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História Alice - Conversa.


Escrita por: Itshebadgirl

Notas do Autor


Boa leitura!
Cap pequeno, mas feito com amor!!

Capítulo 4 - Conversa.


Fanfic / Fanfiction Alice - Conversa.

Acelerei o máximo que pude chegando rapidamente á casa de Laura, já estava anoitecendo e eu ainda queria sair para me distrair, então resolvi chegar o mais rápido possível. Toquei a companhia várias vezes um pouco ansioso, mas diferente do que eu esperava ela não demorou para atender.

 

- Chegou rápido! – Respondeu ela afobada, a mesma ainda estava de toalha e cabelo molhado. – Entre.

 

Entrei sendo conduzido até o sofá de sua pequena sala. Sua casa não era luxuosa como a minha, mas era bem confortável. Sentei-me no sofá a vendo subir nas escadas, não deixei de reparar naquela bela bunda. Ela era gostosa demais!

 

- Olá. – Senti o sofá afundar um pouco ao meu lado, era Alice.

 

- Oi. – Sorri sem mostrar os dentes.

 

- O que faz aqui? – Perguntou ela simpática.

 

- Eu e Laura vamos sair.

 

- Ah, sim. – Sorriu. – Do jeito que ela ainda esta, você ainda vai esperar uma eternidade.

 

Ri assentindo.

O silêncio se fez presente por alguns instantes.  

 

- Ta tudo bem? – Questionou cautelosa.

 

Soltei um suspiro pesado. – Sim..

 

Ela olhou dentro dos meus olhos profundamente, parecia estar intrigada.

 

- Sabe, eu vejo, todos os dias, as pessoas mentindo pra si mesmas, dizendo "está tudo bem". Sei que não tenho nada haver com a sua vida, mas talvez queira desabafar comigo..

 

Ri fraco. – Quem sabe?

 

- Posso tentar?

 

- Pode. – Respondi suave abaixando a guarda.

 

- O que aconteceu? – Perguntou me deixando um pouco tenso.

 

- Problemas de família. – Suspirei.

 

- Que droga. – Fez careta.

 

Gargalhei. – Sim, é uma droga.

 

- Você me lembra aqueles garotos populares do colegial.. – Riu. – Aposto que era jogador de futebol americano. – Revirou os olhos.

 

Neguei soltando uma risada. –Eu cheguei a jogar, mas depois de um tempo acabei largando..

 

Ela se levantou, foi até a cozinha, abriu sua geladeira, tirou duas cervejas e veio até mim me entregando uma e se sentou novamente.  

 

- Por quê? – Deu um gole. – Parecia realmente interessada em minha resposta.

 

Dei um gole também. – Não sei. – Dei os ombros. – Meu pai dizia que eu tinha problemas de depressão e que era um sociopata.

 

Ela riu. – Sério?

 

- Sim. Ele dizia isso porque, toda vez que eu voltava sozinho para casa eu tentava me jogar em algum carro, daí eu não conseguia me matar e começava a chorar. – Revirei os olhos. – Sempre fui um idiota.

 

- Você não é um idiota. – Disse risonha. – Meu pai é um idiota.. – Desviou o olhar.

 

- Minha mãe é uma idiota. – Dei mais um gole sentindo meu sangue ferver ao me lembrar dela.

 

- Todos são. – Bufou.

 

- Mas a minha mãe é ainda mais idiota. – Apertei a garrafa em minhas mãos. – Ela me abandonou com uma criança. Eu só tinha dezesseis anos.. – Travei ao tocar naquele assunto.

 

- Essa criança era..

 

- Jenny.

 

- Ah, ela é uma garota adorável! A vejo todos os dias no Jazz. – Colocou sua garrafa na mesinha que havia ali. – Sinto muito.

 

- Todos sentem. É difícil sabe? As pessoas querem que eu seja sincero e me abra, mas no dia que eu realmente abrir meu coração, não vai sair nada bonito de dentro. – Disse amargo. A bebida já começava a fazer efeito e com ela a raiva súbita voltava á tona.

 

- Meu pai tentou colocar fogo na minha mãe e isso a deixou com a cara deformada. Todos os dias eu escrevia uma carta anônima dizendo que ela era a mulher mais bonita que eu já vi e colocava no correio. Ela chorava toda vez que as lia... Ela nunca soube que era eu. – Ela falou olhando um ponto fixo, seus olhos estavam brilhando. – As coisas nunca mais foram ás mesmas desde que ela se foi e.. Eu sinto tanto por isso. – Falou parecendo estar totalmente distante e triste.

