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História Aliança de Fogo - Lady de Dorne.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


VOLTEI, AMORES!!!!
Minha vida ta muito corrida, e ta sendo difícil pra escrever e postar toda semana como eu fazia antigamente. Mas eu, Nicole, da Casa Targaryen, prometo solenemente a nunca abandonar esta fic até ela ser finalizada com muita glória, fogo e sangue.
Vamo que vamo, meu povo. Bora novo capítulo, e comentem no final.

Capítulo 52 - Lady de Dorne.


Fanfic / Fanfiction Aliança de Fogo - Lady de Dorne.

 

Princesa de Dorne. Beleza de Dorne. Lady Débora, apelido lhe conferido em homenagem a juíza Débora da bíblia católica. Alyssa, a Guerreira. Alyssa, a enviada dos deuses. Alyssa, futura Rainha de Westeros.

Essa última alcunha era uma das que Alyssa menos se gabava. As outras ela gostava, afinal continham a verdade. Realmente era princesa e lady de Dorne, por ser filha do Lorde Doran Martell e da princesa Daella Targaryen, tia do Rei Darion I e irmã da Rainha-Mãe Alysanne. Realmente era uma beleza do sul, uma guerreira e fazia jus ao apelido de Débora, pois seu espírito de justiça e clemência eram vastamente reconhecidos pelo povo dentro e nos arredores de Dorne. Mas tudo isso será analisado com calma, desde a infância até os dias atuais. Até o presente momento, em que Alyssa já contava com quase 16 anos de idade e estava pronta para deixar Dorne em uma comitiva real que levaria dias para chegar em Porto Real.

Daella Targaryen, a princesa de Westeros que se casara com o Lorde de Dorne, dera luz ao seu primeiro filho junto com a Rainha Maëlle Targaryen. Enquanto a Rainha presenteou Westeros com dois filhos gêmeos, Daella teve um menino a qual o nomeou Lucerys. Um garoto moreno, com as típicas características dornesas. Pele bem bronzeada, cabelos castanhos, e lindíssimos olhos verdes. Já sua segunda gestação, dois anos após, lhe entregou uma menina. Uma menina tipicamente vinda do sangue do dragão, pois suas características valirianas a princípio pareciam mais fortes do que as da própria mãe Daella. A menina fora nomeada Alyssa, e possuía cabelos branco-platinados, e olhos de uma cor estranhamente rara. Eram para ser violetas iguais os da sua genitora, mas o olho esquerdo ao invés de ser completamente violeta como o direito, possuía uma pontadinha verde no canto superior. Os meisters avisaram a Daella que aquela condição era normal, e em nada prejudicava a visão da bebê. Era algo chamado heterocromia, um efeito genético raro que podia fazer os olhos possuírem duas cores diferentes. Com o passar do tempo e o desenvolvimento de Alyssa, ficou obviamente claro que sua condição ocular era o toque final da sua beleza estarrecedora. A bebê tornou-se uma menina extremamente encantadora e, mesmo ainda com cerca de 03 anos, já portava-se como uma lady e era visivelmente admirada pelos quatro cantos do país. A promessa para seu futuro era gigantesca, e tornou-se maior ainda após o acordo de casamento arranjado pelo Lorde Doran e pelo Rei Daerion I. Ambos chegaram em um consenso para unir ainda mais suas casas e, como o Rei estava procurando uma garota de linhagem valiriana para dar continuação a pureza do sangue, Alyssa foi prometida em casamento para Baelor Targaryen. O príncipe de Pedra do Dragão e Herdeiro Legítimo do Trono de Ferro. Na época com apenas 06 anos, enquanto a princesa de Dorne possuía 03.

