História Alfa e beta (Sciam) - Treino

Scott, Stiles, Derek e Deaton estavam no cômodo de trás da clínica veterinária. A sala não era tão iluminada, já que tinha apenas uma lâmpada em cima deles. Sobre a mesa de metal estava, aparentemente, o cadáver que viram há algum tempo, coberto por um grande lençol branco.

– Então, o que descobriram? – Perguntou Scott apreensivo.

– Achei que não tinha mais nada de errado com esse corpo – comentou Stiles.

– Esse não é o mesmo corpo da última vez – Deaton segurou o grande pano e o puxou, revelando o cadáver de uma garota de aparente mente vinte anos de idade.

– Quem é essa? – McCall disse, com as sobrancelhas arqueadas, tentando ignorar o fato de ter alguém morto a sua frente.

– Íris Wright, uma Wendigo – respondeu Derek.

– Quem fez isso com ela? – Stilinski perguntou, observando as diversas marcas de queimaduras na pele do cadáver.

– Não sabemos, mas tem uma marca de bala envenenada por acônito. Bala semelhante à do corpo anterior, vale ressaltar – Deaton tirava suas luvas.

– Acha que podem ser realmente caçadores? – O alfa questionou enquanto olhava para a garota morta sobre a mesa gélida.

– Não podemos dizer com certeza ainda – Hale disse de braços cruzados.

– As queimaduras são intrigantes. Elas não são de contato com fogo, mas sim com eletricidade – falou o druida.

– Que tipo de arma vocês acham que causou as queimaduras? – Stiles perguntou.

– Não acho que tenha sido uma arma – falou Alan Deaton com olhar grave.

– Acha que possa ser algum sobrenatural? – Scott ficou intrigado com aquilo.

– Talvez, mas se for um sobrenatural, está junto do atirador – Derek comentou.

– E se for um padrão? As duas vítimas não são só humanas. E se estiverem caçando sobrenaturais? – O garoto humano tentou fazer alguma ligação com aquilo tudo.

– Tem alguma relação da última com essa? – Perguntou o alfa esperançoso.

– Não, apenas que foram atacados durante a noite enquanto voltavam para suas casas – falou o druida.

– Não temos muitas pistas, mas temos que tomar cuidado para não sermos os próximos alvos – McCall estava preocupado.

– Infelizmente teremos que esperar, se mais alguém for atacado, não é coincidência – Hale disse.

– Quantos sobrenaturais moram em Beacon Hills? – Questionou Stiles olhando para Derek e depois para Alan.

– Mais do que você possa contar – Deaton disse cobrindo o cadáver.

– Temos que avisar Kira, Liam, Malia e Lydia sobre isso. Eles precisam tomar cuidado – Derek afirmou – falando nisso, como vai o seu beta, Scott?

– Ele está ótimo – McCall apertou os lábios por alguns segundos, não queria falar sobre o pequeno descontrole de Dunbar para Derek.

– Ele está ótimo, como todo beta. Uns rugidos aqui, uns rosnados ali. Tudo ok – Stilinski disse encostado na parede atrás do alfa.

Scott virou, olhando descrente para o amigo.

– Seu beta tem saído do controle ultimamente? – Hale levantou uma sobrancelha.

– Isso é algo normal, não é? – McCall disse calmamente.

– Ainda mais se ele tiver Transtorno Explosivo Intermitente – Stiles falou, se arrependendo assim que recebeu um olhar exclamativo do amigo.

– Ele tem T.E.I? – Perguntou o outro lobo espantado.

– Sim, ele tem. Isso complica um pouco as coisas – respondeu o alfa.

– É só ir com calma – Deaton passou com uma sacola que aparentemente era lixo e saiu pela porta dos fundos.

– Por que você não ajuda Scott? Você já foi alfa – Stilinski falou, recebendo um olhar entediado de Derek.

– Talvez não seja má idéia – disse McCall – se quiser ajudar.

– Talvez eu ajude, outra hora. Tenho que ir agora.

O Hale pegou sua jaqueta de couro que estava no canto e vestiu.

