História Alguém como você - Imagine Park Jimin - Alguém como você

                            S/N

Durante a viagem eu tinha passado por todo processo anterior, só que dessa vez na cabeça que fosse pela gravidez, havia um jovem do meu lado que esteve me ajudando todo o momento e me esqueci de perguntar seu nome, mas não aparentava ser daqui da Coréia ou da Rússia. 

Eu já estava com meus pés em terra firme, decidi que iria até a casa de Jimin a pé, eu senti falta de tudo, foram longos três meses fora de casa e meu coração palpitava forte a cada lugar que via como se fosse a primeira vez.

Estava muito frio, mas eu não tinha trago nenhum casaco quente, só uma blusa fina e todas as lojas estavam fechadas.

Enquanto eu andava por uma calçada a três esquinas da casa de Jimin, havia vários entregadores de pizza circulando por aquela direção e eu pensava se era Park que tinha pedido todas aquelas encomendas.

A casa estava com piscas-piscas azuis do lado de fora, mas pelas janelas podia se ver várias luminosidades coloridas. Eu estava pensando quem tinha feito aquela decoração minimamente planejada na casa de Jimin, ou será que foi realmente feita por ele e Jungkook?

Eu abro a grade e entro. O jardim estava cheirando a rosas geladas e ao encostar elas se desmontavam por conta do frio. Quanto mais eu me aproximava da grande casa eu podia sentir cheiro de comida, talvez frango assado ou pure de batata? 

Eles estavam no clima de natal, eu me preocupei tanto se eles estavam mal, mas acabei me enganando, estavam melhores do que eu podia imaginar.

Nas escadinhas para a porta eu levanto a mala com cuidado para não fazer muito barulho, passo as mãos sobre meus braços e coloco minhas mãos sobre a boca e assopro quente para ver se eu parecia mais apresentável. Eu arrumo minha roupa e coloco a franja atrás da orelha e penso no que dizer.

Antes de bater eu sinto um receio, eles pareciam bem, o que eu faria ali? Dizer tipo "cheguei em plena véspera de natal pra fazer uma surpresa pra vocês!!" isso era tão patético.

Eu recuo para trás com um passo pensando em desistir, mas retomo o passo e bato.

Na primeira batida parece que não tinham ouvido e bato pela segunda vez com três leves toques na porta pra não parecer agressiva ou uma visita indesejada. Ou eu sou um visita realmente indesejada?

Eu não estava entendendo qual o motivo da minha insegurança.

Eu bato pela terceira vez só que um pouco mais forte.

- Espere um instante por favor - ouço uma voz feminina vinda de dentro da casa - Jimin seu imprestável venha me ajudar

Eu entro em choque e mal posso sentir minhas pernas e meus braços que estavam congelados por conta do frio, então não pude fugir na primeira oportunidade. A dona daquela voz era a responsável pela decoração e por toda a comida que estava cheirando de dentro da casa.

- Boa noite - a moça abre a porta 

Ela tinha o cabelo escuro na raiz e loiro nas pontas, era lindo. Ela estava com um short e uma blusa de frio grande, em suas mãos tinha luvas de cozinha. Era uma mulher que aparentava ter minha idade.

- Você está tremendo, não quer entrar? - ela vê minha situação com pena

- Não, não precisa - eu digo com a boca trêmula

- Então... Veio procurar por alguém? - ela diz tirando as luvas das mãos 

- Não, por ninguém - eu digo pegando a alça de minha mala com dificuldade por conta do peso.

- Quem é que está na porta Jiyoon?

Era a voz de Jimin.

- Eu não sei tio, a moça não se apresentou.

Eu me viro sorrateira ao ouvir o que a garota disse e volto o meu olhar para dentro da casa.

- Jimin? - eu digo enquanto uma lágrima rola pelo meu nariz que estava vermelho.

- s/n? - ele vai até a porta e me olha sem esboçar sentimento algum.

Eu olho para o homem que estava mais lindo que sempre e volto o olhar para o chão, parecia ser a primeira vez que eu o via, era a mesma sensação que tive ao olha-lo quando eu estava no mercado quando tudo começou. 

Quando eu era apenas uma garota desesperada para comer algo depois de ficar tantos dias com o avô no hospital, que eu era vazia e não tinha rumo e muito menos direção para seguir. Eu não tinha planos e nem sonhos, já não tinha mais vontade de viver, mas aquele homem que estava na porta me encarando desde o começo não havia desistido de mim. 

Lágrimas rolam com mais intensidade e meu cabelo cai pra frente do meu rosto. 