Desde então, sua vida mudou. O papel desempenhado por si subiu de padrão e era esperado que ela recebesse o tratamento e a visibilidade de uma futura Rainha. Daella encarregou-se disso, e começou a dar uma prioridade voraz a filha em detrimento do seu filho primogênito Lucerys. Alyssa ganhou uma comitiva, e esta embora ao longo dos anos fosse se modificando e se renovando, mantinha sempre o mesmo padrão. Nove soldados de elite para fazer sua proteção diária, quatro damas de companhia, três criadas, duas costureiras e uma babá que após os 07 anos da princesa foi oficialmente dispensada e o cargo extinto. Em Dorne, Alyssa cresceu com uma rotina metódica, altamente controlada e regida por sua mãe. Aulas de etiqueta, de instrumentos, aulas de leitura, economia, história, lições sobre a religião dos Sete e dos Deuses Valirianos. Entre diversos outros afazeres oficiais e rigorosos. Até os seus 14 anos, quando Alyssa teve uma briga feia com a mãe e tomou para si mesma o controle de suas próprias atividades. Começando por dispensar metade dos funcionários da sua comitiva, principalmente as damas de companhia que mais eram garotas espiãs de sua mãe que suas próprias amigas de confiança. Contratou homens mais jovens para serem seus soldados, dispensando os antigos com o aval de seu pai. Contratou filhas de alguns Lordes de Westeros para serem suas novas damas de companhia, e manteve apenas suas costureiras. Que lhe agradavam pelo excelente trabalho e por sempre terem lhe vestido como uma deusa.

Alyssa não se dava mal com a mãe, Daella. Pelo contrário, a amava mais do que tudo. Mas depois de uma vida inteira sufocada e sendo controlada por ela, precisou dar esse grito de liberdade para se sentir mais dona de si. E, no fundo, Daella concordou. Orgulhosa da filha. Ficaria sempre por perto, entretanto. Para o caso de sua menina precisar da sua ajuda ou conselho. Alyssa ganhou mais liberdade e visão de mundo após seu aniversário de 14 anos, quando pela primeira vez fez algo considerado errado e rebelde. Fugiu do Castelo de Dorne de madrugada, na companhia de suas damas, todas vestindo roupas camufladas e mantos compridos. E foram passar a madrugada em um pub da cidade, regada a música e muita bebida. Além, obviamente, de obscenidades. Coisas que Alyssa, teoricamente, sabia que existiam. Embora aquela fosse a primeira vez que estava presenciando. Homens e mulheres, no caso prostitutas, cometendo o pecado de fornicação em área pública. Trepando, no meio do bar, apenas com a barra do vestido levantada. No início Alyssa e suas damas ficaram meio horrorizadas, pois eram todas de origem nobre e sangue puro. Porém, algumas cervejas e copos de vinho depois, estavam rindo e dançando em cima das mesas. Alyssa não se recordava de nenhuma outra vez que havia sido tão feliz assim. Por isso manteve a tradição e saía escondida com suas damas e seus soldados de guarda pelo menos uma madrugada a cada dois meses. Era sua noite de lazer e descanso após dias e dias a fio de trabalho e responsabilidades reais para com o povo. Tomava sempre cuidado para seus pais, especialmente sua mãe, nunca descobrirem. Até porque uma dama real e de ascendência nobre como Alyssa deveria se dar o respeito e jamais ser vista praticando pecados como aquele. Bebedeira, cúmplice de fornicação e prostituição, lascívia e diversos outros atos obscenos que jamais seria bem visto pelo corte e pelo povo. Poderia até mesmo perder seu prometido, o Príncipe de Pedra do Dragão, de quem Alyssa era noiva há quase 10 anos. Entretanto, Alyssa preferia arriscar tudo à viver uma vida medíocre de apenas deveres. Era inteligente demais para saber o quanto isso era perigoso, mas era justamente esse motivo que a incentivava a aproveitar cada vez mais. Se tinha o dever de ser uma governante justa, trabalhar para alimentar e manter o povo em ordem, se tinha o dever de ir sempre as vilas anotar seus problemas e suas necessidades, sorvê-las e fazer a justiça, também tinha o direito de se divertir. De viver e trabalhar em si mesma, na sua felicidade e sua própria vida. Gostava de dançar com suas amigas e damas, gostava de beber, gostava da adrenalina, gostava de se sentir sensual e mulher. Embora nunca tivesse oficialmente dado chance para qualquer pessoa estranha se aproximar de si, com medo de revelar sua verdadeira identidade. Com medo de ceder aos pecados da carne, e acabar perdendo sua virgindade com algum cara extremamente indecente. A única pessoa com quem deveria trepar chamava-se Baelor Targaryen e morava em Porto Real, no Castelo que abrigava o Trono de Ferro.