– Você já sabe o que vai fazer com o rapaz na lua cheia? – Perguntou Alan entrando novamente na sala.

Derek saiu, seguido por Stiles.

– Não faço idéia. Da última vez acorrentamos ele na minha casa – respondeu o alfa.

– Isso foi idéia do Stiles? – Questionou o druida.

– Sim, foi idéia dele.

– Não foi algo tão ruim mas, existem métodos melhores – Deaton foi até o armário pegando uma vassoura.

– Que métodos?

– Já ensinou ele sobre a âncora?

– Sim, já ensinei.

– Continue, até ele conseguir. Seja persistente.

– Obrigado Alan – Scott disse – até logo.

O veterinárioo acenou com a cabeça sorrindo. McCall foi até a porta e saiu. Olhou para os lados até que viu Stiles no jipe. Caminhou até ele e se sentou do seu lado.

– O que estava fazendo? – O alfa perguntou.

– Tentando convencer Derek a te ajudar com o Liam.

– Você? Ah, meu Deus. Não sei como ele não te matou.

– Do que você está falando? – Stilinski franziu as sobrancelhas.

– Ele é a pessoa mais pavio curto que conheço e você consegue irritar alguém com apenas duas palavras – Scott falou rindo.

– Eu tento te ajudar e é assim que você me agradece? – O humano disse estreitando os olhos e ligando o jipe – tem sorte de eu não te colocar para voltar a pé para sua casa.

– Você não faria isso – falou o alfa.

– Quer apostar? – Disse Stiles com as sobrancelhas arqueadas.

– Não mesmo – McCall riu, junto com o amigo.

Stilinski dirigiu, deixando o amigo na casa dele. Assim que Stiles foi embora, Scott pegou sua moto e saiu.

°°°         

Liam estava no banheiro de seu quarto, tomando banho. Assim que terminou, pegou sua toalha e colocou no ombro, foi até o espelho olhou o rosto, saiu do banheiro secando o cabelo e o corpo. Vestiu um short e deitou na cama olhando para o teto, pensando bastante. Em tudo. Inclusive em Scott. Não sabia exatamente como deveria agir quando estivesse com McCall. Não depois dos beijos.

O que especificamente está acontecendo entre nós? – Pensou o garoto.

– O que eu faço? – expressou alto um pensamento.

– Sobre o que? – Respondeu McCall sentado na janela do quarto.

Dunbar levantou rápido, havia se assustado por não ouvir o alfa chegando. Seu coração estava acelerado, mas não sabia dizer se foi pelo susto ou por estar com Scott. 

– Ah, desculpa – o mais velho percebeu que tinha assustado o menor.

– Não, tá tudo bem – Liam riu olhando para baixo meio sem jeito.

– Acho melhor treinar sua audição – o mais velho disse levantando e indo até onde estava o beta, sentando de frente para ele.

– Veio me dar uma aula particular? – Brincou o mais novo.

– Não – McCall riu, enquanto olhava para o beta.

– O que veio fazer aqui então? – Dunbar questionou.

– Eu vim te avisar sobre uma coisa.

– Poderia ter mandado uma mensagem.

O mais velho bufou.

– OK, usei essa desculpa para vir te ver – Scott mordeu o lábio com um sorriso tímido.

O mais novo sorriu, feliz. Segurou a mão do maior e a acariciou. Aquilo tudo parecia novo para o beta, mas decidiu arriscar.

– Mas sobre o que você queria me avisar? – Liam olhou nos olhos de Scott.

– Lá na clínica, o Deaton encontrou outro corpo.

– Você conhecia a pessoa? – Questionou Dunbar, apreensivo.

– Não, mas era um sobrenatural – McCall disse.

– Outro? Acha que é coincidência?

– Não sei, mas queria te falar para tomar cuidado – falou o mais velho.

– Está preocupado comigo?

– Claro que estou – Scott afirmou.

Liam sorriu e deu um selinho nele. O alfa arregalou os olhos surpreso, mas sorriu.

– Isso ainda é um pouco novo pra mim – o beta passou a mão no próprio pescoço, sem jeito.

