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História Aliança de Fogo - A Carta.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


Gente, esqueci de postar o capítulo que a Maëlle chega em Pedra do Dragão, por isso ficou sem sentido esse. Mas agora já arrumei então releiam o último novamente pra vcs não ficarem perdidinhos.

É IMPORTANTE PQ OS PROXIMOS CAPÍTULOS SÃO OS QUE VCS TÃO AGUARDANDO DESDE O INÍCIO DA PORRA TODA!!!!!!!!

Fiquem ligados :)))) Amo oceis

Capítulo 39 - A Carta.


Fanfic / Fanfiction Aliança de Fogo - A Carta.

 

— Bom dia, Vossa Alteza Real — o Meister Amon fez uma mesura na soleira das grandiosas portas de pedra.

— Bom dia, Meister. Por favor, entre! — Maëlle respondeu, o recebendo na sala de estar localizada dentro dos aposentos reais.

O cômodo dividia-se em duas partes. A Sala de Estar, com sofás, mesas e um piano antiquado. E o Dormitório, onde encontrava-se a cama e lavabo. Apesar do aspecto pedregoso e antigo, tinha um luxo oculto. A grande janela panorâmica cobria ambos os cômodos, e a luz do dia o deixava completamente iluminado.

— Seja muito bem vinda ao seu Lar. E permita que eu lhe parabenize pelo seu noivado com o Delfim, o Príncipe Herdeiro! — ele foi educado e solícito.

Os habitantes da Ilha tinham o costume de referir-se ao Príncipe juntando no mínimo dois de seus títulos na mesma frase. Era tradição e um sinal de respeito ao soberano das terras. O Meister Amon aparentava ter entre 60 e 70 anos, mas conservava um aspecto jovial e alegre. Maëlle pensou que os cabelos grisalhos e brancos do Meister poderiam vir a ser confundidos com os de um membro da família Targaryen, se não fosse pelos largos fios pretos que se misturavam na raiz do couro cabeludo. Ele vestia uma túnica marrom característica dos Meisters.

— Muito obrigada, fico contente pela solicitude! — a princesa mentiu. Tinha vindo para Pedra do Dragão pra tentar não pensar muito em Daerion e se afastar de tudo, mas até agora só escutava falar dele.

— Disponha, Alteza. No que eu posso lhe ajudar? — o homem lhe perguntou.

Maëlle indicou para que ele se sentasse, e sentou-se também após ele se acomodar. Pensara em continuar com o teatro de pedir ervas e chás, mas percebeu que era sua oportunidade de fazer um exame médico total, com a vantagem de estar longe da Corte para evitar boatos. Porém, precisava garantir que o Meister respeitaria o sigilo médico.

— Eu gostaria de lhe perguntar algo. Durante a formação na Ordem dos Meisters, vocês estudam o Código de Ética Médica, correto?

— Sim, estudamos. O Código estabelece as normas que todo e qualquer Meister deve seguir no exercício da profissão. Inclusive no exercício de outras atividades que não sejam de cunho médico. Educacionais principalmente. O papel do educador é extremamente importante e deve ser exercido com responsabilidade — ele tagarelava pedagogicamente

— Com certeza. Me corrija se eu estiver errada, por favor. Certa vez, em algum livro que não me recordo o nome, li uma cláusula acerca do Juramento de Hipócrates. Ele estabelece quando e como o sigilo médico pode ser quebrado! — Maëlle falou pausadamente e observou a reação do Meister. Era um homem inteligente, e pareceu compreender o rumo da conversa.

— Perfeitamente, Alteza. O sigilo médico impede que o Meister revele qualquer fato a que ele teve acesso em virtude do exercício profissional, exceto quando há o consentimento do paciente ou por algum dever legal — respondeu.

— Dever legal? — Maëlle questionou, confusa.

— Situações criminosas, Vossa Alteza! — ele esclareceu.

— Entendi. Então, exceto essas duas opções, o Meister é obrigado a manter o juramento! — a princesa tentou obter sua confirmação.

