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História Aliança de Sangue - Guerra


Escrita por: UmraoJaan

Capítulo 15 - Guerra


Fanfic / Fanfiction Aliança de Sangue - Guerra

Shikamaru tivera um dia especialmente exaustivo, supervisionara os últimos preparativos para a guerra que estava por vir durante toda a tarde. Só queria deitar-se e dormir.

Entrou em seus aposentos e viu Temari sozinha, amamentando Shikadai.

— Se você for me repreender por amamentar meu filho é melhor nem entrar. — disse ela, sem nem mesmo levantar os olhos para o marido.

Ele suspirou.

— Você sabe muito bem que eu jamais faria isso, se você acha que é o melhor eu te apoio.

Shikamaru aproximou-se deles e acariciou a bochecha de Temari, fazendo-a olhar para ele. Os olhos verdes o encaram com dúvida.

— Já conversamos sobre isso, se você quiser amamentá-lo é isso que vai fazer. Jamais duvide de mim, Temari. Precisamos confiar um no outro.

A expressão dela se suavizou. Temari pegou a mão dele e beijou o torso.

— Desculpe-me, você tem razão.

O Nara trocou de roupa e sentou-se ao lado dela na cama. Shikadai havia parado de mamar, estando sonolento.

— Deixe-me colocá-lo para dormir. — pediu, esticando os braços.

Temari entregou o filho. Ele beijou a cabeça da criança e começou a andar pelo aposento cantando uma canção de ninar, seu coração transbordando com um amor incondicional enquanto olhava para aquela criaturinha tão frágil que era sangue do seu sangue. Shikadai era a prova de seu amor por Temari, bem como da força da loira, a qual havia sofrido tanto para trazê-lo ao mundo. Shikamaru olhou para a esposa e sorriu, ela era a mulher mais bela que já tinha visto e a mais forte, muitas vezes temperamental e difícil de lidar, no entanto ele a amava exatamente do jeito que ela era.

O bebê dormira em seus braços. Shikamaru sussurrou uma prece no ouvido da criança, para protegê-la em seu sono infantil contra os pesadelos e afastar os maus espíritos, antes de o depositar com cuidado no berço e cobri-lo com a manta. Ele gastou um tempo observando o filho.

Temari aproximou-se e o abraçou. Ele beijou o topo da cabeça dela, antes de enterrar a cabeça em seu pescoço pálido e suspirar.

— O que foi? — perguntou ela com doçura, mas tinha um leve tom de preocupação na voz.

— Não quero ter que deixar vocês dois, essa guerra pode começar a qualquer minuto. Temo pela segurança de vocês. — confessou — Não suportaria que se machucassem ou sofressem, o mundo pode vir abaixo e eu posso passar por qualquer provação, mas vocês tem que estar a salvo sempre, ou eu não sei do que eu seria capaz.

Temari o beijou levemente nos lábios.

— Nós estaremos aqui, a salvo e longe da batalha. Ficaremos bem, meu amor. — os olhos dela lacrimejaram — Você deve temer por si mesmo, deve lutar bravamente para voltar para nós. Temo por você no campo de batalha, não quero que nada de mal te aconteça.

Shikamaru puxou-a para um beijo apaixonado.

— Prometo a você, vou lutar para expulsar os invasores desse continente. Vou lutar pela paz e pelo futuro de nosso filho. — olharam-se nos olhos — Vou lutar para voltar para vocês dois. Ouça o que vou te dizer agora: eu vou morrer velho, na cama, ao lado da mulher mais bonita que esse continente já viu, quando nossos netos estiverem correndo pelo castelo e nós dois tivermos sido felizes durante toda uma vida.

Temari sorriu e deu dois passos para trás e começou a abrir as amarras da camisola, que logo caiu no chão, deixando-a completamente nua na frente do marido.

— Temari... a curandeira foi clara quando disse que deveríamos esperar quarenta dias para que você se recuperasse e...

— Já se passaram quarenta dias seu bobo, hoje é o dia quarenta. — ela revirou os olhos, contudo sorria — Preciso de você, sinto falta de seus toques. — seu tom era sedutor e seus olhos não desviavam do rosto dele.

