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História Alguém para se lembrar - Capítulo 7


Escrita por: SALANONOANOS2S2

Notas do Autor


Por Manoela Jorge

Capítulo 7 - Capítulo 7


Tudo aconteceu tão rápido. 

    Enquanto o levava até a nave, Kay nos seguia cauteloso, sempre observando ao redor. Mas meu irmão não parecia bem. Parecia hipnotizado, como se algo tivesse aterrorizado ele, assim como estava quando o vi pela última vez. 

    _Acho melhor conversarmos com ele antes de qualquer coisa... - Kay fala com um tom preocupado.

    _Ele não parece bem para conversar. Vamos ver se não está machucado. - falo parando e olhando para os cabelos claros de Kay, que tinha uma face pálida.

     _Não. Eu falo sério. Não entre com ele na nave. Venha aqui. - diz começando a ficar nervoso.

    _Por quê? Não podemos examina-lo um pouco? Que mal faria tentar conversar depois dele descansar?

   _Talvez ele não precise de descanso -me encara - por favor.

    _Você está estranho, Kay. O que está acontecendo?- pergunto colocando o pequeno no chão e indo até ele, que engolia um seco e me observava, às vezes olhando para além de mim.

    _CUIDADO!- ele grita olhando por cima de meu ombro, e com um golpe rápido, me joga para o lado. Caio ralando o joelho e cotovelo, com a cabeça zonza.

    Quando olho para o local onde meu irmão estava, com o olhar embaçado, vejo Kay puxando sua cabeça com força, como se tentasse desmembra-lo.

    _KAY!- grito me levantando com o coração acelerado e corro em direção a ele, me jogando sobre seu pescoço em tentativa a impedi-lo.

    Ele parece não perceber que eu estava fazendo aquilo, pois continua com um pouco de dificuldade. Quando coloco um dedo em seu olho direito, ele solta meu irmão por alguns segundos para poder me jogar novamente para o lado.

    _Colabore Amélia!- grita voltando a atenção para a criança.

    O mais estranho era que o menino parecia continuar com o mesmo olhar, até mudar, de repente. De um jeito hipnotizado, passou para uma agitação total, onde arranjou uma faca e começou a ir em direção à Kay, que sem dificuldade, e com um gesto rápido, arrancou a arma branca da mão do garoto e a usou contra o próprio, que pareceu nem sentir, pois continuou atacando ele.

    Sem saber o que fazer, tentei me acalmar e analisar a situação, mas a cena estava tão agitada, que acabei ficando mais nervosa ainda.

    Com um pouco de dificuldade, e de forma confusa, tudo que consegui ver foi uma cabeça para um lado e um corpo para o outro. De meu irmão.

     Porém não havia sangue. Onde deveria haver, estavam vários fios e cabos conectados, que saiam faíscas devido à separação inesperada. 

    Agora estava confusa, e com muita vontade de chorar. Meu irmão, meu pequeno irmão estava morto. Se bem que não sabia mais se aquilo era meu irmão.

    Tentei acalmar minha respiração, hora olhando para os membros da criança, hora para Kay, que retornava o meu olhar, respirando fundo. Ele se levantou aos poucos e começou a vir em minha direção, estendendo a mão direita para me ajudar a levantar.

    _Eu explico tudo. Mas antes precisamos sair desse lugar. 

    Sinto as lágrimas chegarem, mas tento segurar elas, aliás, estava confusa demais e não queria parecer desesperada. Respiro fundo várias vezes e concordo com um gesto de cabeça.

    Começamos a ir em direção à nave, ele em frente e eu o seguindo, sempre olhando para o corpo do chão e imaginando o que estava acontecendo. 

    Tudo o que eu queria era entender a situação. Por que me chamavam de rainha, por que não haviam mais pessoas na terra, por que meu irmão estava cheio de cabos em seu corpo e não veias e sangue, e todo o resto. 

    Ao chegarmos no local, as pessoas estavam mais calmas, algumas deitadas descansando, enquanto outras ajudavam os feridos da melhor forma possível.