– Pra mim também – respondeu segurando o rosto do outro.

Liam sorriu, colocando a mão na cintura de McCall que se aproximou e o beijou, movendo os lábios calmamente sobre os de Dunbar que retribuiu o gesto timidamente. Aquela sensação era incrível para ambos. Os arrepios, as borboletas no estômago, os batimentos acelerados. Era tudo tão surreal.

Scott se afastou devagar, segurando a risada depois de ouvir um barulho.

– O que foi? – o beta estava confuso.

– Você está com fome. Eu ouvi sua barriga – o alfa começou a rir.

O beta revirou os olhos e pegou o travesseiro, acertando o mais velho, fazendo-o cair da cama.

– Desculpa, foi engraçado – ele parava de rir aos poucos.

– OK, eu tô com fome – Liam riu – quer descer pra comer alguma coisa?

– Seus pais não vão achar estranho eu descer do seu quarto?

– Eles não estão em casa.

– Espera, eu poderia ter simplesmente entrado pela porta da frente quando cheguei? – perguntou McCall.

– Sim, poderia – Dunbar se levantou rindo da cara do outro – vem logo.

Os dois garotos saíram do quarto e caminharam pelo corredor até as escadas, descendo e indo para a cozinha da casa. O Beta pegou algumas fatias de pizza da geladeira e colocou no micro-ondas. Assim que virou para falar com Scott, notou o mais velho desviando o olhar rapidamente.

– Tava me observando? – Cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas.

– Ah... talvez – o alfa riu.

Liam olhou para baixo e notou que ainda estava sem camisa. Arregalou os olhos, apertou os lábios e virou de costas para o maior.

– Está com vergonha? – McCall disse enquanto olhava para ele.

– Um pouco.

– Já conversamos sobre isso, não precisa ficar com vergonha.

– É que agora é diferente.

– Ah, entendo – Scott falou, olhando rapidamente para o lado, mas voltando a encarar o garoto em seguida – mas não é como se eu fosse te morder... de novo – o alfa falou baixo a última parte.

Liam voltou a olhar para o maior, com as sobrancelhas franzidas.

– Como é que é?

– Se bem que a última vez que te mordi, você estava inconsciente – o mais velho parecia realmente preocupado com aquilo- você lembra de algo?

– De um cara que eu não conhecia direito, mordendo o meu braço dentro de um carro no meio da rua? Acho que lembro.

– Descrevendo desse jeito fica parecendo um filme adulto – McCall riu.

– A convivência com Stiles deve estar me afetando – Dunbar riu também. Assim que o micro-ondas apitou, ele pegou as fatias de pizza e colocou na mesa, sentando em uma cadeira junto do alfa

– Falando no Stiles, ele me deu uma boa ideia.

– Que ideia? – O menor perguntou, com a boca cheia.

– Ele falou que Derek talvez pudesse ajudar você a ter melhor controle, ele já foi alfa.

– Já falaram com o grandalhão?

– O Stiles já falou – respondeu McCall.

– Stiles falou com ele? – Liam levantou as sobrancelhas – e ele ainda tá vivo?

– Por incrível que pareça, sim! – O alfa riu acompanhado do mais novo.

– Derek deu alguma resposta?

– Não exatamente, ele disse “talvez eu ajude, outra hora”.

– Isso foi quase um sim. Só tenho medo dele não ter tanta paciência quanto você – disse, com um sorriso no rosto.

Ok, acho que dar outro selinho nele agora seria abuso demais – Pensou Scott.

– Por garantia, eu vou junto

°°°         

Stiles estava sentado em sua carteira, ao lado de Scott. Estavam tendo as aulas que vinham após o almoço, mas Stilinski não para de encher o alfa de perguntas.

– E como foi lá? Vocês se beijaram de novo? – O humano sussurrou.

– O que isso importa? – McCall tentava escrever em seu caderno, mas não conseguia se concentrar direito.

– Quero saber se o relacionamento de vocês está progredindo.

– Dá pra parar de se meter entre mim e o Liam? – Falou o lobo fechando a cara.

