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História All About Us - We


Escrita por: MillaSenpai e Pan_Alban

Notas do Autor


JÁ É QUARTA-FEIRA NO JAPÃO!

Ok, antes de tudo e qualquer coisa, essa Senpai tem algo para falar para vocês: A partir de hoje AAU tem um co-autora, SIM! Porque? Porque devido minha demanda profissional (nossa que ocupada ela), eu realmente não consigo manter uma frequência alta de atualizações, está impossível para mim neste momento.
Mas, MAS, MAAAAAS: Existe um ser, uma fada, um louca, uma feiticeira (ela é demais), que é além de parceirona, além de "aquela menina que conheci a 3 anos", ela é UMA DAS MINHAS MELHORES AMIGAS, pode entrar dona Pan Alban para receber os aplausos da plateia.

Sério, te amo.

Gente, além de ser uma das escritoras mais incríveis do fandom (se nao conheça ela, corre pro perfil JÁ!), ela é sim uma das minhas melhores amigas e vcs não tem noção de como fico inspirada quando escrevemos juntas. PENSA NUMA PARCERIA GOSTOSA?

Então sim, Panzoca é co autora de AAU e vai estar comigo até o final para terminarmos essa coisa maravilinda.

Amiga, te amo e obrigada.

Ah! Capitulo dedicado para aquele bonde de amor do twitter! Meninas, obrigada por todo carinho que nos dão praticamente todo dia no tt.

<3

~boa leitura.

Capítulo 18 - We


Fanfic / Fanfiction All About Us - We

Encarou a plateia mediana a sua frente, as pessoas sentadas em três fileiras em formato de “U” a encaravam curiosas, outras podia ver no olhar que não se sentiam à vontade na sala usada para convenções no hospital Senju. Ela conhecia muito bem aquele olhar, já esteve ali, sentada naquelas cadeiras não há muito tempo atrás, e mesmo com tanta experiência nas apresentações que realizara durante a carreira na medicina, nenhuma se igualava a importância da que realizaria naquele momento.

Respirou fundo, observando as mulheres a sua frente, podia ver Tsunade sentada no degrau que dava acesso ao pequeno palco que estava, sua tutora sorriu para si, dando sinal de apoio para que ela começasse sua fala.

— Boa tarde a todas… - Limpou a garganta, sentindo o nervosismo aos poucos se dissipar. — Meu nome é Uchiha Sakura, sou médica especialista em neurologia e diretora da área psico-infantil do hospital Senju.

“Há seis anos atrás, quando descobri minha gravidez, eu e Tsunade criamos um projeto para apoio à crianças com traumas e doenças neuropsicológicas, assim como também, tratamento para traumas sofridos durante os anos iniciais da infância… Porém, quando eu ganhei minha filha, Sarada, uma menina linda… Meu anjo, eu jamais pensaria que mesmo durante uma gravidez tranquila, a ansiedade para ver meu bebê, a presença total do meu marido durante a gestação… Eu tivesse depressão pós parto.

Durante três anos e meio eu estive sob tratamento e terapias, porém, a minha própria negação em aceitar que eu tinha este problema me fez desistir até mesmo do meu casamento, eu não me sentia boa o suficiente para o meu marido ou a minha filha… Durante esse período, principalmente nos últimos cinco meses, eu e Tsunade nos reunimos novamente para um novo projeto dentro desse prédio em que estamos, entendemos que além das próprias crianças, podemos e devemos dar foco e ajuda às mães, durante todo o processo da gestação, até os primeiros meses e anos de maternidade.