    _É o seguinte:- Kay começa ao se virar para me encarar- vamos falar para eles se esconderem em algum lugar seguro, enquanto eu, você e mais duas pessoas vamos para algum dos abrigos escondidos, onde eu te explico tudo, e também formulamos o próximo plano.

    _Mas e essas pessoas? Elas devem vir conosco!

    _Os abrigos são pequenos. Em um só não caberia tanta gente. Vamos separar grupos. Cada grupo pega as coordenadas de um abrigo. Depois de termos um plano, damos mais informações para cada grupo. 

    _Por que os abrigos são pequenos?- questiono incrédula- nunca pensaram que algo assim podia acontecer? O que custava um abrigo grande?

    _Um abrigo grande chamaria muita atenção. Compensa mais vários pequenos e bem escondidos do que um grande exposto.

   Concordo tentando parar de compreender, o que seria impossível. Começo então apenas a obedecer Kay.

   _Certo. Mas você está encarregado de dar as ordens. Eu vou apenas fazer o que mandar. 

    Ele concorda e começa a explicar para todos o plano.

    _Certo!- ele diz após explicar tudo da forma mais rápida possível- mas precisamos ser rápidos! Eles já devem ter percebido a morte de um dos soldados. Devem ter enviado resgate. Precisamos sair agora! 

     As pessoas rapidamente se separaram em grupos de oito pessoas, e começaram a ir em direção aos lugares onde ficariam seguros. Cada grupo que passava por mim, fazia uma reverência e desejava boa sorte. Eu, sem saber o que fazer, acenava com a cabeça e abria um sorriso encorajador.

    Depois de o último grupo sair, em poucos segundos, Kay e outras quatro pessoas, Mary, Andy, Luna e Cristi, começaram a vir em minha direção. 

    _Precisamos ir, rainha. - Kay fala num tom mais formal e eu concordo. Saio da nave e finalmente começo a reparar no local. Estava todo verde, com várias árvores e plantas, como se tivessem se passado muitos anos. Parecia uma selva. 

    _Ficamos quanto tempo fora? O que aconteceu aqui?- pergunto num cochicho para Kay, que me olha com seus olhos tristes, para continuar caminhando sem me dar respostas. 

    Quando minhas pernas já estavam cansadas e doloridas, após estarmos caminhando por muito tempo, Kay, que liderava o grupo, para em frente a uma parede rochosa.

    _Ahn.. Luna, você coloca a senha, enquanto isso, Andy e Mary, vão dar uma ronda para ver se a barra está limpa. Eu, Cristi e Amélia vamos até o poço buscar os suprimentos.

    Todos concordam e vão fazer suas tarefas. Inclusive eu, que assim como antes, apenas segui o grupo.

    Fomos até o poço com passos rápidos, porém cautelosos. Tudo podia estar à nossa espera. Passamos por várias árvores bem altas, sobre o barulho do canto de pássaros e um frio começa a tomar conta do lugar.

    _Parece que o tempo vai virar Kay... - Cristi fala preocupada- precisamos ser rápidos.

    Ele concorda sem dizer uma palavra, e chegamos ao poço, que era bem grande e fundo, estava sem água, mas com muitos suprimentos necessários para algumas noites.

    Kay pega o balde e o joga no fundo, e antes que pudesse dar instruções, Cristi começa a descer pelo buraco, com muita agilidade. De certo ela já fora treinada para aquilo. Eu nunca conseguiria, com toda certeza.

    _Cheguei!- ela anuncia, o som vindo em um eco, devido à profundidade em que ela estava. 

    _Vamos logo com isso.- Kay diz alto para ela, mas não muito, para não chamar atenção desnecessária. 

    _Pode puxar!- ela fala, e logo Kay puxa a corda, trazendo com si um balde cheio de comidas enlatadas e alguns galões de água.- joga mais uma vez que dá!- ela fala e Kay obedece, deixando os suprimentos no chão.

    Ouço passos vindo em nossa direção, mas pelo que parece, Kay não percebe, então cutuco ele, que me olha confuso.

