História Alive - Chapter three

Assim que Jeongguk abriu a porta o cachorro entrou correndo quase o derrubando, acendeu a luz iluminando metade da casa escura e o gato branco de sua Vó veio se alisar em suas pernas. Fechou a porta e jogou sua mochila no sofá e seguiu para a cozinha, pegou a vasilha de ração do gato e a colocou em cima do balcão da pia despejando a ração na mesma. O gato subiu desesperado para o balcão e começou a comer enquanto o cachorro latia para o mesmo, e Jungkook não sabia o porquê, já que sua vasilha no chão continuava cheia.

O moreno não gostava de gatos, eles só o procuravam quando queriam algo, e isso o irritava. Quando tinha 10 anos,  sua avó trouxe Almofadinhas para casa, o garoto ficou uma semana sem falar com ela. Pegou o jornal e começou a bater no gato com ele, que fingia não sentir e continuava a comer, o cachorro pareceu gostar da ação do garoto pois parou de latir.

–Eu não vou ficar batendo nele por você. Seja inteligente, pegue ele por si só e livre-se dele, vovó me mataria se eu o fizesse, e você sabe que ela te perdoa por tudo.

O cachorro latiu para o moreno e se sentou o encarando com a cabeça caída para o lado. Jeongguk parou de bater no gato e subiu pro seu quarto, a casa ficava estranhamente silenciosa sem sua avó ali, já que ela vivia gritando, ora com neto, ora com o gato e ora com o cachorro. Seu melhor amigo aparecia às vezes, não estava mais tendo tempo, pois agora tinha um emprego. Pelo menos agora não tinha de pagar o taxi para ir ver sua Vó no hospital.

O hospital.

Talvez o hospital não fosse um lugar tão bom assim, mas não sabia que lá havia pessoas tão bonitas como Jimin. O ruivo, além de bonito, Jeon havia percebido que era lerdo, bastante tímido e não gostava que o encarassem e por esse motivo, gostava de encara-lo.

O conhecia há uma semana mais ou menos, não conversavam e pareciam querer matar um ao outro todas as vezes que se olhavam. Jimin talvez ainda estivesse bravo consigo por rir do seu nervosismo na primeira vez que se viram, nem sabia o motivo do garoto estar nervoso, mas quando aquele o lançou um olhar feroz, pensou que talvez soubesse o que era.

 Jeon Jeongguk morava com a Vó desde que se entende por gente, seus pais morreram num acidente de carro quando ele era bem pequeno, desde então quem o cria é Jeon OkJin. O moreno a ama muito mas as vezes a senhora, apesar de engraçada, era muito chata.

Jeongguk gostava de ficar com a casa escura, mas os animais de sua vó não. Eles sempre achavam um jeito de se unir -por mais que se odiassem- para irritar o moreno para que ele acendesse as luzes da casa, mas este já havia se acostumado, então pegou os fones e colocou uma musica bem alta e fingiu que não havia animal nenhum ali. Sentia falta de Taehyung, quando o garoto ainda não trabalhava. Passava dias e noites ali, irritando-o e arrastando-o para lugares barulhentos. Sua avó gostava tanto do menino que já o chamava de netinho, no começo, ela o odiava com todas as suas forças.

Na primeira vez que Tae apareceu ali, os dois tinham acabado de voltar de uma festa, e o mais velho estava bêbado, e chorava oceanos agarrado ao pescoço de Jeongguk. A senhora começou a gritar com o neto que se fosse arrumar um namorado, que arrumasse um descente, que não bebesse e muito menos ficasse chorando agarrado ao pescoço do moreno reclamando do ex-namorado.

Riu se lembrando do dia que Taehyung havia pedido um conselho à sua vó, sobre que tipo de namorado ele deveria arrumar. A Sra.Jeon começou a bater nele com a sombrinha e gritar para ele não perguntar aquele tipo de coisa no meio da rua. Depois, Jungkook a ouviu sussurrar para o hyung “quando chegarmos em casa, nós conversamos.”

Seu celular vibrou em cima da cama, ele o pegou e viu que era uma mensagem de Yoongi.

[20:33 22/09] Yoongi: “João biscoito, vem aqui pra casa do Hobi.”

[20:33 22/09] Jeongguk: “Não to  afim de segurar vela hoje, hyung.”

[20:35 22/09] Yoongi: “Vamos lá, Kookie. Sei que você não esta fazendo nada. Tá deitado ai na escuridão do seu quarto com os bichos da sua Vó te irritando até você acender as luzes da casa.”

