História Alguns Momentos!! - Ou ela, ou eu! - Part II

Ele ficou intrigado com aquilo o resto do dia.

No meio da apresentação do jornal ele estava decidido a não ir. Mas a tal localização chegou e ele ficou tentado.

Finalizou o jornal e saiu rápido. Entrou no seu carro e clicou na localização. De acordo com o google era 12 min dali. Ele tirou o carro da garagem da CGJ e não sabia se ia ou não.

Fátima aguardava ansiosa dentro do carro. Ela não conseguia entender o que tinha dado nela. Ela mesmo tendo chamado e estando ali pensou várias vezes em ligar o carro e ir embora.

Quando mais uma vez estava pensando em ir pra casa e desistir daquilo ela viu pelo espelho retrovisor o carro dele chegando. O homem parou ao lado do dela e desligou tudo saindo do carro e entrando no dela.

-Pensei que não viria.

-Eu realmente pensei em não vir.

-Mas está aqui – ela disse sorrindo.

-Como achou esse lugar? – Ele perguntou admirando a vista.

-Foi por acaso. Meu carro estragou aqui perto alguns meses atrás. Fiquei algum tempo aqui esperando o guincho.

O lugar era uma espécie de mirante. Tinha um restaurante a uns 30 metros, mas onde estavam estacionados era bem escuro e a vista era incrível.

-O que você quer Fátima?

-Sinceramente? – ele assentiu – Não sei. Eu só precisava te ver.

-Isso não faz sentido. Você está com outra pessoa agora.

-Eu sei. Eu já sei tudo que tem pra dizer sobre como isso não faz sentido. Mas aquele dia que a gente se viu eu não te tirei mais da cabeça – foi difícil, mas ela foi sincera.

Por mais que a vontade dele era dizer que sentiu o mesmo ele não disse. Se fez de difícil.

-Acho que isso foi uma péssima ideia – ele fez menção de sair do carro. Ela segurou o braço dele.

-Você queria estar exatamente aqui. Se não, não tinha vindo – ela disse baixo e se aproximou. Levou uma mão a nuca dele e se aproximou mais – me beija William.

-Isso não é certo Fátima. Estamos com outras pessoas, eles não merecem. Além do mais, nosso casamento já acabou faz tempo. Eu não te amo mais. Você teve todo o tempo do mundo pra me procurar Fátima. Agora é um pouco tarde.

Ela se afastou frustrada, viu o nervosismo estampado na cara dele e sabia que se insistisse ele ia ceder.

-Você ama mesmo ela como me amou um dia?

-Não. Nunca vou amar ela como te amei.

-Mas vai se casar com ela.

-Meras formalidades, é um sonho dela.

Ela se aproximou de novo e investiu pra cima dele. Beijou o pescoço dele e puxou o lóbulo da orelha do homem entre os dentes.

-Você também quer isso William. Seu corpo está te entregando. Me beija?

Ela pediu mais uma vez. Ele a olhou de forma penetrante e aproximou seu rosto do dela roçando seus lábios no da mulher.

-Eu não vou te beijar Fátima. Eu não esqueci tudo que você me fez passar. Por mais que eu quero isso mais que tudo, não vou me rebaixar assim. Eu sou completamente louco por você, e você não tem ideia do quão difícil é dizer não pra você, mas eu tenho meu orgulho e não mereço isso.

Ele nunca tinha sido tão sincero em suas palavras, e ela nunca o viu tão triste em relação a separação deles.

-O que quer dizer com isso William? Você me culpa pela nossa separação?

-Você sabe que nós dois tivemos culpa. Mas sim, eu acho que você foi a maior culpada.

-Porque?

-Porque você preferia milhares de outras coisas do que seu marido. Eu tinha que implorar por pelo menos um segundo da sua atenção.

-Isso é mentira William, nunca deixei você de lado.

-Ah, ta bom. Pensa um pouco Fátima. Nem fazer amor, a gente fazia mais.

Ela o soltou completamente e se sentou direito no seu banco. Estava confusa e vários fleches vinha na memoria dela.

-O que você pretendia quando me fez vir aqui?

-Não sei, só me deu uma vontade de te ver.

-Você não queria que eu ficasse com você e largasse a Natasha né?

-Porque? Você não faria isso?

-Não. Não faria. Não sou um traidor Fátima. Você me conhece.

Ela o encarou com o coração na mão. Estava tão confusa e se sentindo um lixo, por pensar em trair o Tulio, e por não ter visto que ela tinha uma grande parcela de culpa no fim do seu casamento. Ela sempre o culpou, e quando a fizeram de vítima ela concordou.

-Você esta certo, foi uma ideia equivocada, melhor cada um continuar como estava e fingir que isso não aconteceu.

Ele assentiu mas não se moveu pra sair do carro. Pelo contrário, a encarou com profundidade.

-Você pode ir William - ela disse depois de ver que ele não saiu.

-Não consigo – ele disse num sussurro – Que droga Fátima!

Foi tudo que ele disse antes de puxar o rosto da mulher e selar seus lábios aos dela. 

Quase dois anos longe daquilo, mas eles ainda sabiam exatamente como um gostava do beijo do outro. Era uma conexão surreal que acontecia entre eles, uma química fora do normal.