Shikamaru sentiu seu membro se agitar e suspirou resignado, jamais seria capaz de negar a Temari o que ela desejava. Ele aproximou-se da esposa e pegou-a no colo, levando-a até a cama. Tirou a própria roupa antes de deitar-se sobre ela, beijando-a.

A partir daí iniciou-se uma dança de corpos que muito bem se conheciam. Eles não sabiam naquele momento que era uma despedida, todavia os deuses pareciam ter lhes sussurrado o futuro terrível que os aguardava e, mesmo que não tivessem consciência disso, os dois tinham alguma suspeita escondida em seus corações sem que se dessem conta dela. Em seu âmago, sabiam que deveriam aproveitar aquela noite, pois uma guerra estava na porta, e assim o fizeram.

Shikamaru beijou com carinho cada pedaço do corpo da esposa, demonstrando seu amor em cada toque e carícia. Foi diferente de todas as outras vezes em que dormiram juntos de maneira carnal, nessa noite havia entre eles uma intimidade enorme que jamais estivera ali antes. Quando seus corpos se juntaram e ele estava dentro dela, foi lento. O rosto de Shikamaru estava enterrado no pescoço da esposa e ele murmurava diversos “eu te amo” entre os gemidos. Temari agarrava-se ao corpo dele como se dependesse disso para respirar, cravando as unhas em suas costas e circundando seus quadris com suas pernas femininas, enquanto movimentava o copo em direção ao dele, aprofundando a penetração.

Mais tarde, quando dormiam abraçados, Shikadai chorou, como é de costume dos bebês novinhos. Shikamaru levantou-se antes que Temari o fizesse e pegou a criança, entregando-o à esposa para que o alimentasse. Assim que ele terminou de mamar, Temari inclinou-se para levá-lo ao berço, contudo o Nara a impediu.

— Deixe que ele durma entre nós dois.

Ela concordou e depositou o bebê entre eles na cama. Eles olharam um para o outro e sorriram, logo depois adormecendo. Passaram a noite juntos, os três, pela última vez em um bom tempo.

 

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No dia seguinte, logo pela manhã, um criado bateu desesperadamente na porta do aposento.

— Lorde Nara! Lorde Nara! Por favor, acorde! Seu pai o chama imediatamente! Chegou uma carta da Ordem, Iwa e os Uchiha invadiram as terras dos Aburame!

As últimas palavras fizeram Shikamaru praticamente pular da cama e começar a vestir as próprias roupas com uma rapidez ímpar. Temari, passado o choque, fez o mesmo. Ele deu a ela um beijo rápido e saiu apressado.

As criadas começaram a entrar e Temari deixou Shikadai aos cuidados de uma delas, antes de sair com Chiyo para começar os preparativos.

Havia muito a ser feito e, portanto, não havia tempo a perder. Ela tinha que organizar o estoque de comida que os homens Nara levariam ao campo de batalha e garantir que os pertences importantes do marido e do sogro estavam preparados para a viagem.

O vai-e-vem de pessoas pelo castelo foi intenso durante toda a manhã. Mensageiros partiam dali para os outros clãs — levando as instruções de Shikaku sobre a estratégia — as mulheres ajudavam Temari a organizar as provisões e os homens do clã preparavam-se para partir. Shikamaru e Shikaku supervisionavam tudo depois que haviam despachado todos os mensageiros.

Poucas horas depois, tudo estava pronto. Temari estava no pátio, bem como todas as outras mulheres — todas para despedirem-se dos homens que partiriam: seus pais, irmãos, filhos, esposos etc. Só ficariam para trás os meninos e os idosos, de resto, todos os do sexo masculino partiriam, com exceção de alguns poucos soldados que ficariam para fazer a proteção do castelo. Ela segurava o filho nos braços tentando ignorar o nó em sua garganta enquanto esperava Shikamaru terminar de falar com alguns dos soldados e ir despedir-se dela.

— Querida, agora você está no comando por aqui. — disse seu sogro quando se aproximou, olhando para ela afetuosamente — Precisará ser forte, Temari, agora você dará as ordens. Sua palavra é a lei.

Ela assentiu, nervosa. Shikaku pegou o neto no colo.

