1. Spirit Fanfics >
  2. Aliança de Fogo >
  3. Princesa Maelle.

História Aliança de Fogo - Princesa Maelle.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


GENTYYYYY BONITA,

SEGUNDO CAPÍTULO TA AÍ. Vocês vão conhecer a mente dessa personagem que eu criei com tanto carinho. Vão acompanhar o DESENVOLVIMENTO dela junto comigo. A bichinha vai passar por tanta coisa e ao longo do tempo vai amadurecer, crescer, evoluir demais demais. Vai ser LINDO essa trajetória. Espero que se apaixonem como eu me apaixonei :))))

Aproveitem!

Capítulo 2 - Princesa Maelle.


Fanfic / Fanfiction Aliança de Fogo - Princesa Maelle.

 

 Maëlle Targaryen's POV

 

Abri os olhos e senti vontade de fechar quando lembrei que hoje seria um dia torturante. Tor-tu-ran-te. Mais um dia em que eu seria forçada a fingir sorrisos para diversos nobres das Casas mais respeitáveis de Westeros. Nobres esses que traziam presentes, flores, encantos, obras de arte, apresentações musicais ou qualquer coisa que julgassem impressionante. Não que não eu soubesse apreciar arte. Muito pelo contrário, provavelmente pouquíssimas pessoas no reino tinham bagagem cultural maior que a minha. Porém, suas motivações eram tortas. Nenhum deles estava realmente preocupado com o conhecimento ou a apreciação cultural e artística em si. Só se importavam se eu iria ou não abrir um largo sorriso e aceitar o seu pedido de casamento. E o pior de tudo é que nem nisso eu podia opinar. A decisão é exclusivamente do Rei. No caso, meu pai. Mais um dia em que eu precisaria estender a mão e segurar o vômito toda vez que me olhassem como se eu fosse um pedaço de carne. Ou um troféu a ser conquistado. Às vezes, como agora, que estou deitada na minha cama criando coragem para levantar, eu gosto de ficar imaginando como seria viver num mundo em que nós, mulheres, não precisássemos nos submeter a isso. Um mundo onde eu pudesse ser dona das minhas próprias escolhas e não precisasse me casar com quem e quando meu pai mandasse. Um mundo onde eu pudesse ser livre. Desde criança, sempre tive a sensação de que eu nascera pra um propósito maior. Nunca fora um espírito acuado, uma menina que baixa a cabeça para tudo. Era determinada, vivaz e mais inteligente do que a maioria deles. Sabia disso. E jamais me contentaria em ser apenas uma princesa bonita que casou-se com um algum homem de ascendência nobre e lhe dera herdeiros. Às vezes pensava que preferia morrer do que fazer disso o meu legado. 

 Queria ter vivido na época em que minha bisavó Visenya conquistara Westeros, junto com seus irmãos. Pra mim, ela era a mulher Targaryen mais impressionante que já existira. A Rainha era poderosa, sagaz, destemida, guerreira, livre. Ela era livre. E respeitada. Me torturava a ideia de que eu talvez jamais pudesse ser igual a ela.

Uma lágrima escorreu do meu rosto e molhou o travesseiro. Garotas fortes não choram. Elas lutam. E era o que eu iria fazer. Iria enfrentar meus medos e problemas de cabeça erguida. Tecnicamente eu ainda não precisaria estar passando por isso. De acordo com a sociedade Westerosi, as meninas deveriam se casar ao atingir os 17 anos. Eu ainda não tinha feito aniversário, então deveria estar livre. Mas quando perguntara ao meu pai o motivo, ele me confessara que estava no meio de uma jogada política. O antigo Mestre da Moeda estava doente e ele precisava de um substituto, afinal administrar as finanças do reino era uma tarefa que exigia muita responsabilidade e eficiência. Então, nada melhor do que receber os melhores homens das melhores Casas em banquetes, festas e reuniões para decidir qual seria mais adequado. Talvez se Jaeherys soubesse o quanto todo esse teatro me machucava, mudaria de ideia. Mas como eu poderia reclamar? O Rei poderia dizer que era até mesmo um ultraje da minha parte afirmar que elogios, flores, doces e presentes em geral me deixavam triste. Quantas pessoas não recebem metade disso, ele diria. Além disso, o Rei também tinha confiado a mim que não concederia minha mão a ninguém, recusando com muita gentileza. E quando eu questionei o motivo ele se limitou a dizer: Você sabe o por quê.