 

- Você está bem? – Questionei preocupado. Não teria coragem o suficiente para perguntá-la como sua mãe morreu, ela claramente ainda sofria com aquilo.

 

- Sim, estou ótima. – Disse sorrindo falsamente balançando a cabeça.

 

- Seus olhos são tão.... Tristes... Mesmo quando você sorri. – Soltei sem pensar. Eu sou extremamente observador e língua solta. Droga, Justin!

 

Ela ficou calada, sem expressão.

 

- Mágoa é algo que conheço muito bem, não é fácil se recuperar e algumas vezes você não se recupera. – Falei cuidadoso. – E acredite, não é sorrindo que vai se recuperar. Eu faço isso todos os dias, e olha para mim..  Eu sou um nada!

 

Ela pegou sua cerveja dando mais um gole.

 

- Cada um de nós está, no final, sozinho.

 

- Como assim? – Arqueei uma sobrancelha.

 

- Quero dizer, não importa quão bem a coisa esteja indo no sexo, no amor ou em ambos, chega um dia em que tudo acaba. Assim como as coisas ruins, as boas também se vão.

 

- Isso é triste.

 

- Claro que é. Então chega o dia em que tudo acaba. Ou há uma separação ou a coisa toda se resolve em uma tragédia: duas pessoas vivendo juntas sem sentir nada.

 

- Acho que ficar sozinho é melhor. – Dei o ultimo gole na minha cerveja vendo Laura pronta no inicio das escadas.

 

- Evite o amor a todo custo, esse é o meu lema. – Disse baixo se levantando.

 

Laura terminou de descer as escadas e veio até mim me selando.

 

- Vamos gatinho. – Disse sexy. – Tchau Ally. – Mandou beijo no ar.

 

- Tchau Lau. – Acenou sem muita emoção.

 

(...)

 

Suspirei ao sair do carro, já eram oito da manhã. A noite passada havia sido uma completa merda depois da minha conversa com Alice. Sem tirar o fato de eu ter passado a noite inteira ouvindo as merdas que Laura dizia. Ela de longe não fazia meu tipo, acho que até mesmo ela já havia percebido isso. Cômico!

Tirei minhas chaves do bolso abrindo a porta da frente da minha casa. Confesso que tomei um susto ao ver Evelyn sentada em meu sofá na sala, eu não esperava que ela viesse me infernizar em tão pouco tempo.

 

- Justin! – Se levantou de forma elegante. – Por que demorou tanto? Estou te esperando desde quando a festa acabou, fiquei preocupada!

 

Revirei os olhos. – Pensei que demoraria mais tempo até você vir tirar minha paz. – Tirei minha jaqueta a jogando em cima do sofá.

 

- Precisamos conversar. – Ignorou completamente o que eu disse.

 

- Onde está Jenny? – Perguntei começando a me preocupar com a mesma. Só deus sabe o que essa doida colocou na cabeça da minha irmã.

 

- Carlos acabou de levá-la á aula de Jazz. - Cruzou os braços.

 

Assenti. Carlos era seu marido, não tinha nada contra ele, na verdade eu até o achava legal, mas sentia um pouco de pena por ele se casar com alguém como ela.

 

- Estava pensando sobre o que você disse aquele dia.. – Suspirou. – Você estava certo! Jenny merece ter uma mãe e você também.

 

Gargalhei. – Ah, é? – Debochei. – O que você quer de verdade, Evelyn? – Estreitei meus olhos. – Você não me engana.

 

- Quero tentar ser uma mãe de verdade. – Sorriu de lado. – Me deixa tentar?

 

- Não. – Travei meu maxilar irritado com aquilo. – Tarde demais! – Tentei passar por ela, mas a mesma me segurou. – Você não se importa e nem nunca se importou, você não dá a mínima para nós. E se puder não tocar em mim... – Olhei com nojo para sua mão em meu braço.

 

- Por favor.. – Continuou me segurando.

 

Olhei para cima tentando ter paciência, eu já estava puto da vida com ela, além de também estar com um maldito sono. Aquilo era a receita certa para receber ofensas minhas.

 

- Eu só quero do fundo do meu coração que você morra! Assim eu fico livre de vez de você.

 

Ela pareceu ficar em estado de choque com minha resposta. Puxei meu braço andando em direção ao meu quarto.

 

 

Por que as pessoas que eu nem conheço direito, são mais legais comigo do que as pessoas da minha família? 


Notas Finais


Digam o que acharam! :3 Até o próximo babys *


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