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História Alice In Dead Wonderland - Imagine Stray Kids (Hyunjin) - Maravilhas assustadoras


Escrita por: MinYue

Notas do Autor


Aqui estou eu com o segundo capítulo, espero que estejam gostando
Espero vocês nos comentários
Boa leitura 💙

Capítulo 2 - Maravilhas assustadoras


Fanfic / Fanfiction Alice In Dead Wonderland - Imagine Stray Kids (Hyunjin) - Maravilhas assustadoras

Pequena Alice, caia outra vez. O país das maravilhas emergiu nas chamas da loucura.


O tilintar de panelas e o cheiro convidativo vindo do andar inferior fizeram a barriga de Hyunjin dar alguns sinais de vida.

— Vamos Ryujin – cutucou a garota, que estava concentrada demais no desenho que fazia em uma das páginas vazias do livro apoiado a mesinha de chão. — Não pode passar o dia enfurnada aqui. – reclamou, aproximando o corpo do da irmã gêmea e espiando, por fim, o que ela tanto rabiscava naquele caderno. — Você está completamente obcecada por esse lugar. – suspirou demoradamente, enquanto a irmã terminava de desenhar a frente de um castelo, tão branco que parecia ser feito de neve.

— Você mais que ninguém deveria entender. – finalmente tirou os olhos do livro. Hyunjin preferia seriamente que ela tivesse continuado a desenhar, pois pior que ser ignorado, era ter aquele olhar de decepção sobre sí. — Você deveria vir comigo, nós podemos fugir juntos para lá. – ainda havia resquícios de esperança em sua voz. Ao analisar a irmã, percebera o quão abatida estava, o quão marcadas e profundas eram suas olheiras, o quão pálida sua pele se encontrava e o quão mais magra ela ficara. O destruía por dentro.

— Vamos comer Alice. – chamou-a pelo apelido que tanto amava. — Você precisa comer algo. – ela sorriu leve, então negou.

— Vá primeiro. – disse ainda sorrindo. — Nos vemos no país das maravilhas. – então ele se foi.

Naquela tarde, quando Ryujin se atrasou para o almoço de domingo, onde a família inteira – e alguns vizinhos – se reuniram, Hyunjin foi buscar a irmã outra vez. O cenário que viu, ficara marcado em suas lembranças eternamente; Ryujin estava morta, com os olhos fechados e um sorriso amistoso estampado nos labios. O vestido delicado de cor azul e tecido sedoso, agora estava banhado em vermelho vivo. Os pulsos abertos em um corte generoso e grosseiro, como se tivesse rasgado a pele com seus dentes. Escrevera com o próprio sangue, no piso lustroso, “estou indo para o país das maravilhas, dessa vez para sempre".

A medida que sua mente ia clareando, as memórias do passado se desfaziam e as vozes que o trazia a realidade se tornavam mais nítidas.

— Ela não pode estar morta Minho. – disse uma voz ao longe.

— Mas dessa vez ela bateu a cabeça muito forte! – outra voz soou a mesma distância.

— Você é um feiticeiro, faça alguma coisa. – a mesma voz de antes declarou impaciente.

— Um feiticeiro sem poderes…

O par de vozes foi se tornando cada vez mais distante a medida de Hyunjin acordava e sentia uma crescente dor de cabeça. Abriu os olhos piscando diversas vezes, a visão embaçada ainda se adaptando a recente luz, olhou ao redor completamente perdido, apesar daquela paisagem ter trago a Hyunjin uma estranha sensação de familiaridade. Havia um cheiro de morte no ar, uma névoa densa que deixava a paisagem acinzentada e uma fina camada de fumaça negra flutuava mais acima. O grito dos corvos que repousavam nos galhos altos das árvores, escova como uma melodia destoante, que fazia Hyunjin ter arrepios. O garoto estava deitado em um estreito caminho de terra que transpassava a floresta. A roupa úmida por estar no chão molhado, grudava a sua pele e, aquela lama misturada ao seu suor o deixava mais que desconfortável.

Onde diabos eu estou?… – murmurou para sí.

— Alice!! – se espantou com as duas vozes chamando ao mesmo tempo.

