquela audiência.


Ten conseguia sentir o peso dos olhos de Geonhee, o alfa não estava surpreso em lhe vê-lo por outro lado demonstrava toda sua raiva e repúdio por estar testemunhando contra ele. Era difícil para ele entender em que mundo viviam os alfas, a lealdade que tinha uns com os outros se repetir com o resto do mundo. Amizade que tinha com Taeyong não seria substituída por cargo ou dinheiro algum, principalmente sabendo o que ele sabia.


—Chittaphon Leechaiyapornkul, beta, número de ID 9173-9174-2. —Falou em voz alta olhando nos olhos de Geonhee como se o desafiasse.


Observando toda situação a beta analisou o comportamento de Ten, era nítida a diferença entre ele e a outra testemunha. Além de não parecer ter medo, era visível que ele esconde algo pois toda aquela confiança só poderia ser justificada por na manga. Balançando a cabeça e falando daquela análise, a juíza virou-se para Ten dizendo:


—De acordo com a lei, Sr.Ten, durante o período que for testemunha o senhor não poderá mentir, caso aconteça o senhor será acusados de crime contra justiça. Todas as suas palavras ditas aqui serão digitalizadas e gravadas, como prova para esse processo trabalhista. O senhor entende e aceita esse termo?


Após ouvir sua condição, Ten concluir o que não tinha muito o que se pensar. Tendo em vista que não mentiria e que tinha como provar a verdade, não poupou rapidez em aceitar:


—Eu entendo e aceito.


Olhando para o escrevente a juíza faz um gesto com a mão para ele iniciar, em seguida olhou para Ten e perguntou:


—Há quanto tempo o senhor trabalha na Weddx?


—Trabalhei durante 4 anos. —Respondeu rápido.


—Qual é a sua relação com o Sr.Lee? 


—Nos conhecemos na empresa e uma relação de amizade. —Ten disse sorrindo para Taeyong que correspondeu.


A juíza fez uma pausa e Ten estava ansioso para próxima pergunta, pois até o momento não haviam feito a pergunta que ele mais desejava.


—Você sabe quem enviou o protocolo?


—Foi o Hyunso. 


As perguntas que eram feitas de maneira frenética cessaram com aquela afirmação, os presentes na sala olharam para Ten chocados com aquela informação e curiosos para saber como ele sabia daquilo. A falta de informação naquela resposta curta deixou todos da sala sem saber como reagir, a juíza se demonstrou um pouco confusa e procurou o nome da outra testemunha em seus papéis.


—Hwang Hyunso? —Ela perguntou em voz alta.


O beta sacudiu a cabeça de forma afirmativa, esperou que alguém tivesse alguma reação. Taeyong não estava chocado em descobrir quem havia mandado protocolo até porque sempre soube que havia sido Hyunso, o que desejava era que Ten esclarecesse como tinha descoberto naquela informação. Um medo repentino apareceu em meio aos vários sentimentos que Taeyoung estava sentindo no momento, seus pensamentos sugeriam várias alternativas, entretanto a que havia pegado o ômega em cheio havia sido a hipótese que Ten fazendo aquilo apenas para lhe ajudar. Se fosse verdade tudo seria arruinado e os dois  ficariam em um saia justa tremenda com a justiça.


—Sim, ele mesmo. —O beta disse. —Ele me disse que enviou o protocolo e para não ser demitido o gerente Na colocou a culpa no Taeyong, porque a mãe dele nunca teria coragem de demiti-lo. 


Taeyong lembrava-se de ter dito aquilo para Ten, o que só confirmava as suas certezas de que o amigo estava fazendo aquilo com a intenção de lhe proteger. Não achava que o beta era burro, longe disso, mas do mesmo jeito que desconhecia as normas jurídicas era provável que Ten também as desconhecesse.


—Ele te disse isso? —Geonhee gritou do outro lado da mesa, ao mesmo tempo em que  aumentava os seus níveis de feromônios fazendo com que o ômega se abalasse um pouco.


Observando a reação do ômega, a juíza no primeiro momento pede:


—Por favor, se acalme, Sr.Na. — Ao ouvir o pedido Geonhee rosnar para a juíza que levanta uma das sobrancelhas e  volta a dizer: —Ou será retirado da sala.