    Coloco o dedo indicador da mão direita no ouvido, indicando que era para ele prestar atenção. Ele me encara e concorda, percebendo.

    Coloca o dedo na boca, indicando silêncio e eu concordo. Ambos começamos a ir cautelosamente na direção contrária do som, para nos escondermos de quem fosse, mas acabamos esquecendo de Cristi, que logo grita.

    _Pode puxar!

    Olho para Kay que engole um seco, mas continua onde está.

    _Gente!- ela grita percebendo que ninguém puxara o balde- pode puxar!

    Então do lado oposto de onde estávamos, do outro lado do poço, surge um homem bem grande de cabelo escuro andando como um robô, em direção à voz de Cristi, que continua gritando por nós.

    Sem que pudesse ver o que aconteceria, Kay me puxa e começamos a sair do lugar, correndo em silêncio, tentando não pisar em muitas folhas secas. 

    Para nossa surpresa e ajuda, começa a chover. Uma chuva bem forte, com direito a trovões, que felizmente abafam o som dos nossos passos rápidos. 

    Quando já estávamos longe, ouvimos o som de uma bala disparada, e meu coração subiu na boca. Havíamos deixado Cristi para trás e agora ela estava morta. A culpa me atingiu fortemente.

      Olho de relance para Kay, que faz o mesmo, e sinto sua dor. Sabia que ele a conhecia a bastante tempo.

    Em menos de um minuto voltamos a correr simultaneamente, e logo chegamos à rocha do esconderijo, que estava entreaberta, provavelmente por nossa causa.

    Kay entrou primeiro, e eu logo em seguida. Os olhares assustados dos que restaram me surpreendeu. Todos estavam de pé esperando algum tipo de ataque, mas quando viram que éramos nós, se sentaram novamente.

    _Onde está Cristi?- pergunta Luna ainda surpresa- e os suprimentos?

    _Vocês estão bem molhados. Está chovendo muito?- fala Andy ao mesmo tempo.

    _Gente, os deixem falar!- repreende Mary olhando feio para os outros dois.

    Minha respiração estava acelerada. Nunca havia corrido tão rápido na vida. Olhei para Kay, que estava se recuperando mais rápido.

    _Han...-ele começa, após alguns segundos de preparação- estávamos pegando os suprimentos... Cristi no fundo do poço, quando ouvimos um barulho de passos. Fomos nos esconder, mas não daria tempo de salvar ela, então um dos soldados apareceu, começou a chuva, e corremos.

    Ele diz tudo tão rápido, que tenho medo deles não terem entendido. Mas eles entenderam.

    Estavam abalados. Mas preparados para isso. Não estavam chorando ou gritando de dor. Sabiam que poderia acontecer. E aconteceu, simples assim.

    Mas não para mim.

    Queria explicações, e rápido.

    _Como vocês conseguem?- deixo escapar para depois sentar junto a eles.

    _Estamos acostumados a isso...- Luna diz envergonhada- é duro, sabemos... Mas é nossa realidade. Mas, Kay- ela olha para o menino de cabelos brancos, que olhava para o chão- qual é o plano agora? Tudo tem que mudar.

    Ele concordou.

_Por quê?- pergunto confusa.

_Agora eles sabem que estamos aqui. E estamos sem suprimentos. Não poderemos ficar aqui. Apenas uma noite. Amanhã cedo teremos que seguir com o plano.

_Mas os outros não saberão.- fala Andy.

_Então iremos só nós.- ele responde com segurança na voz.

    Ele se senta ao meu lado, de frente a Mary, que estava do outro lado da mesa de madeira do pequeno refúgio, ao lado de Luna.

    _O plano é o seguinte: acordaremos cedo, vamos até a base da prisão, enviaremos um pedido de ajuda para casa, vamos ao encontro de todos, nos protegemos dos soldados e voltamos para casa com os reforços. Lá poderemos pensar no que fazer para libertar a terra - ele fala pensativo, olhando diretamente para mim- o que acha, rainha?

    Respiro fundo tentando entender por que teremos que libertar a terra da prisão, mas respondo tentando parecer confiante.