[20:37 22/09] Jeongguk: “Tá bom, to indo. Mas a casa do Hobi-hyung é muito longe, vem me buscar de carro.”

[20:38 22/09] Yoongi: “Pede pro seu namoradinho te trazer, ele é taxista agora.”

[20:37 22/09] Jeongguk: “Ele não é meu namoradinho, e ele não pode. Porque ao contrario de você, ele trabalha!”

[20:38 22/09] Yoongi: “Isso ai, defende a bunda que você come.”

[20:40 22/09] Jeongguk: “Vai se foder, tchau. Te vejo na casa do Hobi.”

Levantou relutante de sua cama e desceu para a sala. O gato estava deitado em cima das costas do buldogue de sua Vó, que babava no tapete enquanto roncava. Quando o cachorro acordasse ele iria destruir a casa para pegar Almofadinhas.
Saiu de casa e andou resmungando pela rua em direção ao ponto de ônibus.

Se eu pelo menos encontrasse Jimin na rua hoje...Mas ele ainda deve estar no hospital.

Balançou a cabeça espantando pensamentos bobos e continuou seu caminho até a casa do Hyung. Segurava tanta vela para ele e Yoongi, que se cobrasse, ganharia uma grana alta.

Parou no grande portão da casa de Hoseok, pensou em dar meia volta e ir para casa quando ouviu o som alto vindo de lá. Os dois sabiam que o moreno não gostava de música alta, talvez tenha colocado para provocá-lo.

Entrou no lugar sem apertar à campainha ou chamar, queria entrar despercebido e desligar o rádio. Talvez voltasse para o hospital, sentia falta da sua Avó e queria ficar com ela, e também, estava com vontade de ver Jimin novamente. Gostava de ser sozinho, mas sentia uma vontade enorme de ser amigo do ruivo por mais que negasse isso, uma vontade de saber sobre sua vida. De ser seu amigo e quem sabe, talvez até mais que isso.

Quando chegou na sala, de onde o som vinha, Hoseok estava sentado no meio das pernas de Yoongi, enquanto conversavam, o loiro mexia nos cabelos do moreno. Os dois sorriam lindamente um pro outro, Jeongguk ficou com inveja dos dois, e puxou a tomada da força assustando o casal sentado no chão.

–Eu não estou afim de segurar vela, então estou indo embora. –virou as costas e começou a percorrer o mesmo caminho que havia feito para entrar.

–Ei, Jungkook, calma ai cara, o que foi? –Yoongi disse segurando o mais novo pelo braço.

 –Só to cansado de olhar vocês dois se amarem, se beijarem e quase transarem na minha frente. Se querem fazer isso, por favor, façam longe de mim! Ou chamem outra pessoa que esteja afim de ver, tem muitas fujoshis no colégio..

–Ei kookie, não fazemos de propósito, sabe? Quando você gostar de alguém, você também vai ver como é. Você ainda não entende porque não...

–MAS EU ENTENDO SIM!! –Disse alto e emburrado, depois arregalou os olhos percebendo o que acabara de dizer.

 –ENTENDE? –os dois perguntaram juntos.

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–Jeongguk, você não pode gostar de alguém que conheceu a uma semana. –disse Yoongi batendo a mão na mesa.

–Eu não disse que gosto dele, hyung. Eu só me sinto.... Atraído? Cativado? Eu não sei.. Vocês não entendem, só de olhar nos olhos dele eu fico todo estranho. Eu tenho vontade de socar a cara dele por fazer isso mas eu consigo apenas sorrir. E eu não gosto de sentir isso.

–Meu Deus, Jeongguk. Você está apaixonado. –disse Hobi com os olhos brilhando e batendo palminhas.

–Pessoas não se apaixonam assim, Hoseok.  Jungkook, isso só é coisa da sua cabeça. Logo você esquece.

–Espero que sim, Hyung. –disse pensativo. Será que esperava mesmo? – Aliás, quem vai comigo ver a minha Avó amanhã?

–Ah, a sua avó. Kookie... você sabe que ela não gosta da gente, né? Uma vez ela quase bateu no Hobi enquanto te esperávamos pra ir à festa. Ela é louca!

–Ela só não gosta de pessoas feias. –Hoseok fez um bico enorme. –Estou brincando Hobi hyung. Você é lindo! Não me olhe assim, Yoongi, eu não quero o seu namorado.

–Por que você o chama de “Hobi hyung” e a mim, só de Yoongi? –disse com os olhos semicerrados.

Os dois morenos riram, menos Yoongi, que continuou encarando ferozmente o mais novo e agarrado a Hoseok como se ele fosse um pedaço de carne. E Hobi apenas sorria bobamente, feliz com a demonstração de ciúmes do namorado.