O alfa rapidamente tentou retornar a postura, forçando seus feromônios a diminuir e  consequentemente se acalmando, o problema era que Geonhee não era um alfa controlado por isso antes que conseguisse se acalmar seus feromônios já estavam espalhados pela sala inteira. O desconforto parecia habitar a face de Taeyong, mas estava determinado a não ceder mesmo que tivesse que passar mal depois.


—Ele disse e eu tenho como provar. —Ten disse chamando toda a atenção para si.


A outra parte tentava não se demonstrar surpresa e fingiam não ter sido convencida pelo apontamento do beta, visto que  julgavam impossível o fato dele ter realmente aquela informação. O comportamento de Geonhee já havia dito mais do que o suficiente, mas ainda faltavam  provas. Se Ten as tivesse o processo poderia acabar ali, claro que a empresa poderia recorrer assim levando aquele julgamento para uma segunda instância, no entanto, tudo dependia daquela tal prova do beta.


—Tem? E qual seria a prova? —Perguntou a juíza sem muito esperança.


Após anos celebrando audiências e julgando a beta tinha certeza que aquela informação não levaria a nada, as pessoas fora do meio jurídico tinha uma tendência de achar que qualquer coisa poderia servir como prova o que era um tremendo engano. Não que desconfiasse da boa-fé da testemunha, mas sabia a dificuldade das pessoas em entender como funcionava o meio jurídico. 


—Foi numa terça-feira, eu acho. —Começou como se fosse contar uma história.—Estava conversando com os meus ficantes e ele começou a desabafar, só que sem querer eu acabei gravando a parte que ele falava o que tinha feito. —um sorriso indecifrável brotou no rosto de Ten, ambos os lados se demonstraram surpresos com a tal prova e quando o estrangeiro tirou o celular do bolso e perguntou: —Vocês querem ouvir?


O silêncio invadiu a sala. 


A confusão interna de Taeyong havia chegado ao fim ao ouvir aquela afirmação, substituindo a cresceu uma grande revolta por seu amigo não ter lhe contado isso antes. Estava ansioso para ouvir as palavras, ver a face de Geonhee esmagada pelas provas e como ele reagiria depois de saber que o seu querido amante havia estragado tudo.


—Claro. 


Com a autorização da juíza, Ten apertou o play daquele áudio foram 25 minutos e 35 segundos de silêncio. As palavras eram ouvidas com extrema atenção, Ten pode ver Geonhee ficar vermelho de raiva, sua expressão fechada e sua mão fechada em punho. Ten abrir um sorriso na direção dele que o olhou como se fosse matá-lo, mas aquela altura ele não podia mais fazer nada contra o beta e nem contra o ômega. 



ʕ·ᴥ·ʔ



Depois daquele incidente audiência ainda durou mais 5 horas, a prova havia mudado o rumo daquela julgamento por esse motivo foi adicionada ao autos sendo oficializado como prova. A juíza pediu para que Hyunso voltasse ao tribunal e como o beta já havia deixado o local tiveram que esperar por sua volta. Por causa da prova Hyunso teve que refazer o seu testemunho, e em virtude de sua má-fé foi processado pelo tribunal por ter mentido para a juíza. Durante metade da tarde Geonhee tentou ligar para seu pai, em uma tentativa frustrada de resolver aquela confusão. No entanto, outros advogados da empresa acabaram chegando no tribunal, após uma ligação do advogado que representava a empresa e acompanhava o alfa, e naquela mesma tarde abriram um processo administrativo contra Geonhee alegando abuso de autoridade.


Beirava às 7 horas da noite quando a juíza sentenciou a empresa a pagar danos morais e  todos os direitos que teria caso fosse demitido, por conta do transtorno sofrido e pelas calúnias que aquele incidente planejada causou a imagem e honra do ômega. 


Haeyoung lhe explico que ainda teria o trânsito em julgado, o que seria a última parte do processo onde seria estipulado prazo de pagamento e outras coisas, mas Taeyong não se importava muito com isso pois o que ele queria, que era provar a sua inocência, havia conseguido.