— Sim, senhorita. Estando sujeito até mesmo a punições severas como a expulsão da Ordem! — o Meister confirmou.

— Punição severa para mim é condenação à morte! — Maëlle resolveu adentrar um território perigoso.

Maëlle não queria ameaçar o Meister, mas para lhe contar seu segredo precisava ter a certeza de que ele não o revelaria jamais. Estava lidando com a situação da forma mais inteligente que pôde articular. Queria aliar a ética profissional que ele jurara defender quando entrou para a Ordem dos Meisters ao medo do que poderia lhe acontecer caso a violasse. Ele compreendeu a ameaça subentendida, mas não transmitiu nervosismo em momento algum.

— De fato. Mas alguns diriam que a expulsão da Ordem que nos dedicamos a vida inteira pode até mesmo ser equipada à morte! — ele lhe deu um sorriso afetuoso, mostrando que estava disposto a colaborar.

— E o Senhor, Meister Amon? O que diria se fosse expulso da Ordem por quebrar um sigilo médico de alto interesse para o país? — Maëlle o questionou

— Eu jamais chegaria a esse ponto, Vossa Alteza — embora tenha tentado não transparecer, ele pareceu sentiu-se ofendido. Amon era devoto a Ordem como era devoto aos Sete Deuses. Um homem de palavra, honra e fé. Maëlle já tinha escutado o que queria.

— Meister, o que eu vou lhe contar, embora pudesse ser muito pior do que realmente é, ainda sim é passível de imoralidade. E indecoro. E o senhor entende que, se revelado, poderia gerar um escândalo. Então eu gostaria de ouvir novamente o quanto és devoto ao juramento ético! — Maëlle sentiu o coração acelerar, e as mãos gelarem.

Porém, acalmou-se com a tranquilidade do Meister. Sua calmaria brevemente lhe relembrou a do próprio pai, Jaherys. Ele conseguia refrear todo e qualquer sentimento de nervosismo e irritabilidade somente com a paz de espírito que carregava dentro de si.

— Vossa Alteza! — fez uma breve pausa e limpou a garganta para continuar.

— Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade. Darei aos meus Meisters o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos. Exercerei a minha arte com consciência e dignidade. A saúde do meu paciente será a minha primeira preocupação e, mesmo após a morte, respeitarei os segredos que me tiver confiado. É meu dever e minha honra respeitar e reverenciar as nobres tradições da profissão médica — ele recitou a cláusula mais importante do Juramento de Hipócrates.

Maëlle sorriu e respirou fundo antes de continuar.

Já tinha enrolado demais e estava na hora de contar, pensou consigo mesma.

— Pois bem. Eu preciso que o senhor faça um exame ginecológico completo para confirmar a minha gravidez — confessou, por fim. Prendendo a respiração logo após, nervosa. 

— Se a senhorita me permite o comentário, eu soube que era isso no momento em que cruzei as portas deste cômodo — o homem ancião de cabelos brancos a sua frente confessou, com um tom sagaz e astucioso.

— Como? — a princesa perguntou, verdadeiramente surpresa. Podia jurar que estava conduzindo bem aquela reunião.

— Os primeiros sinais da gravidez podem ser invisíveis aos olhos amadores e leigos, mas não passam despercebidos para quem tem conhecimento clínico. O inchaço no abdômen, na área das mamas e a aparência cansada ao redor dos olhos são características de uma gestação no período entre 2-6 semanas — ele lhe respondeu, pacientemente.

Maëlle nem sabia que estava com a barriga e os peitos inchados. Ela se conhecia melhor do que ninguém e não tinha reparado diferença alguma. Talvez isso de “conhecimento clínico” realmente fosse verdade, pensou consigo mesma. Por instantes, refletiu.

— Então eu realmente estou grávida? — ela o questionou com a expressão transtornada.

—- Irei realizar o exame médico para lhe confirmar, e observar a saúde do feto. Mas sim, Vossa Alteza. Pode-se dizer previamente que a senhorita está gestante de algumas semanas já! — Meister Amon respondeu.