Quando eu fui ao meu primeiro encontro em um grupo de apoio, tinha os mesmos olhos que algumas de vocês, medo, negação… Vergonha. Mas quero que saibam que vocês não precisam se sentir dessa forma, pois não estão sozinhas, a sua família, seus filhos, seu companheiro, nós aqui no hospital. Este é o primeiro grupo de auto ajuda a mães com depressão pós parto que estamos realizando aqui no Senju, e quando Tsunade me pediu para falar para vocês, foi uma responsabilidade imensa, não só para acalmá-las, mas para dizer: Vocês não estão sozinhas, isso vai passar. Há seis meses eu cheguei ao fim do meu tratamento, amanhã o Sasuke vai levar as coisas dele de volta pra nossa casa, Sarada completou há poucas semanas cinco anos de idade e eu estou na fase mais feliz da minha vida, pois eu cresci como pessoa, me permiti me conhecer novamente, me permiti amar e ser amada, pois eu e qualquer uma de vocês é digna de todo amor que seus filhos têm para dar a vocês… E quero que acreditem em vocês mesmas, porque eu acredito em vocês.”

Sentiu o ar sair pelos pulmões enquanto ouvia as palmas ecoarem pela sala, alguma das mulheres tinham lágrimas nos olhos, outras sorriam confiante e então Sakura soube que havia conseguido levar sua mensagem a elas.

Na última fileira, o único homem presente na sala aplaudia de pé, o cabelo loiro em meio alguns fios grisalhos se destacavam, enquanto mandava beijos para sua menina lá na frente, sentia-se como nas apresentações de ballet que sua filha fazia na pré escola, a diferença era o orgulho de ver a mulher que ela havia se tornado. Inevitável deixar a emoção inundar pelo menos um pouquinho dos olhos azuis, sussurrou um “linda” para ela que lhe lançou um beijo em resposta.

Enquanto esperava ela descer, verificou se havia conseguido gravar tudo e então encaminhou o arquivo para o número que se encontrava online.

“Tá liberado chorar e colocar culpa na idade, certo?”

 

oOo

 

Sasuke voltava o vídeo pela segunda vez com um sorriso orgulhoso e emocionado. Se sentia sortudo por amar uma mulher como Sakura e por estar sozinho em sua sala enquanto ouve o desabafo dela.

Havia um peso no peito dele que somente viu que existia quando ouviu tudo aquilo que ela falara. Mesmo tendo certeza do que sentia por ela, do amor que nunca se foi, ele percebeu um fio de insegurança quanto ao que Sakura estava fazendo por eles. No entanto, qualquer resquício tolo e pessimista que pudesse se apoderar da mente foi embora com a sinceridade dela em frente a outras mulheres.

Ele a amava e sabia, sentia, que era amado de volta. Eles tinham uma sementinha sapeca que ligava-os para todo sempre como a prova sublime daquele sentimento.

Sasuke soltou um suspiro baixo e encostou-se melhor na cadeira com um pequeno sorriso no canto de seus lábios.

“Tá liberado chorar e colocar culpa na idade, certo?”

— Ah, Minato. Está sim. — sussurrou quando o vídeo acabou novamente e a emoção fez seu coração palpitar. Tudo ficaria bem, finalmente.

— Capitão, temos um problema.

Sasuke fechou os olhos pensando que só poderia ser uma brincadeira sádica do destino um dos policiais entrar em sua sala justamente naquele momento. Apertou a ponta do nariz e perguntou:

— O que há?

— Orochimaru. — o nome foi o necessário para que Sasuke abrisse os olhos e entendesse a urgência nos olhos do homem com meio corpo pela sua porta. — Ele não está cooperando no interrogatório e a tensão está alta.

Sasuke guardou o celular em seu bolso quando se levantou. Puxou sua jaqueta do encosto da cadeira e colocou rapidamente ao sair de sua sala sem falar uma única palavra. O policial que estava na porta deu passagem rapidamente temendo ser atropelado por seu chefe, andando, em seguida, logo atrás dele tentando seguir a velocidade dos passos de Sasuke.

Em seu rosto qualquer um podia ver a raiva determinada do capitão, e todos se compadeciam, por um breve momento, do que poderia acontecer com Orochimaru encarando o capitão Sasuke Uchiha daquela maneira.