- Eu não passei de uma idiota quando disse que não te amava mais, meu coração durante todo aquele tempo esteve negando aquelas palavras absurdas, então me perdoa. Por muitos dias e noites eu estive tentando te ligar, mas nunca dava certo. Eu te entendo, uma garota louca diz que não te ama mais e depois volta do nada, você não precisa sentir dó de mim, você não precisa me perdoar, mas eu espero que você saiba que eu nunca deixei de te amar - eu choro e passo a mão na minha barriga que já estava grandinha - eu e sua família te ama muito 

Jimin não tinha expressão e muito menos a garota que estava do lado dele vendo toda a cena perplexa, sem entender nada.

Eu já tinha dito tudo que precisava dizer e Park Jimin pareceu não me perdoar por tudo aquilo, eu sorrio e me viro indo em direção a mala para ir embora.

Já me preparando para ir, eu sinto algo quente e pesado cair sobre meus ombros, era o casaco de Jimin.

- Você vai se gripar e isso não vai fazer bem ao nosso filho - ele passa a mão sobre meu cabelo o bagunçando.

Eu olho pra cima e vejo o rosto de Jimin. Ele sorria e na sequência seus olhos fechavam, era adorável e confortável.

Eu abraço o maior e me aconchego entre seus braços. Minhas lágrimas agora eram de felicidade e quando caiam formavam pinguinhos de gelo no ar.

Entramos e eu me sento perto da lareira para me aquecer.

- O que está acontecendo aqui? - Jeon diz descendo as escadas - Eu perdi muita coisa?

- E como perdeu - eu me viro rindo 

- s/n? - Jungkook me olha surpreso e me abraça - eu pensei que nunca mais te veria

Eu sorrio e ele retribui. Ele me levanta, faz com que eu dê uma volta e me analisa dos pés a cabeça.

- Parece que veio com uma surpresa para o tio Jimin em? - ele me vê com um olhar malicioso

- Não só para ele, mas para você também - eu digo sorrindo 

- Eu vou ser pai também? - ele diz se afastando de mim

- Não é isso seu louco - eu rio da cara dele

Eu vou em direção a minha mala e tiro um presente e o entrego.

- É o jogo que eu queria - ele se curva sorrindo 

- Me promete quando for jogar irá me chamar e mil desculpas srta. Jiyoon, eu não sabia que estaria aqui, eu não te trouxe nada.

- Não precisa se preocupar, só pelo fato de estar aqui, eu fico muito feliz. Jimin sempre falava sobre uma garota, estava triste e eu tive de sair de Busan para trazer vida à essa casa, porque até Jungkook que sempre se animava com os natais não saia mais de casa - ela sorri

Eu olhos para os dois indivíduos que estavam sentados no sofá e solto um sorriso.

- É mesmo que sentiram tanto a minha falta? - eu rio

- Não fique tão convencida assim, eu só, eu só... - murmura Jimin 

- Eu só nada - eu me sento entre eles - eu também senti muita falta de vocês.

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Enquanto estavamos a mesa, colocamos todas as novidades em dia. E eu questionei a Jimin o porque ele tinha sobrinhos quase da idade dele, e ele explicou que quando seus irmãos já eram quase adultos ele tinha nascido "Não é legal ser o filho mais novo da família" ele reclama.

Estava farta, eu havia comido muito, acabou que nem tive a oportunidade de fazer tudo que Scout tinha me ensinado, porque Jiyoon fez tudo.

- Isso não é um presente - Jimin diz tirando algo da gaveta, eu me sento na cama e espero que ele me entregue o que tinha pegado 

- O que é isso? - eu pego o envelope e abro

- Você está reprovada na escola - ele ri

- Claro eu nem tive tempo de estudar esse ano - rimos - estou rindo mas na verdade eu quero chorar.

- Não precisa chorar meu amor, eu estou aqui - ele se deita colocando a cabeça em meu colo olhando para minha barriga.

Eu passo a mão sobre seu cabelo macio.

- Foi até bom você ter ido - ele diz e eu o olho com uma sombracelha erguida - antes de me matar me ouve - ele ri

- Tudo bem, só manera nas palavras 

- Porque no tempo em que esteve fora eu fiquei com várias garotas e nenhuma foi como você 

Eu o dou um tapa.

- O que eu disse? Você não presta Jimin - eu tento o empurrar com todas minhas forças mas ele não sai do lugar - É claro que não iria encontrar alguém como eu - eu cruzo meus braços.

- Eu jamais encontraria alguém como você.

Ele abraça minha cintura e beija minha barriga.