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História Algo Por Você - "Analu"


Escrita por: LanaSilvaS

Notas do Autor


Olá, pessoal!!
Obrigada pelos favoritos e comentários <3
Espero que gostem do capítulo e desculpem-me os erros!
Let's go!

Capítulo 38 - "Analu"


- Não me canso de olhar para ela. Olha que linda! - falei correndo o dedo indicador no rosto de Analu.

Ela tinha nos acordado às 3h da manhã com seu choro potente, pois estava com fome. Já fazia três semanas que estávamos naquela rotina noturna. Normalmente, a cada duas ou três horas nossa filha acordava chorando para mamar.

Nascida com quase quatro quilos e 48 cm de comprimento, ela era linda e saudável. Após dois dias no hospital e vários cuidados, fomos embora para nossa casinha.

Eu estava muito cansada, mas a sensação de ter minha filha em meus braços compensava tudo, com certeza.

- Amor, me dá ela um pouco! - Ney estava deitado do outro lado da cama, acordado àquela hora, sendo que teria treino ao amanhecer.

- Não, Ney. Vai dormir, amanhã você tem treino. Você não pode ficar perdendo sono desse jeito. - falei, mas ele fez uma carinha tão fofa, que eu cedi ao seu pedido.

- Mas a menininha do papai não está com sono, mamãe. - disse depois de colocar nossa filha deitada em seu peito.

Desci para tomar uma água e comer alguma coisa, pois a fome tinha me pegado àquela hora. Após uns dez minutos voltei para o quarto e meus amores estavam dormindo na mesma posição que eu os tinha deixado antes de sair.

Peguei a Ana no colo e a coloquei no bercinho que era acoplado em nossa cama.

******

- CHEGAMOS, PESSOAL! - ouvi uma louca gritando enquanto eu caminhava em direção à porta de entrada.

Assim que a abri, Eloah sem esperar mais nada me prendeu em um abraço.

- Vocês vieram mesmo... - falei sorridente depois de me soltar da minha amiga.

- Claro que viemos, dona onça. - David disse se referindo ao baby-doll que dava para ser visto por baixo do meu hobby.

- Pensei que tinham nos esquecido, afinal, já que faz quase um mês que a Analu nasceu. - olhei de forma acusadora para os dois que estavam parados a minha frente.

- Eu estava louca pra vir logo, mas o David tinha jogo e ele queria viajar junto comigo, então... - Eloah explicou. - Cadê minha afilhada? - mudou de assunto toda animada.

- Lá em cima dormindo junto com o Ney. - sorri. - Enquanto vocês se acomodam nos quartos, eu acordo os dorminhocos.

******

- Cara, como ela é linda! - David falou quando estava com Analu em seus braços.

- Claro, mané... - meu namorado revirou os olhos. - É minha filha. Não tinha como não ser linda. - disse todo convencido.

- Quanta modéstia, em amor?! - ri me sentando ao seu lado no sofá e sendo envolvida pelos seus braços.

- Me dá ela, David! Você já a segurou demais, e eu tenho direito de ficar mais tempo com ela no colo, pois eu sou a madrinha. - desde que eles chegaram a disputa pela Analu só tinha uma trégua quando minha filha tinha que ser alimentada ou quando era hora de sua soneca, pois não os deixei ficarem segurando-a enquanto dorme para não deixá-la mal acostumada. Porque no final de tudo eles iriam embora e quem arcaria com as consequências seria eu e Ney.

- Podem parar de briga! Me deem minha filha. - Analu já estava ameaçando chorar por conta de toda aquela agitação.

Em segundos minha linda bebê estava em meu colo.

Ela se parecia com uma bonequinha de tão perfeita. Sua pele era clarinha e macia, seus fartos cabelinhos escuros como os meus, e seus olhos esverdeados exatamente iguais aos de meu noivo. Ela era, com certeza, a criança mais linda que eu já tinha visto no mundo.

Claro que toda mãe diria isso, mas era a minha opinião.

- Gente, sinto muito ser estraga prazeres, mas nós duas vamos dormir agora. - falei às visitas enquanto me levantava.