Depois de comerem e fazerem muita bagunça na casa de Hoseok, os dois mais velhos levaram JungKook até sua casa de carro, depois foram para o apartamento de Yoongi.

Hoseok havia o convidado para ir junto, para que não ficasse tão sozinho, mas a cara que o loiro fez, foi suficiente para que negasse dizendo que queria ficar sozinho para pensar. Na verdade, não queria ficar sozinho, mas também não queria atrapalhar o namoro dos amigos. Já era suficientemente tarde, e Tae talvez já tinha terminado o trabalho. Antes de entrar e ter que arrumar a bagunça de Pulguento e Almofadinhas, mandou uma mensagem para o hyung e o chamou para dormir em sua casa naquela noite.

Depois de terminar a bagunça dos animais, que não foi pouca, colocou comida para eles, e cada um em lugares separados, se jogou no sofá, totalmente exausto. Já era mais ou menos meia noite e Taehyung não havia chegado ainda. Resolveu cochilar para esperar, mas acabou por dormir no sofá.

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Quando acordou, sua cabeça doía e suas costas também, havia dormido de mal jeito e agora iria sofrer as consequências. Iria brigar com Taehyung, porque por sua culpa , ele havia dormido no sofá.

Se espreguiçou e se levantou do sofá, o relógio na cozinha marcava 12:30, havia perdido aula e ainda se atrasaria para visitar sua Avó no seu penúltimo dia no hospital, se sentiu totalmente aborrecido com a mensagem que Tae havia lhe mandado.

“Kookie, não pude ir pra sua casa. Fiquei até mais tarde no trabalho, e só lembrei que tinha de ir dormir na sua casa quando me levantei pra ir à aula hoje, sinto muito. Te vejo no colégio.”

O mais novo desejou que ele se sentisse mal por aquilo, havia deixado a porta destrancada para que ele entrasse, mas não entrou. Nem ao menos passara pela rua de sua casa.

Subiu para o banheiro correndo e tomou um banho de gato, seu banho fora mais rápido que os que Almofadinhas vinha tomando ultimamente. Vestiu a primeira roupa que colocou a mão, despejou metade da ração pela cozinha e saiu as pressas, deixando o celular em cima da mesinha de centro.

Pegou o ônibus e seguiu para o hospital. Havia acabado de tomar banho e já estava suando, parou para olhar sua roupa e sentiu uma vontade enorme de voltar para casa e tirar aquela bermuda. Não parecia-se nada com uma bermuda, parecia mais um short bem curto, sem contar com o frio que fazia (claro que não estava sentindo pois havia corrido para chegar ao ponto de ônibus e corrido também para alcança-lo.) pois as pessoas usavam casacos quentes e cachecóis, o encaravam como se ele fosse um ET.

Depois de descer no ponto errado, e ter que correr novamente para chegar ao hospital, se jogou nos banquinhos da recepção procurando fôlego. Fora empurrado escada cima por uma enfermeira porque o elevador estava ocupado, e quase ter quebrado o nariz na escada, agradeceu a Deus por ter chegado ao quarto de sua Avó.
Mas quando abriu a porta, desejou ainda estar levantando do sofá.

Jimin dormia desconfortavelmente na poltrona de visitas, se cobrindo com uma blusa, sua avó continuava deitada e parecia tranquila. Se preocupou depois de lembrar que o ruivo era um ajudante e só estaria ali, se fosse algo sério.

Parou para olhar o rosto do mais baixo, estava corado por conta do frio e os olhos pareciam inchados. Seus cabelos laranjas tapavam um pouco de seus olhos. Sua cara estava marcada por ter dormido na poltrona e sua boca estava aberta encostada na mão esquerda, vermelinha pedindo para que Jungkook a beijasse. Ficou realmente tentado e se amaldiçoou mentalmente por isso. Não conseguiu se mover quando ouviu a voz de sua Avó.

–Fecha à boca se não você vai babar. –ela sorria maliciosamente. –Ele parece uma criancinha dormindo, não da vontade de aperta-lo, Kookie?

O moreno permaneceu ainda em silêncio. Ainda olhando o rosto sereno de Jimin. Não conseguia olhar para sua Avó depois disso, e também não queria parar de olha-lo. Naquele momento desejou ser vesgo. Riu com o próprio pensamento, sua avó deve ter achado que o sorriso era para o ruivo, que também acharia isso já que estava acordado coçando os olhos e olhando para Jeongguk, e este, já conseguia ver o seu nervosismo, por conta da timidez exagerada.