— E você rapazinho, não dê trabalho para a sua mãe. — entregou-o de volta a Temari depois de beijá-lo no rosto — Yoshino ficaria tão feliz se tivesse podido cuidar dessa criança. — disse com pesar, fazendo com que o nó na garganta de Temari se intensificasse — Mas os deuses não quiseram assim, eles sabem o que fazem. — olhou para ela e beijou-lhe a testa carinhosamente, como se fosse um pai se despedindo de uma filha — Cuide-se, menina, e cuide de meu neto, sim?

Shikaku sorriu antes de se virar e andar até o próprio cavalo. Shikamaru parou na frente dela e acariciou seu rosto.

— Por favor, volte para nós. — pediu Temari, baixinho. Os olhos vermelhos pelo choro contido.

Ele suspirou e levantou o rosto dela, fazendo-a olhar para ele.

— Lembra-se do que eu te disse ontem antes de fazermos amor? — ela assentiu — Aquilo ainda vale, minha princesa. Vou morrer velho ao seu lado na cama, depois de ter visto nosso filho crescer e nos dar netos. — ele beijou-a rapidamente — Vou lutar para voltar para vocês, que são as coisas mais preciosas da minha vida. — inclinou-se para beijar o filho — Cuide bem do nosso menino, meu amor.

Temari não respondeu, não conseguiria falar nada sem chorar. Contudo, não podia chorar, pois precisava se manter forte para servir de exemplo para as outras mulheres que estavam tão devastadas quanto ela e, por isso, manteve-se quieta. Shikamaru sabia que ela não estava em condições de falar e seus próprios olhos ameaçaram transbordar antes de ele abraçá-la com cuidado, por conta do bebê entre eles, e sussurrar:

— Eu te amo, nunca se esqueça. — então virou-se e montou em Zangado, seu cavalo.

Ver os homens partirem em suas montarias, prontos para batalhar pelo continente, era uma cena e tanto. As despedidas pareciam tê-los deixado de certa forma mais animados, provavelmente muitos deles não se importavam de morrer durante o confronto se o objetivo fosse manter a salvo suas famílias dos invasores e dos Uchiha traidores. Alguns mais jovens ansiavam por sua primeira batalha, almejando a glória e sonhando em se tornarem grandes guerreiros, mesmo que tal sonho não passasse de infantilidades, já que qualquer um que já havia participado de uma guerra sabia muito bem que não havia glória em uma chacina sangrenta.

As crianças correram atrás dos cavalos, gritando palavras de incentivo e conforto infantis aos combatentes, enquanto as mulheres acenavam e algumas choravam. As mocinhas, ainda tolas pela pouca idade, discutiam entre si com quem casariam quando a guerra acabasse, com qual dos gloriosos rapazes que partiam para lutar por elas dividiriam a vida quando retornassem. Temari sorriu perante a tamanha ingenuidade, seria mais fácil se fosse como elas e se iludisse com a volta de seu amado sem se preocupar com o fato de que ela talvez não acontecesse. Shikamaru talvez nunca voltasse, e esse pensamento a rasgava por dentro.

 

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O acampamento fora montado numa campina mais elevada das terras dos Aburame após dois dias de uma marcha intensa desde as terras dos Nara. Os Akimichi e os Yamanaka chegaram no dia seguinte, fazendo com que os exércitos da aliança mais forte de Konoha estivessem juntos novamente.

Shino Aburame, apesar de jovem, havia se mostrado um excelente comandante militar. Executara com perfeição a estratégia de Shikaku, evitando a morte de centenas de seus homens. O líder dos Aburame recuara da fronteira com os Uchiha ao norte até o centro de seu território, onde agora estavam reunidos os quatro clãs no acampamento na campina.

Batedores os atualizavam constantemente sobre o progresso dos exércitos de Iwa e dos Uchiha, que iam em direção a eles. A elevação de onde estava o acampamento permitia que tivessem uma visão de todo o vale, sendo capazes de notar com certa antecedência a chegada dos inimigos. Já que os adversários os superavam em número, era necessário analisar algumas vantagens que tinham, e a escolha do terreno da batalha é algo muito importante quando se almeja a vitória.

— Os Uchiha devem chegar aqui em dois dias com um contingente de mil homens, mais Iwa que tem seis mil. Contra nós que juntos somamos quatro mil homens, a desvantagem é clara. — disse Shino quando estavam os lordes dos quatro clãs em reunião em uma tenda — E ainda há Kiri que não deu as caras.