- Nossa, amiga! Ainda são oito horas da noite... Nem tem duas horas que a Lulu acordou, e já vão dormir. - Eloah falou desanimada.

- Desculpa não te fazer companhia, amiga, mas eu tô exausta e a Analu é muito novinha, então tem seus próprios horários. - desculpei-me.

- Eu sei... Ouvimos essa gatinha chorando por boa parte da noite. - segurou a mãozinha da minha filha. - Aliás, isso é normal?

- Mais normal que você imagina. - suspirei. - Mas todo esse cansaço é compensado por cada gesto dessa coisinha linda. Isso sim, não tem preço.

- Que lindo você falando assim, Nanda. - ela sorriu. - Vão dormir, garotas!

- Boa noite, pessoal! - me despedi e dei as costas a eles que continuaram ali.

Até ouvi o David dizendo: "Chega dá vontade de ter um bebê também, não é, Lô?"

"Nem inventa, David!" - respondeu Eloah e eu sorri subindo as escadas, indo em direção ao nosso quarto.

Percebi Analu inquieta e já sabia o que ela queria.

Me sentei confortavelmente na cama e desci a alcinha de minha camiseta deixando meu seio a mostra. Imediatamente ela o encontrou e começou a sugar com desespero.

- Calma, amor da mamãe. Seu leitinho não vai sumir. - conversei com ela ao mesmo tempo em que acariciava seus cabelos.

Ela sempre mamava de olhos fechados, às vezes eu até pensava que tinha dormido, mas não, era só uma mania mesmo.

Alguns minutos depois ela já estava saciada, então arrumei minha blusa e ia colocá-la para arrotar, mas Ney entrou no quarto e veio tomá-la de minhas mãos, como sempre.

Assim que encostou nossa filha em seu peito, ela regurgitou. Aquilo de vez em quando acontecia, mas era sempre eu o seu alvo, e Ney sempre me caçoava por isso.

Não aguentei e ri da sua cara, olhando a sua camisa preta com uma bela mancha branca.

- Por que você fez isso, papai? - meu noivo conversou com nossa pequena olhando-a de forma carinhosa. Percebemos que ela esboçou um sorriso, poderia até não ser intencional, mas nos divertimos com aquilo. - Está rindo do papai, sua moleca? - Ney perguntou depois que tinha se sentado ao meu lado na cama.

- Nossa, que papai mais sem moral esse meu noivo... - falei olhando para ele.

- Haha, Fernanda! Muito engraçado. - ironizou.

 

POV. NEYMAR

Era incrível cada instante que eu passava perto de minha menininha.

Toda vez que eu tinha que sair, não via a hora de voltar para as minhas garotas.

Tudo tinha corrido bem durante essas três semanas e felicidade e amor eram as palavras que definiam o que eu estava sentindo.

Minha família e a de Nanda ficaram aqui durante duas semanas e depois tiveram que voltar para o Brasil, logo que cada uma tinha seus compromissos. A mãe de Nanda é a que foi embora mais sentida, pois queria ficar mais um tempo com a filha e a neta, mas o seu marido tinha que voltar para cuidar da empresa e o irmão de minha noiva tinha que voltar a escola, ou seja, era inviável ela ficar em Barcelona por mais tempo.

Eu me enchia de orgulho toda vez que encontrava Nanda amamentando nossa menina, era incrível ver que às vezes, ela mesmo sentindo dor, não deixava de alimentar nosso pequeno fruto.

Toda vez que a via acordando durante a noite para cuidar da Analu, mesmo estando esgotada ao máximo, mas sem reclamar ou tirar o sorriso do rosto ao ver a pequena. Aquilo me enchia os olhos e me dava mais certeza que ela era a pessoa certa, e que eu tinha feito a escolha mais certa da minha vida.

Eu tentava ajudá-la no que fosse possível, desde acordar a noite e levar nossa pequena para fora do quarto, para deixar a mamãe dormir um pouco mais, até dar banho e trocar fraldas.

Aquelas pequenas coisas me davam tanto prazer, saber que aquela menininha dependia exclusivamente de nós dois era tão surreal.

Davi Lucca ficou eufórico quando conheceu a Analu, foi um momento de muita alegria.