—Eu não acredito que você tinha uma áudio desse e não me contou! —Taeyong falou em uma mistura de raiva e felicidade, que se fundiam tão bem que Ten teve dificuldade para saber estava sendo repreendido ou não.


Puxando o amigo para perto, Ten colocou o braço ao redor do pescoço de Taeyong e confessou baixinho em seu ouvido:


—É aquele lance: um mágico nunca revela o segredo de seus truque!


Por conta disso Taeyong o empurrou de leve, rindo o ômega balançava a cabeça em reprovação. Naquele momento não conseguia ficar bravo, estava sentido-se tão bem com o fim daquele processo. Livrando-se aquela preocupação poderia focar se melhor no trabalho e em sua vida particular, estava precisando ir ver sua mãe ômega e marcar algo com Jaehyun. 


—Ten, isso não tem nada a ver. —O ômega resmungo. —Eu estava morrendo do coração, porque aqueles dois malditos estavam nitidamente tramando contra mim.


—Sobre isso não há dúvidas. —Ten concordou em seguida acrescentou: —Geonhee estava louco para te ferrar, parece que ele desenvolveu um ódio por você.


Taeyong deu os ombros ao saber, já que aquilo  não importava mais uma vez que desejava e preferia acreditava que nunca mais veria Geonhee e Hyunso em sua vida. Depois de tudo que sofreu por causa dos tamanhos dos dois, sofrer por causa dos irrelevantes pensamentos deles não o levaria a nada.


—Com isso a única coisa que ele conseguiu, no fim, foi se ferrar. —Debochou da situação rindo enquanto olhava para Ten que riu junto. 


Estava se sentindo bem e ninguém poderia tirar aquela sensação de vitória dele, sua vida finalmente começaram a entrar nos eixos e o futuro parecia mais agradável do que alguns meses atrás. Diversas coisas mudaram o seu pensamento e fizeram com que ele acreditasse que talvez pudesse viver uma história de amor, venceram processo, trabalhar em um lugar diferente e tornar sua vida o que desejava. 


—Verdade. —Ten respondeu sorrindo para o amigo, seu celular tocou e o beta tirou o aparelho do bolso. O alarme marcava avisando com compromisso talvez, algo em tailandesa que Taeyong não conseguiu ler por isso esperou que o amigo disse algo. —Hã… eu preciso ir agora, tenho um jantar marcado.


Taeyong a abraçou Ten antes de deixá-lo partir, assim que se separaram o beta apressou passado para andar mais rápido em direção a saída.


—Tchau! Muito obrigado, você salvou o dia. —Taeyong falou enquanto observava Ten partir, balançava a mão na direção dele. 


Quando não era mais possível ver o beta, Taeyong deu alguns passos para sentasse em um dos bancos disponível naquele corredor, o ômega, já sentado, começa a refletir. Estava com uma questão tentadora que não estava lhe deixando pensar em outra coisa a não ser aquela, Taeyong queria ver Jaehyun. Queria dividir aquela acontecimento com ele, pela hora o alfa poderia ainda estar trabalhando ou já ter ido para casa. 


Balança a perna e mordendo a lateral do dedão, Taeyong buscava o número do alfa na sua lista de conta. O encarou durante um tempo antes de dar os ombros e apertar o botão de ligação, o ômega ouvia os barulhos da chamada e ficou surpreso quando Jaehyun atendeu no segundo toque.


Alô? —A voz dele ficava diferente pelo telefone, soava mais atraente.


A linha ficou muda alguns segundos, mas logo Taeyong se pronunciou, dispensando apresentação e pulando para parte que lhe interessa:


—Jaehyun, você quer jantar comigo? 


O alfa do outro lado da linha pareceu emitir um ruído, Taeyong não soube dizer o que aquilo significava mas tentou supor o que seria.  Estava ansioso pela resposta de Jaehyun, sabia que poderia estar ocupado, ou já ter jantado o que deixaria bastante frustrado, mas isso não lhe impediria de contar a boa nova.


Ah? Sim! Claro. Ele respondeu um pouco desacreditado, mas nitidamente feliz com o convite.


Um sorriso sapeca brotou nos lábios de Taeyong, que não conseguiu manter se sentado. O ômega começou a caminhar lentamente pelo corredor vazio com um sorriso enorme formado nos lábios, não esperava ficar daquela forma mas achava errado se sentir feliz daquele jeito.