— Alice?… – repetiu com um quê de dúvida, levantando as costas do chão duro e apoiando-se nos próprios cotovelos ao sentir tudo ao redor girar. Observou a grama baixinha em tons de verde-morto que o cercava; as árvores largas com raízes longas que se entrelaçavam a terra e, no alto, as copas espessas se encontravam e suas folhas escondiam o sol. – por isso estava tão escuro, pensou. Apenas uns finos feixes de luz transpassavam as estreitas brechas entre as folhas, feitas pelo vento forte – ao finalmente sentar-se e olhar em direção as vozes, percebeu que aquelas duas pessoas estavam muito mais perto do que ele pensou. — Quem são vocês? Onde eu estou? – disse alto dessa vez.

— Como assim onde está? – questionou confuso, o menino de cabelos acinzentados. — Estamos no país das maravilhas, não lembra? – Hyunjin negou lentamente, ainda processando o que havia escutado.

— Eu disse que ela tinha batido a cabeça muito forte. – resmungou o outro garoto de madeixas pretas.

— Alice você não lembra de nós? Perdeu a memória?

— Eu não lembro de vocês… – confirmou, não fazia mesmo ideia de quem os dois eram, mas assim como o lugar, sentia uma estranha sensação familiar quando olhava para eles. — Mas não perdi a memória – acrescentou — não sei quem são porquê não sou Alice.

— Você…

— Não é a Alice? – o rapaz de cabelos escuros completou afobado a frase do outro. — Como assim não é a Alice? A loucura deve ter afetado ela muito mais rápido do que pensamos. – disse temeroso ao acinzentado, que se encontrava de pé ao seu lado.

— Eu não sei o que é tudo isso, então apenas vou achar uma saída e ir embora desse lugar. – finalmente levantou-se do chão, batendo a grama morta que se acomodara a sua roupa branca.

— Você não pode ir assim, ainda mais vestindo branco. – disse apavorado. — Eu me chamo Lee MinHo. – se apresentou rapidamente, tirando a capa que vestia e jogando-a sobre os ombros de Hyunjin, que se sentiu incômodo com a aproximação repentina. — Esse é Cristopher Bang, uma lebre cinza. Mas pode chama-lo apenas de Chan, Alice o chamava assim. – Hwang não prestou atenção na última frase, estava perplexo com outra coisa.

— Uma… lebre? – franziu o cenho.

— Nunca viu uma lebre antes? – Cristopher perguntou, fazendo Hyunjin arregalar os olhos e piscar diversas vezes ao ver aquele par de orelhas cinzas e peludas se mexerem sozinhas. — Que garota estranha… – murmurou.

— Tem mesmo certeza que não é Alice? Vocês duas são idênticas. – MinHo perguntou outra vez, ainda descrente de que a pessoa na sua frente não fosse Alice. A única coisa que se diferia da lembrança que tinha da garota eram os cabelos, os de Alice eram longos, já os da pessoa a sua frente, quase tão curto quanto os dele.

— Eu não sou Alice. – afirmou outra vez, impaciente. — E parem de me tratar como se eu fosse uma menina. – disse chateado, vendo ambos a sua frente esboçarem um olhar surpreso.

— Você é um homem?! – falaram ao mesmo tempo, fazendo Hyunjin rolar os olhos.

— É claro que sou! – exclamou raivoso, ele obviamente era um garoto. Aqueles dois só podiam ser muito tapados, pensou.

— Mas… como pode ser tão parecido com Alice? – o Lee disse baixo, mais audível o suficiente.

— Isso é porque nós somos gêmeos.

— Vocês são… – a lebre começou mas parou, suspirando logo em seguida. — Melhor levarmos ele até a (S/n), ela sempre sabe o que fazer. – direcionou suas palavras a MinHo, que confirmou com a cabeça. Então olhou outra vez para Hyunjin. — Vamos, antes que a loucura te afete demais. – então Hyunjin os seguiu, com milhares de dúvidas tomando seus pensamentos, a cabeça latejando e o vento gélido e intenso trazendo a sensação de que poderia congelar a qualquer momento.



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