 Apesar do viés completamente profissional que o Meister Amon tratou o caso, Maëlle subitamente sentiu a necessidade de explicar-se. Não queria sentir constrangimento com a possibilidade dele imaginar que ela entregara sua donzelice para qualquer pessoa, e infringira os mandamentos sagrados dos Sete Deuses.

— O pai é o próprio Delfim. E nós vamos nos casar dentro de algumas semanas, como o Senhor bem sabe. Então...— Maëlle deixou as palavras morrerem, incapaz de completar o resto. Mas ainda tinha esperança de que essa situação particularmente incomum fosse o suficiente para amenizar a situação.

— Poderia ser bem pior do que realmente é — ele completou usando a mesma frase que ela usara há poucos minutos.

— Exato! — a filha do Rei sorriu, satisfeita.

— Vamos começar então? — o Meister levantou-se subitamente, gesticulando para a princesa acomodar-se.

 

-#-

 

O exame foi realizado em poucos minutos, e também fora pouco doloroso. Embora completamente invasivo. Maëlle ficara de pernas abertas, deitada na cama, enquanto o Meister lhe inseria uma série de instrumentos metálicos na área genital. Felizmente, acabara rápido e ele lhe deu privacidade para se recompor. Quando adentrou a Sala de Estar novamente, o Meister ainda analisava os espécimes que tinha coletado. E somente depois de alguns instantes, ele parecera se dar conta de que ela estava aguardando e se pronunciou.

— Vossa Alteza, tenho três notícias! — o homem falou enquanto guardava suas coisas dentro de uma pasta preta.

— Por favor, fique à vontade! — Maëlle tentou parecer calma, mas estava nervosa.

— A primeira é que a senhorita está em perfeito estado de saúde. Nenhuma célula cancerígena, maligna ou intrusa detectada no seu aparelho reprodutor! ele comentou, lhe encarando.

— Isso é ótimo! — a princesa falou, forçando um sorriso. 

— Com certeza. A segunda é que, como eu já havia previamente lhe dito, a senhorita está gestante há aproximadamente 3 semanas! — o Meister Amon entrelaçou os dedos das mãos, assumindo uma postura de eloquência.

Maëlle suspirou com a confirmação. Estava relativamente preparada para isso, mas ainda sim sentiu-se zonza com a notícia.

— E a terceira notícia, mas não menos importante...— o Meister fez uma pausa até ter a atenção completa da princesa.

— A julgar pela expansão acentuada da parede do útero em tão pouco tempo de gestação, é provável que a senhorita esteja grávida de gêmeos! — ele completou, analisando com cautela sua reação. 

O silêncio reinou por longos segundos nos aposentos reais enquanto a princesa digeria a notícia. Maëlle arregalou os olhos,

— Gêmeos? Como isso é possível? — a princesa estava completa e absolutamente perplexa. Toda a calma que estivera tentando manter desmantelou-se como um cubo de açúcar dissolvido no café.

— Bom, alguns estudos indicam que a herença genética é a maior influenciadora de uma gravidez gemelar. Vossa Majestade Real, a Rainha Alysanne, deu luz à gêmeos também. O que significa que a senhorita tem os genes. É completamente compreensível! — ele concluiu, quase que sorrindo.

— Compreensível — a princesa balbuciou ironicamente, com a voz tão fraca que o Meister não conseguira ouvir.

Procurou o sofá para se sentar.

 

-#-

 

 

Na Fortaleza Vermelha, em Porto Real, Daerion tinha se ocupado com algumas dezenas de compromissos reais. Fora voluntário, e o Rei aceitara. Jaherys achava que Daerion lhe substituir mais frequentemente nas reuniões do Conselho Privado era bom para o seu conhecimento. E realmente era. Entretanto, o Príncipe estava usando esse pretexto com outras motivações. Precisava de uma distração pois, caso contrário, iria voar até Pedra do Dragão e confrontar a irmã. Sabia que precisava lhe dar seu espaço, então procurou se entreter.

O incidente no Fosso do Dragão tinha sido abafado por completo. Pouco depois que Maëlle deixara Porto Real, Daerion solicitara que o Comandante da Guarda do Fosso fosse discreto sobre o ocorrido. 