O que me leva ao assunto mais complicado da minha vida. O porquê. O porque se chamava Daerion Targaryen. Meu irmão mais velho. Durante toda vida eu fui ensinada sobre as tradições da família e praticamente esgotei o estoque da gigantesca e dourada Biblioteca A.T localizada no último andar da Fortaleza Vermelha. Lera todos os exemplares que contavam os costumes da Tradicional Família Targaryen. Ouvia muitas histórias também, inclusive de minha própria mãe, a Rainha Alysanne. Ela casara-se com o próprio irmão e tinhas grandes opiniões sobre. Entretanto, o motivo pela qual eu sempre me opusera ao casamento com Daerion, não era porque eu não concordava com a tradição. E sim porque nós sempre nos odiamos. A vida inteira, nunca fomos próximos. Daerion sempre foi muito arrogante e se sentia superior a mim, passara anos me humilhando e fazendo brincadeiras que me faziam apenas chorar e sair correndo. E nossos pais sabiam disso, percebiam. Por isso o assunto “casamento” fora esquecido e jogado embaixo do tapete por anos, principalmente para nós dois.

Embora hoje nós com certeza  não fôssemos mais aquelas crianças que implicavam um com o outro e competiam em tudo para ver quem era melhor. Eu tinha estudado muito, tivera inúmeras aulas. Aprendi a ser leal. Por mais que eu não gostasse do meu irmão, eu respeitava o fato de que um dia ele se tornaria o meu Rei. Meu soberano. Assim como meu pai hoje é. E não existe nada mais importante do que defender a honra e o poderio da família. Então, encontrei meu lugar. E parei de competir com ele. Na época, ele ficara emburrado. Não tinha mais tanta graça debochar de mim se eu não me sentia ofendida. Não tinha mais graça me xingar se eu não chorava. Amadureci mais rápido do que uma criança normal deveria amadurecer, e com certeza em parte eu deveria agradecê-lo. Todavia, acredito que o nosso jeito de ser hostil para com o outro tornou-se normal ao longo dos anos e construímos uma relação apesar disso. Eu não poderia chamar de amizade, mas parceria talvez sim. Eu percebi isso no dia em que ele me defendera de 2 meninos que riram da minha falta de equilíbrio. Eu tinha derrubado um copo de suco de uva no meio do Salão Real. Tinha apenas 8 anos. Tecnicamente era como se somente ele pudesse implicar e debochar de mim, os outros não. E eu sentia o mesmo por ele. Não deixaria jamais que lhe diminuíssem ou questionassem sua posição como herdeiro do trono, embora as vezes eu mesma sentisse vontade de lhe queimar vivo.

Mas também não éramos mais crianças de 8 e 10 anos. Com 12 anos eu me tornei cavaleira de dragão e subi aos céus pela primeira vez, antes mesmo de meu irmão. Reivindiquei aquela que eu sempre quis e sonhei, que fora montada pela Rainha Visenya, esposa de Aegon. O nome dela era Vhagar, a maior dragão fêmea de Westeros. Eu sentia uma conexão enorme tanto com minha bisavó, quanto com o dragão que ela escolhido para ir a Guerra. E Daerion reivindicou Meraxes, poucos meses depois. Meraxes era um dragão preto com a metade do tamanho de Vhagar mas duplamente mais feroz. Seu fogo era preto e lembrava as chamas do Terror Negro, Balerion. O dragão de Aegon.

No ano de 70 D.C, meu pai enviara Daerion para se tornar o príncipe de Pedra do Dragão oficialmente. Ou seja, tomar a ilha como sua moradia e regê-la. Assim, treinaria seus conhecimentos e habilidades em geral como “monarca”.  Durante esse tempo, não nos vimos nenhuma vez. Ele chegou a voar até Porto Real algumas vezes, mas nunca nos encontrávamos. Além de não fazer questão, também contribuía para minha paz de espírito. Sempre me estressava de uma forma ou de outra na sua presença.

Hoje ele estava completando 18 anos e meu pai ordenara que ele retornasse oficialmente para casa. O Reino estava em êxtase. Navios trazendo nobres de todos os cantos de Westeros estavam atracando no porto da cidade há mais de 1 semana. Uma caravana de mais de 50 carruagens chegara recentemente trazendo todos os tipos de suprimentos necessários para um banquete esplendoroso. Até mesmo o comércio da cidade tinha se readaptado para receber os convidados. Quanto mais pessoas na cidade, maior a demanda de qualquer tipo de tecido, alimento, medicamentos. Até mesmo a indústria de prostituição lucraria mais. Quanto mais nobres barrigudos e nojentos na corte, maior o número de prostitutas que seriam solicitadas para satisfazê-los. Pobre mulheres.

Afastei o pensamento da cabeça. E então, fiz a única coisa que poderia fazer.

Me levantei e fui preparar meu banho.

 


Notas Finais


Continuem lendo amoresssss :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...