Uma noite, entretanto, sendo um pouco menos cuidadosa do que o normal, seu irmão Lucerys acabou lhes seguindo e descobriu seu pequeno pecado capital. Contrariado pela rebeldia da irmã, resolveu contar para seu pai. Mas, inteligente e perspicaz como Alyssa era, conseguiu o convencer de se juntar a eles e Lucerys eventualmente acabou cedendo. Agora sempre que a comitiva da irmã saía para festejar, ele ia junto. Às vezes ficava tão bêbado que os soldados de Alyssa tinham que lhe carregar de volta para o Castelo. Como o palácio era imenso, o Lorde e sua esposa Targaryen nunca percebiam a movimentação após o encerramento noturno das atividades. Qualquer coisa que ocorria entre às 02 e as 05 da manhã não era do seu conhecimento, e nem do seu interesse. As únicas pessoas que sabiam da saída e entrada da comitiva de Alyssa eram os funcionários noturnos do Castelo, e estes muitas vezes ignoravam ou fingiam nem ver. Ninguém era burro o suficiente de querer causar problemas e se tornar inimigo da futura Rainha de Westeros.

Também foi aos 14 anos que Alyssa acabou tornando-se domadora de dragões, algo que era de se esperar de qualquer um que aparentasse ter o sangue do dragão e as características tradicionais dos Targaryens. E Alyssa certamente tinha, tal qual sua mãe Daella que há anos era domadora de uma dragão-fêmea chamada Dreamfyre. A dragão da mãe ficava em uma cela especial atrás do Castelo de Dorne, pois este não era equipado para ter um fosso de dragões como Porto Real e Pedra do Dragão tinham. E apenas Dreamfyre descansava por lá. Mais nenhum dragão. No início, Alyssa era relativamente frustrada com isso. Sabia que a família Targaryen tinha cerca de 20 dragões em sua posse, e apenas 7 possuíam montadores atualmente. Dreamfyre, de sua mãe. Syrax, antigo dragão do Rei Jaeherys I que agora era montado pela Rainha-Mãe Alyssane. Vhagar, montado pela Rainha Maëlle. Meraxes, o dragão negro e mais veloz do Reino montado pelo próprio Rei Daerion I. Além de Meleys, a famosa dragão chamada de Rainha Vermelha, montada por Aegon Targaryen, príncipe de Westeros e irmão mais novo do Rei Daerion. E, por fim, Tessarion. O dragão-azul que havia sido reivindicado por Rhaenys Targaryen, irmã gêmea e esposa de Aegon.

E há dois anos uma notícia havia se espalhado pelo Reino de que mais um dragão estava retornando para os céus. Balerion, o Terror Negro. Antigo dragão de Aegon, o Conquistador, agora montado por Aemond Targaryen. O irmão-gêmeo de Baelor Targaryen. Com Balerion, eram sete dragões da família que atualmente voavam os céus de Westeros. Os outros 13 ainda descansavam sem domadores nos fossos de Pedra do Dragão e Porto Real. Alyssa era frustrada porque desses treze, absolutamente nenhum lhe foi oferecido. Em seus 14 anos, nunca o Rei Daerion I pensou em lhe convidar para visitar Porto Real e lhe mostrar ou até lhe presentear com um dos dragões. Porque? Porque Alyssa não possuía o sobrenome Targaryen e sim Martell? Alyssa não era digna? Qual era o problema? Porque não podia ser cavaleira de dragões como eles eram? Se tinham tantos sobrando.