    _Ótimo plano. Mas agora eu exijo explicações.

    _Vamos nos aquecer primeiro- Mary fala tremendo.

    _Vocês vão. Mas Kay vai ficar aqui me explicando tudo- vejo que eles não parecem felizes em ficarmos sozinhos e ficam hesitantes- como sua rainha, eu ordeno que nos deixem sozinhos.

    Eles concordam com a cabeça e se afastam, adentrando mais o abrigo- que não era muito grande- para um local onde pudessem acender uma fogueira.

    Quando volto o olhar para Kay, ele tinha um sorriso no rosto, que fez meu estomago mexer de nervoso.

    _Achei que nunca mais a veria dando ordens.

    Eu dou um leve sorriso.

    _Eu sempre dei?

    _Todo segundo.

    Ficamos nos encarando por um tempo. Era como se seus olhos pudessem ler minha mente. E vice-versa.

    Senti que minhas bochechas começaram a arder de vergonha, então desviei o olhar.

    _Comece. Agora.

    Ele respira fundo e leva a cabeça para o alto como se ajudasse ele a falar.

    _Como começar- pensava alto, voltando a me olhar-... Bom, nós moramos em um planeta chamado Lisarb, e fomos nós que criamos o planeta Terra, uma prisão para bandidos de alto nível que ameaçam a sociedade, e você é nossa rainha. Você teve a ideia toda. Mas seu pai, o antigo Rei, acabou traindo nossa nação, e ele seria mandado para a Terra, porém acabou passando dessa para uma melhor antes que isso pudesse acontecer. E como você era a sucessora, aceitou a pagar a dívida e a ficar na Terra por dez anos. Porém os robôs e bandidos tomaram o controle da Terra, pois você não estava mais lá para controlar, e acabaram limpando sua memória, e fingindo ter construído uma vida para você.

    Ele parou por um tempo para que eu pudesse captar cada palavra. Eu estava pasma.

    _Então tudo virou um caos em Lisarb. As pessoas ficaram desesperadas, começaram a se matar e a tentar tomar o poder. Então reunimos seus maiores leais, e viemos ao seu resgate. Precisamos de você lá, Amélia.

    Respiro fundo tentando assimilar tudo que estava acontecendo. Ou que já havia acontecido. Minha cabeça começa a doer e eu fico zonza por uns segundos. Abro a boca para falar várias vezes, mas fecho em seguida, sem palavras.

    _Mas... – olho para seus olhos – quem é você então?

    Ele suspira.

    _Bom, eu sou Kay. Só o Kay...- dá um sorriso fraco -  eu sinto muito que tenha que entender tudo de uma vez.

    _Você não é só o Kay. Por que sinto que confio mais em você do que nos outros? – eu olho para ele confusa.

    Ele engole um seco e  dá um suspiro longo.

    _Sempre tivemos essa ligação – solto outro risinho, que revira meu estômago mais uma vez.

    Concordo novamente.

    _Vou te deixar sozinha por um tempo para entender tudo...

    Aceno concordando, e ele sai, indo em direção aos outros em passos lentos.

    Fico ali, sozinha, no escuro, tentando entender a bomba que havia sido jogada sobre meu pensamento.

 

    A manhã era fria, assim como o refúgio em que havíamos dormido.

    Bem cedo, Kay acordara a todos, me perguntando se estava bem. Eu apenas disse que sim e continuamos com o plano da noite passada.

    Todos pegaram os armamentos que estavam no pequeno esconderijo, eu os acompanhando sempre.

    Sem demora, saímos do local com cautela, sempre observando com atenção. Andy, Kay iam na frente, eu ficava no meio, e Luna e Mary iam na última fila.

    Nossa caminhada foi longa, porém tranquila. Em nenhuma parte fomos parados por robôs ou policiais do mal. Não entendemos o por quê. Kay achava que era uma armadilha, bem provável. Mas eu torcia para que ele estivesse errado.

