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História Alfa K-37 - Jeon Jungkook - Capítulo 19 - The end?


Escrita por: Red_Dark95

Notas do Autor


Boa leitura, baby's!

Capítulo 20 - Capítulo 19 - The end?


Fanfic / Fanfiction Alfa K-37 - Jeon Jungkook - Capítulo 19 - The end?


China: Hangzhou – The Wang


O certo no momento era, se manter calmo e positivo, mas dizer isso ao pobre coraçãozinho de Jeon não surtia efeito, visto que já se fazia algumas horas desde que começou a operação. O órgão citado do moreno, estava apertado, preocupado e angustiado, e mesmo se mantendo forte na vista dos outros, seu interior e mente estavam completamente abalados, a notícia de paternidade deveria ser um dos momento mais feliz e inesquecível de sua vida, porém o momento não estava de acordo com suas expectativas. Desde o momento em que Jackson, resolveu iniciar a cirurgia algo estava lhe sufocando e com isso o medo estava a beira de o consumir por completo, pensar na possibilidade de perder sua recente família só aumentava o caos que estava emanando em sua alma amedrontada.

Suspirou pesadamente, passando seus longos dedos pelos fios negros e lisos, tentando acalmar sua ansiedade que remechia seu estomago. suas pernas já davam sinal de cansaço e seu tornozelo lesionado, o alertava com dor. Frustrado e exausto, sentou-se sobre uma das poltronas de espera da ala hospitalar da The Wang, o local estava extremamente movimentado, enfermeiras e médicos corriam para socorrer aqueles que se encontravam feridos. Em meio a essa correria, um dos enfermeiros andava calmamente empurrando uma maca, com um corpo sobre ela, a deixando a alguns metros de Jeon. O moreno observou o ser desacordado, forçando a visão, aquele jovem era familiar para si. Em um ato de curiosidade, o tatuado se aproximou do corpo, tendo cada vez mais certeza de suas hipóteses, suspirou, como sua companheira iria reagir ao saber que aquele rapaz ensanguentado, com um dos membros superiores faltando, era seu amigo? Apesar de Jeon se irritar facilmente com as brincadeiras bobas do japonês, sabia o quanto ele era importante para sua namorada (você), já que os lobos de ambos são irmãos. Não foi preciso perguntar, ele pode sentir o teu sentimento de familiaridade com o asiático, mesmo que em algumas situações, muitos discordariam que se tinham apenas afeto familiar.

— Que você possa descansar em paz, Riki. Obrigada por proteger minha família. - Jungkook ditou baixo, sendo solidário.

O mesmo enfermeiro de antes, voltou, pondo sobre o corpo pálido de Riki um grande lençol, o cobrindo por inteiro, em seguida o levando. 

Ele (Jungkook) observou o corpo sendo levado, até o mesmo sumir de seu campo de visão, ele suspirou mais uma vez e voltou a seu assento. Por enquanto estava sozinho ali, os meninos estavam recebendo atendimento médico, a luta foi violenta e nem mesmo eles saíram ilesos desse massacre. Jeon já tinha recebido seu atendimento, o médico lhe explicou que ele ficaria com sequelas no ouvido esquerdo, ouviria bem pouco por ele, mas também havia a probabilidade de perder de vez a audição do mesmo, além disso, seu tornozelo direito também sofreria com sequelas, entretanto, nada grave, só sentiria vez ou outra algumas dores.

"Argh! Que frustante."  

Apoiou os cotovelos sobre os joelhos, pondo o rosto sobre as mãos, esfregando as palmas com força sobre a face. 

— Jungkook! - chamaram-lhe.

O citado elevou o olhar para a direção da voz, encontrando um Jin de expressão preocupada e entristecida. O acastanhado se aproximou do rapaz, logo sentado ao seu lado, com certa dificuldade.

— Nada ainda? - perguntou, mirando a face frustrada do Alfa mais novo.

— Nada. - bufou. - Estou enlouquecendo, não aparece ninguém para me dizer algo. Eu irei procurar alguém que me possa passar alguma informação do estado dela. - fez menção de se levantar.