Ele a beijava com gula, levou as duas mãos ao rosto dela segurando de forma firme, em seguida envolveu os cabelos dela puxando e quebrando o beijo.

A respiração dos dois desregulada era a única coisa ouvida ali.

-Isso é muito errado Fah.

-Para de pensar.

Ela pediu ou suplicou. Fátima acariciou a nuca dele e se aproximou. Se beijaram agora com delicadeza. Aproveitando o momento, sem pressa. Mas rapidamente eles queriam mais. Se procuravam cada vez mais.

William quebrou o beijo mais uma vez e puxou a alavanca do banco dele o empurrando pra trás e ela sorriu ao ver que eles ganharam mais espaço. Ela retirou seus sapatos de forma rápida e foi pro colo dele.

Agora ela sabia que o vestido soltinho que vestiu antes de sair de casa foi intencional. Sentiu as mãos dele por suas coxas em direção ao bumbum enquanto se beijavam. Ela gemeu e ele desceu seus lábios pro pescoço dela.

-O que a gente esta fazendo Fátima?

-Sendo inconsequentes e malucos, mas eu quero isso. Quero muito isso - ela respondeu entre beijos. 

Ele riu e parou de a beijar a encarando. Fátima se afastou se apoiando mais perto do joelho dele e abriu o cinto e o zíper dele.

-Porque a pressa? – ele perguntou puxando o vestido dela pela cabeça.

-Você tem pouco tempo.

-Quem disse?

-Ela não esta te esperando em casa?

-Não. Esta com a mãe hoje.

William deitou o encosto do banco e admirou o corpo dela envolto agora somente pela lingerie branca.

Fatima puxou a gravata e abriu a camisa dele enquanto sentia os dedos dele passeando por suas coxas.

Entre beijos a calça dele foi parar na canela. O sutiã da apresentadora nenhuma dos dois sabia onde tinha ido parar.

Fátima puxou o cós da cueca dele e liberou o membro completamente pronto pra ela e mordeu seu lábio inferior o encarando. O jornalista agarrou a lateral da calcinha dela e rasgou. Como o espaço era pouco, levaria tempo até ela tirar o tecido de seu corpo.

-Porque a pressa? – ela perguntou arqueando uma sobrancelha.

Ele riu e a puxou para um beijo intenso. Enquanto era beijada por ele tratou de se posicionar e a medida que sentia ele entrando dentro dela a mulher ia perdendo a razão.

William entrou nela por completo e Fátima iniciou os movimentos de sobe e desce, entre gemidos e beijos eles caminharam em direção ao orgasmo.

-Eu vou chegar lá Fah – ele sussurrou agarrando suas mãos na pele dela.

-Vem Will... vem comigo – ela mordeu a boca dele levemente e William a penetrou fundo.

Foi a deixa.

Ele sentiu os músculos internos dela se contraírem em volta dele e enquanto ela tremia em cima dele ele continuou estocando para dentro dela se derramando em seguida.

Quando os dois se recuperaram do orgasmo, estavam suados, descabelados, vermelhos e muitas outras características que diziam que o que aconteceu ali no banco daquele carro foi intenso.

-O que acontece agora?

-Nada.

-Como nada William?

-Eu te disse que não ia largar ela. Você também não vai largar ele Fátima. Sabemos disso.

-Mas o que aconteceu aqui...

-O que aconteceu aqui foi sexo. Um sexo maravilhoso que eu vou amar repetir quando você quiser, mas nós dois não devemos criar expectativas. Eu vou me casar dentro de alguns dias Fátima. Não sei se nós dois daríamos certo de novo um dia.

Ela ficou com raiva e foi sair do colo dele.

-Hei, não fica brava.

-Como não William? Você tá me tratando como uma qualquer.

-Você sabe que não é isso.

-Não? Você quer me usar pra te satisfazer a hora que bem te entender.

-Não vou fazer sexo sozinho Fátima. Você também vai sair bem satisfeita.

-Eu não quero isso.

-Quer sim – ele beijou o pescoço dela e desceu seus lábios a provocando – Nós dois queremos – ela ficava entregue quando ele beijava o pescoço dela assim.

-E você vai continuar traindo ela?

-Você vai continuar traindo ele?

Ele devolveu a pergunta.

Fátima saiu do colo dele indo pro banco do motorista e pegando seu vestido.

-Você me deve uma calcinha nova.

-Te compro outra com o maior prazer.

-Acho bom mesmo. E espero que ainda saiba meus gostos.

Ele riu.

-Seus gostos é claro que eu sei, agora o tamanho é bom perguntar.

Ele disse olhando o corpo dela ainda nú já que ela desvirava o vestido.

-Não uso mais G.

-Imaginei. Você está ainda mais linda.

-Obrigada. Você também está ótimo.

Eles terminaram de se vestir.

-Quando a gente se vê de novo? – ele perguntou depois de um beijo.

-Não sei William, não estou certa que quero fazer isso.

-Tudo bem, eu entendo. Mas me liga se mudar de ideia.

Ele saiu do carro dela e foram pra casa sem entender direito o que eles tinham feito.

Continua...