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  3. 03

História Alien Sky - M09Y93. I ( Min Yoongi.) - 03


Escrita por: IAmTheNightSky

Notas do Autor


* Sorry pelos erros ♡

Capítulo 3 - 03



Sete Meses Depois.

16:30 PM


É, eu nunca imaginei que estivesse exatamente nessa situação atualmente.


Respirei fundo e voltei a olhar a embalagem da caixa de leite na minha mão.

Fui em direção ao caixa, então paguei as compras.


Apenas o básico, coisas saudáveis e coisas nada saudáveis...


E logo em seguida saí do mercado.


Senti as breves gotas de chuva e adiantei os passos.

Corri um pouco e tirei a chave de casa do bolso.


Abri e entrei.


E vi a chuva forte cair através da janela....


É, por pouco e eu não tomo um banho!


Fui em direção a cozinha e comecei a preparar o meu almoço.

Ou pelo menos tentar.


Vi a tela do meu celular acender...


Mais um daqueles números que ninguém atende.


Então ignorei a ligação.


Vi novamente a tela acender, mas dessa vez era a minha mãe.


Atendi.


Gisele: Filha?


Coloquei o aparelho no viva-voz.


S/n: Sim, mãe..

Gisele: Filha, você está bem?

S/n: Sim. E a senhora?


Fiz careta vendo a carne congelada.


Daqui que isso fique pronto....


Gisele: S/n, eu estou ligando para você a dois dias.

S/n: Estava sem tempo.

Gisele: Para a sua mãe S/n?


Respirei fundo.


Droga...


Gisele: Querida, eu sei que você não quer voltar para casa depois do que houve. 


Depois de descobrir que estava sendo uma completa idiota??

Depois de  ter sido fraca a ponto de deixar aquilo me abalar e me destruir de uma forma surreal?


Gisele: Mas pelo menos dê sinal de vida, eu sou a sua mãe...


Olhei a pequena cidade através da janela da cozinha.


Gisele: A sua terapeuta me ligou, disse que faz quase um mês que parou de ir as consultas.

S/n: É o trabalho.

Gisele: Meu amor, eu ainda não me conformo em como você com um currículo de fazer inveja está trabalhando como garçonete numa lanchonete de péssima categoria.

S/n: Mudar faz bem mãe.

Gisele: S/n..

S/n: Como está o papai?


Resolvi mudar de assunto.


Ou ela iria começar a chorar e eu me sentiria péssima e culpada...


Gisele: Sentindo sua falta. Podemos ir te ver no fim do ano, o que acha?


E ver como eu estou acabada e destruída psicologicamente?


S/n: Eu vou viajar.


Menti que nem senti.


Gisele: Então que tal no próximo fim de semana?

S/n: Quando eu estiver com tempo eu aviso mãe, não se preocupe.


Respirei fundo.


Gisele: Filha...

S/n: Preciso me arrumar, hoje é sexta e a lanchonete vai estar cheia de adolescentes rebeldes loucos para fazer o colesterol ir às alturas e os hormônios explodirem.


Ela riu soprado e eu sorri de lado.


S/n: Bom, um beijo mãe, se cuida e eu amo você e o papai ok?!

Gisele: Nós também amamos você. E se precisar de qualquer coisa...

S/n: Não preciso.

Gisele: S/n, me ouça. 


Fiquei em silêncio.


Gisele: Ele, ele veio aqui novamente. Ele insiste com aquela conversa sobre uma pesquisa que deixou na sua casa naquela  noite e ..- A cortei.


Revirei os olhos!


S/n: A pesquisa era minha.


Disse séria.


S/n: E eu queimei tudo mãe. Já disse isso para aquele imundo milhares de vezes.

Gisele: Eu sei, eu sei..

S/n: Preciso mesmo ir, beijos.


Desliguei e resolvi desistir do almoço.


Porque esse cara insiste naquela pesquisa idiota que eu fiz para ele quando estava completamente bêbada..

Como se isso fosse mudar alguma coisa, me poupe.


Abri um pacote de batatas fritas e comi.


É, eu devo ser uma fracassada mesmo...


Uma imbecil...


Estalei a boca e fui para o quarto.


Abri o guarda roupa e peguei uma roupa.

Uma calça jeans preta e uma blusa que eu não seria capaz de usar a meses atrás.


Mas eu não me importava com muita coisa no momento....


Na verdade não me importava com nada.

E isso estava deixando a minha psicóloga preocupada...


E foi exatamente por isso que eu parei de ir às consultas.


Fui para o banheiro e tirei a roupa, então cai debaixo do chuveiro e fechei brevemente os olhos.


Eu não conseguia superar....


Não conseguia seguir tranquilamente depois do que aconteceu...


Não é exatamente a dor da traição, é algo pior...


Eu me sentia insuficiente...


Me sentia fraca e inútil....


A minha autoconfiança e o meu otimismo foram por água abaixo...


E eu vi a minha vida desabar aos poucos...


Primeiro eu senti a dor...

Depois procurei defeitos em mim para justificar o erro dele...

Então comecei a me odiar e me culpar por sempre estar trabalhando....


E aí tudo piorou....


Fiquei sabendo que aquele desgraçado tinha assumido o relacionamento dele com a Michelle dois dias depois que eu peguei os dois transando...


E eventualmente, depois de uma semana, na exata data que seria o nosso casamento, eu o encontrei numa visita que fiz com alguns alunos no laboratório que ele trabalhava.


E ele já estava usando outra aliança no dedo...


Foi como cortar a minha garganta...


Não pensei duas vezes, simplesmente pedi demissão da universidade.