Entretanto, um dia em conversa com o Meister oficial de Dorne, o Sir Qyburn, ele pacientemente lhe iluminou com a resposta. Seu noivo, Baelor Targaryen, não era domador de dragões. E tampouco parecia inclinado a se tornar um. Isso era de conhecimento público, e cada vez mais questionado pela nobreza e burguesia de Westeros. Visto que Baelor era Targaryen e um dia seria o Rei. Todos os Reis eram domadores de dragões. Mas o príncipe herdeiro não, por motivos desconhecidos. Dizia-se, as más bocas, que ele tinha até medo de passar perto do fosso dos dragões. Isso certamente respondia as dúvidas de Alyssa sobre o Rei jamais ter lhe oferecido um dos dragões da família. Ser cavaleira de dragão enquanto seu noivo não era podia com certeza ser um problema. Mas Alyssa se esqueceu completamente disso o dia que viu, sobrevoando os céus de Dorne, um dragão preto desconhecido. Ele era grande tal qual Dreamfyre, mas enquanto Dreamfyre possuía um aspecto familiar, neutro e até mesmo domesticado, aquele possuía um aspecto completamente selvagem. Com escamas maiores e mais pontudas que o normal, aterrorizantes até para o mais corajoso dos soldados. Era como se ele fosse, metaforicamente, um gato selvagem que jamais teve seus pelos e unhas cortadas e aparadas. O dragão negro sobrevoava Dorne com frequência, mas nunca pousava. Certo dia Alyssa perguntou a Qyburn se ele sabia algo, e o Meister lhe contou que o dragão era selvagem e se chamava Cannibal. Aparentemente era de uma linhagem antiga de valíria, diferente da linhagem dos dragões Targaryens, e por esse motivo não se dava bem com eles. Seus hábitos alimentarem eram diferentes e ele tinha tendência a atacar sua própria espécie, o que explicava seu nome. Alyssa ficou fascinada e começou a pesquisar tudo o que podia sobre ele, nos livros antigos da biblioteca do Castelo de Dorne. Descobriu que esse nome, Cannibal, foi dado pelos marinheiros e pescadores locais da ilha de Pedra do Dragão há muitos anos atrás. Eles observaram que o dragão confrontava muito os dragões Targaryens moradores do fosso, e lhes roubava seus ovos quando estavam distraídos. Ele sobrevoava a área quase sempre, mas frequentemente retornava para a direção onde ficava o antigo império de Valíria. Era grande, antigo e endurecido pelo tempo, com uma coloração cinza escura que de longe parecia negra. Mais encantada a cada dia que passava, Alyssa decidiu que queria tomar Cannibal para si. Contou a novidade para seu irmão naquela tarde, que lhe olhou como se a irmã tivesse perdido a cabeça.

— Você sabe que isso é suicídio, não sabe? — Lucerys lhe dissera, encarando-a com seus bonitos olhos verdes.

— Eu vou conseguir, tenho certeza disso! — Alyssa o respondeu, mentalizando todo seu plano mais uma vez na cabeça. Lucerys levantou-se da cadeira em que estava e começou a dar voltas pelo quarto. Nervoso.

— Tem certeza como, Alyssa? Você cresceu conseguindo tudo o que queria com base no charme, no seu status e influência. Mas estamos falamos de um dragão selvagem e perigoso! Ele não vai se curvar para você por causa dos seus atributos. Ele vai é saborear a sua carcaça assada com batata frita — ele comentou, e Alyssa sentiu vontade de rir. Lucerys tinha um senso de humor muito peculiar, e ela amava isso no irmão. Porém, segundos depois, revirou os olhos. Ele tinha cortado sua vibe com sua visão excessivamente sem graça do mundo. O irmão sempre fora assim, apegado ao politicamente correto e com medo de sair da linha. Enquanto Alyssa era um furacão e um fenômeno da natureza. Tudo o que ele tinha de certinho, ela tinha de rebelde. Toda a personalidade tranquila e respeitadora dele, era o contrário na irmã.