– Não mesmo, vocês são um casal e tanto – Stilinski riu.

– Casal?

– Sim, casal. Você gosta dele, não é?

Scott pensou por alguns segundos, analisando todas as coisas que aconteceram com ele e o garoto.

– Sim, eu gosto dele – McCall disse, sentindo as borboletas no estômago.

Stiles ao ouvir aquilo, arregalou os olhos e derrubou seu livro. Todos da sala olharam para o garoto por alguns segundos, depois voltaram a prestar atenção na aula.

– Ah meu Deus, Scott, você admitiu que sente algo por ele?

O alfa respirou fundo e assentiu com a cabeça.

Stilinski cobriu a boca. Depois pegou uma folha de papel, fingindo que era um lenço, e começou a limpar as bochechas como se estivessem molhadas de lágrimas. O lobo revirou os olhos e voltou a escrever.

– Meu bebê está crescendo – o humano disse dramaticamente.

– Dá pra parar com isso?

– Não mesmo – Stiles disse enquanto ria – eu notei os olhares de vocês no almoço. Não são nada discretos.

– Como assim? – McCall questionou com as sobrancelhas franzidas.

– Vocês ficam se olhando, sorrindo um pro outro. Ah, e o jeito que o Liam aperta os lábios quando está te olhando.

– O que? – Scott estava envergonhado – dá pra parar de prestar atenção nessas coisas?

– Vocês já se beijaram hoje?

– Stiles!! – O alfa não estava irritado de verdade, só ficava tímido quando falavam sobre aquele assunto.

O sinal tocou, anunciando o fim das aulas daquele dia. O lobo pegou suas coisas e levantou, indo para fora da sala, sendo seguido pelo amigo.

– Falando no lobinho, ele lembra que tem treino agora, não é? – Stilinski comentou assim que chegou em seu armário no corredor, abriu o mesmo e guardou alguns livros.

– Eu falei pra ele ontem à noite – o lobisomem fechou a porta de seu armário e voltou a andar pelo corredor com o amigo.

– Acha que o treinador Finstock ainda vai continuar resmungando por a gente ter faltado o jogo passado?

– Não tenho dúvidas disso, mas se não faltarmos no jogo de amanhã, ele vai esquecer isso – Scott virou no corredor com o humano.

– Eeu realmente espero que ele esqueça – Stiles abriu a porta do vestiário e entrou junto do alfa, indo até seus armários.

– Ele vai berrar durante o treino de qualquer jeito – MacCall tirou a camisa, depois os sapatos.

– Pelo menos os gritos não vão ser exclusivamente para nós dois – o humano tirou os sapatos, a calça e depois a camisa e pegou as roupas no armário.

– Eu lembro que quando virei lobisomem, os treinos com ele eram uma tortura – o lobo começou a vestir as roupas e os equipamentos.

– Super audição? – Stilinski pegou algumas coisas que haviam caído no chão.

– Minha cabeça parecia que iria explodir – o alfa começou a se vestir e em alguns minutos estava quase pronto.

Um barulho alto da porta batendo foi ouvido.

– Desculpa a demora, eu tinha esquecido – Liam disse chegando apressado e indo até um armário perto dos dois.

– Pra um beta recém transformado, não aconselho se atrasar nos treinos do Finstock – disse Stiles.

– Bonita cueca – Dunbar riu.

– Ah, dá pra parar de olhar pro meu corpinho? – O humano começou a se vestir.

Scott tentava segurar a risada. O beta tirou a camisa e abriu o armário.

– Será que alguma das princesas já está pronta?! – Disse o treinador Bobby Finstock em voz alta.

Alguns dos rapazes começaram a se apressar para se trocar. Inclusive Liam.

– Alguém me dá uma ajuda para carregar as coisas pro campo? – O Treinador disse – Não, você não Greenberg!

°°°        

– Tem certeza que ele não vai ficar irritado? – Perguntou Corey receoso enquanto andava pela lateral do campo acompanhado.