Sasuke raramente ia até a sala de interrogatório. O serviço era essencialmente feito em conjunto por Shikamaru e Suigetsu. Shikamaru era o cara que observava através do espelho as micro-reações dos interrogados, capturando qualquer expressão ou linguagem corporal que auxiliasse no trabalho. Já Suigetsu era o homem certo para ficar cara a cara com os interrogados, não tendo dificuldade em fazer com que a pessoa do outro lado ficasse fora de controle com sua personalidade escorregadia.

No entanto, o que Sasuke presenciou ao adentrar a sala foi um Shikamaru silencioso com uma folha em branco nas mãos, e um Suigetsu com a cabeça entre as mãos do lado de fora da sala. Do outro lado de Shikamaru, com os olhos fixos na janela espelhada que dava visão para o homem lá dentro, Naruto apertava os dedos estalando-os.

Todos os três olharam quando Sasuke fechou a porta atrás de si, com um aceno de cabeça cumprimetou-os sem questionar nada por enquanto. Analisou a situação rapidamente, ainda que seu sangue fervesse e sua racionalidade pudesse ser blablabla. Não era difícil ver que Orochimaru havia conseguido virar o jogo contra Suigetsu e driblado a racionalidade feroz de Shikamaru. Além, é claro, do mais improvável: Deixou Naruto calado.

— Deem-me cinco minutos com ele. — a ordem foi seca e nenhum deles questionou ou mostrou-se contra. Suigetsu apenas deu de ombros e levantou-se para abrir a porta com a chave em sua mão. Sasuke entrou recebendo a atenção do homem algemado. Orochimaru ergueu a cabeça parecendo ser em câmera lenta, como se cada detalhe de Sasuke Uchiha merecesse sua inteira análise, então mirou o rosto sério do capitão com um sorriso pequeno e enigmático. Sasuke não mudou sua expressão, mudou o peso de uma perna para a outra e apoiou uma das mãos no encosto da cadeira vazia. Seu olhar era perigoso, qualquer um tremeria no lugar de Orochimaru, sendo olhado de cima com tamanho desprezo, mas o acusado apenas sorria. — Há algo engraçado, Orochimaru? Quando acabarmos aqui você vai implorar para ser colocado com os outros detentos. Eles gostam de brincar com assassinos de crianças. — Cada palavra foi solta com acidez.

A risada rouca, doente saiu como um sopro pela boca ressecada do homem de aparência doente. — Os meninos foram pedir ajuda, delegado? Não pretendia dar tanto trabalho… Mas, entendo como é difícil de educar os filhos hoje em dia, dão trabalho, não escutam e sobra para os pais virem ao socorro no último momento. - apoiou-se no ombro acorrentando na mesa. — Que dia é hoje? Quarta? Já perdi a noção do tempo.

Sasuke o olhou com desdém e puxou a cadeira com um ruído estridente. Seus olhos não deixam os amarelos daquele homem estranho.  A raiva que tinha por aquele tipo de criminoso não era disfarçado em seu rosto e em seus gestos. Puxou a pasta com as imagens do corpo da criança, os laudos do legista e todas as provas encontradas no local.

— O que sabe sobre filhos, Orochimaru? — soou baixo, sem deixar de ser ameaçador. A imagem de Sarada sorrindo passou por sua mente, se misturando com a criança na imagem. Um mal estar se apoderou de Sasuke. — Coopere com as investigações e talvez eu te dê um calendário. Vai ser bom para distrair e contar até o fim da sua vida na cadeia. — Ouviu a risada baixa de Orochimaru, mas ignorou a provocação. — Sem registro, sem responsáveis que acionassem a polícia pelo sequestro… O alvo perfeito. Eu vou ser direto. Por que matou esta criança? Esta especificamente.