— Certifique-se de que seus homens compreenderam, Comandante! — ele dissera no dia.

Não era preciso ser muito inteligente para compreender a ameaça velada por parte do Delfim. E ninguém em sã consciência desacataria uma ordem sua. A não ser que não tivesse apreço pela própria vida. Depois, ele enviara uma mensagem para Pedra do Dragão solicitando que Maëlle e Sansa fossem recebidas como eles receberiam ao próprio Rei. Com conforto, devoção e solicitude. Ela estava carregando o seu filho e ele queria que ela gozasse dos melhores cuidados possíveis. Cuidados esses que ele próprio lhe daria se ela permitisse.

Continuava incrivelmente chateado consigo mesmo por tê-la feito passar por tamanha humilhação. Principalmente durante o que, provavelmente, seria o momento mais importante da sua vida. Sua primeira gestação. Daerion pensava nisso enquanto separava as últimas correspondências recebidas por ordem de importância. Estava sentado na cadeira principal da Mesa Pintada, localizada na principal Sala de Reunião da Fortaleza.

Seu filho. Não seria só uma mudança de cunho pessoal e sentimental. Era uma transformação política e hierárquica. Seu filho seria o novo Príncipe Delfim. E, com isso, a linha de sucessão ao Trono de Ferro seria alterada. Depois de dele próprio, o atual Herdeiro, Maëlle possuía a maior reivindicação à Coroa. Com o nascimento de um filho legítimo seu, ela perderia sua reivindicação em favor da criança. Deixou seus pensamentos vagarem sobre enquanto suas mãos firmes seguraram o que viria a ser conhecido futuramente como A Carta. A Carta que representaria o início de tudo. Fariam livros sobre esse momento. O momento em que Westeros começara a mudar.

O Delfim abriu o pergaminho tranquilamente, e leu o conteúdo que fora escrito por um informante anônimo residente de Lys, uma das Cidades Livres Orientais:

 

“Aquela apresentação verde vossa de cada menina majestade não gosta de existe água gelada em uma tríplice ordem mestrada movimentação bobo da corte criminosa para entrar até contra era uma vez a vinhos que eu coroa vestidos tecidos cevada em mantos vermelhos que andamento para usar através na literatura cultural de cidade que particularmente eu Lys. Apesar do grande tenho que eu gostaria fontes para falar sobre seguras também acredito que desta vez teremos sorte para afirmação. Quando perdemos a entrarei chama eterna floral em crianças com pena contato vírus postado do novamente que vamos obter quando sucesso subir monte obtiver países com normas o plano para viajar através de uma banda de rock ataque”

 

A mensagem estava criptografada com um código simples, mas conhecido por poucas pessoas. Felizmente, Daerion era uma delas. Para fazerem sentido, as palavras deveriam ser desconsideradas a cada três termos. Pegou uma caneta para riscar o papel timbrado, e obter a mensagem oficial. Por ser ágil e esperto, levou poucos segundos:

 

“Vossa Majestade, existe uma movimentação criminosa contra a Coroa em andamento na cidade de Lys. Tenho fontes seguras acerca desta afirmação. Entrarei em contato novamente quando obtiver o plano de ataque”

 

Franziu o cenho. Fazia muito tempo que não recebiam avisos dos monitores e informantes Westerosis infiltrados nas Cidades Livres. A falta de perigo era em si um perigo e Daerion sabia muito bem. Muitas vezes, por presumir que ninguém vá lhe enfrentar, baixa-se a guarda. Diminui-se a vigília, a segurança. E é exatamente aí que o inimigo aproveita para lhe atacar. Decidiu ir avisar o Rei, e convocar uma reunião imediata do Conselho Privado.

 

Agradeceu mentalmente o anônimo que lhe criptografara a mensagem.

 


Notas Finais


AIEEE TO NERVOSA, MAS É NO PRÓXIMO CAPÍTULO QUE TUDO VAI ACONTECER HEIN!!!!!!


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