— Kiri não é nosso problema no momento, os clãs do sul lidarão com eles quando aparecerem, esse é o plano. — falou Shikaku — Nossos clãs, que se localizam no centro e no norte do continente contra os Uchiha e Iwa aqui nas terras dos Aburame, enquanto o restante dos clãs, que ficam na parte sul do continente, esperam o ataque surpresa de Kiri e movem as tropas assim que eles pisarem em Konoha para sabe-se os deuses onde aqueles malditos da névoa sangrenta atacarem. Estaremos divididos, contudo é a única maneira de impedir que sejamos cercados. Se os outros clãs estivessem aqui, quando Kiri começasse o ataque estaríamos cercados e teríamos que lutar em duas frentes.

— Onde acha que Kiri atacará? — perguntou Sai, que agora era um Yamanaka.

— Ao sul daqui, nas terras dos Inuzuka para tentar fazer o que acabei de dizer: nos fazer lutar em duas frentes. Temos homens da Ordem a postos em todo o litoral de Konoha para que saibamos com rapidez onde atacarão. Kakashi deve chegar amanhã para lutar conosco. — ele suspirou — Mas não pensemos em Kiri agora, temos que preparar o terreno para evitar que sejamos massacrados daqui a dois dias.

 

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Os deuses, por algum motivo, haviam feito chover. A chuva atrasara o exército dos Uchiha por mais um dia e dera mais algumas vantagens ao exército de Konoha.

O descampado abaixo do acampamento, que de acordo com o plano seria o palco da batalha, havia virado um grande lamaçal e o fato dos soldados andarem por ali durante dois dias carregando estacas de madeira contribuía para isso. As toras haviam sido entalhadas nas pontas, formando verdadeiros espetos gigantes, de maneira que, quando fincadas na terra, formassem um obstáculo ao avanço inimigo. Os soldados não poderiam correr até eles no início do confronto como normalmente acontecia, pois seriam espetados pelas estacas e morreriam. Além disso, trincheiras com estacas haviam sido cavadas e os soldados que caíssem nelas morreriam espetados também.

— Seu pai é muito astuto, um homem realmente inteligente. — disse Kakashi a Shikamaru na noite anterior à batalha — Se os deuses estiverem do nosso lado, temos chances boas de vencer amanhã, ou pelo menos de enfraquecer o inimigo. E essa chuva vai nos ajudar bastante.

Shikamaru bebeu um gole de seu vinho.

— Espero que os deuses não nos abandonem amanhã. — disse simplesmente.

Na manhã seguinte, o clima era de tensão. Todos estavam em alerta, esperando o inimigo aparecer. Shikamaru sentia-se inquieto, contudo, forçava-se a manter a calma e a mente limpa.

Ao longe surgiu o exército adversário.

— Arqueiros! Em posição! — gritou seu pai subindo em seu cavalo. Shikamaru e os outros lordes fizeram o mesmo.

Os arqueiros foram para a ponta da elevação em que se encontravam, montando uma fileira, um ao lado do outro. Uma meia hora depois, os inimigos começaram a caminhar pelo terreno que eles haviam preparado nos dias anteriores. Era possível ver Madara, Fugaku e Obito à frente em seus cavalos. O exército inimigo parou, Madara parecia estar dando ordens.

E então começou.

Os inimigos avançaram com rapidez, correndo sobre o terreno de capim.

— Arqueiros! Preparar! — gritou Shikaku, e poucos minutos depois ordenou — Atirem!

Flechas voaram e encontraram seus objetivos, soldados começaram a cair. Alguns tiveram a má sorte de não verem as trincheiras e morrerem espetados pela madeira afiada, diversos cavalos também tiveram esse destino.

Shikamaru notou que a lama dificultava o avanço das tropas e sorriu: perfeito para os arqueiros. Flechas não paravam de voar sobre os inimigos.

— Soldados! Preparem-se! As flechas e estacas não os segurarão por muito tempo! — berrou seu pai para os quatro mil homens ali presentes. — Aqueles que possuem lanças ficam na frente! Arqueiros recuem para a parte mais alta do terreno! Soldados à postos!

De cima de Zangado, Shikamaru pôde ver os inimigos se protegerem das flechas com seus escudos e começarem a retirar as estacas no pé da colina, que agora eram a única barreira entre os dois exércitos.