Orochimaru virou o rosto para a esquerda e depois para a direita, como se ponderasse o que ouvira, desceu a visão até a pasta nas mãos do Uchiha e então se aproximou da mesa de metal, o queixo apoiado na superfície fria, as sobrancelhas arquearam-se como se apontassem para Sasuke. — Sabia que eu matei a minha mulher? Faz o que… Vinte e dois anos? Já bateu na sua esposa? Já sentiu o sangue ferver e fazer a vadia calar a boca? A porca foi morar na minha casa, eu tinha trinta e poucos, distribuía drogas pra metade do território da Yakuza e então ela embuchou e veja bem, se drogava tanto quanto eu. Até que perdeu a criança e me culpou! - Disse com deboche. — Na outra vez, ela perdeu por uma surra que eu dei… Na terceira…

Orochimaru bateu com a própria testa na mesa, a risada do homem ecoava na pequena sala. — Mas é realmente uma bela aliança, Sasuke. - frisou novamente o olhar para a mão esquerda do Uchiha, ignorando o corte que abriu na testa. — Filhos dão trabalho, eu avisei, olha onde estamos agora. Mas me diga, já bateu na felizarda? Estou curioso se é tão de boa índole.

A reação de Sasuke àquela informação foi um levantar de sobrancelhas surpreso e uma explosão de adrenalina em seu corpo. Não desviou o olhar do rosto insano de Orochimaru, puxou a pasta de volta e fechou-a com brutalidade. Ele estava brincando com ele, estava tentando tirá-lo do sério e perder o profissionalismo como havia feito com Suigetsu. Sasuke não daria o que ele queria.

Encostou as costas na cadeira e inclinou um pouco a cabeça para o lado. Um sorriso tão venenoso quanto de Orochimaru desenhou em seu rosto.

— Mais um assassinato para a conta? Você vai gostar da estadia numa prisão federal. — Olhou para o sangue escorrendo na testa do velho homem e umedeceu os lábios de forma sádica. — Você deve se sentir mais… poderoso… matando mulheres e crianças, não? Compreensível. Olhando para você só consigo sentir nojo. — Sasuke falava com tranquilidade, uma que gelava os ossos de quem ouvia. — O que a sociedade espera de alguém que não tem nada a oferecer a não ser fraqueza e derrota? Alguém que usa do mais fraco para ser mais forte? Você é patético. — Sasuke pontuou de forma lenta, um sorriso de canto erguendo-se no canto de sua boca. Inclinou-se para frente, observando cada reação do acusado do outro lado da mesa. — Tão velho e decrépito pelas drogas que não consegue mais sustentar seu prazer doentio sozinho. Diga quem o ajudou a assassinar aquela criança e poderá aliviar um pouco pro seu lado.

— Oh você é o mais durão daqui. - Acenou com falsa surpresa. — Sabe Sasuke, nós somos parecidos, não me olhe assim. Temos objetivos, sabemos onde queremos ir, veja bem, estou velho, sei lá quantas overdoses e outras merdas que devo ter. Mas mesmo assim, sabemos que foram nossas escolhas que nos trouxeram aqui.

— Nós não somos parecidos, Orochimaru. — Sasuke permanecia neutro ao acesso de loucura anterior, mas ainda tinha uma chama de raiva em seus olhos. — Todas as pessoas chegam a algum lugar por seus objetivos, isso não as faz iguais. Você é um assassino covarde que não sabe o que significa ter sentimentos. — Sasuke pausou achando que Orochimaru fosse dizer algo, mas apenas moveu a cabeça deixando que o sorriso se transformasse em uma linha tensa. — Sim, todos temos escolhas e nossa própria consciência, — Sasuke continuou pegando a pasta mais uma vez e indo até o último documento, olhou pausadamente deixando que Orochimaru tivesse tempo para pensar no que dizia, então olhou para o homem vendo sua atenção no papel que ele retirava com o selo da clínica de Naruto, uma curiosidade bem pequeno estampado nos olhos amarelos. — nossos fantasmas e nossas armaduras. Mas cada qual se diferencia, se torna único a partir do momento que encara suas próprias fraquezas. O DNA encontrado por Naruto e Karin confirmando a paternidade de Orochimaru com o foragido. — Deslizou o papel com calma pela mesa, pegando cada reação do rosto do velho.— Onde está sua filha?