— Se acalme, sabe que se eles tiverem algo a nos dizer, virão ao nosso encontro. - orienta Jin, segurando o pulso do jovem.

— Eu estou calmo, Jin. Mas já estou esperando a horas e nada, isso realmente me faz ter pensamentos negativos. - confessou.

— Eu sei, lhe entendo perfeitamente, mas tenha um pouco mais de paciência.


                            [...]


Sala cirúrgica


A cirurgia estava ocorrendo bem, teus batimentos estavam estáveis, igualmente a tua pressão sanguínea. Jackson estava confiante, faltava pouco para a operação se findar. Teu filho ainda estava dentro de ti, já que outros cirurgiões orientaram o acastanhado a não interromper a tua gestação e que não traria risco algum para a criança. Será que ele errou o diagnóstico? Ou simplesmente, ficou tão atordoado por ver sua amada com uma grande perfuração no abdômen e costas, que não prestou atenção no que dizia o laudo? Bom, erros acontecem e se mais de um profissional confirmou a segurança da cirurgia sem a retirada do feto, iria fazê-la.

— Ótimo, ótimo! Só falta fechar essa perfuração. - comentou aliviado, satisfeito pela tua estabilidade. - Isso minha garota, continue assim. Estou quase terminando. - conversava contigo, que estava desacordada a base de gás.

Jackson fazia com agilidade sua especialidade, sempre foi bom com as mãos, seu pai alfaiate lhe ensinou muito bem a costurar quando mais novo e em vez de usar seu talento de costura para roupas, resolveu usá-la para salvar vidas. Prestes a dar seu penúltimo ponto, algo lhe chamou rapidamente a atenção.

— Os batimentos da paciente estão caindo! - alertou o enfermeiro ajudante.

— Quero 1 mg de epinefrina no soro dela, agora! - pediu alto para que alguém o fizesse. 

Teus batimentos caem com velocidade, as mãos de Jackson tremiam, o mesmo tentava finalizar os últimos pontos em teu rim.

— Paciente está perdendo pressão rapidamente! - alertou uma enfermeira.

— Fizeram o que mandei? - gritou nervoso.

 Ele olha para o aparelho, onde indicava teus batimentos cardíacos, engoliu seco e mirou rapidamente teu rosto pálido. Desesperado, buscava uma resposta rápida na mente, estava perdendo seu amor e sua cabeça não tinha resposta para salvá-la. 

Seu coração agitado e sua mente nublada, perturbava o homem, a tua vida estava nas mãos do mesmo e isso só o pressionava mais. Não havia outra resposta, era você ou o bebe. Pensou por breves segundos, lembrando do que você gostaria que fosse feito.


" — Jackson. - a voz melodiosa o chamou.  

Ele a olhou sobre aquela cama.

— Sim, (s/n).

A probabilidade de nós dois sairmos ilesos, é muito baixa. Certo? - perguntou, acariciando a barriga pouco visível.

— Infelizmente, sim. Me desculpe. - engoliu em seco.

— Por que está se desculpando? Não é sua culpa. - você sorriu gentil. - Eu quero lhe pedir algo.

— Pode pedir. - se aproximou da cama, ficando ao teu lado.

— Caso ocorra algo, não importa o que seja, se não puder salvar a nós dois, dê prioridade ao meu filho. - o mirou com os olhos brilhantes.

— E-eu... - respirou fundo. - Eu não perderei você, eu não suportaria. - engoliu em seco, sentindo o nó na garganta.

— Por favor, aconteça o que acontecer, dê prioridade a meu bebê. Você é pai, compreende meu sentimento como mãe. - segurou na mão do mesmo, a acariciando. - me prometa.

— Eu prometo. - murmurou, sentindo a pequena lágrima trilhar seu rosto.

Em resposta você sorriu meiga, levou o polegar ao rosto do mais velho, secando a gota."


Fechou os olhos com força, puxando o ar com força para os pulmões.

— Vamos fazer o parto! - informou para seus ajudantes.

— Outro procedimento?! A paciente acabou de ter uma grande queda de pressão, está instável. 