—Onde você está? —Perguntou para o alfa.


Em casa. Por quê?


Saber que o alfa estava em casa deixava Taeyong aliviado, porque assim não sentia que estava o atrapalhando. Querendo ou não Jaehyun era um CEO, sendo assim tinha várias responsabilidades com qual o alfa tinha que arcar. Reuniões, projetos, contratos e imprevistos era responsabilidade dele.


—Vem me buscar? —O alfa respondeu com um ruído afirmativo. —Eu estou no fórum de Itaewon.


Do outro lado da linha uns barulho começaram chamar mais atenção que a voz do alfa, parecia que ele havia colocado no viva-voz. Com aquilo ômega afirmou que ele havia se afastado para se arrumar.


—Eu estou indo, espera dentro do fórum que esse lugar é meio perigoso… —Ele avisou e era inevitável para Taeyong pensar o quando sua voz estava baixa. 


Por ter toda sua atenção centralizada no telefone, Taeyong não ouviu Haeyoung chegar. A alfa tinha ido chegar alguns outros detalhes com os funcionários do tribunal, além de ter assinado os comprovantes sentenciais, o que marcava o fim da audiência. Taeyong não estava de carro pois Haeyoung havia lhe pego em casa para que fosse junto para a audiência, por conta disso a advogada  acho que ele voltaria com ela por isso disse:


—Taeyong, vamos. 


O rapaz olhou na direção da voz e pode ver Haeyoung esperando por ele, caminhando na direção dela disse despreocupado:


—Não precisa, obrigado. Meu namorado vem me buscar.


Ao dizer aquilo Taeyong sente um calor, pois tem certeza que Jaehyun havia ouvido aquilo. Não teria como se explicar, nem mesmo como desconversa aquilo com certeza viraria pauta entre eles. Em sua defesa Taeyong alegava mentalmente que não tinha do que chamá-lo, não podia colocar-lo como amigo e seria preocupante demais chamá-lo de conhecido.


A advogada sorriu para ele surpresa com a declaração, deveria ter notado pela animação do rapaz mas ela não era obrigada a saber dessas coisas.


—Ah! Certo. —A mulher disse e em seguida se despediu dizendo: —Tenha cuidado.


O silêncio instaurou entre eles como Taeyong imaginava que aconteceria, mas não durou muito quando Jaehyun se manifestou. 


Você falou que queria que fossemos devagar. —Jaehyun o questionou sentindo-se um pouco constrangido.


Taeyong imaginava coisa pior, mas sua realidade havia sido fofo. Claro que queria saber que tipo de clima ficariam entre os dois quando estivesse frente a frente, era fácil deduzir que ele estava feliz mas o ponto era como agiriam dali para em diante. 


—É... eu queria. —Taeyong disse rindo por causa da agitação.—Vem me buscar!



ʕ·ᴥ·ʔ


Ten havia chegado 10 minutos atrasado, imaginava que a primeira impressão MinHee teria sobre ele. Não era de se atrasar, pelo menos, não tantos minutos, mas por conta da audiência de Taeyong e do trânsito havia sido inevitável e ainda estava surpresa de ter levado apenas 10 minutos. A troca de dia havia prejudicado bastante o beta, que tinha outras coisas marcadas e teve que ser remanejado ou adiada para que pudesse estar ali. Aquele jantar seria no final de semana, no sábado para ser mais exato, mas por causa de um imprevisto familiar Minhee pediu para adiantar e marcaram naquele dia. Ten poderia ter dito não, mas preferiu tentar se ajustar para poder comparecer. 


Quando atravessou a porta do restaurante a recepcionista lhe acompanhou até a mesa e para sua surpresa estava vazia. No primeiro momento o beta ficou em choque, pensando que talvez eles tivessem desistido e ido embora o deixando passar vergonha. No entanto, assim que se sentou na mesa e tomar um gole de água, Johnny apareceu com MinHee.


—Desculpa! A culpa foi toda minha. —A garota pediu enquanto se aproximava da cadeira. —Essa deve ser uma péssima primeira impressão.