A feição de Orochimaru se tornaram sérias por uma fração de momento, os olhos se tornaram frios, sem vida e com algo a mais que Sasuke não soube dizer.

— Não conseguiu interromper a terceira gravidez não é? — Sasuke o forçou a responder. As reticências da terceira gravidez batendo em sua cabeça e dando luz ao seu raciocínio. Bateu a mão aberta na mesa e olhou de forma gélida. — Quero respostas agora.

— Cemitério. Um lugar de onde ela sempre pertenceu. - Não tinha um sorriso no rosto, nem mesmo expressou nada quando o Uchiha levantou-se indo até a porta.

— Não pense que acabamos.

— Acabou há muito tempo Uchiha.

 

oOo

Izumi cortava os legumes pacientemente, alternando o olhar entre o relógio e a tarefa culinária, estava nervosa e já havia expulsado Itachi da cozinha antes que o marido a deixasse louca, ele mal podia se aguentar para abrir o envelope com a informação sobre o sexo do bebê e poderia jurar que se ela não tivesse escondido, o envelope teria sido violado assim que o Uchiha chegara em casa.

Pousou uma das mãos sobre a barriga que já dava sinais dos primeiros meses de gestação, fez um carinho ali, sentindo-se em total harmonia com seu pequeno bebê dentro do seu ventre.

— Caramba, você é muito linda. - Itachi a despertou, encostado de braços cruzados na soleira da porta. — Eu casaria com você, caso não tivéssemos casado já.

A risada da morena reverberou pelo lugar, o rosto rosado e o brilho nos olhos que encantavam o Uchiha estavam ali. — Você é muito bobo Uchiha Itachi. Vá atender a porta, deve ser o seu irmão!

— Mas é um empata foda MESMO! - Itachi falou alto o suficiente para quem estivesse de fora ouvisse.

— Cale a boca. - Sasuke o olhou com tédio quando a porta fora aberta. — Ia no máximo lavar a louça.

— Pirralho…

— Arght, vocês dois. - Sakura empurrou os dois entrando no apartamento do cunhado. — Dê boa noite para seu tio, Sarada.

— Boa noite, titio. - Sarada pulou do colo da mãe para o de Itachi. — O que é empata louça?

Os três trocaram olhares gélidos e então Sakura suspirou agradecendo pela troca confusa da filha. — É quando seu tio irrita a Izumi e ele tem que lavar a louça, minha filha. Vamos lá dar oi e entregar o presente do seu priminho ou priminha? Papai vai conversar com o seu tio. — saiu olhando feio para os dois.

— Acho que quem vai ficar com a louça empatada é você. — Itachi encarou Sasuke com um sorriso debochado, recebendo um resmungo do mais novo em resposta.

— Andou comprando livros para aprender a ser um bom pai? — Sasuke perguntou mudando o jogo com um sorriso sapeca no rosto e se sentando na poltrona.

Itachi o olhou com uma careta enquanto caminhava ao mini bar e servia a ambos uma dose de whisky. — Garoto, Itachi Uchiha nasceu pronto para qualquer coisa. Livros, pff. - Respondeu, ignorando os três exemplares que havia comprado recentemente que estavam escondidos em uma das gavetas.

Sasuke sorriu balançando a cabeça e brindou quando Itachi ergueu o copo de bebida. Tocou um gole e fez uma careta com o teor forte de álcool. Engoliu e um sorriso voltou a desenhar em seu rosto. Olhou para Itachi que parecia um pouco aéreo e lembrou de si mesmo naquela situação.

— Essa vai ser a aventura mais duradoura e emocionante da sua vida, irmão. Se posso dar um conselho, mesmo sendo o mais novo, é que você viva cada segundo, cada momento como se fosse único. Eles crescem muito rápido. — suspirou baixo voltando a beber um pouco mais.

Itachi acenou, sorrindo, podia ver as garotas na conversando alguma confidência enquanto Sarada brincava com a pelúcia nas mãos, parecia mesmo que fora ontem que a sobrinha mal engatinhava. — Izumi já disse que não pretende fechar a fábrica, não queremos deixar muitos anos de diferença para o segundo.