— Façam o que lhes digo. Se não fizermos isso agora, os dois morrem! - falou rudemente contra o ômega enfermeiro, este que se encolheu e logo se preparou para o procedimento.

Seria algo rápido, visto que teu abdômen já estava aberto. Com agilidade e muita calma, retiraram a bolsa onde estava o bebê ressonando. Estouraram a bolsa e cortaram o cordão umbilical, levando a cria para a incubadora. Ele teria uma nova chance de viver, por mais que esta não fosse 100%. Em questão de segundos, teus batimentos zeraram, as linhas que mostravam tua frequência se tornaram retas, o som irritante da maquina indicava a falta de pressão do corpo. 

— Não, não, não! - falou desesperado. - preparem o desfibrilador! 

O mesmo desesperado pôs-se a massagear teu peito, pondo pressão sobre teu coração.

— Vamos! - incentivou, pondo toda pressão possível sobre teu coração.

— Se afaste. - pediu a beta.

A descarga foi deixada sobre o local, fazendo teu corpo inconsciente sobressaltar-se, porém sem resposta. 

— Mais uma vez! - pediu a beta, tendo o ômega calibrando novamente a máquina. O choque novamente foi dado e outra vez, teu corpo sobressaltou-se, entretanto, sem resposta. O desespero veio à tona em Jackson, assim deixando de lado a profissionalidade e dando espaço a seu sentimento de angústia. O último choque te deixou e a confirmação de teu falecimento veio em seguida.

— Me dê 5 ml de Hidróxido de sódio. - pediu, voltando a massagear teu peito.

— 5 ml?! Isso é uma dosagem muito alta, além do mais-

— Faça o que estou lhe mandando, caralho! - berrou enfurecido com o ômega.

A beta foi mais rápida e fez como pedido, o entregou a seringa com o líquido amarelado e ele injetou em teu braço de uma só vez. O desespero lhe corroia como a maresia corrói o metal, ele não estava pensando nas consequências, o foco era te trazer de volta. Dividia o olhar entre você e o aparelho que indicava teus batimentos, esperançoso que pelo menos desse um pequeno sinal, porém, os minutos passaram e a linha continuou reta, e o barulho do aparelho mantinha-se o mesmo.

— Preparem mais uma dosagem, urgente.

— Me desculpe, Dr. Jackson, mas eu não posso deixá-lo fazer isso, ela já recebeu uma dosagem muito alta, tenho certeza que não quer que o corpo dela derreta. - ditou a beta em contradição. - Eu sinto muito.

Ele desprendeu os olhos da beta e te olhou assustado. Sabia que a híbrida tinha razão.

— Não! Ei, ei! - tocou teu rosto pálido e adormecido. - Olha pra mim, meu amor! - acariciou tua bochecha morna. - seu bebê nasceu e está bem. É uma bela menininha! - fungou. - Acorde, meu bem, você não quer vê-la, hm? - murmurou trêmulo, deixando as lágrimas caírem e molharem teu rosto. - Eu fiz o que você pediu, mas por que eu não me sinto bem com isso? Isso dói tanto meu amor. - pôs a mão sobre o próprio peito. Soluçou. - Eu não sei como contar isso ao Jungkook. - confessou.

— Eu sinto muito, dr. Jackson. - ditou o ômega.

Ele respirou fundo, mirando o teto branco de gesso, buscando seu alto controle. Ele já havia presenciado muitas mortes, porém ele nunca se acostumou e se culparia para sempre pela morte daquela que ele amou tão intensamente. Apesar de ter amado sua falecida mulher, seu amor por ela não se comparava ao que sentia por ti.


                           [...]


O batuque no chão de cerâmica branca, era consequência da ansiedade de Jungkook, ele batia o pé sobre o chão, ainda nervoso. Já perdeu as contas de quantas vezes levantou-se e sentou-se, já respirou tantas vezes fundo que já se sentia tonto. Como odiava esperar, ainda mais sem obter nem uma informação. Agora todos reunidos, esperavam esperançosos por algo, aquilo poderia ser considerado tortura.