O beta riu ao se comparar mentalmente, já que a pouco minutos atrás teve a mesma reação que MinHee. 


—Eu acabei de chegar de chegar também. —Comentou para tentar acalmá-la. Johnny sentou-se ao seu lado, o que lhe deu uma leve agonia pois tinha medo de que aquele ato fizesse Minhee se sentir mal. —Mas o que aconteceu? 


A pergunta direcionada a Johnny era feita para que ele não percebesse que o beta se distanciava ao poucos, já que Ten não sabia que tipos de sentimentos Minhee nutria por Johnny. Durante aquela semana quando pensou sobre toda aquela situação, Ten chegou a conclusão que a mãe de Minhee não insistiria tanto se sua filha não tivesse o mínimo de interessante. Não duvidava da loucura humana e sabia que podia estar errado sobre isso, mas não podia se arriscar em magoar o coração de uma desconhecida.


—Nós erramos o número do restaurante e fomos parar no fim da rua, ficamos procurando o número 3503 durante 15 minutos até que MinHee notasse que estava errado. —Johnny explicou o acontecido.


Ten ergueu um das sombrancelhas e olhou para o rosto de Johnny, o seu olhar foi correspondido na mesma intensidade.


—Então, você errou o número. —Ten clareou um poucos mais as coisas.


Johnny deu os ombros, indiferente, em seguida se defendeu dizendo:


—É… mas que quer dizer que fomos nós,  porque ela também estava dentro do carro.


Os olhos de Ten se prenderam na figura sorridente de Johnny, o encarou durante um tempo. Fazia um tempo que Ten estava pensando sobre isso, Johnny sempre, desde que de conheceram, havia se esforçar e mostrado interessante pelo beta. O esforço do alfa fazia Ten pensar que ele poderia ser diferente, que não teria medo de pegar em sua mão e lhe assumir. Mas de repente chegou Minhee, não que ela tivesse alguma culpa, que se tornou a desconfiança de Ten. 


Havia decidido levá-lo como amigo, mas sentia que a intenção dele não era essa. Agora estava naquela situação, estava desconfortável não podia negar. Por mais que se forçasse a ver o lado bom naquilo era impossível, porque tinha uma desconfiança, um receio que voltava a bater na tela do abandono. Quando olhava para Johnny senti que ele era incapaz disso, mas Ten não sabia se a verdade que via nos olhos dele era verdadeira ou apenas uma ilusão, um realidade paralela que havia criado.


—O importante é que nós chegamos aqui e tô morrendo de fome. —A voz de Minhee fez com que Ten só isso dos seus pensamentos e voltasse para a realidade.


A fala da garota fez com que o beta risse, não esperava que ela fosse tão espontânea. Depois de ter ouvido de Johnny todo o sofrimento da garota imaginava que ela fosse uma pessoa triste e sem vida, mas, para sua surpresa, a ômega era animada e tinha bastante energia.


—Esses são seus modos? —Johnny imitou a voz da mãe de Minhee, a fazendo lhe olhar feio.


Ten olhou aquela atitude de forma de intimidade e sentiu-se um pouco constrangido, porque 1) a imitação de Johnny foi péssima; 2) ele soube quem ele estava imitando. Era difícil esquecer a forma com que a sra.Choi havia lhe tratado e por ter um jeito conservador caricato, por isso era fácil saber de quem era voz rouca e autoritária.


—Não fale assim com ela! —Ten disse ao olhar para Minhee e perceber que ela ainda estava com a cara emburrada para Johnny.


Minhee começou a rir de repente, o que fez Johnny começar a rir também e Ten ficar sem entender o porquê os dois estavam rindo.


—Não, está tudo bem. Mas realmente onde estão os meus modos. —Ela riu, não parecia estar incomodado com a brincadeiras que Johnny havia feito. —Eu não me apresentei. Sou Choi Minhee é um prazer te conhecer.


Notas Finais


Oi, oi! Como vão vocês??

Gente do céu, você acreditam que alfa dos sonhos está com 243 fav. Nem acredito! Tô muito feliz!!! obrigada!!!! Obrigada gente por ler e comentar comigo ou só por ler!! Obrigada.

Espero que tenham gostado do capítulo! Kkkkk

~xoxo~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...