— Lutem de forma valente! Eles vieram roubar nossas terras, assassinar nossos filhos e violar nossas mulheres! São porcos invasores! — gritou Inoichi para os homens — Os deuses estão conosco! Por Konoha!

Um coro de “Por Konoha!” foi ouvido. As palavras de Inoichi encheram de coragem não só os corações dos soldados, mas o de Shikamaru também. Pensou em Temari e em Shikadai, estava ali por eles, para protegê-los. Lutaria até a morte para que aqueles malditos jamais chegassem perto de sua esposa e de seu filho, era seu dever como esposo e pai. Havia feito esses votos em seu casamento, mas mesmo que não tivesse feito, lutaria por eles, pois os amava mais que tudo.

O inimigo subia até a elevação. Os soldados com as lanças, que estavam a frente de todos os outros, conseguiram segurá-los por um tempo, mas logo a verdadeira batalha começou, pois o inimigo chegou no elevado em que se encontravam.

Caos. Era essa palavra que Shikamaru usaria para sempre a fim de descrever o que se passou a partir dali. O inimigo avançava como um bando de demônios sedentos de sangue. Pessoas eram decapitadas, pisoteadas, mortas a sangue frio pelas espadas dos dois lados. Cavalos se assustavam e empenavam, derrubando seus cavaleiros. O som de metal contra metal e os gritos preenchiam a silenciosa campina.

De cima de Zangado, que felizmente não se assustava fácil, Shikamaru cortava os inimigos com a espada. Ele cavalgava com rapidez matando os inimigos que aparecessem em sua frente a fim de evitar que fosse cercado, o que certamente aconteceria caso se mantivesse parado em um mesmo lugar.

Em dado momento, ficou claro: precisavam recuar. Preventivamente seu pai havia ordenado que as tendas fossem desfeitas e as provisões levadas embora, antecipando essa possível situação. Durante a manhã, centenas de carroças partiram para uma campina mais ao sul e esperariam o exército por lá em caso de derrota. Se vencessem, um batedor seria enviado para mandar que voltassem, mas, aparentemente, não seria isso que aconteceria.

O exército de Madara sobrepujava o deles, mesmo que um pouco abatido por conta das dificuldades enfrentadas como as estacas e as flechas, além da maior lentidão causada pela lama. Se não recuassem perderiam feio.

— Recuar! Recuar! — gritou seu pai em meio ao completo caos.

Os soldados começaram a correr na direção da floresta, exatamente como haviam sido instruídos antes. Shikamaru foi ao encontro do pai e eles cavalgaram juntos até as árvores.

Os arqueiros estavam posicionados no limite da campina, atirando em qualquer soldado inimigo que avançasse para as árvores. Os homens de Konoha corriam aos milhares para a segurança da mata e de lá continuavam correndo, até os arqueiros fizeram o mesmo após um tempo.

— Vi Shino mais a frente guiando os homens. — informou ao pai.

O homem simplesmente assentiu.

Eles pegariam um atalho pelos morros daquela região, que Shino, por ser nativo, conhecia como ninguém, para fugir sem que fossem perseguidos. Havia uma trilha por entre os morros que os levaria para onde estavam suas provisões. Os inimigos não conheciam a floresta e não poderiam se afastar de suas provisões em seu próprio acampamento, assim os homens de Konoha teriam uma vantagem de alguns dias até que fossem alcançados pelos exércitos de Madara, os quais seriam forçados a pegar a estrada e contornar os morros por não conhecerem o atalho.

— Não tivemos muitas baixas, ainda temos um número bom de soldados. — disse Shikaku — E conseguimos fazê-los perder muitos homens, o que já é um começo, mesmo que eles ainda nos sobrepujem em número.

Os dois continuaram a cavalgar em silêncio, não pronunciando o que ambos sabiam: nesse ritmo, seria impossível vencer.  


Notas Finais


E finalmente: a guerra começa!
Eu me inspirei na batalha do filme legítimo rei pra criar essa, mesmo que a geografia do terreno seja bem diferente, pois no filme é tudo plano e aqui tinha meio que uma parte mais alta que dava vantagem pra Konoha. Ta aí o link pra quem quiser ver, é bem curta e dá pra entender bem o que eu pensei: https://www.youtube.com/watch?v=RiCN9xdmo10
Espero que tenham gostado!


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