— Você é muito pessimista, e medroso — Alyssa rebateu, revirando os olhos heterocromáticos na órbita. Lucerys bufou, e gritou para a irmã ao passo que ela se levantava e rumava em direção a porta do quarto.

— E você é louca!

Depois disso, Alyssa fez o impossível. Conseguiu executar o seu plano com maestria e montar em Cannibal. E, embora não o tivesse domado 100% e respeitado sua condição de selvagem, conseguiu andar com ele pelos céus. Eventualmente, com o tempo, o dragão se acostumou com a presença dela. Não a tratava como sua dona, e sim como uma pessoa que ele permitia aproximar-se de si sem matá-la. Alyssa o respeitava e admirava sua condição selvagem, então nunca tentou se sobrepor sobre ele. Podia voar quando ele quisesse e permitisse, e o deixava livre sem celas e correntes. E o alimentava quando achava necessário. A notícia foi um choque para a cidade de Dorne, e a menina que já era extremamente respeitada e admirada começou a ser venerada. Começou a ser tratada, literalmente, como uma deusa. Inspirada, Alyssa sentiu-se tomada por um espírito guerreiro que só crescia toda vez que ela voava pelos céus com Cannibal, e acabou recorrendo ao Mestre Ilyan. Um dos esgrimistas e treinador de soldados mais competentes de toda Westeros, que de quebra ainda fazia parte da sua comitiva e era um dos seus protetores pessoais mais antigos. Alyssa confiava 100% nele, e lhe pediu ajuda. Disse que queria treinar, e aprender a se defender como uma verdadeira guerreira. Na época, estava prestes a completar 15 anos.

O mestre de início relutou, pois era extremamente incomum que uma garota, ainda mais nobre e do status de Alyssa, praticasse atividades consideradas masculinas e violentas. Entretanto, após ser manipulado e convencido por uma esperta Alyssa, chegou a conclusão de que ela não era uma garota normal. E realmente não era. Seria a futura Rainha de Westeros, era considerada a garota mais bonita de todo o Reino, e ainda montava em um dragão grandioso jamais domado antes. Se tinha uma coisa que Alyssa não era, essa coisa era uma garota normal dentro dos padrões da sociedade Westerosi. Alyssa usou até mesmo o argumento de que a atual Rainha de Westeros e Imperatriz do outro lado do Mar Estreito, Maëlle Targaryen, era uma exímia guerreira. Habilidosa com o arco e flecha, havia lutado em batalhas e ajudado o Rei Daerion a reestabelecer o poder da Casa Targaryen após o assassinato do Rei Jaeherys. Ela era, ao ver de Alyssa, uma mulher extremamente excepcional. E a Lady de Dorne queria ser, pelo menos, metade do que Maëlle era.

Então Alyssa começou a treinar. Tentou escolher a mesma arma da Rainha, mas depois de diversos treinos fracassados chegou a conclusão de que não tinha aptidão para isso. Então trocou de arma, escolhendo a mais comum de todas. A espada. Também treinava com adagas as vezes, mas descobriu ser mais habilidosa e ter uma facilidade maior com a espada mesmo. Arma masculina, luta masculina, mas Alyssa adorava. Treinava apenas dois dias por semana, mas ao longo do tempo intensificou seus treinos até que alugava o Mestre Ilyan quase todos os dias da semana. Passou a treinar com seus outros guardas, desafiando-os para combates pessoais. No início eles a tratavam como uma criança, pois sua superioridade era inquestionável. Mas com o passar dos dois anos seguintes, a princesa tornou-se extremamente habilidosa e possuía uma perícia incrível, além de reflexos rápidos o suficientes para ser considerada uma guerreira de nível médio-alto. Já podia combater homens de igual para igual, exceto os soldados da guarda pois estes eram de altíssimo nível. Ilyan estava orgulhoso da evolução de Alyssa, e exibia-se para todos afirmando que ela era um projeto seu. Que ele havia lhe tornado a guerreira reconhecida que ela agora era. E era verdade. A primeira vez que Alyssa sequer tocou numa espada foi ele quem lhe deu e lhe ensinou como fazê-lo.