– Na verdade, eu não sei – Mason riu – mas eu quero assistir. Seja para aplaudir ele por jogar bem, ou pra rir da cara dele.

– Nossa, você é um amigo incrível hein – Bryant riu.

Os dois garotos foram até os bancos e sentaram, olhando alguns jogadores que já estavam em campo e outros que estavam chegando. Quando Dunbar apareceu, correndo junto de Stilinski e Scott, Mason gritou chamando a atenção dele.

– O que está fazendo aqui? – Disse o beta se aproximando.

– Vim ver você jogar – respondeu.

– Na verdade ele queria ver se você vai cair ou algo do tipo – Corey falou e mordeu o sanduíche que segurava em suas mãos.

Hewitt deu um soco fraco no braço dele e depois sorriu para Liam.

– Não é exatamente isso – Mason disse tentando disfarçar.

– Não? – Questionou o lobisomem.

– Na verdade é exatamente isso – admitiu o amigo.

– Você disse que vinha me ver jogar no jogo de amanhã à noite.

– E eu venho, só estou aqui agora para dar mais apoio ao meu amigo – Hewitt disse.

Liam levantou uma das sobrancelhas, depois voltou correndo para o campo para fazer o aquecimento junto com os outros jogadores.

– Você é péssimo mentindo – Corey falou contendo a risada.

– Cala a boca, eu estava indo muito bem até você falar.

– Me desculpa – Bryant fez bico igual uma criança.

– Na verdade duvido que o Liam vá fazer alguma coisa errada, ele é bom em lacrosse.

– E você, sabe jogar?

– Definitivamente não. Eu seria um desastre no campo. E você? – Mason perguntou, olhando para o garoto, que sorria.

– Não mesmo – Corey riu – prefiro ficar na arquibancada.

– Talvez você pudesse ser um ótimo jogador.

– Acho isso pouco provável

Ambos os garotos continuaram conversando, observando o treino que continuava. O treinador gritava incessantemente durante todo o tempo. Para Liam, não estava tão difícil acompanhar o ritmo dos outros, estava se saindo bem, até melhor que os demais. Depois de mais de uma hora de treino, Finstock encerrou, com mais uma palestra aos berros, na qual mencionava a importância da presença de todos no jogo. Stiles e Scott se olharam no momento que isso foi dito. Stilinski havia se jogado na grama depois de tudo aquilo, estava exausto demais. Scott não parecia muito cansado e Liam estava tão bem quanto antes do treino.

– Eu vou morrer – falou o humano deitado no chão.

– Pelo menos você não serviu de saco de pancada de novo – disse Scott.

– Está se referindo ao treino passado ou a agressão que recebi do Liam? – falou Stiles.

– Você não vai mesmo esquecer aquele soco, não é? – Dunbar disse apoiado em seu taco de lacrosse.

– Não estou falando só do soco, mas também das boladas – o humano se sentou no gramado.

– Por favor, não comessem uma discussão agora, eu tô cansado demais para proteger o Stiles de se machucar – disse o alfa.

– Está insinuando que sou fraco? – Questionou Stilinski.

– Eu não disse nada – respondeu McCall.

– Eu vou pro vestiário, tô muito suado – o beta virou de costas, andando.

Stiles se levantou, limpando sua roupa e começou a andar, mas sentiu seu ombro ser puxado. Quando olhou para trás, viu Scott com uma expressão estranha.

– O que foi Scott? Eu quero tomar banho, tô mais sujo que um porco – disse o humano.

– O Liam foi para vestiário, acho que vou esperar um tempo por aqui.

– O que? por que? – Stiles franziu as sobrancelhas e pensou por um tempo – espera, você está com vergonha?

– O que? Não!

– Está com vergonha de ficar nu na frente dele, ou está com vergonha de ver ele nu? – Perguntou o amigo cruzando os braços.

– Dá pra parar de falar essas coisas?

– Está com vergonha das duas coisas! – afirmou Stiles.

O alfa revirou os olhos irritado e cruzou os braços. Stilinski aproveitou a situação rindo e fazendo várias piadas que deixavam o amigo mais constrangido.