Eu sei, agi mais por impulso.


Mas eu queria ficar longe de tudo...


E estou fazendo isso.


Eu preciso desse tempo para mim.


Abri os olhos e continuei o banho, após alguns minutos saí com a toalha.


Lembrei brevemente da briga que ocorreu quando ele foi até a minha casa atrás dos documentos da minha pesquisa.

E só de ódio eu queimei aquela porra toda!!


Mas o pior é que eu lembro perfeitamente tudo o que escrevi.


Um monte de bobagem e mentiras, apenas para ajudar aquele desgraçado...


Ele queria o emprego naquele laboratório, e eu tentei ajudá-lo.


Ótimo, ele foi efetivado, ganhou um ótimo cargo e eu fui chifruda!!!

É nisso que dá ajudar macho!


S/n: Eu odeio essa situação insuportável...


Sussurei e me vesti tranquilamente.


Amarrei o meu cabelo, peguei uma mochila pequena e não demorei para sair de casa.

Me aproximei do carro, destravei e entrei no veículo.


Seriam uns vinte minutos dirigindo até a cidade vizinha onde eu estava trabalhando.


Em pensar que eu era uma puta de uma mulher inteligente do caralho que se rebaixou por causa de um imbecil....


S/n: É a vida, fazer o quê....


Resmunguei.


Não, eu não me sinto feliz nessa situação, mas também não tenho forças para sair dela. 

E tudo bem.


Continuei dirigindo em silêncio total e me concentrando na estrada, afinal estava chovendo muito.


Sinceramente, até gosto daqui, é isolado e bem pacato...

Índices de crimes zerados e os meus vizinhos são idosos que sempre levam bolo para mim.


Liguei o som baixinho enquanto o tempo passava.

E após alguns minutos eu estacionei perto da lanchonete.


Saí do carro e fui em direção ao estabelecimento.


Entrei e fui imediatamente colocar a farda do trabalho.

Peguei o meu bloco de notas e comecei a trabalhar.


E sim, estava cheio de adolescentes sem problemas e apenas gastando dinheiro com comida...


Anotar um pedido aqui, anotar outro ali...


Tudo isso até dar nove da noite, mas até passava rápido.

E depois eu chegaria em casa, iria ver séries e comer coisas não saudáveis até pegar no sono...


É, a minha rotina não estava tão ruim assim, eu acho.


Pelo amor de Deus S/n, você está toda fodida...

E no sentido ruim, claro.


Observei três carros pretos pararem do lado de fora.

Então um homen usando roupa social saiu acompanhado de mais dois.


Ele entrou sozinho, e os outros ficaram do lado de fora do estabelecimento.


A julgar esses veículos, de humildes eles não tem nada...


O estranho agora estava sentado olhando o cardápio.

Me aproximei com o bloco de notas e abri o meu melhor sorriso.


S/n: Boa noite senhor, o que gostaria? 


Ele sorriu de forma educada.


?: Boa noite senhorita, quero um café por favor.

S/n: Biscoitos ou bolo para acompanhar?

?: O que você sugere?


O homem me encarou fixamente eu me senti intimidada.

Ok, talvez ele seja bonito...


Ou eu que não fico com ninguém a meses...

Talvez as duas opções.


S/n: Bolo...

?: Pois bem, eu quero o bolo.


Forçei um sorriso e me virei.


Então respirei fundo e fui para a cozinha do local com os pedidos na mão.

Troquei poucas palavras com a cozinheira e logo retornei com o pedido do cliente.


Cheguei perto da mesa e coloquei o café e o bolo.


?: Parecem ótimos.

S/n: E são, eu garanto.

?: Me chamo William.


Encarei ele.


S/n: Olá senhor William, fique a vontade.

William: Olá doutora Walter, obrigado pela gentileza.


Eu senti cada pedaço do meu corpo se arrepiar...


William: É ela ou a senhorita S/n tem uma irmã gêmea?


Ri soprado.


S/n: Desculpe, não entendi...

William: Estou lhe procurando a exato cinco meses.


Franzi o cenho.


Aquele homem tinha uma expressão séria e parecia extremamente atento a tudo.


S/n: O senhor deve estar me confundindo...

William: Não, eu tenho certeza que é você a mulher que eu estava procurando.

S/n: Me procurando? Está louco?


Disse baixo.


S/n: Eu, eu não conheço você.

William: Se me der alguns minutos eu posso me apresentar formalmente. A senhora era professora na...- O cortei.

S/n: Não não, eu não posso conversar, estou trabalhando.

William: Você e o senhor Jace...

S/n: Não conheço ninguém com esse nome.

William: Doutora...

S/n: Não seja inconveniente. Eu já disse que não conheço ninguém com esse nome e esse é o meu local de trabalho.

William: Com o seu currículo, se tornar garçonete é uma humilhação doutora Walter.

S/n: Humilhação é a sua maldita existência seu monte de merda.


Cuspi as palavras e me virei.


Era só o que me faltava...


Um retardado que aparece para falar sobre o homem que me jogou no fundo do poço....


Peguei a minha mochila embaixo do balcão e fui para a cozinha.

Tirei os meus comprimidos para a ansiedade e tomei dois.


Virei um copo de água logo em seguida...


Certas coisas são como gatilhos para a minha ansiedade acabar comigo...


Respirei fundo e retornei.


E o estranho tinha sumido.


Tanto ele quanto os carros.


Mas pelo menos o miserável deixou o dinheiro.

Graças a Deus.


Sério, a última coisa que eu precisava agora era relembrar a minha vida de meses atrás.


O meu mundinho perfeito que nunca existiu...





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