Nos dois anos que se seguiram entre seus 14 e seus 16 anos, a mudança não só interna mas também externa da Lady de Dorne fora impressionante. Alyssa cresceu cerca de 15 centímetros, alcançando a altura de 1,75 de altura e passando até mesmo sua mãe Daella Targaryen que já era considerada alta. A média das mulheres de Westeros era algo entre 1,60 e 1,63, então Alyssa era excepcionalmente alta e garbosa. Destacava-se, como uma modelo no meio da multidão. Seus cabelos platinados seguiram da mesma cor de sempre, mas agora Alyssa os usava mais longos. E sempre presos em tranças ou penteados complexos feitos por suas criadas ou sua dama Ragna, filha do Conde Hubert da Casa Florent. Seus olhos continuavam os mesmos, tão famosos pelo reino. Violetas da antiga valíria, porém com uma pontada verde na pupila esquerda. O violeta era da sua mãe e a família Targaryen, e o verde era do seu pai Doran Martell. Os dorneses em geral tinham a pele bronzeada e os olhos verdes, e seu pai e seu irmão não escaparam dessas características. De modo geral, o corpo da Lady de Dorne também evoluiu e abandonou o aspecto infantil embora ele já fosse bem formado aos 14 anos. Naquela época Alyssa já tinha o corpo curvilíneo e nessa idade muitas meninas inclusive já casavam-se e tinham filhos. Eram consideradas, aos olhos da sociedade, adultas. Preparadas para assumir seus compromissos na vida de um homem e uma família. Agora, aos 16 anos, Alyssa já era tudo isso e muito mais. Por ser alta e ter o corpo bem desenhado, além de seios conhecidamente grandes, a Lady de Dorne era desejada por todo e qualquer homem do Reino. E, como se tudo isso não fosse o suficiente, Alyssa ainda possuía um charme inexplicável e conseguia capturar a atenção de qualquer um. Conseguia manipular, convencer, fazer absolutamente tudo o que quisesse. E gostava disso. Exercer poder e influência sobre os homens era uma das coisas que a princesa jamais abria mão. Tornava sua vida muito mais fácil. Agora, Alyssa carregava toda sua bagagem e história de vida consigo. O fatídico dia havia finalmente chegado. O dia em o Rei Daerion I lhe convocara para apresentar-se, oficialmente, na corte de Porto Real.

Era uma ida sem volta. 

 


Notas Finais


Eai, gostaram dela?????
E o que acharam do Cannibal?
Curiosidade: pra quem não sabe, esse dragão realmente existe no universo do George R. R. Martin.
Sobre ele: Cannibal ou The Cannibal foi um dragão selvagem que viveu em Pedra do Dragão durante a Dança dos Dragões. Ele foi chamado de Cannibal pelo povo comum de Pedra do Dragão porque praticava canibalismo, banqueteando-se de dragões mortos ou recém-nascidos e ovos de dragão. O dragão era cinza como carvão, e antigo, sendo assim extremamente forte com escamas quase impenetráveis. Alguns entre os plebeus de Pedra do Dragão alegaram que o Cannibal vivia na ilha antes mesmo de os Targaryens chegarem. Se fosse de uma linhagem diferente de dragões valirianos, isso poderia explicar por que ele era tão antagônico aos outros dragões Targaryen.


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