–O-O que foi? P-Por que ta me olhando? –Jimin perguntou, puxando a blusa de frio a altura da boca tentando se esconder.

–Eu acho que ele se apaixonou, Jimin. –disse OkJin rindo alto. –O que foi? Gosta do que vê?

–Não diga bobeiras, Vó. O tempo que você tem ficado aqui talvez tenha lhe feito mal.

–Eu estou super bem quem ficou louco foi você, alias, cadê o Taehyung? Ele não ia vir com você? –Jungkook bufou ao ouvir o nome do melhor amigo. –Vocês brigaram?

–Quem é Taehyung? –Jimin perguntou baixinho, parecendo desconfortável. Os dois Jeon olharam pro ruivo e começaram a rir. –O que foi?

–Jimin, você está com ciúmes? –Okjin perguntou rindo.

–QUÊ? Ciúmes de quem? Só se for da vovó. - disse um pouco nervoso.

–Ele...está...nervoso... – o mais novo disse entre risos.

–Jeongguk, já te disse que rir do nervosismo das pessoas é feio! Pare com isso.

–Seu nervosismo é fofo. –disse olhando a cara de do ruivo ficar mais vermelha que a blusa que usava.

 –Pelo amor de deus, quanta viadagem não sou obrigada! Vão se amar lá fora! Vazem daqui! –a Avó gritou. –Estou falando sério!

Jimin levantou correndo e saiu do quarto, sendo seguido por Jeongguk, que parecia estar se divertindo com o nervosismo do ruivo, que o fazia andar meio torto. Sentia os olhos do moreno sobre suas costas. Os dois se sentaram nas cadeiras que havia no corredor. O mais baixo não sentia dor alguma, mas umas sensações estranhas de que iria desmaiar a qualquer segundo.

Parou para olhar Jeongguk, ele usava uma camiseta vermelho sangue e uma bermuda rasgada  –lê-se short curto – e um tênis preto. Subiu o olhar para o seu rosto, estava um pouco pálido e seu nariz estava vermelho, talvez fosse o frio. Desceu o olhar pra sua mão e encarou a blusa de frio, queria entrega-la a ele, parecia estar com frio, mas seria vergonhoso demais...

–Está muitíssimo frio hoje, nem percebi que coloquei a bermuda no lugar da calça... –Jimin, sem pensar, virou o rosto para a direita e levantou a mão para esquerda, apertando a blusa ao peito de Jeongguk. –O quê?

–Apenas vista isso e pare de falar.

–Não quero, não vai servir. Seu corpo é menor que o meu..

–Esse casaco é grande, não serve em mim. Coloque logo essa bosta.

–Só coloco quando você olhar pra mim. –Os olhos de Jimin se arregalaram e ele respirou fundo. Se virou devagarzinho até estar olhando diretamente nos olhos brilhantes de Kook. –Por que você ta vermelho?

–E-Estou com frio.

O moreno riu e vestiu a blusa, o cheiro de Jimin invadiu suas narinas fazendo sua barriga dar um giro, parecia ter borboletas lá dentro, a sensação estranha que banhava o seu corpo toda vez que olhava e falava com o mais baixo estava presente ali. Parecia tranquilo por fora, mas seu coração batia feito louco no peito.

A vontade de conversar com o ruivo sobre qualquer coisa apenas para ouvir a sua voz era incontrolável, mas Jimin parecia não querer conversar consigo, pois fitava um ponto invisível na parede branca do corredor. Jungkook parou para observar o rosto do ruivo, parecia bem mais magro que na primeira vez, bem mais pálido. Mas nada tirava dele a sua indescritível beleza, e de como ele parecia ter nascido para ter aquele cabelo.

–Jimin, quantos anos você tem? –perguntou olhado pro mesmo lugar que o ruivo.

–Dezoito, farei dezenove em outubro, e você?

–Ah, hyung. Tenho dezoito, sou de setembro. Por que todo mundo é meu hyung??

–Você tem muitos amigos?

–Ah, não, tenho apenas três, mas eles valem por muitos. Dois deles já saíram da escola então nos vemos mais a noite ou nos fins de semana. E você?

–Eu? Não. Não tenho amigos.

–E SeokJin?

–Ele é mais o meu irmão... Não, na verdade eu o considero a minha mãe.