— Segundo? São corajosos. Quero ver se vocês mantém essa ideia depois de acordar pelo menos três vezes todas as noites. — Sasuke riu erguendo o copo num novo brinde.

— Quero três, mano. - Itachi serviu-os mais uma dose. — Três mini eu correndo pela casa, deixando Izumi e eu loucos.

— Suas olheiras mostram que você está preparado. — Sasuke riscou com o mindinho abaixo de seus próprios olhos enquanto sorria. — E o mundo não vai comportar mais três de você, Itachi. Como policial vou ter que te prender por querer acabar com a ordem.

— Oras. - Ele bufou. — E como estão as coisas? As suas olheiras também não estão melhores que as minhas, mas a cara de bunda sumiu. Amanhã é o grande dia, caixas prontas?

— Idiota. — Sasuke virou o copo e colocou sobre a mesinha a sua frente com um sorriso maior no rosto. — Estou voltando pra casa, irmão. — Os dois viraram-se para as risadas ouvidas na cozinha e sorriram juntos de forma doce. — Estou voltando pra elas.

Trocaram um olhar cúmplice, cada um feliz pela conquista do irmão. Ouviram Izumi chamando eles para jantarem, a mesa sendo preenchida pelas piadas de Itachi e Sarada, como boa puxa-saco do padrinho, apoiando-o toda vez que o Uchiha perguntava sobre quando Izumi revelaria o sexo do bebê, acusando a esposa de deixar Sarada nervosa e que isso faria mal para a criança.

— Izumiiiii! - Itachi chamou por ela em agonia. Estavam todos sentados na sala de estar da casa, observando Sarada brincar já sonolenta em frente a lareira, Sakura bebericava um pouco de vinho, já sentindo o cansaço pelo corpo, adorando Sasuke estar com o braço sob seus ombros, aconchegando-a próxima a ele.

— Deixa de importuná-la! - Sakura sorriu, achando engraçado o desespero do cunhado. — Eu queria ter feito surpresa quando estava grávida… Mas, não aguentei!

Virou-se para Sasuke a tempo de vê-lo com uma careta nada contente com a idéia da mulher. Itachi guardou a risada para si, mas pode ver o mesmo desespero dele habitar em Sasuke.

Talvez a ansiedade era mais um coisa que compartilhavam afinal.

— Acho que o Sasuke teria adorado. - Brincou Izumi quando entrou na sala com o envelope em mãos. — Brincadeirinha! - levantou os braços em sinal de paz.

— Eu manteria essa ideia em mente, Sakura. - Itachi coçou o queixo. — Sarada já tem cinco anos, é uma idade legal… Eu tinha seis quando Sasuke nasceu. O que acha minha boneca?

— O que, tio? - Sarada virou para ele, já sonolenta, mal dava atenção aos brinquedos.

— Itachi… - Sakura ciciou nervosa.

Itachi piscou para eles e se ajoelhou próximo da sobrinha. — O que acharia de ganhar um irmãozinho ou irmãzinha?

Os olhos negros de Sarada brilharam com tanta intensidade que Itachi começou a rir antes do fatídico pedido:

— Mamãe, papai. Eu quero um irmãozinho!

Sasuke não sabia se tossia ou se ria de nervoso, Sakura gaguejava olhando para o marido passando mal, Itachi quase caindo da poltrona e Izumi escondendo o riso atrás da mão.

Sakura puxou o ar percebendo que seria a única em condições de dar uma resposta convincente a pequena que esperava com paciência e sem se abalar com a reação ao redor. A mulher olhou para Sasuke uma última vez, o xingamento que estava na cabeça evaporou ao ver o sorriso dele de forma tão espontânea. Limpou a garganta e desviou o olhar quando o dele chegou até ela.