Enquanto ele esteve aqui em Barcelona, tentei dar muita atenção a ele e deixá-lo bem próximo da sua irmãzinha, eu não queria que se sentisse colocado de lado só porque a família tinha ganhado uma nova integrante.

Meus amigos também tinham dado um jeito de vir para a Espanha logo que Analu nasceu. Bruno ainda se lamentava por não ter sido escolhido para ser padrinho de minha filha, mas depois se contentou em ser apenas o titio Bruno.

******

Eu estava acordado às quatro da manhã de um sábado com a Analu deitada de bruços sobre o meu peito.

Ela tinha acordado às duas e meia, mas não voltou a dormir depois que mamou. Um tempo após Nanda estar tentando colocá-la para dormir, sem sucesso, nossa filha começou a ficar impaciente e abriu o berreiro.

Eu a peguei dos braços de Nanda, que já não sabia o que fazer, e a moleca ficou quieta rapidamente.

Às vezes acontecia isso, e era tão bom saber que minha filha queria o aconchego de meus braços, eram coisas como essas que me faziam amar ser pai.

Esses primeiros momentos que eu estava curtindo com minhas garotas, eu não pude curtir com meu filho Davi, já que minha carreira estava alavancando e Carol adorava fazer intriga, me provocar, e fazia isso da pior maneira: me afastava do meu filho. Mas eu procurava não pensar muito nisso.

Nanda não aguentou muito tempo acordada, e logo em seguida dormiu, me deixando com a minha mocinha, ambos acordados.

Eu só tinha postado duas fotos desde que Analu nasceu, sendo que nenhuma delas aparecia seu rosto, mas minha assessoria aconselhou-me a mostrar logo seu rosto, para acabar com tanto alarde.

Fê e eu já tínhamos conversado e ela concordou com a minha assessoria.

Aproveitei que estava sem fazer nada, e Analu estava bem quietinha, então peguei meu celular e coloquei na câmera frontal.

O quarto estava iluminado apenas pelo abajur que ficava um pouco afastado da cama, não deixando muito claro, mas a foto sairia nítida.

A nossa imagem refletida na tela do celular atraiu o olhar de Analu e eu tirei a foto, mas achei o momento muito especial para ser eternizado apenas por uma foto, então gravei um pequeno vídeo.

- Bom dia, gente! - falei baixinho. - Dá bom dia por pessoal, Analu. - disse a ela, que colocou a mão na boca, atenta ao celular. Ainda mostrei ao fundo da imagem, Nanda dormindo do outro lado da cama com boca meio aberta.

Postei o vídeo e em questão de minutos já estava cheio de comentários.

Ainda não era madrugada no Brasil, então assim que viu que eu tinha postado no Instagram, Rafaella fez uma chamada via Skype para mim.

Atendi e coloquei o áudio bem baixinho.

- Oi, preta! - falei assim que vi a sua imagem.

- Oi, meu preto! - respondeu sorrindo.

- Como você tá? - perguntei.

- Tô bem, irmão. E você e as garotas? - era bom ver que ela tinha se tornado amiga da Fê e a tia mais babona.

- Estamos bem. A Nanda tá aqui dormindo. - mostrei minha mulher para a câmera do celular. - E a mocinha tá aqui babando o papai todo. - mostrei Analu para a Rafa. - Está acordada desde as duas e meia da manhã, Rafa, e não quer dormir.

- Que coisa mais linda da tia. - Rafa sorria lindamente. - Ai que saudades dela. - secou a lágrima que caiu.

- É assim mesmo... Agora só sente saudades da Analu, e de mim, nada. - falei com falso ressentimento.

- Ôh, meu irmãozinho! Fica assim não, também sinto falta de você. Nada que se compare a que sinto de Analu, claro, mas ainda sinto. - brincou.

- Engraçadinha.

Vi minha filha ficar meio inquieta e resmungando ao mesmo tempo em que senti um cheiro não muito agradável.

- Irmã, tenho que ir. Vou trocar a fralda dessa mocinha aqui.

- Vai lá, papai babão. - ela riu.

- Sou mesmo, com muito orgulho.


Notas Finais


Gostaram??
Beijos e até o próximo capítulo!!


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