    Quando estávamos bem perto dos portões dos fundos do armazém onde era o sistema de segurança da Terra, começaram a aparecer vários homens bem fortes e grandes, com suas enormes armas, apenas esperando uma carne humana para rasgar.

    E não seria a minha.

    Desde a revelação da noite passada, eu me sentia mais forte, mais poderosa. Como se tudo fizesse sentido. Como se eu lembrasse de quem eu realmente era.

    _Kay, o plano? – pergunta Andy.

    Kay olha pelos ombros em minha direção.

    _Deixe nossa rainha decidir – ele fala com um sorriso – Amélia?

    _Han...- fico meio hesitante, com o coração a mil, mas digo mesmo assim, com um pouco de confiança na voz – Kay e Andy, vocês cercam esses dois guardas por trás, enquanto eu e as meninas chamamos a atenção deles aqui para a mata. Quando começarem a vir ver o que é, vocês atacam, em silêncio para não chamar atenção dos guardas das outras portas – olho para as portas que os guardas protegiam – depois, arrombamos as portas.

    _Podemos pegar as chaves de um dos policiais – fala Mary.

    _É! – digo feliz por comandar – entramos e vamos até o painel de comunicações.

    Kay sorri para mim.

    _Só tem uma coisa – ele fala – terão inúmeros guardas lá dentro, além de todos os funcionários – ele me olha com a boca franzida- mas era um ótimo plano.

    Desanimo.

    _Kay, acho que é melhor você fazer o plano...- digo meio triste.

    Ele concorda com pena.

    _Era bom mesmo! – ele fala animado – mas... ahn... vamos pelas tubulações de ar – ele aponta para a entrada de uma tubulação logo acima de nossas cabeças – podemos começar com o plano do seu jeito, mas depois, ao invés de entramos, vamos pelas tubulações.

    Concordamos e começamos a agir. Os dois se separam do grupo e nós começamos a fazer barulhos quando eles já estavam atrás dos guardas.

    Como planejado, os homens começam a vir em direção ao barulho, e como ninjas, Kay e Andy acabam com eles rapidamente.

    Suspiro fundo ao ver Kay fazendo aquilo. Não era normal o que eu sentia por ele.

    _Segunda parte – Kay fala.

    _E se eles nos pegarem? – eu pergunto.

    _Estarei lá com você.

    Luna começou a abrir os parafusos da tubulação, quando ouvimos gritos de guardas que haviam nos achado.

    _Droga!- fala Mary- vão vocês! Eu cuido deles!

    Sem contrarias, já estávamos nós quatro dentro das tubulações, correndo para achar a entrada certa. De alguma sala onde a chave não fora roubada pelos saqueadores. Havia ficado em Lisarb.

    _Luna, você abre aqui- fala Kay quando chegamos no lugar certo, com muita agitação e rapidez.

    Sabíamos que estávamos sendo seguidos, então Luna logo abriu a entrada, e saiu.

    O que aconteceu em seguida foi mais rápido do que quando meu suposto irmão foi morto.

    Logo que Luna caiu da tubulação, ouvimos um tiro sendo disparado no local.

    Andy, que era o próximo a entrar na sala, tentou voltar, mas era tarde demais, já havia caído junto à Luna, e mais outro disparo.

    Olho para Kay desesperada, e ele grita:

    _PARA O OUTRO LADO!- então começo a correr, abaixada devido o tamanho da tubulação- para a outra direção.

    Ouvimos gente indo atrás de nós, mas continuei do mesmo jeito.

    Cheguei a um local onde não havia outro caminho senão a saída da tubulação.

    _Kay? – pergunto quase chorando de desespero.

    Ele olha para trás, onde é possível ouvir o barulho de guardas vindo em nossa direção.

    Kay segura meu ombro, me olhando diretamente nos olhos. Aproxima-se e me dá um longo beijo, como numa despedida. Sinto meu estômago revirar, mas parece ser algo que eu já estava acostumada.

    _Vai ficar tudo bem – essa frase também já parecia ter sido dita. Era familiar para mim.

    Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, estávamos sobre as mãos inimigas, a caminho do nosso fim.



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