Jackson andava lento pelo corredor alvo, indo de encontro a alcateia. O coração disparado e o nó na garganta lhe impedia de respirar normalmente. Ele só gostaria que aquilo não passasse de um péssimo pesadelo. Já a alguns metros da matilha, suspirou, preparando seu psicológico. Seu coração se desintegrou ao ver a imagem de Jungkook extremamente preocupado. Ele teria forças para informá-los da tragédia?

O Alfa moreno, ao bater os olhos sobre o acastanhado, levantou-se ligeiramente, mancado até o cirurgião.

— E então?! Como ela está? E meu filho? - Perguntou eufórico, crescendo um pequeno sorriso nos lábios ao pensar que Jackson havia cumprido sua promessa. Mas ao ver o rosto levemente avermelhado, úmido e tristonho, aquele lindo pequenino sorriso murchou. - Eles estão bem, não estão?

— E-eu sinto muito. - deu uma pausa, engolindo em seco, tentando ao máximo segurar as lágrimas. - Eu pensei que conseguiria salvar os dois, mas (s/n) teve uma parada repentina e eu me vi sem utilidade. O bebê está bem, mas a (s/n)... infelizmente faleceu.

— O que? - o moreno balbuciou sem acreditar, seus olhos nem piscavam. - O que está me dizendo? 

Parecia que o piso sob o moreno havia desaparecido, as pernas bambearam e fraquejaram, o fazendo perder força em uma delas. Namjoon que estava próximo ao mesmo, o segurou pelo braço, o impedindo de ir ao chão. Jeon agora tinha uma expressão perplexa na face, seus lábios finos perderam subitamente o rubo, seus olhos inundaram, fazendo suas mãos tremerem.

— Mi-minha filha. - sussurrou Jin. - Não! Você está mentindo, ela deve ter apenas desmaiado, vai checá-la novamente. - ditou de forma alta, passando por entre os meninos, com intuito de chegar a Jackson.

— Jin, se acalme. - pediu Jimin de forma calma, segurando o pulso do mais velho.

— Eu não vou me acalmar! - olhou o loiro de forma enraivecida. - Traga minha filha de volta, Jackson. Eu quero minha filha! Por favor, traga-a de volta. - pediu trêmulo agora em prantos.

Jimin entregou o filho nos braços do namorado e segurou o rosto de Jin com as duas mãos, o fazendo olhar-lhe.

— Se acalme, Jin. Todos nós estamos abalados, mas vamos nos manter fortes, pelo bebê dela. Sabe que é o que ela queria. - ditou brando o loiro. Mesmo se fazendo de forte, só ele sabia o estado de seu interior.

Como se Jeon recuperasse os sentidos, em um ato rápido de raiva, se soltou dos dedos de Namjoon e avançou sobre Jackson, que tinha a cabeça baixa, tentando controlar seu emocional. Lanço-lhe um soco sobre o rosto, fazendo o acastanhado cair ao chão, pondo logo em seguida a mão no local atingido.

— Você me prometeu que salvaria os dois. - falou de forma raivosa.

Os olhos estavam vermelhos como sangue, presas afiadas expostas, face raivosa e punhos cerrados. Se aproxima calmamente do acastanhado, que se arrastava pelo chão, se afastando do Alfa.

— Você está louco Jeon?! Pare com isso já. - ordenou Namjoon, segurando os ombros dele, o fazendo olhar para si. - Isso não é culpa dele, veja o que está fazendo. 

O moreno piscou algumas vezes e se ajoelhou abruptamente sobre o chão, chorando como nunca ninguém havia visto. Chorou apertando fortemente o tecido da camisa, do lado esquerdo, sobre o coração, curvando-se para frente, enquanto gritava mudo. Era a segunda vez que sentia aquela dor mortal, a primeira foi causada pela morte dos pais e agora pela tua. Seu coração havia cicatrizado a pouco e agora havia sido novamente apunhalado. Estava se sentindo tão inútil, horrível por não ser capaz de proteger as pessoas mais importantes de sua vida, aquilo estava o matando.

Jimin se ajoelhou frente ao moreno e o abraçou, sendo retribuído fortemente. O loiro alisou as costas malhadas do alfa, tentando o trazer conforto, mesmo sabendo que nesse momento seria inútil.

— (s/n)...




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