Os dois ficaram em silêncio. JungKook se sentiu mal por saber que o ruivo não tinha amigos. Por qual motivo ele ficara sozinho? Será que era chato ao ponto de ser odiados por todos? Ou será que era uma pessoa má? Não, não podia ser isso, nenhuma pessoa má seria ajudante em um hospital. Lugar onde o que mais se deve fazer é ajudar. Quando decidiu perguntar ao mais velho porque não tinha amigos, foram outras palavras que saíram de sua boca. Palavras que ele não queria dizer. Ou será que queria? Jimin trouxera a sua vida varias incertezas.

–Você quer ser meu amigo, Jimin?

Jeongguk já havia visto Jimin sorrir outras vezes, mas nenhum sorriso jamais chegaria aos pés daquele que ele lhe deu agora. O sorriso do hyung havia feito as borboletas em seu estômago ficarem eufóricas, assim como o seu coração. Não media seus atos, e quando percebeu sorria juntamente com o outro. Percebeu que quando Jimin sorria, seus olhos tornavam-se apenas dois risquinhos, eles se estendiam por todos os lados desenhando o lindo rosto do ruivo.  Quando sua boca fora finalmente desenhada um tente torto havia sido deixado ali, mas ele, de forma alguma estragou o rosto do outro, só serviu para deixa-lo extremamente mais fofo que já era.

O sorriso de Jimin continuara ali, mas a sua resposta não veio. Os dois começaram a conversar logo depois, sobre o que gostavam de fazer, que músicas e livros mais gostavam. No meio dessa conversa vai conversa vem, os dois começaram a discutir sobre qual filme era melhor. Depois, o mais velho ficou emburrado porque Jeongguk havia dito que seu filme preferido era melhor que o do ruivo. Os dois ficaram brigando um com o outro por um longo tempo. E mesmo que agora fossem amigos, os olhares que lançavam um ao outro, pareciam perigosos.

Um cara alto e moreno vinha caminha de vagar em direção dos dois, ele fuzilava as costas de Jimin com os olhos. Na verdade ele parecia desesperadamente preocupado e seus músculos relaxaram quando viu o ruivo, mas ele ainda continuava bravo.

–Park Jimin, você acha que pode sumir na hora do jantar de ontem e ficar sumido o tempo que quiser? Ah, como eu queria te dar uns tapas. –O moço puxou Jimin pela orelha. –Eu só não te bato porque estamos em um hospital.

–Hyung, você ta me machucando, solta a minha orelha. –o ruivo resmungou fazendo cara de dor.

–Não vou soltar não, eu vou te levar assim. Seu garoto mal criado! Pensa que pode sumir assim e nos deixar loucos preocupados?

–Você não o ouviu? Solte a orelha! –Quando o mais novo segurou o braço do médico, ele soltou a orelha vermelha de Jimin na mesma hora. O mais novo ali continuou apertando com força o braço do médico.

Jimin saiu do lado de Jin e se escondeu atrás de Jeongguk, olhando o mais velho por cima dos ombros do moreno.
Colocou as mãos na sua blusa de frio que o moreno usava e o fez de escudo. Jin puxou o braço do aperto do garoto e bufou.

–Saía daí, Park Jimin! –SeokJin disse bravo. –E você, saía da frente.

–De jeito nenhum. –Disse Jimin se escondendo mais. –Eu não posso ficar livre por um dia?

–Pode ficar livre, desde que não desapareça, pelo menos avise! –Andou até o moreno que tentou impedi-lo, e puxou Jimin de trás do garoto. –Vamos.

Jimin pegou a caneta que estava no bolso do jaleco do médico, virou-se para Jeongguk e pegou sua mão exageradamente grande. Escreveu seu número lá, sussurrou “Ligue pra mim.” e sorriu deixando ser puxado pelo seu hyung.

As borboletas no estômago de JungKook, mais uma vez naquele dia, ficaram eufóricas. Seu coração começou a bater rápido e um sorriso brotou em seus lábios assim que olhou para a sua mão e viu o numero do ruivo lá. Olhando o numero do ruivo em sua mão ficou pensando em diversos jeitos para salvar o nome do outro quando chegasse em casa. Não podia ser nada muito fofo e nem muito seco, então apenas “Jiminnie” estaria bom.

Andou sorrindo de volta para o quarto de sua Vó, olhou para seu corpo e pode ver a blusa de Jimin. Apesar de ficar um pouco grande no mais velho, em Jeongguk, ficara um pouco pequena.

Quando entrou no quarto estava só sorrisos, sua vó o zoou sobre alguma coisa mas o mesmo não lhe deu atenção, ainda estava concentrado em se lembrar dos lábios de Park Jimin se moverem para dizer “ligue pra mim.”
Suspirou sorrindo e deixou o corpo se afundar na poltrona.