— Bom, um irmãozinho? — repetiu dando tempo de pensar claramente. — Er… bom…

— Nós podemos pensar nisso, filha. — Sasuke interrompeu Sakura puxando Sarada para si a aconchegando em seu colo com um pouco de cócegas. Sasuke piscou na direção de Sakura enquanto ela ainda gaguejava surpresa e Sarada pulava em seu colo. — Agora vamos deixar seus tios dormirem.

— Nada disso! - Itachi levantou-se também. — Uchiha Izumi, abra esse envelope ou quer me matar mulher? Daqui a pouco Sakura está relevando o dela e nada do meu!

— Itachi! - Sakura exclamou vermelha, sentindo quase como se estivesse dentro da lareira.

— Na verdade… - Izumi balançou o envelope em mãos.

— Izumi… - Itachi cerrou os olhos, já conhecendo aquele rosto de sapeca que ela fazia. — Não ouse.

— Oras, amor. Só estou deixando as coisas mais empolgantes! - A morena se aproximou da lareira, vendo Itachi se aproximar pronto para o “bote”.

— Mulher, eu vou ser pai pela primeira vez, estou lendo livros infantis escondidos. Acredite, nada pode ficar mais empolgante e assustador. - Itachi levantou os braços na direção dela completamente assustado.

— Livros, é? - Sasuke debochou.

— Calado, moleque. - Itachi apontou para ele sem tirar os olhos da esposa. — Minha maçãzinha caramelada, por favor, diz pra mim o que tem ai.

Izumi deu uma risadinha e rasgou o envelope com lentidão. Não era só Itachi que olhava para a mulher com expectativa, até mesmo Sarada, que não entendia muito o que estava acontecendo, olhava com curiosidade para a tia. Mas, ninguém se inclinou como Itachi e abriu a boca aguardando com tanto vigor.

Então, ela tirou o papel e sorriu para Itachi.

— Está pronto, amor?

Ele respondeu com um resmungo dolorido, quase choramingando.

Izumi sorriu e… jogou envelope e papel por cima do ombro dentro da lareira.

— Nãããããããããão!

Sasuke balançou a cabeça rindo atrás das costas de sua filha. Sakura tampou a boca com as duas mãos completamente surpresa e Itachi se jogou ao chão desistindo de rastejar até o papel que queimava sem dó nem piedade numa única chama.

— Para de ser dramático, Itachi. — izumi disse rindo e se ajoelhando perto do marido. — Vamos saber quando tivermos que saber.

— Isso foi muita maldade, mulher! Até mesmo pra você!

— Ok, melhor irmos. — Sakura se levantou sem conseguir parar de rir e deu um abraço em Izumi enquanto Sasuke segurava Sarada com um braço e consolava o irmão com tapinhas no topo da cabeça com o outro. — Obrigada por isso, Izumi. Por tudo.

— Eu que agradeço a vinda de vocês. Se precisarem de ajuda amanhã, o Itachi ficará feliz em ir ao auxílio. Não é, amor?

— Tchau, titio! — Sarada gritou por cima do ombro do pai quando já passavam a porta.

Sasuke não se sentia feliz assim, em plenitude, desde que descobrira que seria pai. Conseguia entender a agonia de Itachi e sabia também o quanto o irmão seria feliz. Olhou para seu lado esquerdo e viu Sakura pegando as chaves do carro dentro da bolsa de forma distraída, ainda havia um sorriso divertido nos lábios dela.

Nem acreditava que tudo voltaria ao normal.

— Papai?

— Sim.

— Posso ganhar meu irmãozinho hoje?

 


Notas Finais


Pan: Invadi essa fic pra não mais sair. Obrigada a lindona da Milla pelo convite.
Está sendo uma terapia e estou amando estar mais uma vez criando com ela amo vc, miga <3

Senpai: PEGOU FOGO O CABARÉ DO OROCHIMARU (e também o exame do bebê né, itachi?) HAHAH Izumi queen.

E pelo Sasuke... O quarto do casal pegou fogo também, porque o moço ta bem interessado no pedido da filha né nom?

Tragam o desfibrilador para o próximo. <3


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